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História Rascunhos Euleta - Juntos


Escrita por: Mandxs_

Notas do Autor


Voltei com mais um rascunho do nosso casal favorito ❤️

Capítulo 4 - Juntos


- Pode entrar. – Violeta falou, limpando rapidamente uma lágrima, ao ouvir os toques na porta.

- Mamãe, preciso conv... – Isadora interrompeu-se ao olhar para a mulher sentada em frente a sua mesa - Estava chorando?

- Não, filha. – tentou disfarçar, forçando um sorriso em seu rosto – Foi só um cisco que caiu no meu olho e custou a sair.

- Mamãe, não tente me enganar. Percebo que há dias está triste pelos cantos e por isso mesmo estou aqui. Podemos conversar?

Violeta concordou e as duas dirigiram-se ao sofá de couro marrom, sentando-se próximas uma a outra.

- Eu preciso lhe pedir desculpas. – a mais nova começou – Eu não tenho o direito de lhe julgar da forma que fiz e nem de me intrometer na sua vida.

- Dorinha... – tentou falar.

- Por favor, mamãe, me escute. – pediu e viu Violeta concordar, em silêncio – Eu fui muito injusta com a senhora. Muito. E demorei a perceber isso, mas tia Helô conversou comigo e agora vejo tudo às claras. Eu confesso que fiquei com raiva quando vi você e o Eugênio aos beijos. Mas, eu não podia tê-la julgado tão cruelmente quanto fiz. – Isadora estava visivelmente nervosa e Violeta sentia-se tão nervosa quanto, unindo suas mãos, num conforto mútuo – Eu a julguei pelo que vi, mas não considerei tudo que tem passado nos últimos anos. A doença de papai, lidar com os surtos dele, gerir a tecelagem, manter a nossa família de pé e tantas outras coisas que fez e faz por nós. – Ao ouvir aquelas palavras, Violeta não pode conter algumas lágrimas furtivas – Tia Helô me disse o quanto a senhora lutou contra e tentou negar os seus sentimentos, sentindo-se culpada e temendo pela minha reação. – Violeta concordava silenciosamente, balançando a cabeça e Isadora sentiu-se ainda mais triste, em ver a mãe naquele estado – Mas, mamãe, quem manda no coração? Ninguém pode escolher quem o coração vai amar, porque isso simplesmente acontece. E com a senhora não foi diferente, simplesmente aconteceu. Eu peço perdão pelo que lhe disse, por como agi... Fui injusta. – baixou a cabeça, balançando-a negativamente.

- Não, filha, não precisa se desculpar, eu...

- Não, mamãe. – cortou-a e voltou a encará-la – Eu preciso sim e espero que a senhora me perdoe.

- Ô meu amor, é claro que sim – puxou a mais nova para um abraço, que foi prontamente correspondido – Claro que sim.

- Obrigado, mamãe. – separaram-se e Isadora segurou as mãos da mulher – A senhora merece ser muito feliz e muito amada.

- Eu sou feliz, filha. – sorriu, com traços nítidos de tristeza – Quanto ao amor... - calou-se, sem saber o que dizer.

- Quanto ao amor, está aí para ser vivido. Como Tia Helô me disse? Ah sim, "é muito difícil ser viúva de marido vivo".

- Você não deve se preocupar com isso, meu amor. – alisou o rosto da filha.

- Preciso e me importo, mamãe. Vá atrás do Eugênio, viva esse amor! – encorajou-a, sorrindo e apertando sua mão. Ao ver Violeta abrir a boca para falar algo, foi mais rápida – E não pense no que irão falar, não pense nos outros. Pelo menos uma vez, pense na senhora primeiro e vá amar e ser feliz!

- Acho que não há mais tempo. – riu, sem humor – Eugênio tem me evitado nos últimos dias.

- Nada que tia Helô não consiga dar um jeito... – Isadora sugeriu, com ar de quem estava aprontando algo e sendo examinada pelo olhar estreito que sua mãe lhe dirigia.

- O que vocês duas estão aprontando?

- Sua felicidade! Vá até o cinema da Tecelagem, alguém lhe espera lá...

Violeta encarou-a com dúvida, observando a menina sorridente e com os olhos brilhantes lhe encorajando a ir atrás do homem. Sua filha se levantou e puxou-a junto, indo até sua mesa e entregando-lhe sua bolsa, antes de lhe direcionar até a porta e abri-la.

- Vá, mamãe! E não se preocupe com mais nada. – A mulher continuava paralisada – Vá, mamãe. – Isadora empurrou-a levemente, impulsionando-a para que andasse e acompanhou-a com o olhar, até que a mulher dobrasse no final do corredor da Tecelagem.

--

- Eugênio? – a mulher chamou, após adentrar o cinema da Tecelagem, fechando a porta atrás de si, e dando alguns passos em direção ao interior do local – Tem alguém aí? Eugênio? – tentou novamente, obtendo o silêncio como resposta.

Caminhou mais um pouco e chegou até a sala de projeção, onde encontrou, após as fileiras de cadeiras, um cantinho arrumado, com mantas grossas e algumas almofadas cobrindo parte do chão, uma pequena bandeja, com taças e morangos e um balde cheio de gelo, contendo uma garrafa de champanhe.

- Ah, minha irmã, sempre tão caprichosa... – murmurou, observando a arrumação – Pena que não servirá para nada.

A afirmação caiu sobre a mulher assim que foi proferida, fazendo-a sentar-se na cadeira da primeira fileira, depositando sua bolsa ao seu lado. Não servirá para nada. Foi inevitável que seus olhos marejassem, tristes, pela constatação de que havia perdido Eugênio.

- Ah, Violeta – suspirou, em tom choroso, sentindo algumas lágrimas escaparem de seus olhos – Não servirá para nada, porque ele não está aqui…

- Infelizmente é verdade, minha irmã – ouviu a voz de Heloísa e virou-se, observando-a caminhar pelo corredor até se sentar ao seu lado – Infelizmente não servirá para nada, pois Eugênio foi para o Rio de Janeiro...

- Rio de Janeiro? – Violeta perguntou, tristonha, e viu a irmã acenar em concordância – O que Eugênio foi fazer lá?

- Segundo Dona Iara, ele precisava espairecer um pouco a cabeça. – respondeu, com certo pesar - Partiu pouco antes que eu chegasse a Tecelagem, não consegui falar com ele...

Violeta balançava a cabeça em afirmativa, vagarosamente, pois seus pensamentos estavam no homem. Ele só podia ter ido espairecer dela, esquecê-la. Suspirou audivelmente. Heloísa parecendo ler os pensamentos da irmã, segurou-lhe as mãos e lhe dirigiu um olhar brilhante.

- Mas eu logo resolvi a situação, minha irmã. Você irá para o Rio de Janeiro atrás dele! – completou, sorridente.

- Ficou doida, Heloísa? – questionou, enxugando as lágrimas - Tenho certeza de que o Eugênio foi para ficar longe de mim e quer que eu vá atrás dele?

- Não só quero, como você irá! Não deixe o amor escapar, minha irmã! Vá em busca do seu amor! – encorajou-a.

- Ele não vai querer me ver. – Violeta negava com a cabeça, entristecida – Nem vai me receber... Eugênio tem me evitado, Heloísa, e agora partiu para o Rio sem nem me avisar. Está claro que não serei bem-vinda.

- Violeta, minha irmã, você pensa demais. – fez uma careta de impaciência – Você partirá no primeiro trem amanhã pela manhã. Já comprei suas passagens e Dona Iara reservou um quarto para você no mesmo hotel. Não que vocês vão precisar de outro quarto... – riu com malícia.

- Você ficou mesmo doida, Heloísa! – Violeta encarava-a incrédula e viu novamente a irmã fazer uma careta de impaciência, para logo em seguida seus olhos brilharem.

- Eugênio foi para o Rio de Janeiro, Violeta. Rio. De. Janeiro. Não percebeu? – e ao ver a outra ainda conectando os fatos, completou – O mesmo lugar onde vocês tiveram a lua de mel! Inclusive, no mesmíssimo hotel! – Violeta abriu a boca em surpresa, sentindo o coração batendo mais forte - Está mais do que claro que esse homem te ama e irá te receber com os braços mais do que abertos!

Uma ponta de esperança brotou no coração de Violeta ao ouvir o que sua irmã lhe dizia. Eugênio fora para o mesmo lugar e para o mesmo hotel para onde viajaram da primeira vez. Ele buscou o mesmo destino daqueles dias de felicidade e amor que compartilharam juntos. De fato, essa não seria a melhor opção para esquecê-la, uma vez que para todos os lados que olhasse, o homem teria lembranças dela.

- Você acha mesmo que eu devo ir, Heloísa? – perguntou, nervosa e com um tímido sorriso de expectativa.

- Claro que sim! – sorriu e assistiu o rosto de Violeta estampar um sorriso aberto – Vá para sua segunda lua de mel, minha irmã!

- Eu vou, Heloísa! – afirmou, decidida – Trarei o Eugênio de volta para mim!

- Isso! – bateu palminhas alegres – Mas antes, vamos organizar essa pequena bagunça que fiz aqui! – riram e levantaram-se para organizar o espaço.

--

A viagem para o Rio fora tranquila e sem intercorrências, embora em seu coração Violeta contasse os minutos, ansiando pela chegada na capital. Sua vontade era sair correndo do trem quando o mesmo apitou, enfim, avisando da chegada na estação final, e disparar para o hotel em que sabia que o encontraria. E foi o que fez, rindo consigo mesma ao adentrar no carro de praça que a levaria até seu destino. No trajeto, uma ideia ousada se enfiou em sua mente, fazendo-a sorrir ainda mais com tudo aquilo. Por Deus, as loucuras que Eugênio a fazia cometer!

- Bom dia. – cumprimentou a recepcionista, após chegar no hotel e aproximar-se do balcão na recepção.

- Bom dia. Qual o nome da senhora?

- Violeta Camargo. Tenho uma reserva em meu nome. – assistiu a mulher buscar no grande caderno vermelho com a logomarca do hotel, vendo-a abrir um sorriso cordial ao encontrar seu nome.

- Aqui está. Quarto 302. – colocou a chave sobre o balcão – Vou pedir que lhe ajudem com as malas.

- Eu queria lhe pedir um favor. – acrescentou, depressa – Meu marido se encontra nesse hotel, mas em outro quarto, e eu vim sem avisar, para lhe fazer uma surpresa. – abriu seu melhor sorriso – Você poderia me ajudar nisso? Ele se chama Eugênio Barbosa.

- Sr. Eugênio Barbosa. – correu os olhos nas linhas, mas parou e encarou-a – A senhora não tem o sobrenome dele.

- Oh, acredito que deve ter havido algum equívoco da nossa secretaria. – tentou soar confusa – Meu marido é Eugênio Barbosa, deu entrada ontem nesse hotel. Um homem alto, cabelos grisalhos. Faz aniversário em 14 de maio. – soltou uma pequena risada e foi acompanhada pela recepcionista.

- Com a data de aniversário e a descrição, de fato, coincidem com nosso hóspede. Além do mais, só a esposa mesmo lembra o aniversário do marido. – riram novamente – Sr. Eugênio Barbosa. – buscou novamente no caderno - Quarto 301. Ao lado do da senhora.

- Você sabe me dizer se ele está? – perguntou, curiosa e em expectativa.

- Não, o Sr. Eugênio saiu há alguns minutos.

- Heloísa... – começou, ao ler o nome da atendente no crachá em seu uniforme vermelho – Um belo nome, é o mesmo de minha irmã! – foi simpática e viu a jovem mulher lhe sorrir, agradecida – Eu queria lhe pedir mais um favor. Gostaria de aguardar pelo meu marido dentro do quarto dele.

- Sra. Violeta, acredito que não po...

- Por favor, Heloísa! – segurou a mão da mulher sobre o balcão – Meu marido viajou depois de uma pequena briga que tivemos e vim para fazermos as pazes. Eu o amo muito, quero que fiquemos bem depressa! – observou o anel de noivado que ela trazia em seu dedo – A senhora me entende, não é? Vejo que é noiva... Sabe quão ruim é brigarmos com quem amamos, ainda mais por um motivo tão bobo.

Violeta assistiu a recepcionista olhar para os lados, indecisa quanto a qual atitude tomar, e fez a melhor expressão que podia para convencê-la a lhe ajudar.

- Por favor, Heloísa... – suplicou – Eu sei que está se arriscando, mas, lhe prometo, que nada vai lhe acontecer. – A recepcionista a encarou e suspirou com um pequeno sorriso.

- Aqui está a cópia. – dirigiu-lhe a chave sobre o balcão – E isso nunca aconteceu.

- Obrigada! Obrigada! – Violeta sussurrou, saindo com a chave. – Por Deus, Eugênio, olha as loucuras que você me faz cometer! – sussurrou novamente, dessa vez para si mesma.

--

O tempo que gastara entre organizar suas malas no quarto e rumar para o quarto de Eugênio não durou mais que alguns minutos. Entrara, observando a organização tão característica dele com seus pertences e sentindo o cheiro do seu perfume impregnado no local. Violeta suspirou, cada vez mais na expectativa pela chegada dele, enquanto o aguardava, agora, recostada sobre o parapeito da pequena varanda. Julgou que observar o movimento da rua logo abaixo pudesse lhe acalmar os ânimos. E foi exatamente assim que estava quando ouviu o barulho da porta, arrepiando-a em ansiedade.

Eugênio saíra para caminhar um pouco, visitando novamente o parque em que ele e Violeta haviam feito o piquenique há um tempo atrás. Todos os cantos daquela cidade o faziam lembrar dela e, entristecido pela atual situação que viviam, resolvera voltar para o hotel. Ao abrir a porta, estranhou haver uma pequena bolsa feminina ali. Mas, de imediato, reconheceu a quem ela pertencia.

- Violeta...- murmurou, com o coração acelerado.

O homem varreu o quarto com o olhar, parando na porta aberta que dava acesso a varanda. Em passos rápidos, dirigiu-se até lá e quase teve um troço ao vê-la. Violeta o encarava, com os lábios vermelhos emoldurando um belo sorriso, com os cabelos balançando levemente com a brisa e os olhos brilhantes cheios de saudades e amor. Ficou parado por alguns segundos, absorvendo a imagem a sua frente, não acreditando que ela estava realmente ali, no Rio de Janeiro, no quarto em que estava hospedado.

- Eu estou sonhando? – balbuciou e a viu negar com a cabeça, aproximando-se dele.

- Eu sou real, Eugênio. – buscou a mão dele e levou-a até sua face – Eu sou real e estou bem aqui, meu amor.

O ritmo das respirações dos dois se encontraram, assim que ela aproximou seus rostos, roçando seu nariz no dele, enquanto continuava-o encarando, sem perder a conexão tão cheia de sentimentos que tinham estabelecido ali.

- Eu sei que nós temos muito o que conversar. Muito o que dizer. – sussurrou, misturando seu hálito quente com o dele – Mas, agora, só me ama. Me faz sua, meu amor. Só sua. Inteiramente sua.

Eugênio entreabriu os lábios, inspirando profundamente, sentindo os olhos castanhos de Violeta lhe incendiarem juntamente com as palavras a pouco proferidas. Levou sua outra mão a face da mulher, segurando seu rosto entre elas e acariciando sua pele suave com os polegares, como tanto gostava de fazer. Foi a vez dela inspirar profundamente, segurando-o na cintura.

- Promete que não vai mais fugir de mim. Promete que não vai sair correndo e me evitar em todos os lugares.

- Prometo, meu amor. – ela disse, vendo a mágoa e receio que cintilavam nos olhos dele abrirem espaço para o amor e a esperança – Eu nunca mais vou fugir de você. Nunca mais vou te evitar. – diminuiu o espaço entre eles, puxando-o pela cintura – Agora me beija e me faz sua, meu amor – aproximou seus rostos ainda mais, se é que era possível – Eu estou morrendo de saudades de você.

Eugênio sorriu, antes de colar seus lábios num beijo ardente. Com volúpia, suas línguas foram de encontro uma à outra, sentindo as texturas deslizarem numa carícia que fez ambos arfarem. E Violeta derreteu em seus braços, quando ele puxou levemente os cabelos de sua nuca, enquanto sua outra mão deslizava por suas costas, apertando-a contra ele.

- Ah, Eugênio... – suspirou, quando ele desceu os lábios, beijando seu pescoço, antes de sugar um ponto específico.

Em resposta, as mãos dela subiram por dentro do paletó, numa tentativa de tirá-lo do corpo dele, a qual foi prontamente atendida pelo homem, que jogou a peça de roupa longe. Em seguida, Violeta livrou-se dos óculos dele e sorriu maliciosa, antes de puxar-lhe pelo pescoço, colando suas bocas novamente. As grandes mãos de Eugênio viajaram por sua cintura até encontrar suas coxas, suspendendo-a em seu colo, enquanto a sentia cruzar as pernas em torno de si.

Ao sentir seu corpo ser abraçado pela maciez dos lençóis, uma faísca de expectativa percorreu o corpo de Violeta. Enfim, estava com Eugênio. Enfim, o teria adorando seu corpo. Enfim, se sentiria a mulher mais amada do mundo. Observou-o em sua frente, ajoelhado na cama e retirando seus saltos, um por vez, antes de depositar pequenos beijos em suas panturrilhas. As mãos dele deslizaram por suas pernas em direção a cintura, abrindo o zíper de sua saia e arrastando-a até ser atirada em algum canto do quarto. Eugênio observou-a tirar a blusa rapidamente e puxá-lo para baixo, abraçando-o com suas longas pernas, exigindo seus lábios no dela mais uma vez.

- Violeta... – murmurou, separando seus lábios minimamente – Eu quero te provar.

- Me provar? – a mulher questionou, levemente confusa – Do que está falando, meu amor?

- Eu quero te provar. Aqui. – pressionou sua ereção latente na intimidade da mulher, que suspirou, mordendo os lábios e apertando seus braços – Com a minha boca.

Violeta o encarou surpresa. Nunca tinha vivido essa experiência, nem mesmo com Eugênio. É claro que ele já tinha descoberto outras partes de seu corpo com os lábios, mas nunca o tivera dessa forma entre suas pernas. A imagem multiplicou em vários níveis seu tesão e sentiu-se ainda mais molhada do que já estava.

- Você pode fazer o que quiser comigo, Eugênio. – mordeu vagarosamente seu lábio inferior – Hoje eu deixo. – riu, com desejo e malícia.

O homem depositou um beijo molhado em sua boca, antes de retirar a combinação de lingerie que Violeta usava, deixando-a completamente nua.

- Tão linda. – murmurou e ouviu-a arfar em expectativa.

Delicadamente, Eugênio espalhou beijos em seu colo, descendo até encontrar seus seios. Violeta arrepiou ao sentir a boca quente do homem naquela área tão sensível, sugando com precisão, levando suas mãos até os cabelos dele, puxando-o entre seus dedos. Eugênio se dedicou ao que fazia, dispensando as mesmas carícias ao outro seio, enquanto sentia a mulher se contorcer embaixo de si. Sua boca viajou para baixo, passando por sua barriga, até encontrar com sua intimidade. Depositou um pequeno beijo em seu monte de vênus e olhou para a mulher, sorrindo e colocando suas coxas sobre seus ombros, enquanto se ajoelhava ao pé da cama.

Violeta sentiu o mundo girar quando a boca de Eugênio entrou em contato com sua intimidade. Por Deus, que sensação era aquela! Nunca havia sentido prazer igual aquele e torceu os lençóis em suas mãos, fechando os olhos. Como era delicioso! A língua do homem movimentava-se em seu clitóris, numa brincadeira maliciosa, que intercalava com sugadas precisas e delirantes. Mas, ao senti-la descer até sua entrada, enquanto Eugênio deslizava um dedo para dentro dela, Violeta se sentiu a beira de um precipício, levando suas mãos até os cabelos grisalhos dele. As sensações eram múltiplas e avassaladoras, empurrando-a cada vez mais para a borda, até que sentiu-se cair naquele mar de prazer.

- Deliciosa, como eu supus. – Eugênio sussurrou, após a mulher gozar em sua boca.

A imagem a sua frente era esplendorosa. Violeta respirava descompassadamente, com seu corpo recuperando-se do ápice que atingira, os olhos fechados e os cabelos revoltos. Esplendorosa. Quando ela abriu os olhos e o encarou, sentiu-se ruborizar. Eugênio sorriu e ergue-se, estendendo a mão e puxando-a, fazendo com que se sentasse, antes de inclinar-se e segurar seu rosto entre as mãos, beijando-a.

- Eu quero sentir você dentro de mim.

As roupas de Eugênio foram rapidamente retiradas e Violeta movimentou-se para o centro da cama, recebendo-o sobre si, entre suas pernas. Eugênio emoldurou seu rosto com os antebraços, perdendo suas mãos nos cabelos volumosos, e olhou-a, penetrando-a. A mulher abraçou-o com as pernas, segurando-o em seus braços. O ritmo lento se refletiu no beijo que trocaram, numa vagarosa carícia entre suas línguas. Eugênio arrastou seus lábios até seu pescoço, sugando-o, e Violeta abraçou-o, com as mãos deslizando por suas costas, num leve arranhar, que o incitou a intensificar o ritmo das estocadas.

- Ah, Eugênio... – ela gemeu, apertando-o dentro de si.

O homem olhou-a, ambos lânguidos de prazer, e colou suas bocas num beijo urgente. Violeta segurou-o pela nuca, arfando, sentindo as respirações descompassadas se misturarem. As estocadas de Eugênio eram firmes e precisas, atingindo um ponto específico na mulher, que estava enlouquecendo-a. A situação dele também não era muito diferente, pois os apertos que Violeta lhe dava estavam o levando a loucura.

- Vem comigo, meu amor. – ele murmurou, sentindo que estava chegando ao orgasmo.

Gemidos de satisfação e prazer inundaram o quarto, quando ambos gozaram. Eugênio depositou seu corpo sobre o de Violeta, enfiando a cabeça em seu pescoço, sentindo-a abraçá-lo. As respirações de ambos encontrando uma sintonia própria. Alguns segundos depois, o homem iniciou uma trilha de pequenos beijos até alcançar sua boca, beijando-a vagarosamente.

- Que saudades eu estava de você, meu amor. Que saudades! – ele disse, beijando-a novamente, antes de contornar seu rosto com as mãos, como amava fazer.

- Eu nunca mais vou te deixar ir. Nunca mais. – selou seus lábios demoradamente. – Eu te amo, Eugênio. Eu te amo.

- Eu também amo você, meu amor.

--

- Hmmmm – Violeta gemeu, manhosa, ao sentir pequenos beijos sendo depositados em seu pescoço. Estavam dormindo de conchinha, com o braço de Eugênio abraçando-a pela cintura, permitindo que sentisse sua ereção matinal. Propositalmente, ela remexeu-se, aproximando ainda mais seus corpos. Em resposta, Eugênio afastou seus cabelos e sugou seu pescoço, enquanto apertava-a.

Violeta libertou-se rapidamente, virando-se e o beijando, enquanto erguia uma de suas pernas na altura da cintura dele, não demorando para senti-lo novamente dentro de si. Vagarosamente se beijavam, tal qual o ritmo do movimento de vai e vem que ele imprimia no amor que faziam. Permaneceram de lábios encostados, trocando as respirações quentes e com os olhares conectados. Violeta amava quando faziam amor assim. Lento. Aproveitando cada mínimo segundo com intensidade. Senti-lo preenchê-la era uma sensação indescritível e agora que o sentia novamente, tinha mais certeza de que não havia possibilidade de afastá-lo alguma outra vez. Uniu seus lábios mais uma vez e gozaram juntos.

- Agora sim, bom dia. – ele disse, ao sair de dentro dela, vendo-a suspirar e sorrir, selando seus lábios.

- Quero sempre ser acordada assim. – ela respondeu.

- Se depender de mim, acordará assim todos os dias. – acariciava sua cintura.

- Eugênio, - ela começou – me perdoe por ter te afastado. Tive tanto medo de que algo te acontecesse, que deixei o medo ser maior que o amor que sinto por você. Me perdoe também pelas palavras duras que lhe disse. Me parecia ser a única forma de mantê-lo seguro e bem longe de mim.

- Eu te perdoo, meu amor. – Eugênio respondeu, alisando seu rosto – O passado fica como aprendizado, de que não podemos nunca mais ficar longe um do outro...

- Nunca mais. – ela sussurrou, selando seus lábios – Uma vez você me disse que juntos podíamos enfrentar o mundo. Na época, eu te disse que não queria enfrentar ninguém. Mas, eu quero, Eugênio. Eu quero enfrentar o mundo e o que mais for preciso para ficarmos juntos, meu amor.

- Vamos enfrentar tudo o que for preciso, porque o que importa agora é o futuro. O nosso futuro. Juntos.

Violeta concordou e sorriu. Aquele sorriso que fazia Eugênio esquecer do mundo. E ambos esqueceram o mundo e se amaram mais tantas vezes naqueles dias que passaram no Rio de Janeiro.



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