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História Re: E se...? If - Epilogue - Promise IF


Escrita por: ThinkMind

Notas do Autor


Esse é o meu primeiro epilogo, me digam o que acharam da estrutura.

Capítulo 47 - Epilogue - Promise IF


1) Julius Juukulius;

Julius não sabia o que sentir desde os eventos de meses atrás — mais de um ano atrás, cerca de 15 meses atrás — e de como tudo parecia estar decorrendo-se de uma forma tão terrível para todos. E qual foi o inicio desses eventos catastróficos que estavam afetando o mundo dessa forma? Veio desde o salão na Seleção Real. Um acontecimento que marcou-o de uma forma permanente, em um nível pessoal.

Pois naquele dia deveria ser quando as Candidatas deveriam ser apresentadas para todos. Os cavaleiros, os nobres, os sábios do conselho. Todos os que seriam parte essencial de toda Seleção Real. As Cinco Candidatas, junto dos Cavaleiros que lhe foram escolhidos ou elas escolheram para representá-las. Só uma não possuía um.

Emilia, apenas Emilia.

Ela não tinha um cavaleiro, só o apoio do Mago da Corte, Roswaal L. Mathers, a pessoa quem deveria proteger e guiar a garota de cabelos prateados, ou era o esperado. Uma coisa complicada para quem enfrentava os preconceitos pela aparência semelhante a uma das, ou A figura mais odiada de todo mundo. Gerando especulações referentes a ela ter ou não boa índole, tudo por causa de sua aparência.

Os acontecimentos que se seguiram naquele salão foram inesperados. Emilia foi atacada por sua aparência, foi insultada pelos nobres e por um dos membros dos sábios.

Todos esperavam tal coisa.

Aguentar as humilhações, aguentar o preconceito. Era algo que eles esperavam que ela seria capaz de lidar, ainda mais se quisesse enfrentar os desafios como Rainha. Uma coisa que ainda deixava um gosto ruim na boca das pessoas que desgostavam de tais coisas — Julius como um deles, apesar de nada ter feito naquela ocasião. E então aconteceu. Um ataque inesperado contra as figuras que insultavam-na, que atacavam-na como se fosse um monstro repulsivo.

O Grande Espírito do Fogo, Puck, aquele que era conhecido como a Besta do Fim. Tal fera que estava em um contrato com a garota de cabelos prateados. E naquele momento de insultos, ele atacou. Sem pudor, sem dar tempo para defenderem-se, sem chance de sobrevivência para quem estivesse no seu raio de visão.

Mais de dez nobres e um dos membros dos Sábios morreram. Empalados, congelados. Mortos de maneiras brutais pelo pequeno ser com a figura de um gato, que foi um golpe para todos.

Aquele dia marcou uma mancha para todos os cavaleiros. As pessoas comentariam, comentam ainda hoje, o quão incapazes foram em cumprir a tarefa de proteger aqueles que estavam á sua frente naquele momento de um monstro, e como eles também falhavam em proteger e cuidar dos mais necessitados que estavam abaixo de sua visão. Um ponto de ignição que levou a muitas revoltas populacionais do povo contra os Cavaleiros, com o apoio de casas nobres que perderam seus membros no ataque de tal ser.

Tal acontecimento não afetou somente os cavaleiros em um nível publico, mas alguns em nível pessoal. Entre esses, os principais foram o próprio Julius Juukulius e Reinhard Van Astrea.

O Cavaleiro Espiritual, em sua opinião sentia-se mais incapaz que antes por tal. Já que ele declarava-se orgulhosamente com seu titulo e espíritos quando tinha tal chance, ele seria o que mais se importava com as relações de contratante e espírito contratado e o trabalho em equipe entre esses. Um espírito como Puck, um ser que deveria ser o ápice entre todos os seres espirituais, exibindo um comportamento tão agressivo e sanguinário foi um grande golpe pessoal no seu orgulho como nas relações que ele acreditava entre os espíritos com seus contratantes.

Mas tais golpes no orgulho dos Cavaleiros, como no pessoal não continuaram só nos acontecimentos da Capital Real. Como se estenderam.

Entre os afetados em sua imagem como na opinião publica, estavam, obviamente, as figuras de Emilia, a Contratante de Puck, e Roswaal L. Mathers, seu patrocinador. Teorizando-se que aquela seria uma declaração que caso não aceitassem sua participação como candidata por bem, teriam de aceitá-la por mau. No caso: Eles mataram aquelas pessoas que insultaram-na para forçar os outros a aceitarem. Mas tal efeito teve seu ponto no ponto oposto, já que também começou a teorizar-se que Emilia estaria em tal participação para eliminação dos Sábios e do reino.

Como a Segunda vinda de Satella, como tal evento seria marcado. Onde seu primeiro ato para atacar seria atacar os de figuras mais importantes, em especial para humilhar os cavaleiros ao realizar um ataque com letalidades na presença do Santo da Espada — ou pelo menos assim foi compartilhado pelos Cavaleiros e nobres.

Tais boatos começaram a denegrir a imagem publica de Emilia como uma candidata instável que atacaria e eliminaria quem ficasse no seu caminho para o trono.

Os nobres e os cavaleiros espalhavam tais boatos como uma vingança pelo ocorrido.

Obviamente, Julius e Reinhard, por suas honras inquestionáveis, não participaram de tais atos hediondos de propagar calunias contra uma Candidata Real, mesmo que rival aquela que eles juraram sua própria lealdade. Mas nada puderam fazer, já que os boatos continuaram a serem espalhados por tais figuras raivosas pelos ocorridos no salão real.

Mas voltando a referir-se a Emilia. Pelo que eles souberam do acontecimento, falava-se do ataque pelas mãos de um dos Arcebispo do Culto das Bruxas, o Arcebispo da Preguiça, Petelguese.

Quando foi-se sabido de tal ataque, Julius, como Reinhard, foram enviados com um esquadrão para averiguação junto de outros cavaleiros. E dentro dos domínios Mathers encontraram somente destruição e morte. Vilas destruídas, pessoas mortas, queimadas, crianças esquartejadas, tudo uma obra prima de caos e sangue. Mesmo Roswaal L. Mathers, como aqueles em sua Mansão pereceram. E deduzia-se que Emilia também encontrou tal final. As terras da Mansão encontrou seu final em chamas, pelo que Julius presenciou.

Um fim trágico na percepção do cavaleiro de cabelos roxos, mas não foi desagradável para alguns de seus colegas cavaleiros. Já que ele sabia bem como alguns comemoraram no pensamento de que a candidata com semelhança da Bruxa tinha encontrado seu fim nas chamas ocasionadas por um de seus seguidores. Coisa que Julius não concordava, pois não conseguia encontrar felicidade ou motivos para comemoração naquela visão tão devastada daquelas terras.

Agora ele tinha que trabalhar para cumprir sua função. Pois a onda de destruição do Culto das Bruxas tornava-se cada vez maior desde os eventos das propriedades Mathers, aumentando o número de mortes pelo país.

2) Otto Suwen;

Em um bar de uma estrada, algumas pessoas poderiam ser encontradas. Entre elas você poderia encontrar um jovem de cabelos grisalhos e roupas verdejantes, com um chapéu, onde ele geralmente guardava parte de seu dinheiro extra para segurança. Otto Suwen. Tomando um gole, ou virando uma garrafa inteira de bebida.

Sem ninguém para impedi-lo, ele o faria várias vezes. Até desmaiar de tanto beber, com o motivo de relaxar sua cabeça, tudo para não pensar nas coisas que tinha que lidar como comerciante.

Porem dessa vez ele estava comemorando.

Graças ao apoio de seu pai, como de um patrocinador que ele ainda não tinha conhecido pessoalmente, mas era extremamente grato, ele tinha pago suas dividas. A armadilha de divida criada por Russel Farrow. Uma armadilha que quase o fez passar pelos domínios da terra Mathers em sua partida desesperada da capital, bem na época do ataque do Culto — mas não o fez ao se lembrar das noticias da Capital. O que o fez tomar rotas alternativas. Entre elas, ele acabou passando pelo campo vermelho.

O Campo Vermelho. Um lugar onde foram encontrados dezenas de corpos mortos, perto a grande Arvore de Flugel. Corpos não identificados de pessoas desconhecidas como também nevoam da Baleia Branca. Fácil de deduzir-se sobre o que tinha acontecido naquele campo manchado de sangue. O exercito de uma pessoa, talvez uma figura conhecida, que tentaram enfrentar a Baleia Branca, um dos três monstros mais conhecidos do mundo.

A fera alada gigante cuja nevoa que emanava de si poderia apagar as pessoas das memórias. Mesmo que não soubessem como, descobriu-se tal efeito sobre a nevoa quando perceberam pessoas mortas sem ninguém em nenhum lugar lembrar-se delas. Tal informação foi passada por uma figura desconhecida anteriormente. E essa fera tinha causado o fim do antigo Santo da Espada, Theresia van Astrea, avô de Reinhard van Astrea, o atual Santo da Espada.

Otto lembrava-se bem da sensação que sentiu.

Ver corpos largados, ver tantos litros de sangue derramados sobre contra grama verdejante. Ver o rastro de destruição deixado por aquela enorme fera temerosa que todo bom comerciante encontrava um jeito de evitar, como os Arcebispos, ou até mais. Ver como um campo de batalha era. Ele não era indiferente a violência, mesmo já passando por situações arriscadas, mas nunca naquele nível. Não com tantos corpos. Ele até pensou ter ouvido sons de choro, pensou ter ouvido lamentações naquele campo, mas não parou para verificar.

Seguindo por aquele caminho daquela forma, ele chegou até a Capital. Mas não se salvou da Armadilha de Divida que infelizmente prendeu-o em um contrato com a figura de Farrow.

Quando se tornou um escravo de dividas com o homem, ele quase sempre tinha que fazer serviços de entregas, serviços simples em sua maioria, mas as vezes envolvia-se em confusões problemáticas — tudo por conta de seu azar. O pior que aconteceu foi quando ele quase foi atacado. Ele estava tentando seguir por um caminho principal de volta a Capital, junto de outros comerciantes, quando foram subitamente atacados pela dita Baleia e sua nevoa do esquecimento. Por sorte, azar, destino, ou o que quer que fosse chamado: Otto foi o único sobrevivente, ou pelo menos o único que não foi esquecido.

Mas não que isso lhe agradasse. Ver de perto o caos que aquele monstro causou, como as mortes. O fez se lembrar daquele campo sangrento que misturou o verde da grama e o carmesim brilhante dos órgãos que vazavam dos cadáveres daquelas pessoas. Desgostando fortemente das mortes que aquele monstro causava. Otto amaldiçoava a existência daquela criatura monstruosa, como também quem quer que tivesse criado tal monstro — especulava-se ter sido a própria Bruxa da Inveja quem o criou.

Se Otto continuasse contando sobre seus problemas, suas frustrações. Ele poderia passar uma vida inteira fazendo. Só que nesta noite ele não ligava, pois estava feliz.

Sem mais dividas.

Não mais preso ao contrato com Farrow, sem mais dividas. O dinheiro que ele ganhasse na totalidade seria para seus próprios negócios pessoais e investimentos para seu objetivo final: Uma loja na Capital.

Otto Suwen estava livre de sua divida graças ao seu pai e ao seu benfeitor.

[Otto: Obrigado, Natsuki-San! Obrigado por me resgatar de um destino frio!]

Bêbado, ele gritou. Feliz e erguendo sua caneca o mais alto que podia naquele momento, as pessoas olhava para ele com estranheza, pensando em quão exageradamente aquele comerciante estava nos tempos sombrios que se seguiam há tempos. Especialmente depois dos acontecimentos recentes na cidade de Priestella.

Um massacre gigantesco contra cidade de Priestella pelas mãos dos Arcebispos. A cidade inundada não a menos de dois dias de jornada daquele bar em que Otto estaria. Uma quantidade massiva de mortes, que quase ocasionou a morte de uma das Candidatas ainda vivas, Anastasia Hoshin, que tinha salvado-se por um acaso do destino.

Ironicamente tal acaso se ocasionou pelo benfeitor em comum de ambos, Subaru.

Os negócios que o jovem de cabelos negros estavam prosperando tanto em uma das cidades que fazia fronteira com Kararagi, Picoautatte, que chamou bastante atenção da candidata, que retornou temporariamente para Kararagi na intenção de se aproveitar para distribuir e prosperar com tais negócios dentro de seu país natal. Um desejo repentino que então salvou as vidas dela, dos Presas de Ferro, e permitiu-lhe viver mais um dia.

Otto continuava comemorando naquele momento, feliz. Satisfeito e emocionado.

3) Rem e Félix;

[Félix: O que você acha, Rem-chan~~?]

[Rem: ——?]

Rem ficou com um olhar confuso enquanto olhava para vidraça de uma loja de roupas, com vestidos dentro bonitos, elegantes. Vestidos que geralmente seriam usados por damas refinadas, ou extremamente bonitas na opinião de pessoas. E Félix, mesmo sendo um rapaz, por sua constituição e aparência, como sua personalidade refletia-se como uma garota animada e fofa.

Uma coisa que era um pouco frustrante para Rem quando saiam para compras dos mantimentos do lar deles, já que ela geralmente fazia isso com Subaru, em suas saídas com Félix o homem de aparência afeminada e que usava vestidos fofos e quase sempre tentava convencê-la em tentar vestir-se de uma forma diferente que o uniforme de empregada que ela geralmente usava. Tal coisa também acontecia com Subaru, obviamente. Subaru tentava mimá-la com presentes, roupas, entre outras coisas e isso deixava-a internamente feliz, mas como com Félix, ela tentava avidamente negar tais propostas.

Rem tinha que tentar o controle sobre gastos necessários e desnecessários ocasionados em momentos oportunos e inoportunos, e ela considerava este como um desses momentos. Pelo fato de que ela não via valor em lhe comprarem roupas que ela não perderia tempo usando quando precisava trabalhar diariamente no lar deles. Mesmo um casa pequena, ela tinha bastante serviço por parte da figura mais importante na casa, e ainda mais depois do que aconteceu dois meses atrás.

O que muitas vezes geravam respostas distintas de Félix e Subaru, pois estes ainda queriam tentar agradá-la para fazê-la feliz.

[Félix: Rem-chan deveria pensar um pouco em si mesma e em sua aparência e gostos pessoais, sabia, Nya~? Mesmo Subaru-Sama concorda com Ferris-chan nesses casos. Nya~]

[Rem: ——Rem agradece as intenções de Subaru-kun e Ferris-chan, mas Rem não serve para esses tipos de roupagens elegantes. Rem está contente em sua roupa de empregada que cuida todas as noites.]

[Félix: Não percebe que tal coisa é um pouco triste para o orgulho feminino clássico? Nya, Subaru-Sama também se decepcionaria se ouvisse suas palavras de agora, não acha? Eu pelo menos acho que você deveria ter pelo menos uma muda de roupas para ocasiões especiais, Rem-chan.]

Com um comentário decepcionado, o olhar do homem-gato, parado com as mãos nos quadris e uma expressão triste, acompanhando-a andando pelas ruas e passando pelas pessoas enquanto carregava uma cesta com compras. Uma cena bastante cômica para alguns, mas tão normal quanto poderia ser. Eles continuaram seu caminho.

Como sempre nessas situações, desde a chegada na cidade, Rem mantinha-se focada nos pontos mais importantes da sobrevivência deles como comida ou limpeza ou outros cuidados. Enquanto Subaru cuidava de outra parte quando tratava-se da situação monetária, como seguranças contra os possíveis caçadores do Culto das Bruxas e o cuidado com a figura mais importante dentre eles, quando falava-se em questão de cargo.

E quando ela pensava nisso, sua expressão caiu novamente.

Pensando nos eventos de mais de um ano atrás, ela sentia-se confusa. Tristeza. Raiva, negação. Pois tratou-se do ataque de um dos Arcebispos do Culto que no passado destruiu sua vila.

Aqueles monstros mataram seu povo, mataram seus pais, e depois tinham matado sua irmã, como o Mestre que lhe deu um lar e então seu novo lar com fogo, além de massacrar mais inocentes naquele momento, algo que ela e nem Subaru se esqueceriam  depois de verem o massacre na Vila de Arlam. O mesmo massacre que no passado ela pode presenciar em seu próprio povo, os Onis.

Agora... só restava ela.

Tal percepção sempre doía, pois ela tinha esperanças que sua irmã ainda conseguiria sobreviver de alguma forma. Crendo que seria capaz de sentir sua conexão com ela. Só que nada. Ela não tinha mais sua conexão com sua amada irmã, não conseguia mais senti-la, não conseguia aceitar. Mas era inevitável saber que ela tinha falecido no ataque, enfrentando o Culto das Bruxas no final para ajudá-los em sua fuga.

O que lhe rendeu uma enorme dor. A dor da perda, a dor do luto.

Mas ela tinha que manter-se forte.

Subaru tinha salvo-a, como salvo todos aqueles que viviam juntos. Mesmo o animado Félix atual tinha no passado sido só uma casca vazia, triste. Subaru tinha resgatado-o do Campo Vermelho, o campo carmesim de uma centenas de corpos, e lhe dado esperança novamente. Mesmo que isso tenha sido também estranho, para oni de cabelos azuis. Pois ela via como Félix observava Subaru.

Talvez pudesse ser considerado ciúmes pelos sentimentos que ela já nutria pelo rapaz de cabelos negros? Talvez fosse, se ela não tivesse visto claramente. A forma como ele falava e agia com Subaru, os gestos de carinho exagerados, as tentativas de chamar atenção, como também as investidas nada lisonjeiras que faz contra o garoto — e algumas vezes de maneiras descaradas que envergonharam-na nas vezes que pegava-o se tocando de maneira indevida com as roupas antigas de Subaru. E isso fazia Rem ficar de olho nas formas de agir do homem-gato, especialmente pelas conseqüências que seus atos impensados poderiam gerar.

Subaru tinha feito tudo o que lhe foi possível para salvá-los.

Rem o via como um grande herói. Mesmo que soubesse que ele tentou seu melhor, talvez fosse egoísta ela querer que ele tivesse sido capaz de salvar todo mundo? E quando ela se perguntava isso, Rem cerrava seus punhos, deixando-os brancos pela força e arranhando sua pele até cair gotas de sangue, culpando-se. Pois ela sabia o limite que ele possuía em uma situação daquelas, pois contra um monstro daqueles seria impossível até mesmo para Subaru encontrar uma forma de superar aquela situação.

Ela não poderia culpá-lo pelas coisas que ele não tinha controle. Ela só poderia se contentar com o máximo que ele conseguiu, como o herói que ela fortemente acreditava que ele é. Mesmo agora ele toma conta de todos. Sacrificando sua felicidade, sua mente e até mesmo seu corpo para suportar o peso de proteger aqueles ao seu redor.

E mesmo que seus desejos obscuros que tudo fosse um sonho sombrio, ela ainda agradecia por poder estar junto de seu amado... mesmo que ela desejasse estar ainda mais ligada do que atualmente estava.

Mas isso seria impossível para Rem, ela sabia bem disso.

Pois tinha um problema maior que ele tinha diariamente de lidar, como ela e Félix. Só que sua carga era maior nesses últimos dias.

4) Emilia;

Quase sempre por algumas horas, ela observava aquela pequena criatura deitada no berço personalizado criado por Subaru. Com bonecos costurados a mão, um brinquedo que segurava brinquedos em forma de estrelas e planetas, e vários travesseiros confortáveis ao redor para que aquele pequeno ser pudesse descansar. Uma criança de pele branca, cabelos negros, orelhas pontudas, dormindo calmamente — e possui olhos afiados, assustadores.

Uma bela e linda garotinha com cabelos formando-se, se tornando mais longo a cada momento.

Chochorina, uma criança um quarto elfo.

A filha de Natsuki Subaru e Emilia. Pequena, cuidada. Descansando calmamente como se nenhum problema pudesse atingi-la enquanto fosse cuidada pela meio-elfa de cabelos prateados, que fixava seu olhar na pequena garotinha que se remexia durante o sono. Uma coisa que a jovem mãe fazia com seu bebê durante várias horas a cada dia desde o momento de seu nascimento.

Ela a observava fixamente, sem perder um segundo de seus movimentos desajeitados no berço criado pelo pai da criança. Uma coisa que ela adorava!

Na percepção de Emilia, tudo estava perfeito. Perfeito! Desde a Capital onde ela sofreu a quebra de confiança com Puck, que simplesmente cometeu aqueles atos hediondos, matando aquelas pessoas de maneira tão grotesca, e não a permitiu nem ter uma chance de dialogar com aquelas pessoas que poderiam conceder seu desejo de salvar o povo da floresta de Elior. Descumprindo o acordo deles. E mais tarde, ao retornarem para mansão; eles conversaram. Puck tentou lhe explicar como aquilo era um trato com Roswaal, como ele tinha certeza de que Subaru iria concertar aquilo de alguma forma como tinham combinado, para juntos também mostrarem o poder que ela possuía com o poder de um dos Grandes Quatro Espíritos dos tempos atuais.

Mas ela não aceitou tais palavras.

Subaru sempre cumpriu suas promessas até o momento! Ele confiou nela! Ele se sacrificou várias vezes para ajudá-la desde o primeiro dia em que se conheceram, e confiou nela quando Emilia pediu para que cumprisse sua promessa na reunião das Candidatas da Seleção Real. Uma coisa que ela agradeceu! Ela não gostaria de pensar no que teria acontecido com ele nas garras de Puck.

Puck é um mentiroso, cruel, hipócrita. Alguém que falava em cumprir promessas, alguém que falava sobre confiança.

Subaru mostrou-se como alguém melhor do que Puck. Ele cumpriu sua promessa, ele salvou sua vida, ele ajudou-a a fugir e a cuidar de si mesma quando abandonou o seu amado “pai” para trás na Mansão Mathers. Subaru sempre foi alguém gentil, atencioso. Alguém que se sacrificava para cuidar dela, como cuidar de todos. Mesmo que ela não gostasse muito dessa última parte.

Fazendo parte de sua natureza, ela tomava conta de Rem e de Félix junto dela desde que escaparam. E ela desgostava disso. Rem, ficou perceptível para ela como a empregada oni gostava de Subaru da mesma forma que Emilia gostava. Por isso ela agiu! Quando descobriu nos ensinamentos de Félix como as crianças eram realmente feitas — coisa que a fez descobrir mais das mentiras de Puck — ela não perdeu tempo na tentativa de formarem uma família, a chance de amarrá-lo a si para terem uma vida felizes juntos.

Os pensamentos dela sobre Subaru quando pensava sobre tais acontecimentos se tornavam acalorados, como suas bochechas ficavam vermelhas. Pensando sobre as noites intensas que tinham...

[Emilia: Subaru é sempre tão gentil... Quando eu demonstro meu amor por ele, ele não hesita. Ele me deixa fazer o que eu quero e toma cuidado para não me ferir... E ele também é tão grande naquele lugar... foi difícil se acostumar no inicio. ——Ele nem sequer reclamava quando eu o machucava sem querer.]

Quando pensava sobre as noites que compartilhavam, ela pensava sobre como acabava perdendo o controle naqueles momentos. Chorava, ou gritava de raiva. O abraçava, ou as vezes o acertava com golpes descontrolados com sua força meio-elfa. Beijava-lhe, ou as vezes arranhava seu corpo e lhe enchia de cicatrizes. Mas ela sempre o curava com as magias que desenvolvia com Félix — que as vezes ajudava-a para cuidar de seus ferimentos.

Emilia não desgostava de Félix.

Subaru o resgatou naquele campo ensangüentado, quando estava sozinho. Esquecido e quebrado. Subaru estendeu sua mão gentilmente para cuidar dele, o protegendo, e o ajudando a melhorar até se tornar quem é hoje. E o convenceu a tornar-se seu professor de magia de cura. Emilia prontamente obedeceu ao pedido de treinamento!

Emilia sempre gostava de se esforçar para mostrar o quão boa ela era para Subaru, gostava de mostrar que ela é uma Boa Garota, para que ele não a expulsasse ou a abandonasse. Por isso ela sempre atendia aos seus pedidos. Não matar Rem por ciúmes? Mesmo que desejasse, ela não o faria em nome do pedido de seu amado. Aprender a Magia de Cura? Ela aprenderia com Félix e se tornaria cada vez mais eficiente nela, para até superar o considerado melhor curandeiro.

Um desejo egoísta para que Subaru nunca a abandonasse. Até por isso eles tiveram uma garotinha juntos, uma forma de mostrar o laço que os unia.

Uma pequena e bela garotinha.

Uma pequena garotinha que Subaru mostrava amar.

Uma pequena criança que Emilia ver dividindo o tempo que ela e Subaru tinham.

As vezes Emilia se via pensando nisso. Por quê? Por que ela quis ter uma criança que cada vez mais monopolizaria o tempo que Subaru teria com ela? Porque ela queria toda atenção dele sobre si, a atenção da única pessoa em que ela confiava, a única pessoa que não a abandonava, a única pessoa que sempre se esforçava para cuidar de todos e ela em especial Toda atenção que ele tinha agora estava dividida em quatro.

[Emilia: Isso não é justo...]

Pensando nisso, seus olhos continuavam fixos na pequena criança que dormia calmamente. Lentamente levando sua mão até o pescoço da pequena criança. Ela segurou o pequeno pescoço da criança e apertou, apertou, começou levemente, até ficar cada vez ficando mais forte e isso incomodou a criança, que se remexeu e fez uma expressão de dor.

Bastava apertar um pouco mais forte. Se ela continuasse, ela quebraria o pescoço da pequena criança. Ela morreria e voltariam a serem somente quatro pessoas. A atenção de Subaru voltaria a ser somente para ela, Rem e Félix. Se livraria do pequeno ser que agora sugava parte da atenção de Subaru que era para ela. A pequena criança que apesar de ter seu sangue, e o nome que ela deu. Não tinha seu total interesse.

Pelo menos era assim que ela pensava.

Mas quando chegava o momento, ela abria sua mão. Deixava a criança liberta para voltar a respirar normalmente e com um pouco de dificuldade pelo acontecimento anterior. Pois Subaru amava aquela criança, era o que ligava ele a ela. Era o que o mantinha junto dela. Emilia não poderia matá-la, não poderia se livrar daquela criança, ainda.

Emilia novamente voltou para mesma posição que antes, vigiando a pequena criança. Sua criança. Aquela que se vivesse manteria Subaru com ela, mas se morresse ele poderia se afastar ou até abandonar ela. Sua pequena Chochorina que mantinha Subaru preso a ela e que também lhe tirava parte de sua atenção.

Assim seria sua vida até que a criança crescesse.


Notas Finais


Fiquei animado hoje de manhã por causa de uma festa de aniversário, então, escrevi esse capítulo com ainda mais animo. O que acharam? É que tanto aqui quanto em outros lugares que posto essa minha história, alguns perguntaram se esse IF poderia ter a esperança de algum final feliz e esse epilogo é pra mostrar que: Não. O Promisse IF não tem um final feliz.

Destino de alguns personagens:

-Julius: Ele, junto de Reinhard e os Cavaleiros, estão lidando com os problemas do Culto das Bruxas. Pois Petelguese perdeu o controle após o desaparecer de Emilia e começou um rastro gigantesco de destruição pelo país, ao ponto de que ele inundou Priestella no ataque do Culto a ela.
-Otto: Ele se livrou da sua divida e conseguiu até voltar para sua casa, onde enfim conheceu Subaru. Tornando-se amigos.
-Rem: Ela tem raiva de si mesma por não ser capaz de proteger Ram ou lutar ao seu lado até o fim, mas também raiva de si mesma por ter desejado morrer quando Subaru esforçou-se tanto para salvá-la e continua se esforçando para mantê-la viva e feliz. Além de triste por não poder compartilhar seu amor com ele sem que Emilia a ataque, coisa que só é impedida por Subaru.
-Félix: Ele sente por Subaru o mesmo nível de amor que sentia por Crusch quando ele ainda se lembrava dela, fazendo atos até imorais que ele não faria com ela. Entre esses atos: Apalpar e molestar Subaru quando está o curando os ferimentos de Subaru feitos por Emilia, ou se tocando de maneira indecente com as roupas dele. Tal comportamento pela paranoia criada pela perda de Crusch e a substituição dela por Subaru.
-Emilia: Ela as vezes acabava tendo ataques de fúria ou tristeza enquanto estava com seus momentos íntimos com Subaru, por isso aprendeu mais sobre Magia de Cura por pedido de Subaru (que já morreu com seu pescoço quebrado por ela, mesmo que Emilia não saiba disso).
-Chochorina: Possui 2 meses de idade. Subaru a ama incondicionalmente, independente do motivo sombrio que Emilia teve para dar a luz a essa criança, enquanto Emilia nunca disse nenhuma vez que amava-a, já que ela realmente não ama ou se importa mais do que um elo com Subaru para que ele não a abandone. Durante esses 2 meses de vida, ela já foi sufocada por sua mãe cinco vezes (e Subaru já teve que se matar três vezes para voltar no tempo e salvá-la de ser morta, por sufocamento ou pescoço quebrado nas primeiras três vezes que Emilia a sufocou, a partir da quarta, Emilia não a sufocava mais para matar já que a imagem de Subaru a impedia de seguir em frente).

Então, eu consegui deixar mais perturbador o final? Porque eu senti que o final do Extra 2 não deu a totalidade de quão sombrio realmente esse IF era na concepção que eu pensei para ele. Por isso, espero ter conseguido transmitir o quão cruel essa Rota é e o quão triste realmente é a vida do Subaru nesse IF.


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