História Re: E se...? If - Extra - Mabeasts IF

Félix poderia esperar ver muitas coisas na sua vida. Algumas coisas poderiam ser criveis e outras difíceis de se ver, mas existiam aquelas que deveriam ser impossíveis. Em seu mundo, na percepção com base na vida que viveu até o momento, entre as coisas impossíveis era aquela visão. A visão que nunca pensou ver no Campo de Batalha.

Naquela noite. A Lua prateada brilhava fortemente nos Céus, como as estrelas que eram visíveis pelas poucos nuvens que eram lentamente sopradas pelo mundo.

Os campos verdes brilhavam pela luz. Naquele campo, estavam reunidos dois exércitos. O exercito de Crusch Karsten; A Valquíria de cabelos verdejantes, armadura, que guiava seu grupo de soldados que juntaram-se para lutar. Entre eles, um homem mais velho, um homem também trajado em roupas elegantes, com barba e carregando uma espada embainhada, Wilhelm van Astrea, o Demônio da Espada.

Um grupo que tinha sido juntado para um propósito: Caçar. Caçar um dos grandes desastres naturais, a Baleia Branca.

Mas para isso eles precisavam de grandes preparativos. Nesses preparativos, eles buscaram apoio de um grupo. Um grupo que começou a vagar pelas terras de Lugunica. Não sabiam muito sobre esse tal grupo até conhecerem-no antes dos preparativos de tal caçada problemática. Então, imagine a cara de surpresa ao conhecerem-nos pessoalmente.

Aqueles que lideravam o segundo “exercito” estava na frente de Crusch, Félix e Wilhelm, cada um com olhos fixados na figura que estava á frente deles. Com gotas de suor caindo de suas testas, como de trás das suas cabeças. O olhar deles como suas expressões mostravam como estavam realmente assustados com a visão daqueles seres, como também descrentes.

[Otto: Ele disse que: “Podem deixar tudo na nossa mão. Caso não consigamos lidar com isso, podem intervir, caso queiram. Mas acho difícil. Afinal... nossos serviços de apoio garantem total segurança aos seus aliados e vai nós satisfazer por enquanto.”]

Foi assim que Otto traduziu para eles as palavras que lhe eram transmitidas pela figura ao seu lado, que calmamente mordia uma verdura até não sobrar nada até a ponta. O comerciante de cabelos grisalhos estava com um olhar nervoso.

[Félix: Eu não acredito nisso...]

[Wilhelm: Realmente...]

[Crusch: Félix, Wilhelm...!]

Dando um olhar de advertência para dupla em cada um dos seus lados, ela voltou a fixar seu olhar no menor ser entre os cinco presentes. Uma pequena figura de um coelho preto com olhos assustadores e enquanto isso vários outros coelhos estavam espalhados atrás dele e de Otto correndo de maneiras distintas, alguns parados encarando os soldados humanos.

O Grande Coelho, considerada uma ameaça tão grande quanto a Baleia Branca. Para todos uma visão desse ser sem estar atacando e devorando, ainda mais um sendo capaz de “dialogar” através de alguém com Proteção Divina para tal, Otto Suwen, um comerciante até então comum para todos.

Fazia alguns meses que Otto conheceu aquele pequeno ser, conhecido como: Natsuki Subaru. Um nome peculiar, na opinião de Otto, para um dos seres mais perigosos de todo mundo conhecido até aquele século. E quando o conheceu foi sendo resgatado de um grupo de bandidos, que foram rapidamente devorados pelos coelhos brancos ordenados pelo coelho negro. Sendo a primeira vez que conversaram.

Não fez muito sentido a explicação que o coelho negro deu para ele sobre ter sido um humano que sofreu algo chamado: Isekai.

Otto rapidamente desacreditou, pois considerou algo impossível, na sua percepção de mundo. Mas também, o Grande Coelho estava falando com ele e impedindo seus colegas devorarem-no como se fosse um lanche leve. Algo que ele fortemente agradeceu. A principio, ele viu esperança de voltar a viver normalmente, mas rapidamente foi tirada quando foi “contratado” por Subaru como seu tradutor para seus negócios.

Negócios de Extermínio. Ironicamente, seria um ser considerado uma praga oferecendo-se para exterminar outras pragas para proteger os outros.

Ele não podia fazer nada.

Sua vida foi salva por ele, e ele poderia ser devorado pelos outros coelhos caso Subaru desejasse. Mesmo que Otto tivesse aprendido com o tempo que ele não daria tal comando, ele começou a gostar de trabalhar com Subaru no emprego de caçar outras feras e criminosos, para ajudar as pessoas — mesmo que ele odiasse fortemente ser considerado a “Rainha Consorte do Coelho Negro.

E este era um outro trabalho, apoiar a caçada de Crusch Karsten contra Baleia Branca. Uma das três Grandes Bestas, Baleia, que era uma das “irmãs” do Grande Coelho.

[Otto: Ele disse: “Não façam essas caras. Já basta as outras pessoas... me sentiria mal por uma garota tão bonita me encarando como se eu fosse um monstro cruel.” Palavras dele, PALAVRAS DELE!]

Rapidamente o comerciante disse fazendo movimentos na direção do coelho, que deu um olhar cansado. Eles também receberam olhares cansados dos outros três. ——Até que de repente algo aconteceu, uma coisa esperada.

“BUOOOH!!!” um som estrondoso.

Descendo das nuvens, com o grande urro. Aquela grande criatura massiva de pele branca, chifre gigantesco, voou na direção do solo perto da Arvore Flugel. Um ser gigantesco de aura aterrorizante, cuja presença e o urro fizeram todos os soldados humanos estremecerem em medo e desespero quando viram-na indo até eles.

A Baleia Branca. A grande besta que eles caçariam, mas Crusch e seus aliados ficaram paralisados até verem tal monstruosidade descendo até o campo verdejante iluminado pela luz prateada da Lua.

Nenhum os humanos teve coragem de avançar, mesmo o homem que buscava vingança.

“FORMAÇÃO DE ATAQUE ALFA!!!” seria o que aquele guincho do coelho significaria para quem pudesse compreender, no caso Otto conseguiu entender, e viram exatamente isso acontecer. Obedecendo os desejos do coelho negro que tomou a frente de todos os outros, os coelhos brancos avançaram.

Tal batalha foi surpreendente para quem visse.

Os coelhos avançaram pelo campo na direção da Baleia voadora, que observou-os sem interesse e focando nos soldados ainda paralisados, e no meio do caminho. Fizeram! Elas começaram a subir uma nas outras, lado a lado, juntando-se, criando uma coisa com o amontoar dos coelhos: Um braço com uma mão. Uma mão branca que se estendeu até a cabeça da Baleia, que arregalou seus olhos.

Os primeiros coelhos caíram sobre o topo da cabeça da grande baleia voadora. Percorrendo-a, se espalhando e começando a mordê-la intensamente, alguns até caindo sobre seu olho. Fazendo a Baleia debater-se e destruir o punho de coelhos com o movimentar potente de seu corpo, mas não impediu os que já estavam e outros que se juntaram sobre seu corpo, percorrendo-o para atacá-lo.

A Baleia voou se debatendo no ar, tentando se livrar daqueles que estavam sobre si.

Crusch, saindo de seu estupor, começou também o ataque junto de seus companheiros contra a grande fera que começou a descer do Céu pela intervenção daquelas várias criaturas. A Valquíria lançando um poderoso ataque que acertou a Baleia e a fez cair de cara no chão apoiado pela ajuda dos coelhos que já atacavam-na, outros coelhos rapidamente correndo até o corpo da baleia.

Para resumir-se, o combate entre as duas criaturas com o apoio de um lado pelos humanos foi sanguinária. E Otto presenciou isso bem ao lado de Félix.

Os coelhos subiram pela parte traseira da fera, pela cauda que debatia-se, tentando afastar as centenas de criaturas que jogavam alguns para longe — para os lados e para cima, ou esmagando-os com os golpes de sua cauda —, e outros subiam. Mordendo. Centenas de dentes mordendo-os, depois alguns mil dentes e esse número continuava acontecendo. A Baleia avançando para tentar escapar das garras e dentes de seu pequeno atacante.

Aqueles na cabeça, continuavam devorando um caminho pela pele da criatura.

A Baleia voltou a voar, tentando escapar o mais rápido que pudesse. Otto não acreditou no que viu em seguida: Usando-os como escada, Wilhelm, subiu através dos coelhos e acertou o centro do olho esquerdo da criatura em um ataque aparentemente cronometrado entre ambas as partes. O golpe da lamina cortou o olho, fazendo a criatura rugir em fúria.

Toda batalha começou a se estender cada vez mais.

Os olhos de Otto só se arregalaram novamente quando viram aquela grande fera se dividir em três, para tentar escapar das investidas que sofria. Mas não foi o bastante para impedir os coelhos, não bastante para escapar as estratégias do coelho negro que tinha prendido-se no corpo da criatura desde o inicio e cavou para dentro dele.

Veja bem.

Na estratégia de Subaru, o melhor jeito seria uma investida rápida.

Por isso quando o primeiro avanço, ele fez algumas de suas companheiras cavarem pela pele um pouco acima das pálpebras do olho direito e ele adentrou pelo buraco feito nesse lado. Indo para dentro do crânio. De lá, ele partiu para exploração, como ataque. Trazendo outros de seus companheiros para realizarem o trabalho sujo.

Pele, carne, músculos, nervos. Cavando profundamente por toda cabeça da terrível criatura, chegando ao ponto desejado.

O cérebro do terrível monstro que continuava externamente se debatendo, tentando acabar com as criaturas que estavam atacando-o internamente, mas isso estava se mostrando inútil por estar sendo atacado em vários flancos diferentes, por dentre e por fora. Não dando-lhe tempo para respirar e lidar com mais de uma ação ao mesmo tempo. E esse era o ponto principal de Subaru, pois isso a faria incapaz de enfrentá-los.

Ele continuou com suas ordens de avanço para os companheiros que acompanharam-no, mandando atacar o cérebro da criatura. Ele as viu mastigando aquela massa como se fossem feita de chiclete.

Enquanto isso acontecia no lado de dentro, no lado de fora a Baleia novamente caia contra o chão de maneira violenta, cuspindo sangue até ser atacado novamente pelas centenas de milhões de criaturas acompanhadas dos humanos. Os seres voltaram a cavar seu corpo, criando buracos, seguindo para dentro de seu ser, indo até seus órgãos e deliciando-se enquanto se afogavam no seu sangue.

A cena grotesca só se tornava cada vez pior na visão de quem via por fora.

Primeiro a cauda foi devorada, arrancando a pele e os músculos, então chegando para quebrar os ossos. Assim como as barbatanas. O grande ser, a grande criatura que passou todo o tempo lançando sua nevoa do esquecimento — onde as pessoas seriam apagadas da memória do mundo —, continuou lutando para se soltar, mas não conseguia fazer mais do que esmagar os pequenos seres com seu corpo massivo e usar sua nevoa.

Mas logo sua luta acabou. Por dentro através dos dentes, e por fora através da lamina de Wilhelm. A cabeça da Baleia foi arrancada. E como parte do prometido: Os coelhos não a devorariam a cabeça como parte e ficariam com todo o resto, que em pouco foi devorado. Sobrando somente a cabeça do monstro alado.

Crusch respirava pesadamente pelo cansaço depois de desferir tantos ataques contra besta, e pelo estresse de estar cercada por vários coelhos que corriam na direção de comer a parte prometida do cadáver daquela monstruosidade.

Uma batalha que seria lembrado por todos os humanos que participaram daquele combate. Otto foi um dos felizardos que mesmo sem combater, pode presenciar a batalha entre as duas grandes Bestas e uma das Candidatas Reais. A queda da Baleia Branca que tanto atormentou a vida de exércitos e comerciantes com sua nevoa e hábitos de devorar aqueles pelo caminho.

Enquanto os coelhos brancos deixavam a cabeça, eles se dirigiam para unir-se aos seus companheiros que tentavam saciar sua forme, enquanto absorviam os litros de sangue derramados.

Crusch observou aquilo com um pouco de nojo e preocupação pelo medo de que aquelas criaturas em algum momento pudessem se virar contra eles, e os atacar. Um medo profundo. Mas seus olhos então se fixaram no coelho negro que corria na direção dela, encarando-a com seus olhos assustadores.

“Bom trabalho!” de alguma forma, ela entendeu. Era isso o que ele conseguiu transmitir no seu olhar, como levantando um polegar de sua pata esquerda.

Uma sensação de conforto preencheu seu coração com aquele pequeno gesto.

Ela sentiu como se estivesse vendo alguém. Não um coelho, mas um jovem de cabelos negros. Alguém confiável e gentil.

E pela primeira vez ela se sentiu confortável olhando para um coelho.