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História Re: E se...? If - Epilogue - Echidna IF


Escrita por: ThinkMind

Capítulo 76 - Epilogue - Echidna IF


1) Echidna.

A Bruxa da Ganância era uma pessoa que gostava levemente do inesperado. Ver os caminhos que as pessoas poderiam seguir, as possibilidades infinitas de como elas vão reagir ao que acontecia ao mesmo tempo em que ela gostava de tentar prever como eles reagiriam e o que fariam nesses momentos de escolha. Seguiriam o que ela pensava que ela faria ou fariam uma escolha diferente para surpreendê-la?

Ela gostava da última opção.

Não pensem que é fácil compreendê-la, mas também não sendo relativamente complexos seus gostos. Ela gosta da escolha das pessoas. O resultado que elas obterão no final dessas escolhas, se gostarão ou não, como reagirão, as emoções, não importava para ela. Contanto que ela pudesse ver. Mas ao mesmo tempo em que ela não se importava com os resultados contanto que pudesse ver isso acontecendo, ela também gostava de momentos em que as pessoas reagiam de maneiras diferentes frente a essas opções.

Para Bruxa da Ganância Echidna, os resultados seriam satisfatórios para ela, independente dos outros estarem ou não satisfeitos, por simplesmente gostar de contemplar o caminho seguido por elas. O que permitia-a alimentar sua ganância infinita pelas possibilidades que eles seguiram.

Se ela tivesse algo que não gostasse? Por exemplo, seu próprio Livro da Sabedoria. Ela gostaria de ter o conhecimento, recebê-lo, vivendo, lendo, ouvindo, mas não o obtendo diretamente na sua cabeça. Pois para ela, a experiência vivendo o que pode acontecer, é melhor do que a vida do que aconteceria cronometrada, pois o “E se...” é melhor do que “O vai ser...”

[Subaru: Whoaaa! Você é a Deusa bonita que me invocou?]

Quando piscou dentro da sua Festa do Chá, ela se viu de pé dentro do seu Tumulo dentro do Santuário de maneira repentina e lá viu alguém na sua frente. Um adolescente de cabelos negros, olhos assustadores, roupas estranhas, com uma espécie de sacola branca semitransparente e encarando-a com empolgação. Algo que ela não esperava que fosse acontecer naquele momento. E ela imaginou levemente o que tinha acontecido, deixando-a irritada com uma figura familiar sua...

Natsuki Subaru.

Alguém que ela passou a conviver dentro de seu tumulo desde ele repentinamente foi levado ali e ela foi desperta dentro dele. Foi algo estranho desde o inicio. A forma como ele apresentou para ela, como a chamou de ‘Deusa’, e ele parecia totalmente indiferente aos status e conhecimento profundo dela, pedindo apenas pelo básico. Parecendo um estranho para alguém como ela que sempre foi requisitada pelo seu conhecimento extensivo.

E ela começou a ensiná-lo pelo menos sobre o que ela se lembrava, até os quatro séculos atrás em que foi colocada naquele lugar, ensinando-o sobre reinos, espíritos, magias, etc. Enquanto ele era quem lhe trazia as coisas para cuidar dela dentro do seu tumulo, já que a Bruxa não poderia sair para o território do Santuário sem ter a chance de ser atacada pelas figuras de Ryuzu e Garfiel, quem ela tinha certeza que poderia se darem melhor com Subaru.

Foi durante uma semana que viveram daquela forma, até que um dia, repentinamente, ele a alertou que eles precisavam fugir. Um pedido repentino. E ele a agarrou e se pôs a correr, evitando todos os possíveis adversários no caminho, como se tivesse feito aquilo dezenas de vezes. Como se tivesse se preparado para aquilo por dias. E se foi na semana que estavam juntos no tumulo, ela não saberia completamente. Só o que sabia é que estava sendo levada para fora do tumulo, do santuário, por ele e estava livre novamente no mundo de maneira inesperada.

Um resultado inesperado. Ainda mais porque ele não parecia conseguir explicar completamente sobre o porquê daquilo, fora de que ela estaria em perigo se ela ficasse para trás.

Pelas palavras dele:

[Subaru: Eu não quero que você se machuque.]

Palavras simples, com um olhar determinado, de alguém que parecia ter visto atrocidades que não poderia descrever para ela, mesmo se quisesse. E mesmo que Echidna não entendesse realmente os sentimentos de maneira profunda, ficou obvio que Subaru realmente estava preocupado com a segurança dela. Dando-lhe uma sensação estranha no peito pela primeira vez.

E quando chegaram na Capital, Subaru agia de maneira para cuidar de ambos.

Isso permaneceu pela única semana que passaram lá antes de encontrarem a meio-elfo Emilia com uma das criações da própria Echidna, Puck, que estava envolvido em uma confusão por um erro da própria garota em ser assaltada. E desde aquele momento ela não gostava de Emilia, por um sentimento pessoal antigo, como também uma sensação nova ao ver as interações que ela teve com Subaru desde os momentos que conheceram, especialmente porque Subaru parecia conhecer ela e Puck previamente por algum motivo estranho e ela já estava começando a suspeitar o motivo.

Que só foi confirmado ao chegarem na Mansão de seu aluno.

Roswaal, ou a versão atual dele, Roswaal L. Mathers, que agiu da maneira que ela esperava que ele agisse, especialmente a forma possessiva. Beatrice foi outra que ela encontrou, dentro da biblioteca que ela mandou cuidar, ainda esperando por ‘Aquela Pessoa.’ E ela questionou se Subaru seria essa pessoa quem ela esperou por séculos, então Echidna ainda manteve o livre-arbítrio dela em escolher, deixando-a perguntar para Subaru e ele decidir como faria isso.

E confirmou sua teoria de que: Subaru tinha uma habilidade que o permitiria voltar a pontos específicos no tempo para agir da maneira que desejasse. Isso a deixou ainda mais curiosa e interessada nele. Pois ele não podia compartilhar o que ele fazia nesses loops, aparentemente, mas ela podia ver o resultado desses loops no presente. Agindo da maneira mais proveitosa com base no conhecimento que ele tinha nesses momentos. Subaru aceitou o contrato com Beatrice, ele evitou o ataque de uma assassina e a protegeu dos ataques das irmãs Onis; de maneiras que não houvessem danos ou mortes. Mostrando uma grande maestria graças ao que sabia.

Algo interessante.

Outra coisa interessante era como ele agia com ela.

Tomando-a como uma aliada de confiança, mas que ele não obedeceria ao pé da letra. Alguém que a criticaria se encontrasse algo que não gosta nela e ainda a elogiaria sem esperar alguma coisa mais do que deixá-la feliz. De uma maneira estranha, ele não a idolatrava, mas a tratava com respeito, como também a protegia e cuidava dela, ao mesmo tempo que criticava-a de maneiras duras pela maneira que ela agia. Seu relacionamento com Beatrice sendo um exemplo. Ele estava fazendo-a compensar todos os quatro séculos em que deixou sua pequena esperando sozinha em uma biblioteca, indiferente ao argumento que Echidna usou. Pouco se importando também com o conhecimento imenso como sua inteligência.

Para ele, Echidna não era a ‘Bruxa da Ganância’, uma das Bruxas antigas que atormentou o mundo, Echidna era só... Echidna, uma mulher normal, estranha, que ele sabia ter um lado horrível e não enfeitado por admiração ou amor — como no caso de Roswaal e Beatrice —, mas ainda cuidava dela com carinho da mesma forma que cuidava dos outros.

Algo diferente, algo que lhe dava um sentimento reconfortante no peito pela forma normal como poderia interagir com outro alguém. Podendo se abrir de forma completa e sem pudor. Como se a imagem que precisasse passar para os outros, não precisasse passar para ele, pois Subaru tinha visto a profundidade do seu coração negro, tomado por uma ganância infinita e destrutiva para o mundo, e ainda queria mantê-la perto de si. Realmente era uma emoção nova, gratificante, que lhe dava margem para agir de maneiras diferentes e verdadeiras, que não conseguia com Roswaal ou Beatrice ainda.

Então a vida deles continuaram.

Vivendo dia após dia, conectando-se mais e mais, descobrindo mais sobre o novo século em que estava, como descobrindo mais também sobre o mundo e a vida daquele garoto que ela conheceu em seu tumulo.

Não era uma vida tão ruim. Porque aquele garoto sempre se envolvia em algo grande, ou tinha algo novo para contar — tais conhecimentos só eram compartilhados para ela quando se juntava nos momentos com Beatrice e assim ter momentos de mãe e filha —, ou simplesmente se divertiam com algo monótono que ele então tentava transformar em algo divertido.

O problema aconteceu foi em um dia surpreendente.

Ao que aparentava, ele estava em uma disputa com Roswaal. Uma disputa que estendia-se a loops anteriores a que ela conseguia compreender. O que ela sabia, como muitos, eram só o loop sucedido no ponto de vista dele, já que ele chamou-a para aquela colina que quase toda semana iriam para conversar.

[Subaru: Eu vou embora.]

[Echidna: ——? Hum? Que repentino, por que disto?]

[Subaru: Roswaal. Ele é bastante... ciumento.]

[Echidna: Esperado dele, mas um pouco inesperado de você. Alguém que enfrenta as adversidades de frente com orgulho, imaginei que faria algo quanto a isto.]

[Subaru: Eu sou um cavaleiro a serviço de Emilia e proclamado por ele. Ele é o Mago da Corte, o mais poderoso que tem atualmente. Mesmo que eu o enfrente com Beatrice... ainda tem Ram e Rem que querem minha cabeça também, no sentido mais literal possível, até grotesco se você me perguntasse na minha opinião pessoal.  ——Mesmo que eu o vencesse de alguma forma, ainda seria procurado se não tivesse um bom motivo além de uma bela moça, não acha?]

[Echidna: Hoo~? Ser disputada dessa forma por dois homens realmente faz o coração de uma dama palpitar e se sentir amada. ——Você disse que quer ir embora, para evitar um confronto que só lhe daria resultados negativos, vencendo ou perdendo, então suponho que Beatrice esteja de acordo e vá com você?]

[Subaru: Sim. Ela parece não compreender profundamente o que quero fazer... mas ela entende o suficiente para saber que estou falando serio em meu desejo. Nem sei se ela estaria fazendo isso para me deixar feliz, ou realmente porque quer se afastar desse lugar. O que mesmo assim agradeço por estar disposta a seguir meus desejos egoístas pessoais. ——E você?]

[Echidna: ——?]

[Subaru: Pode vir com a gente se quiser.]

[Echidna: Está convidando uma dama para fugir com você, de novo~? Que homem depravado você é, Natsuki Subaru.]

[Subaru: Talvez eu seja. ——Não vou te forçar a nada. Se desejar ficar pode ficar. Não vou importuná-la com isso. Desejaria apenas que fosse feliz, ainda que me preocupasse que você se cuidasse, especialmente com aquelas duas que querem você morta. E o Roswaal, aquele cara intenso... tome cuidado.]

[Echidna: Já presume que vou ficar? Nem perguntou se quero ir. Ou você não quer, e só perguntou pela Beatrice?]

[Subaru: Eu quero que você venha conosco. ——Por quê? Não sei. Talvez eu realmente goste de você. ——Apesar de eu saber que você não entender completamente os sentimentos das pessoas e de si mesma, as aceita da maneira que são e acaba se expressando da maneira que quer na maioria das vezes. Mesmo que eu não entenda completamente na maioria das vezes o que está pensando ou o que realmente está sentindo, o que complica mais as coisas na maior parte das vezes no meio de crises importantes, mas ainda consigo ver verdade em todas as vezes de uma maneira assustadora. ——Cara, realmente não entendo como expressar isso em relação a você. Mas o que sei é que eu gosto de você e queria que você viesse conosco.]

[Echidna: ———— Que declaração. ——Eu tenho uma ganância infinita, sabia?]

[Subaru: Sei bem.]

[Echidna: O que planejaria fazer quanto a isso?]

[Subaru: Meu plano original é vagar pelo mundo. Conhecer tudo o que posso conhecer, conhecer novas pessoas, conhecer novas coisas. Aprender coisas que ainda não sei. Viver longe de confusão...? Nhan, eu acho que seria impossível para mim,  já percebeu isso? Sei que estou nisso pelas minhas escolhas desde o dia em que resolvi me envolver com você e resolvi assumir todas a responsabilidade para mantê-la viva. ——Se deseja saciar sua ganância, não sei se conseguiria. Acho que seria impossível saciá-la da maneira que você deseja... ou eu penso que você pode desejar. Mas só sei que se viesse conosco, tentaria pelo menos alimentar um pouco dela... porque sou um ganancioso arrogante o bastante para pensar que poderia preencher pelo menos um espaço no seu coração e me manter lá. ——Não posso prometer uma vida perfeita, nem uma vida fácil, nem posso prometer que você gostar ou desgostar, nem posso prometer que no final você poderá ter tomado uma boa decisão. O que posso tentar prometer é que: Me esforçaria para tornar tudo o mais emocionante que puder para você e a Beako. E acho que explorar o mundo seria bem interessante, não acha? ——Mas só você pode decidir, só você pode escolher. O resultado dessa vez vai depender somente de você. E vou ficar satisfeito se a resposta for deixar você ter uma vida feliz.]

Um discurso longo, que ele fez com um sorriso animado, os olhos brilhando. Seu único braço estendido com sua palma aberta lhe dando a chance de escolher ir ou de voltar e assim retornar a Mansão.

Escolher a vida que gostaria de viver.

Retornar para Mansão? Ela estaria com Roswaal, poderia ter sua biblioteca, viver da forma que ela viveu nos tempos passados. Com alguém que atenderia aos seus caprichos, que atenderia aos seus desejos, e a seguiria independente de tudo. Alguém que nos últimos séculos, focou-se em somente seguir as ordens do seu Tomo sem nunca pensar em desviar do caminho que lhe fosse mostrado, se isso levasse-o ao seu desejo e moldando tudo para que acontecesse da forma que ele mandasse.

Segui-lo? Seria seguir alguém que como ela e sua Beatrice não sabia de nada realmente desse mundo, que vivia sua vida lutando para realizar aquilo que queria, seguindo a própria ganância sem depender de ordens ou de um livro, se jogando na imensidão do desconhecido com seu próprio egoísmo e ganância. Acreditando ser capaz de moldar tudo ao redor para realizar sua visão. E até esse momento, algo que ele tinha feito, esmagando tudo o que aparecia no seu caminho para esmagá-lo.

Para ela estava a escolha...

2) Subaru.

Dizer que Subaru tomou uma decisão inesperada para fugir não seria exata, pois ele sempre esteve pensando em ir embora daquele lugar por causa das gêmeas Onis que o queriam tão morto quanto Echidna. Ou se não mais. No caso de Rem pelo menos, enquanto Ram estava realmente especificamente interessada na eliminação da Bruxa da Ganância. Dois demônios enfurecidos e com sangue nos olhos para ir atrás deles.

Mas então veio o último prego no caixão.

Roswaal mostrou sua verdadeira face. Não só revelando a verdade, como ele sempre trocava de corpos com seus descendentes, como esperou quatrocentos anos usando seu Tomo da Sabedoria para se guiar até sua Professora, e como esperava Subaru, que o realizou antes mesmo de ter que o manipular da forma que queria. E como agradecimento ele tentou fazê-lo ficar próximo de Emilia e tirá-lo de perto de Echidna.

Mas cada tentativa disso, na sua percepção, falhou, irritando-o mais e mais como Subaru não parecia estar com sua atenção fixa em Emilia e parecia atrair a atenção de Echidna para si.

Ciúmes.

Realmente era esse o motivo pelo qual Roswaal agora estava em busca de o matar, não guiado pelo Tomo da Sabedoria — “Desde que minha Professora voltou, ele não tem mais funcionado. Está em branco. E achei que tê-la comigo já seria o bastante para me guiar daqui para frente e ele deve ter compreendido isso intimamente antes de mim para nunca mais funcionar.” —, mas simplesmente pelos seus sentimentos pessoais guiando-o de uma forma não planejada.

Não que ele pudesse desgostar do sentimento de agir independente as ordens de algo como um livro, mas agora ele o enfrentaria pelos sentimentos pessoais de cada um por uma mesma mulher a quem ele se importava a mais tempo do que Subaru. Algo que determinaria quem possui a maior força de vontade. Só que o problema de Roswaal era um, bem obvio para Subaru: Sua arrogância em pensar ser capaz de guiar tudo perfeitamente da maneira que gostaria quando bem quisesse, sem pensar que os outros pudessem evoluir além do seu ponto de vista pessoal referente à sua visão manipulativa.

Para fugir dele, no entanto demorou mais tempo do que o ele esperava, pelos seus loops que passou para enfrentá-lo com seus planos. Com um loop de cinco dias para realizar seu objetivo pessoal de ir embora, agora que finalmente não tinha mais nada ao que se agarrar naquele lugar fora Beatrice e Echidna, quem era o alvo de Roswaal.

Subaru no entanto não conseguiria se permitir abandoná-la sem oferecer uma chance ir com eles. Ele na verdade queria que ela fosse.

Talvez fosse o tempo que passou com ela durante tantos loops? Talvez fosse um sentimento idiota que brotou pelos gestos gentis que ela as vezes realizava? Talvez ele não quisesse afastar Beatrice de Echidna até que ela compensasse todo o tempo que passaram separadas durante séculos?

Ele não sabia se foi uma junção de todas essas coisas que o fez se apaixonar por aquela mulher.

Ele sabia possuir uma deficiência para compreender as emoções dos outros como também as suas próprias e talvez fosse uma fantasia, um sonho, de ajudá-la a compreender ambas as coisas.

No final ele sabia que ficaria satisfeito com o resultado que tivesse, se ela fosse feliz.

Não era uma coisa da boca para fora.

Para ele, que viu todo o desenrolar, que a conheceu durante tanto tempo, que se permitiu se abrir com ela e vice-versa em momentos mais complicados. Subaru ficaria em atender ao desejo dela de ficar se quisesse, sem nunca mais perturbá-la para que Roswaal ficasse sobre o controle total dela — e garantiria a proteção dela contra as Onis de qualquer forma que fosse necessário, algo que ele percebeu nunca ter tentando realmente por ele.

Mas Subaru desejava profundamente que ela os escolhesse.

Por isso ele se abriu naquela colina que se sentavam juntos para lerem e compartilharem histórias. Falando seus verdadeiros sentimentos nas palavras que tinha para se expressar da forma que podia. E mesmo após tantas e tantas torturas seguidas de mortes: Ele ainda ficou extremamente nervoso em dizer o que sentia para uma garota.

Os tempos atuais refletiam o resultado daquela decisão...

Em uma estrada solitária, uma carruagem seguia. Uma figura guiava os seres que puxavam as carruagens, Patrasche inclusa, enquanto outra estava sentado ao seu lado, conversando.

Flop O’Connell, um mascate.

[Flop: Subaru-San, vocês realmente são bem viajantes, não é? Nunca pensei que encontraria pessoas de Lugunica em Vollachia. Pelo menos, não em viajem.]

[Subaru: Sério? Nos últimos anos tivemos viajando juntos para conhecer mais sobre o mundo, entende? Curiosidade, diversão, anseio pelo desconhecido e aventuras. Talvez algum dia encontrar um verdadeiro lugar para se estabelecer e ficar.]

[Flop: Haha~ Realmente é bastante interessante, Subaru-San. Eu e minha irmã também gostamos de viajar bastante. Especialmente, para realizarmos nossa vingança contra todo o mundo!]

[Subaru: ——As vezes você me dá medo, Flop-San. Tenho certeza de que se você tivesse tempo o suficiente... poderia conquistar meu coração.]

Ao lado da figura de cabelos loiros, estava outra de cabelos escuros, com a sombra de uma barba por fazer de alguns meses — coisa que já estava marcada para ser retirada na primeira oportunidade que tivesse —, mais velho, com o corpo mais desenvolvido pela idade. Sem um braço e portando um chicote. Uma pequena cicatriz de queimadura na parte superior direita do seu rosto, coberta pelo cabelo. Subaru Natsuki.

[Subaru: Se me permitir... vou ver como as outras estão.]

[Flop: Sem problemas, Subaru-San, vou continuar guiando e aposto que quer ter certeza de que sua garotinha e mulher estão bem, certo?]

[Subaru: Não que não confie em Medium-Chan, mas sou um cara bem preocupado.]

Nenhuma palavra animosa foi trocada entre eles, uma coisa impossível para o mascate, pelo que Subaru descobriu que sempre foi gentil demais com os outros, uma percepção que todos os quatro do grupo perceberam em uma única conversa com os dois irmãos viajantes. Não que fosse algo ruim.

Adentrando na carruagem, ele se deparou com uma mulher mais alta, cabelos loiros, com Beatrice no colo, o Espírito bastante extremamente irritada no seu modo ‘Tsundere’ pela forma como estava sendo tratada, igual a uma criancinha pequena de colo. O que gerou um sorriso na face do homem de cabelos negros que gostava de ver seu espírito daquela forma, agindo com os outros de maneira como se não quisesse, mas ele sabia querer forma laços além daqueles que já tinha com os dois.

[Medium: Como o irmão está?]

[Subaru: Flop-San tá bem, animado, feliz como sempre. É até reconfortante uma pessoa como Flop-San existir, ele é tão gentil.]

[Medium: Hum?! Você está feliz por meu irmão ter nascido?! Sim! Eu concordo, eu sempre fico feliz que eu me lembro que meu irmão é real! EU AMO MEU IRMÃO!]

[Flop: EU TAMBÉM TE AMO IRMÃ!]

A troca dos dois arrancou uma pequena risada de Subaru, divertido.

Um pequeno bufo saiu de Beatrice.

[Beatrice: Esse tipo de pessoas são irritantes, eu suponho.]

[Subaru: Não diga isso, Beako. Sabia que esse tipo de pessoas gentis são raros hoje em dia? Me sinto até extremamente mal por estar abusando deles. ——Como prometi, vou pagar quando chegarmos a nossa próxima parada. E sinto muito por quaisquer problemas que podemos estar causando. Mas nossa viagem... se estendeu um pouco... Precisávamos deixar Kararagi temporariamente, por um problema pessoal nosso.]

[Medium: Não temos problemas em dar uma carona! Na verdade, agradecemos as aventuras que nós deram. Principalmente pelas dificuldades que o império enfrentou nos últimos anos desde aquela coisa na Capital...]

[Subaru: Hm. Por isso quero retribuir ainda mais tal gentileza.]

Ele mudou seu olhar para uma figura ao lado de Mediu.

[Subaru: Tudo bem com você, Ferris?]

[Félix: Claro que sim, Subaru-Sama~, estou ajudando Medium-Chan a cuidar de Beako-Chan. Nya~]

[Beatrice: Só o contratante e a mãe de Betty pode chamar ela assim, eu suponho!]

[Félix: Ela realmente é muito arrisca com todo mundo, não acha, Subaru-Sama? Talvez devêssemos colocar ela de castigo sem doces pro uma semana só para ela aprender uma lição. Nya~]

O olhar de raiva e desgosto que Beatrice lançou para Félix passava a mensagem que ela queria: Que ela rasgaria o vestido dele na primeira oportunidade que tivesse de o fazer. Coisa que só arrancou uma pequena risada da mulher de cabelos loiros e o rapaz-gato com um sorriso travesso.

[???: Não acho que ela deixará isso passar dessa vez.]

[Subaru: Não sei. Se ela realmente rasgar as roupas do Ferris, ela só vai estar confirmando o ponto dele, não é? Será que valeria a pena?]

Coçando levemente seu queixo, ele se sentou ao lado de uma figura que esteve quieta durante todo tempo, lendo. Ela baixou o livro para se encararem de lado.

[Subaru: Quase chato pensar que... você pode ser previsível sobre o que estaria fazendo quando se está entediada.]

[Echidna: Está me chamando de previsível, sabia que isso é uma falta de educação? Ainda mais dado o nosso profundo relacionamento nos últimos anos?]

[Subaru: Tem razão, tem razão. Sinto muito, Echidna-Chan. Como marido fui um pouco insensível em dizer que gostaria de ver você fazendo coisas diferentes e imprudentes enquanto eu fizesse as lógicas e frias, para variar. ——Nhan! Acho que teria medo se você começasse a fazer coisas impulsivas demais.]

[Echidna: Fugir com você sem uma certeza não foi uma decisão impulsiva demais?]

[Subaru: Hm? Foi? Desculpa, fui arrogante e insensível. É que eu achei ser tão bonito que naquela época você se apaixonou por isso e me seguiu. Agora, você me diz que fez no impulso? Fico feliz em saber que minhas palavras fizeram você agir daquela forma, me alegra mesmo do fundo do meu coração.]

[Echidna: ——. Sim, se sinta grato. Mas não posso negar que também me alegro por aquela decisão e aquele momento. Fazer algo assim, deixar o conhecido foi bastante interessante.]

Os dois sorriram um para o outro, enquanto se recostavam um contra o outro. Descansando enquanto também aproveitavam o tempo. Ao mesmo tempo que, o olhar dele baixou para ver as mãos que instintivamente se agarraram, os dedos enrolados, como para outra coisa na figura da mulher de cabelos brancos, sua barriga.

Levemente proeminente, que revelava para quem visse que a mulher estava carregando uma criança consigo. Uma coisa que foi até bastante surpreendente para os dois, mas não indesejado, já que era uma possibilidade já considerada por amos anteriormente.

[Echidna: Você não está nervoso? Geralmente, dizem que os homens ficam nervosos na possibilidade de terem uma criança. Especialmente quando não viveram seus... “anos dourados” como chamam, onde eles vão atrás do máximo de mulheres possível para aliviar sua luxúria pessoal. Não que eu fosse gostar de ver você atrás de outras mulheres após tudo o que vivemos.]

[Subaru: Não me tome como um pervertido! Sabia que o sonho realmente de alguém como eu é formar uma família! Ter um filho para tentar me superar, ou mimar uma garotinha como se ela fosse uma princesa. É o desejo de vários homens de cultura! ——E você? Não fica nervosa? Dizem que uma filha pode querer disputar a atenção do pai como o filho pode disputar a atenção pela mãe, não se sente nervosa com isso?]

[Echidna: Hmmm. Acho que vai ser interessante. ——Uma nova vida. Será que terá novas idéias que o mundo nunca viu? Fará coisas que ninguém nunca viu? O que ela fará nos momentos felizes e tristes? Como enfrentará cada dificuldade? Tantas perguntas, tantas possibilidades. Ainda mais quando nós vamos tomar conta dele ou dela... pois a influência pode trazer bons ou péssimos resultados? E será que tê-la me fará ter um novo ponto de vista sobre o que é bom e ruim por ser em relação a minha filha? ——Que sorriso é esse?]

[Subaru: Normalmente alguém se preocuparia por você estar quase transformando isso em um experimento, mas... acho que essa é só sua forma de dizer o quanto está empolgada para ver o que essa criança pode se tornar, e que vai amá-la independente do resultado.]

Foi à conversa quando descobriram sobre a gravidez, quando descobriram sobre como se tornariam pais.

Na forma de cada um deles, eles estavam com expectativas para o nascimento daquela criança.


Notas Finais


Destino de alguns personagens:

-Roswaal: Entrou em um estado de fúria e tristeza quando Echidna disse que iria embora com Subaru. Lançando até a frase: "Eu amo o Subaru." para ele quando Roswaal tentou declarar seu amor por ela para que ficasse, destruindo o resto de sua sanidade e aumentando exponencialmente sua raiva contra Subaru, além de declarar a Echidna como não sendo a original. E atualmente ele está em busca eliminar Subaru e Echidna, que usavam o status de Roswaal contra ele, já que como Mago da Corte ele não poderia invadir outro país sem iniciar uma guerra entre os países, especialmente por causar grande destruição.
-Ram e Rem: Elas continuam seguindo Roswaal na intenção de eliminar os dois alvos de seu Mestre. Ram por ainda estar agarrada na possibilidade de que Roswaal seria "libertado" de sua obsessão por Echidna; Rem por sua vez só quer eliminar Subaru e Echidna por causa da raiva que Ram sente sendo transmitida para ela, além de Ram continuar alimentando sua paranoia e odio contra os dois, a tornando uma bomba relógio mais e mais instável.
-Puck e Emilia: Eles retornaram para Floresta de Elior por conta de Roswaal se tornar instável e abandonar tudo o que tinha para caçar Subaru e Echidna, voltando a viver sua vida lá. Emilia não sabe o que aconteceu com Subaru, Echidna e Beatrice para provocarem a raiva de Roswaal, mas Puck alimenta com raiva contra eles, declarando como estragaram tudo, enquanto secretamente também a manipula para ficarem na floresta para sempre.
-Omega e Garfiel: Omega nunca conseguiu deixar o Santuário, como nunca soube de nada por parte de Roswaal (que acredita que não tem mais nada no Santuário, já que Echidna tinha voltado a vida), e Garfiel continua mantendo-se afastado do mundo exterior, especialmente magoado pelo abandono injustificado de Subaru. Assim ninguém nunca resolveu os Testes do Santuário.
-Mortes de Subaru: Apesar de ser indiretamente causadora de algumas mortes, em toda história, Echidna nunca realmente causou propositalmente nenhuma das mortes dele, nem o atacando ou incentivando outros a atacá-lo. Dando até as coisas necessárias para Subaru se defender, como dando até a chance para ele ir embora livremente em várias oportunidades. O que a coloca no mesmo nível que Emilia.
-Arcebispos e Bestas: Apesar de Subaru não mais se envolver propositalmente nas disputas da Seleção Real, ele ainda consegue dar apoio em algumas dessas situações aos Cavaleiros. Onde desde sua fuga, toda vez, entre 9 a 10 meses entre cada, ele ajuda na eliminação de um Arcebispo. Ele até cortou o pescoço de Regulus quando teve a oportunidade, para vingar seu braço perdido.
-Calamidade: Vollachia passou pela grande calamidade, que se tornou algo extremamente preocupante e avassalador ao ponto de Lugunica enviar o apoio do Santo da Espada como dos cavaleiros. A Grande Calamidade foi evitada, e Vincent sobreviveu, mas gerou um grande caos pelo país, por causa dos zumbis ainda existentes e de Sphinx ainda ter desaparecido.
-Subaru, Beatrice, Echidna e Félix: Além de viajarem pelo mundo juntos, eles também possuem casas compradas pelo dinheiro de invenções de Subaru em lugares isolados em todos os quatro países, onde permanecessem escondidos quando recebem informações da aproximação de Roswaal, Rem e Ram. Mas eles vivem quase que exclusivamente em Kararagi, onde Subaru tem uma forte amizade com Halibel, que até hoje não sabe que Félix é homem e continua o cantando. Subaru e Echidna tiveram uma filha: Subaru a nomeou com o nome da Estrela mais Brilhante da Constelação de Horologium (um Relógio de Pêndulo), e essa garotinha teria uma grande afinidade espiritual e capacidade para todos os elementos de magia, especialmente para a Yin como de seu pai, se tornando mais tarde uma Bruxa quando absorvesse uma Autoridade de seu pai.


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