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História Reflexo - Inimigo?


Escrita por: biasensei

Notas do Autor


Yo, minna! Tudo bem com vocês?

Quero agradecer de montão a todos que favoritaram Reflexo e dedicaram um tempinho para comentar... Poxa vida, muito obrigada mesmo! É a opinião de vocês que me incentiva a prosseguir escrevendo.
Foi lindo ver alguns fantasminhas aparecendo e comentando *O* rsrsrsrs
E que bom que gostaram das tretas! Afinal, fanfic sem treta não é fanfic da biasensei, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Também recebi algumas mensagens sobre o primeiro capítulo, e foi bom perceber que o galerê-san gostou xD

Alguns perguntaram se Reflexo será uma fic longa. Bom... Eu não pretendo fazer desta uma fic de muitos capítulos, pois tenho ideias para outros projetos (minha próxima fanfic será um pouco longa, mas acho que será menor do que PS, kkkkkkkkkkkkk). Sim, já tenho planos para outra fanfic, inclusive, já até comecei a escrever algumas coisas... Estou muito empolgada com essa nova ideia, mas só vou postar a fic quando concluir Reflexo. Ainda não sei quantos capítulos irei escrever em Reflexo, mas quero que esta seja uma fanfic relativamente pequena, como Laços.

Agora, sobre o capítulo de hoje:
Vi muita gente apostando na Hinata como a pessoa que está sendo perseguida... Alguns disseram que poderia ser o Kakashi, alguém no Nyah! disse que poderia ser o Gaara. Como sou uma autora-san boazinha (isso ae que dizem de eu ser uma autora-san malvada é tudo calúnia. Só porque eu gosto de fazer os personagens sofrerem um pouquinho. Só um pouquinho :3 kkkkkkkkkkkkk), vocês ficarão sabendo quem está sendo perseguido hoje!

Espero que gostem xD

Boa leitura, e nos vemos nas notas finais!

Capítulo 2 - Inimigo?


 

 

 

 

Enquanto corria juntos aos ninjas da ANBU, Naruto se questionava acerca de tudo o que estava acontecendo. A súplica nos olhos de Tsunade não saia de sua cabeça, e seu peito estava apertado por um pressentimento estranho que havia lhe tirado totalmente o entusiasmo de fazer parte daquela misteriosa missão. O que quer que estivesse acontecendo, não lhe parecia ser nada bom.

A imagem do corpo ferido de Tsunade fazia seu sangue ferver de raiva. Quem ousara machucar a Hokage? Naruto estava certo de que a Senju só poderia ter sido atacada por um monstro, para ter se deixado ferir daquela maneira. O loiro acertaria as contas com aquele desgraçado em breve, mesmo que aquilo custasse sua vida.

-Não fique tão preocupado. – a voz abafada pela máscara do ninja de cabelos castanhos se fez soar, fazendo Naruto olhar para o lado com o cenho franzido. Estava tão perdido em pensamentos que mal havia notado o homem se aproximando - Vamos dar o nosso melhor para que possamos resolver isso o mais rápido possível. – disse, tentando parecer tranquilo e simpático.

O loiro permaneceu em silêncio, sem conseguir responder às palavras do ANBU. Estava confuso demais para assimilar aquelas palavras de entusiasmo, e sabia muito bem que nenhum daqueles ninjas lhe explicaria alguma coisa. Calado, ele corria o mais rápido que podia, desviando-se das árvores, escondendo-se sob as sombras da noite.

 

Não tardou até que chegassem à gruta a qual o ninja da ANBU se referira quando ainda estava na sala de Tsunade. Ao se aproximar, Naruto percebeu a movimentação dos ninjas mascarados que já estavam lá, à espera de reforços.

-Como está a situação? – o simpático ANBU de cabelos castanhos perguntou aos que haviam ficado na gruta.

-Ela ainda está lá dentro, é perigoso entrar sem uma estratégia. Alguns de nós ainda estão muito feridos da última tentativa, incluindo uma ninja médica. Precisamos traçar um plano, e rápido, antes que a percamos de vista. – um dos mascarados respondeu.

Naruto ouvia àquela conversa com atenção, mas em vez de esclarecimentos, tudo o que ele ouvia eram palavras que o deixavam cada vez mais confuso. Quando ele enfim decidiu se pronunciar e perguntar o que ou quem estava dentro da caverna, a movimentação de um dos ninjas que vigiava a entrada da gruta lhe chamou atenção.

O loiro fixou o olhar no rapaz de cabelos negros, lisos e compridos, e no brilho perolado discreto, mas inconfundível, que podia ser notado pelos buracos da máscara que davam espaço para a visão. Naruto estreitou os olhos, cada vez mais confuso e desconfiado, o aperto em seu peito intensificando-se a cada minuto que passava. Reconhecendo o ninja que estava por trás da máscara da ANBU, o loiro coçou a cabeça. O que Neji estava fazendo ali?

Agora Naruto compreendia que não havia sido nada prudente sair do escritório da Hokage sem pedir por mais informações.

O Uzumaki sentiu que o brilho perolado por trás da máscara de Neji também se fixava em seu rosto, o que significava que o moreno provavelmente também o reconhecera. Sem dizer uma palavra sequer, Neji permaneceu em silêncio, ignorando a presença de Naruto.

-Precisamos voltar para a vila! – a voz feminina soou pelo local, vinda de um canto mais isolado entre as árvores. Todos os rostos se voltaram para a figura da moça de cabelos loiros amarrados em um rabo de cavalo que tentava, desesperadamente, estancar o sangue que jorrava do ferimento de uma ninja de cabelos rosa. Ambas tinham os rostos cobertos por máscaras da ANBU – Eles não vão aguentar por muito tempo!

Naruto olhou para onde a garota estava, reconhecendo Ino e Sakura, percebendo o grande ferimento na cintura da Haruno. Ao lado da rosada estavam também os corpos que o Uzumaki reconheceu como sendo Lee, Chouji, Sai e Tenten, todos parecendo gravemente feridos e muito, muito cansados.

Preocupado e surpreso, Naruto deu um passo a frente, preparando-se para correr na direção dos amigos, mas um dos ninjas da ANBU o agarrou pelo ombro, impedindo-o de se afastar.

-Concentre-se na missão. – o homem de cabelos castanhos pediu.

Antes que o loiro pudesse rebater aquele pedido, todos ouviram a voz de um outro rapaz, que saia das sombras das árvores, aproximando-se do grupo com vários pedaços de madeira nas mãos, as pontas envolvidas em algodão, que iriam servir como tochas.

-Preciso de um grupo de dezessete homens para cercar o oponente, e de um ninja com força o suficiente para imobilizá-lo. – o rapaz falou, e Naruto logo reconheceu a voz de Shikamaru, que parecia preocupado demais para se atentar à presença do loiro ali – Imagino que o tenham trazido para isso. – falou, apontando para o Uzumaki, como se ele estar ali fosse algo já previsto.

-Ele insistiu com a Hokage-sama... – um dos ANBUs explicou, entediado.

-Ótimo. – o Nara falou – Quando estivermos lá dentro, ascendam as tochas. Não façam isso antes de estarmos dentro da gruta, ou vamos alertar o oponente de nossa chegada. Quando conseguirem cerca-la, acendam as tochas, essa será a sua chance. – disse à Naruto – Ataque sem dó, sem pensar duas vezes, ou pode acabar morrendo. Não se deixe ser atingido, ou o plano vai por água abaixo. Qualquer golpe que você receber pode ser fatal.

Todos assentiram, exceto Naruto, que continuava com a expressão embasbacada de quem não estava entendendo nada. Em silêncio, todos se dirigiram para a entrada da gruta, inclusive Neji, que recebera uma tocha também. Antes de sumir na escuridão da caverna, o loiro olhou uma última vez para os corpos dos amigos que recebiam os cuidados desesperados de Ino.

O que diabos estava acontecendo ali?

 

 

 

 

 

O grupo caminhava sob a escuridão, o instinto distinguindo os perigos ao redor. A tensão era tão intensa que chegava a ser sufocante, embora a confusão ainda fosse o principal sentimento que continuava a apertar o peito de Naruto. O pressentimento de que havia algo muito errado ali criava raízes cada vez mais profundas em sua mente e, sem saber o porquê, o loiro se lembrou da estranha visita de Kiba até a sua casa, e de como ele andava tristonho e esquisito na última semana.

Dentre todas as dúvidas que permeavam sua consciência, Naruto resolveu quebrar o silêncio com um questionamento que não comprometesse sua permanência naquela missão.

-Se você sabe quem eu sou, e eu sei quem você é, - o loiro perguntou, e todos sabiam que ele se dirigia à Shikamaru. Se Neji iria ignorar sua presença ali, ele faria o mesmo – por que precisamos usar essas máscaras?

O Nara suspirou. Então Naruto ainda não sabia.

-As máscaras não são por nossa causa. – Shikamaru explicou – São por causa dela.

-Dela quem? – o loiro questionou, mas logo percebeu que não havia mais tempo para respostas nem para perguntas. Todos pararam de andar, ouvindo um rosnar baixo e pesado, que parecia ser de um animal ferido. A caverna estava completamente tomada pela escuridão, e uma aura sombria rodeava o local, tornando difícil até mesmo respirar o ar que havia lá dentro.

-Vocês sabem o que fazer. – Shikamaru sussurrou, afastando-se de Naruto e assumindo sua posição. O Uzumaki mal percebeu os outros ninjas se espalhando pela gruta, como se soubessem exatamente a localização do inimigo.

Pressentindo o perigo, Naruto se posicionou para o combate.

Aquilo, porém, não adiantou muito. Sem qualquer aviso, o loiro foi atingido por um golpe forte no estômago, que fez seu corpo arquear-se com o impacto, atirando-o de encontro a uma das paredes da gruta. As pedras irregulares e pontiagudas que formavam as paredes do lugar feriram as costas de Naruto, que já cuspia sangue, sentindo-se cansado, como se o simples toque do oponente tivesse lhe drenado uma grande quantidade de chakra.

-Merda... – ele sibilou, começando a se irritar. Não estava mais tão interessado em sanar as dúvidas que lhe confundiam os pensamentos. Não importava quem era o filho da puta que estava naquela caverna, ele iria esmurra-lo até a morte.

Concentrando chakra nos punhos, Naruto se pôs novamente de pé, tentando focar sua atenção nos movimentos do inimigo. Mesmo no escuro, o rosnado animalesco tornava fácil identificar onde o oponente estava, e não tardou até que o loiro desferisse um murro na direção de onde vinha o barulho.

Porém, seu punho foi barrado pela mão do inimigo, que novamente o atingiu, dessa vez com um murro no rosto. Sem se deixar abalar, Naruto ergueu o joelho esquerdo, chutando a barriga do que parecia ser um monstro. O urro de dor soou pelo local, e o loiro sabia que não poderia perder a oportunidade que tinha. Com um murro certeiro, Naruto mirou no que pensou ser o rosto do inimigo, que desviou, fazendo o punho de Naruto acertar e esfarelar a parede de pedras. Sem desistir, Naruto concentrou uma grande quantidade de chakra na outra mão, certo de que, daquela vez, o oponente não teria tempo de desviar.

Shikamaru também sabia disso, e portanto estava ciente de que aquela era a hora de dar o sinal aos outros.

-Agora! – o Nara gritou.

Uma por uma, as tochas foram sendo acesas, revelando o interior sombrio da caverna.

Pelo chão espalhavam-se rastros de sangue que Naruto não sabia de onde vinham.

E quando, por trás da máscara, seus olhos azuis se ergueram para, enfim, fixarem-se no inimigo, o punho do loiro estancou no ar, o chakra parando de circular por entre seus dedos, a surpresa e incredulidade paralisando seus movimentos.

Finalmente ele estava cara a cara com o grande monstro que ameaçava a paz de Konoha.

-Hi... Hinata!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como se não o reconhecesse, a Hyuuga avançou na direção de Naruto. Sem acreditar no que via, o loiro não conseguia revidar às investidas de Hinata, que parecia estar completamente fora de si. O brilho perolado de que ele se lembrava, tão característico do olhar meigo da morena, havia desaparecido; em seu lugar havia apenas as pupilas vermelhas e ferinas, um pouco escondidas pela franja que agora estava grande demais, e emolduradas pelas veias destacadas em seu rosto que evidenciavam o Byakugan desperto. A aura sombria que a rodeava dava ao Uzumaki a certeza de que havia algo muito errado com ela; aquela não era a Hinata que ele conhecera, não era a garota doce que ele desejava reencontrar quando voltasse à vila. Aquela pessoa que estava à sua frente não parecia ser Hinata. Não era ela. Não podia ser ela.

-Hinata, o que há com você?! – Naruto gritou, tentando, a todo custo, desviar dos golpes que a morena investia em sua direção, o que se tornava cada vez mais difícil, tendo em vista o espaço limitado da gruta.

Em resposta, ele obteve apenas o rosnado animalesco e inconsciente que a Hyuuga soltava entredentes.

-Naruto, o que está fazendo?! – Shikamaru repreendeu, percebendo que o loiro estava prestes a colocar tudo a perder – Está querendo morrer?! O que está esperando para imobilizá-la?!

-O que está acontecendo?! – Naruto perguntou, desviando-se das mãos de Hinata, que tinham os dedos curvados como garras – O que há com ela?!

-Não é hora para isso! Explicamos depois! Imobilize-a! – o Nara ordenou.

Imobilizar Hinata? Como Naruto poderia fazer isso com a garota doce cuja meiguice, coragem e força de vontade ele sempre admirou? Como poderia, pelo motivo mais justo que fosse, de alguma forma, machucar uma amiga? Afinal, Hinata ainda era uma amiga, não era?

Não era?

-Hinata, pare! – o loiro gritou o pedido desesperado – Sou eu, Naruto! Nós crescemos juntos, não se lembra?! Eu voltei! Nós somos amigos! Pare com isso!

Mas a Hyuuga parecia não ouvir, parecia não ligar para as palavras do rapaz. Parecendo estar dominada por uma energia que controlava seus pensamentos, suas ações, seu instinto, inconsciente do que se passava ao seu redor, ela se transformara em uma máquina incapaz de diferenciar aliados de inimigos. Tudo ao seu redor se transformara em ameaça.

O punho da morena se moveu em direção ao peito de Naruto, e em um movimento instintivo, ele ergueu a perna direita, atingindo-a na cintura, vendo Hinata, imediatamente, recuar, grunhindo de dor. Ele se arrependeu imediatamente do golpe que desferira, mas logo seus pensamentos se voltaram para o barulho de algo pingando, e foi quando o loiro compreendeu de onde vinha o sangue que tingia o chão de vermelho.

Hinata estava ferida. Muito ferida.

Ainda arfando de dor, a garota ergueu o rosto coberto pelos cabelos desgrenhados. Seu olhar enfurecido se fixou em Naruto, como se ele fosse um desconhecido, um inimigo, uma ameaça.

Como se ele fosse ninguém.

-Hinata! – foi a vez do loiro arfar, cada vez mais confuso e desesperado – Sou eu, Naruto! Veja! – ele disse, movendo uma das mãos na direção da máscara que escondia seu rosto, a fim de tirá-la.

Foi quando sentiu uma mão agarrando firmemente seu pulso, impedindo-o de se livrar da máscara.

-Você não pode fazer isso. – Neji falou, segurando o braço de Naruto com força – Não sabemos com o que estamos lidando, não podemos correr o risco de deixar essa coisa conhecer nossos rostos.

-“Essa coisa”?! – Naruto repetiu as palavras do Hyuuga como se cada uma delas fosse um palavrão – É da Hinata que estamos falando!

-Não é mais. – Neji esclareceu calmamente – Essa coisa não é a Hinata-sama. Nossa missão é tirar isso de dentro dela.

-O que está dentro dela?! – o loiro perguntou, sem deixar de atentar-se aos grunhidos de dor que a Hyuuga ainda fazia soar na gruta.

Neji suspirou pesadamente, sem saber se deveria deixar Naruto saber do que estava acontecendo. Mas se ele estava ali, era porque queria ajudar, não é mesmo? Os Hyuugas podiam confiar em Naruto, não podiam? Afinal, quem melhor que o Uzumaki para compreender e ajudar no que estava se passando com sua prima?

-Um Bijuu. – Neji finalmente respondeu, o rosto sob a máscara voltado na direção de onde Hinata estava – Achamos que selaram um Bijuu dentro da Hinata-sama.

-O QUÊ?! – Naruto gritou, em pânico.

-Deixem a indignação pra depois, pode ser?! – Shikamaru sibilou, perdendo a paciência – Ela vai nos matar se esperarmos mais um pouco! Precisamos nos apressar, ou será tarde demais!

-Se quisermos ajudar a Hinata-sama, precisamos levá-la de volta para a vila. – Neji explicou – Estamos no meio de uma crise, temos que agir depressa. Você irá nos ajudar ou não?

-Que tipo de pergunta é essa?! – Naruto rebateu, exasperado – Hinata é minha amiga! É claro que vou ajuda-la!

-Então se apresse! – o Hyuuga recomendou, afastando-se para dar espaço ao loiro.

Ainda incerto sobre os motivos que estavam por trás de toda aquela confusão, percebendo que só teria respostas se conseguisse controlar Hinata, Naruto se posicionou, vendo que a morena já estava recuperada do golpe que levara. Sem hesitar, ela avançou furiosamente na direção do Uzumaki, sem parar para perceber o brilho avermelhado que se fazia notar por trás da máscara dele.

Deixando a energia de Kyuubi fluir livremente por seu corpo – algo muito difícil de fazer, já que o loiro passava a maior parte do tempo tentando reprimi-la - Naruto se desviou do punho cerrado de Hinata, para em seguida agarra-la pelos pulsos, fazendo com que o chakra de Kyuubi envolvesse a morena, neutralizando a aura sombria que a envolvia. Hinata grunhiu de dor, os olhos se fixando nos orbes vermelhos por trás da máscara que Naruto usava, e o loiro pôde jurar que ela, por um milésimo de segundo, o reconheceu. Mas aquele momento de lucidez não durou muito. Hinata logo voltou a rugir, revoltada pelas mãos que a impediam os movimentos. Naruto intensificou a circulação de chakra, deixando a energia de Kyuubi cada vez mais livre para circular ao seu redor, o bastante para deixar a morena inconsciente, mas não o suficiente para que ele perdesse o controle do Bijuu.

Incapaz de resistir ao forte chakra de Kyuubi, Hinata caiu de joelhos, despejando no chão uma forte rajada de vômito, como se quisesse expulsar de si o que quer que estivesse lhe dominando. Ela então ergueu a cabeça, fitando os olhos de Naruto, como se novamente o estivesse reconhecendo. Seu rosto se contorceu em uma expressão de súplica que fez com que o coração do loiro apertasse em agonia.

Mas antes que pudesse ter certeza de que ela havia, finalmente, o reconhecido, Naruto viu o corpo da Hyuuga desfalecer em seus braços, a exaustão empurrando-a para a inconsciência, fazendo com que os rugidos, a dor e o descontrole cessassem repentinamente.

Cansado, confuso e com o corpo completamente dilacerado pela grande quantidade de chakra que deixara fluir, Naruto também caiu de joelhos, ainda segurando o corpo desmaiado de Hinata. Tentando se manter consciente, ele a apertou junto ao peito, sentindo-se extremamente culpado por tê-la induzido ao desmaio, dominado por um instinto protetor que ele sequer sabia que possuía.

-O que... O que fizeram com você, Hinata...? – Naruto murmurou antes de desmaiar, os braços ainda envolvendo a Hyuuga em um enlace apertado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando abriu os olhos, Naruto percebeu que todos ao seu redor estavam envolvidos pela névoa fria e lilás que evidenciava a chegada da madrugada. A movimentação pela estrada era lenta, cansada, e ele não demorou até perceber que estava sendo carregado nas costas do ANBU de cabelos castanhos. Meramente ciente do que estava acontecendo, ainda envolvido pelo torpor do cansaço que fazia seus membros latejarem, Naruto notou que os rostos de todos ali pareciam ser a moldura perfeita para uma caravana fúnebre.

Com os braços apoiados nos ombros de Ino, Sakura caminhava com dificuldade, a mão segurando o curativo precário e improvisado que a Yamanaka providenciara. Shikamaru e Chouji, que estava bastante ferido também, carregavam os corpos esfolados de Sai e Lee. Neji responsabilizara-se por carregar o corpo desmaiado de Tenten, e Naruto logo pôde ver o sangue que escorria do braço do Hyuuga sem que ele soltasse um murmúrio de dor sequer.

Mas foi quando seus olhos se focaram na prisioneira que o loiro despertou completamente.

Hinata, ainda inconsciente, estava sendo levada pelos homens da ANBU, tendo braços e pernas amarrados. Os ninjas a carregavam como se ela fosse um fardo, uma bagagem, as expressões indiferentes dos ANBUs escondidas pelas máscaras que velavam o desprezo pela Hyuuga que havia se transformado em monstro.

Naruto rapidamente se desprendeu dos braços que o carregavam, postando-se furiosamente diante dos ninjas que mantinham vigilância sobre Hinata.

Todos pararam de andar, fitando, surpresos e desanimados, a postura irritada do Uzumaki.

-O que pensam que estão fazendo?! – ele gritou, irado. Todas as máscaras se voltaram em sua direção, inclusive as de seus amigos.

-Transportando a prisioneira. – um dos homens respondeu tranquilamente.

-Hinata não é uma prisioneira! – Naruto rebateu, dando um passo à frente – Soltem ela!

-Não podemos faz... – o ANBU estava prestes a argumentar, mas logo foi interrompido.

-Solte ela. Agora. – a voz monstruosa de Naruto sibilou, os olhos vermelhos sob a máscara brilhando na direção do ninja mais velho.

Assustado e com medo de despertar a fúria do Bijuu de nove caudas, o ANBU deu um passo para trás.

-Entenda as circunstâncias, Uzumaki-san... – o ninja tentou explicar – Na atual situação, a garota Hyuuga representa um grande perigo e...

-Eu me responsabilizo por ela.  – Naruto garantiu, encarando o ANBU furiosamente – Solte. Ela. – ele sibilou novamente.

Os ninjas olharam para trás, tentando obter uma resposta do ANBU de cabelos castanhos, que apenas assentiu. Estava cansado demais para discutir sobre aquilo; Que o Uzumaki se responsabilizasse pela garota, então. Ficaria de olho, caso algo anormal relacionado à Hinata lhe chamasse atenção.

Os ninjas entregaram o corpo da morena à Naruto, que a recebeu como se estivesse segurando algo muito precioso e frágil. Gentilmente, ele desfez os nós que apertavam os pulsos e tornozelos de Hinata, passando os dedos onde antes estavam as correntes que a amarravam, tentando fazer desaparecer as marcas na pele dela. Com cuidado, ele ergueu o corpo da Hyuuga, apoiando-a em suas costas, fazendo com que a cabeça dela se apoiasse em seu ombro e pescoço. Os cabelos negros caíram por sobre seus braços como cortinas, protegendo-o do frio daquela madrugada e dos olhares desgostosos dos ninjas da ANBU.

Com as pernas de Hinata encaixadas em seu quadril, enquanto a segurava pelas coxas, inclinando-se um pouco para frente para que o corpo dela não virasse pra trás, Naruto sentia o tronco da garota colado às suas costas, a respiração tranquila batendo em seu pescoço, mas estava irritado demais para prestar atenção naquilo. O desprezo na voz dos ANBUs, a desconfiança, aqueles olhares indiferentes... Naruto conhecia bem aqueles olhares, pois convivera com eles durante toda a infância. Eram os olhares daqueles que o julgavam como se ele fosse um monstro. Mas, agora, a indiferença e o desprezo estavam voltados para Hinata.

Ele apertou um pouco mais as pernas da morena, como se pudesse protege-la dos olhares acusadores dos outros.

Não importava quão confusas as coisas estivessem, não importava que as circunstâncias lhe indicassem que havia algo errado com Hinata, Naruto não deixaria que a tratassem como uma inimiga. Ele se responsabilizaria por ela, e a protegeria dos olhares acusadores de todos.

 

Se fosse necessário, Naruto estava disposto a protege-la até dela mesma, e do que quer que tivesse se apoderado do coração da Hyuuga.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Oi!
E aí? Gostaram?

Quem ai esperava por essa levanta a mão.
Ninguém?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Acredito que agora vocês comecem a compreender por que o título da fic é Reflexo xD
Acho que consegui surpreender um pouquinho, né? Hihihihihi Afinal, quem ia imaginar que a Hinatinha poderia estar passando por uma coisa dessa?
Quem aposta como foi que isso aconteceu?

Parece que muita coisa aconteceu na vila enquanto Naruto estava fora... Podem aguardar que a treta mal começou. Capítulo que vem o povo vai voltar pra Konoha e...

Bem, não vou contar porque:
Sim, sou uma autora-san um pouco malvada;
E também porque torço que vocês tenham gostado do capítulo de hoje, então, por favor, não deixem de avisar aos amigos sobre esta fanfic, favoritar e, principalmente, de comentar! Afinal, é o incentivo de vocês que me motiva a prosseguir escrevendo e a me empenhar em tentar fazer boas histórias. Espero, de coração, que estejam gostando.

Prometo tentar postar o próximo logo, loguinho!

Bjks!


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