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História Screamin' - TOM


Escrita por: The_Yssah

Capítulo 14 - TOM


Quando nós terminamos de nos arrumar, saímos do quarto e fomos para a sala. Tom havia saído, e Bill me levou para seu apartamento.

O apartamento deles era perfeito, mil vezes mais perfeito do que o meu, e bem arrumado.

Bill e eu ainda não tínhamos trocado nem uma palavra, ficamos na cozinha olhando um para o outro, sem ter o que fazer, á não ser esperar por Tom.

–TOM! – Bill gritou. Tom apareceu na porta da cozinha como se nada tivesse acontecido, nos olhou e deu um sorriso gentil.

–Vamos? – Ele perguntou.

–Vamos. – Disse Bill já indo para a sala. Tom e eu o seguimos.

-Mas Tom, será que ela vai gostar de mim? – Perguntei aflita em um tom de voz baixo.

–Claro! Mamãe é tão legal, vai te adorar! – Ele respondeu olhando para as costas de Bill.

.

.

Assim que chegamos na casa de dona Simone, senti o cheiro delicioso de comida me inebriar, Bill entrelaçou meus dedos nos dele e Tom, tocou a campainha, logo uma moça baixinha e gordinha abriu a porta.

–Olá, Nora! – Tom cumprimentou a moça que vestia roupas de empregada.

–Olá Tom! – Respondeu sorrindo - Bill, como vai?

–Muito bem, obrigado!

–Por favor, entrem! Vou chamar a Dona Simone! – A empregada disse assim que entramos.

Bill e eu nos sentamos no sofá longo e aconchegante, Tom se jogou no sofá com os pés na mesinha de centro, segundos depois uma mulher de meia idade alta, loira, meio cheinha com um sorriso radiante entrou na sala. Ela tinha o sorriso de Tom, mas sem a malícia costumeira que este carregava e sim com a simpatia de Bill, Tinha os olhos grandes como os de Bill, mas puxados com os de Tom com um brilho alegre. Se vestia muito bem.

Me levantei do sofá e Bill saiu correndo e a abraçou com força, logo atrás dela apareceu um homem alto com um pouco de barba, mas ele não me lembrou nem um dos Kaulitz. Assim que Bill largou a moça que era a Simone, abraçou o homem, que eu ainda não sabia quem era, a mulher me fitou e deu um sorriso carinhoso.

–E essa bela moça é...? – Ela perguntou me olhando.

–Mamãe, essa é Jessie, minha maquiadora, e... – Começou Bill, mas Tom o interrompeu.

-Futura mãe de seus netos e meus sobrinhos.

Bill sorriu meio envergonhado com a menção de Tom. Os olhos de Simone brilharam mais ainda e o homem ao seu lado sorriu abertamente.

–Sério?! – Disse o homem

–Hmm... – Bill pigarreou.

-Jessie, essa é minha mãe, Simone, e esse é o meu padrasto Gordon! – Disse o Tom.

Mostrei o melhor sorriso que tinha e estiquei o braço para que dona Simone apertasse, mas ela me puxou e me abraçou fortemente, como se eu fosse a alegria em pessoa, depois Gordon fez o mesmo.

–É um grande prazer conhecê-los, não sabem o quanto Bill me fala de vocês! – Falei animada.

–Não sabe o quanto estou feliz por saber que você é a tão esperada garota do Bill! – Disse Simone, fazendo com que todos se sentassem no sofá (menos Tom, esse aí se jogou).

–Que mulher linda você arrumou hein filho! – Disse Gordon. Bill me estreitou em seus braços.

–Não podia ser mais linda não é, pai?! – Bill disse feliz.

–Só falta, alguém aqui se arranjar, não é mesmo? – Disse Simone olhando feio para Tom.

–Que é mãe?! Já disse, não quero compromisso sério... Agora não! – Tom falou com a expressão desleixada. Simone riu.

–Veja que garota amável seu irmão tem, e você aí pegando essas garotas corrimão, que todo mundo passa a mão! – Disse Gordon, corei na mesma hora. Ter sido de Tom por uma noite me faria uma mulher corrimão também?

–Ah mamãe! Está exagerando! Nem todas são putas assim! – Disse Tom gargalhando e me encarando.

–Claro que são! Nunca me agradaria uma dessas vadias que você pega! – Simone disse. – Que garota de verdade ficaria com você sabendo que você não a levaria á sério? Uma puta ficaria!

–Pense novamente! - Tom falou rindo mais ainda.

–Para com isso Tom! – Disse Bill meio sem jeito.

–O que foi? – Gordon falou intrigado.

–É que... Mamãe, a Jessie já ficou com o Tom, e ela não é nem uma vadia ou corrimão. – Disse Bill sério.

-Nós tentamos ter algo sólido. – Disse Tom tentando diminuir a gravidade da situação. Simone ficou séria de repente. – Eu gostei muito dela, e nós tentamos ter algo sério, mas vocês me conhecem... Sou Tom Kaulitz e ainda não me sinto pronto pra essas coisas... Daí eu aproximei Jessie do Bill. Eles realmente descobriram algo... Algo muito bom pros dois. Vejam como são lindos juntos! – Tom riu sem graça.,

Eu corei, mas foi meio que de raiva mesmo. Não achei que fosse necessário que Bill tivesse dito aquilo. O que Simone e Gordon pensariam de mim? Que eu era uma disvirtuadora de gêmeos? Que eu queria ter experimentado os dois ou... Sei lá mais o quê!

Ficamos dois minutos em um silêncio constrangedor. Ninguém olhou para ninguém, então Simone pigarreou antes de murmurar um pouco envergonhada:

–Olha... Me desculpe! Eu nem imaginei que... Desculpem!

–Não se preocupe, dona Simone! – Falei tentando soar normal. - Foi um relacionamento longo e divertido que eu tive com Tom, mas tivemos que terminar porque percebemos que éramos amigos demais para isso. Nós tínhamos mais respeito um pelo outro do que o amor que um casal deve ter, por isso ainda somos grandes amigos! – Menti, para que ela não pensasse também que Tom era um imaturo que nem sabia lidar com um relacionamento.

–Nossa, Tom, você nunca me apresentou a ela! – Simone falou voltando á sorrir animada.

–Sabe, mamãe... Estávamos em tour na época, eu decidi te contar só quando chegássemos, mas quando chegamos aqui o relacionamento já tinha acabado. E acho que a Jessie não se sentiria confortável conhecendo os pais do ex. Não é Jessie? – Tom falou me encarando.

–É... Apesar de eu estar conhecendo os pais do meu ex agora... – Simone, Gordon e Tom riram. Bill me encarou confuso. – agora me sinto mais confortável para isso.

–Nossa! Então, Tom minhas esperanças por você voltaram! Se Jessie e Bill estão se dando tão bem, porque você não pode conseguir uma namorada assim também? – Simone riu.

Almoçamos e passamos a tarde na casa dos meus “sogros”. Foi muito divertido. Gordon tinha um senso de humor inabalável e conhecia muito bem as melhores bandas de punk rock que eu já tinha visto. Simone e Gordon, eram tão legais, que me fizeram sentir como se eu fosse filha deles também. Simone me proibiu de chamá-la de “dona” e Gordon me proibiu de chamá-lo de “senhor”.

“Agora você será nossa filhinha, adorei te conhecer!” Foram as últimas palavras de Simone quando me despedi.

Já era noite quando voltamos para casa. Tom recebeu uma ligação de alguma garota e saiu, Bill e eu fomos para meu apartamento, e enquanto eu tomava banho, ele fez macarronada com queijo para o nosso jantar.

–Bill, eu tava pensando, sabe aquele vestido que a dona Marienne lá do desfile me deu?

–Hum?

–Então, eu queria apertá-lo mais um pouco. – Comentei tentando quebrar o silêncio.

–Hum.

–Você sabe onde tem costureiras boas por aqui?

–Uhm. – Pareceu mais um gemido, mas eu tomei como um ‘não’.

–Que pena.

–Aham...

–Você está bem?

–Aham

–Tem certeza?

–Aham.

–Hm... Eu... Sabe, gostei muito da sua família. Muito obrigada por hoje... Fez com que o que eu sinto por você aumentasse mais um pouco, sabe? Ver você agindo de um jeito mais ‘íntimo’, diferente de quando estamos com a banda.

Ele me encarou por longos segundos.

–Estou me apaixonando por você. Não falta muito pra eu dizer que te amo. – Falei em português. Ele me olhou pensativo e confuso, murmurou mais um “aham” e voltou á encarar seu prato de macarrão.

–Bill, porque você está tenso? – Perguntei.

–Que história é aquela que você contou pra mamãe?  – Ele perguntou nervoso. – Não sabia que o que você e o Tom tiveram foi algo tão... Intenso.

–Intenso? – Ri. - Eu menti pra ela não achar que eu sou só mais uma puta do Tom. Você nem deveria ter comentado que eu e Tom já havíamos ficado.

–Não precisa mentir. – Ele disse sério. – Assim que Natalie começou á falar sobre você, antes de você chegar, Tom foi o único que não fez perguntas demais. Quando você chegou, Tom foi o primeiro á te fazer se sentir confortável... É tudo meio suspeito agora que vocês mencionaram isso. O que vocês tiveram no passado?

–Você sabe. Foi aquela noite. Só!

–Não, eu sei que não foi! Antes eu desconfiava, porque sei que você nunca dormiria com uma pessoa sem conhecê-lo, e sei também que você não é fã do Tókio hotel, e você nunca nos contou como conheceu a Natalie... Então vocês já se conheciam antes não é?!

–Claro que não! – Repliquei na defensiva. – O que importa agora? Esquece isso. Tom e eu não tivemos nada.

–Sei. – Disse com ironia.

–Eu inventei aquilo pra sua mãe, Bill! – Falei irritada.

-Como Natalie e você se conheceram?

-De que importa? – Repliquei nervosa, não querendo mentir para ele e nem contar a verdade a arruinar meu acordo com Natalie. – Não seja estúpido!

–Como você conseguiu inventar tão repentinamente? E como sua estória e a de Tom encaixaram tão bem?

–Porque eu esconderia isso de você?

–Porque talvez vocês ainda devem foder pelas minhas costas!

–Mas o que?!

–É isso mesmo! – Exclamou ele.

–Seu estúpido! – Gritei. – Estúpido, idiota! É claro que não! Como diz uma coisa dessas de mim?! Do seu irmão!!!

–Eu digo o que eu vejo! 

–Você é um idiota!

–Sou mesmo!

–Ele é seu irmão!

–Eu vejo o jeito que vocês se olham, da mesma forma que se olhavam quando você chegou!

–Vá se ferrar! Você não sabe de nada! Não vou tolerar que você me chame de mentirosa assim!

–Fugindo do assunto? – Bill começou á gritar e falar coisas que eu não consegui definir por causa da minha irritação e dos meus gritos e xingamentos.

Saí da cozinha e ele me seguiu, peguei uma jaqueta qualquer e saí batendo a porta com força.

Desci e parei de frente á grande avenida de carros, de frente ao prédio, olhei para o outro lado da rua movimentada e uma boate lotada pareceu me chamar a atenção. Esperei o sinal fechar e atravessei rumo á boate. Entrei na fila.

Já fazia um bom tempo que eu não bebia e o estresse acumulado merecia ir embora com uma bela garrafa de Jack Daniels.

Entrei e fui diretamente para o balcão onde serviam as bebidas, pedi uma dose de Jack Daniels, e bebi em um só gole, já pedindo por mais.

 


Notas Finais


E aí? *O*


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