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História Se Eu Ficar - Capítulo XV - Cada Momento Conta...


Escrita por: IsobelCostles

Notas do Autor


Um capítulo mais curtinho, apenas para vocês sentirem o sabor do "hot" que está apara chegar no próximo...

Capítulo 15 - Capítulo XV - Cada Momento Conta...


Fanfic / Fanfiction Se Eu Ficar - Capítulo XV - Cada Momento Conta...

POV - Deidara

Depois de jogar todo o meu maldito orgulho de lado, eu mal consegui escutar o que Sakura estava falando, apenas me desculpei, subindo as escadas em direção a sala de Hidan. Estava chateado e queria a todo custo confrontá-lo. Olhar nos olhos dele e saber o que realmente sentimos depois de tudo. 

Parei em frente a porta e fiquei alguns segundos lendo o seu nome em letras garrafais sobre a simbólica placa de madeira. Eu sentia o meu peito se comprimir e o ar se esvair dos meus pulmões. Estava sufocando em minha própria bolha de ansiedade. 

_ Será que eu devo abrir a porta para você?! - Ouvi a voz calma ao meu lado e fechei os olhos desejando que fosse apenas uma ilusão da minha mente perturbada. 

_ Droga… - Murmurei, me virando em sua direção e encarando a sua expressão indecifrável. 

Sem nenhuma resposta, ele apenas esticou-se, tocando a maçaneta ao meu lado e abrindo a porta, dando-me passagem para entrar. Inspirei profundamente, mas pudera, muita coisa presa dentro de mim resultou nisso… 

_ Vai entrar? - Insistiu em perguntar com certo ímpeto. 

Por fim, eu joguei qualquer pensamento destrutivo para longe e passei pela porta, ouvindo o barulho seco de madeira se fechar pelas minhas costas. Por algum tempo, eu fiquei estático em frente a sua mesa. Não me aproximei, não me afastei, muito menos me sentei ou denotei qualquer movimento que fosse… 

De fato, eu não sabia o que fazer. 

Depois que terminei o ensino médio, eu me perdi em relações que me deixavam em completa confusão ou contradição comigo mesmo. Pelo menos foi assim até que eu encontrei o Obito. Apesar de todo o mal que me fez, ele também foi capaz de me mostrar que eu não precisava ter vergonha de ser quem eu sou e que nunca deveria correr atrás de pessoas que só me quisesse por perto, quando eu era a última opção. 

Então, eu já não sabia mais o que fazer ou falar diante da atual situação em que me encontrava. Não era do meu feitio estar ali naquela sala buscando respostas de alguém que já me negou antes. 

_ Bom, creio que deva ter algo para me falar, já que estava parado em frente a minha porta. - Falou da maneira mais formal possível, me deixando ainda mais constrangido. 

_ Não fale comigo como se eu fosse apenas um aluno qualquer. - Murmurei furiosamente, trincando os dentes pelo seu maldito profissionalismo frio e apático. 

_ Não entendi… - Disse, passando ao meu lado e curvando-se ao se apoiar em sua mesa à minha frente. 

_ NÃO FALE COMIGO COMO SE EU FOSSE APENAS UMA DROGA DE UM ALUNO QUALQUER!! - Exclamei, alto o bastante para que a frase ecoasse pelo pequeno ambiente.

_ Não, isso eu entendi. - Me olhou com um brilho indiferente nos olhos. _ O que eu ainda quero compreender é como deseja que eu fale com você, então?! Quer que eu seja gracioso?! Frio?! Galante?! Quer eu te trate como um amigo ou quem sabe como a pessoa que foi expulsa da sua vida por mero acaso?! 

_ Ótimo, você está me punindo pelo que eu disse no hospital. - Bufei, dando de ombros e caminhando até a saída. 

_ Não, eu não estou te punindo. Só estou mostrando pra você o quanto as suas palavras podem me magoar. - Falou, fazendo com que eu retornasse o meu olhar ao seu. _ Aquele dia eu me senti péssimo por não saber como reagir ao seu beijo, mas eu não merecia ser tratado com tanta frieza. 

_ Eu sinto muito… - Falei, corando-me. _ Eu fiquei pensando por dias no que eu disse e realmente foi grosseiro demais com alguém que só queria me ajudar. 

_ Eu não queria só te ajudar, Deidara… - Com um impulso, Hidan se levantou e veio em minha direção. _ Eu queria cuidar de você. 

_ Eu não preciso de alguém que cuide de mim, mas queria muito ter alguém que não tivesse vergonha de estar comigo… - Falei, olhando para os meus tênis, um pouco envergonhado pela confissão. _ Quando você parou o beijo e disse que não era gay, eu me senti a pior pessoa do mundo… Eu…  

_ Shhhh, eu fui um idiota por falar daquela forma com você… - Senti os seus dedos tocar-me o queixo e o levantar na altura exata do seu rosto. _ Mas acredite quando eu digo que nunca teria vergonha de ter alguém como você ao meu lado.

Aos poucos os teus olhos foram roubando completamente o meu fôlego, enquanto fitavam os meus lábios. Era como se pedissem a minha permissão para iniciar um beijo. Abri os meus lábios de forma sugestiva à sua espera… E quando finalmente ele os tocou, eu senti como se me apaixonasse pela primeira vez.

POV - Sakura

Cheguei em casa jogando a mochila em qualquer lugar e tirando com certa urgência as botas, seguido de toda aquela roupa pesada que ficou espalhada pelo corredor de entrada do apartamento. Atrás de mim, vinha Naruto, repetindo todos os movimentos, quase como que ensaiados. 

Liguei o aquecedor e busquei me aninhar no sofá, enquanto o loiro se deitava confortavelmente no grosso tapete de pelúcia. Ficamos por longos segundos em silêncio, apenas aproveitando o confortável ambiente… Esse era o grande prazer da intimidade, poder aproveitar o silêncio ao lado do outro. 

_ Mas que inferno, eu já disse que não tenho nada para falar com você, agora para de me ligar! - Ouvi o barulho alto da porta se fechando e em seguida encaramos uma loira vermelha do que seria ódio acumulado. 

_ Mas o que foi que aconteceu?! - Perguntei me sentando, enquanto Naruto apenas se virou na direção alheia. 

_ Kankuro, disse que está precisando de ajuda e não quer mais ser rejeitado pela família… - Passou pela sala, indo em direção a cozinha com passadas duras. _ Como se em algum momento nós fossemos família. Quer dizer, eu e Gaara somos, mas ele?! Ele não pode voltar do inferno e exigir que o acolhemos… Ele acha que a nossa memória é de que?! peixe?!

_ Eu juro que entendi pouquíssima coisa do que ela falou. - Naruto murmurou na minha direção, enquanto olhávamos Temari andar de um lado para o outro com um copo de água que ela mal tocou nos lábios. 

_ Vai fazer um chá pra ela… - Pedi ao loiro que se levantou e imediatamente foi para a cozinha. _ Temari?! Ei, chega de falar!! - Exclamei, indo em sua direção e segurando os seus ombros. 

_ Eu estou com tanto ódio, Sakura… - Suspirou, recostando a cabeça no meu ombro, enquanto eu ainda segurava os seus. _ O Shikamaru me mandou várias mensagens que eu não sei como responder, o Gaara só vai chegar pela manhã e eu estou com medo de que Kankuro acabe aparecendo aqui e fazendo alguma de suas loucuras.

_ O Shikamaru está cuidando do café essa semana, então tem tempo o bastante para te mandar mensagens… - Falei, puxando comigo para o sofá. _ O Gaara vai vir direto para cá quando chegar na cidade e esse tal de Kakuro não seria louco em vir aqui…  

_ Se ele vir, pode ter certeza que encontrará outro cara tão louco quanto… - Naruto exclamou da cozinha, fazendo a loira rir alto. 

_ A vida adulta é frustrante e exaustiva…  - Ela disse se aninhando no sofá, como uma criança. 

_ Não tem nada de encantador, não é mesmo?! - Naruto se aproximou, entregando-nos duas canecas de chá. 

_ Quando criança, eu jurava que os adultos sabiam o que estavam fazendo… - Falei com escárnio. _ Mas na verdade, ninguém sabe de nada. 

_ Acho que estamos todos improvisando… - Temari acrescentou, fazendo-nos rir.

_ Ah, chega de reclamar, vai… Que tal apenas esquecermos tudo isso e sairmos para jantar fora?! - Naruto indagou, depois de um curto período de silêncio. _ Sakura ganhou uma bolsa, eu já pretendia dormir aqui mesmo e você está de mal com a vida adulta, vamos comemorar…

_ Espera, Sakura ganhou uma bolsa? - Temari olhou-me com suas grandes orbes esverdeadas. 

_ Pois é, o namorado do Deidara entregou a papelada pra ela agora a tarde… - O loiro fofoqueiro deu um vitorioso sorriso de canto ao contar tudo. 

_ Obrigada, Naruto… - Disse sarcasticamente ao olhar com vontade de jogá-lo da sacada. 

_ Sakura, isso é incrível!! - Ela exclamou me abraçando, enquanto eu tentava chutar o loiro que infelizmente se esquivava com facilidade. _ Para, deixa o Naruto e me abraça, mulher!!!

Comecei a rir, retribuindo o abraço apertado que Temari me dava, deixando Naruto e sua grande língua de lado. 

_  Nós vamos jantar fora sim e é por minha conta! - A loira disse se levantando animada e seguindo para o quarto. _ Vou tomar um banho e me arrumar. Então, façam o mesmo, principalmente você, Naruto!!

_ Caramba, eu estou fedendo, é isso que ela quis dizer?! - Cheirou a própria axila, me encarando com uma das sobrancelhas arqueadas de maneira hilária. 

_ Acho que todos nós estamos… - Falei me levantando e o puxando pelo braço. _ Vai, vai tomar um banho primeiro, enquanto eu falo com o Shikamaru…

_ Vai chamar ele?! Sem a Temari saber?! - Olhou-me de soslaio, enquanto o empurrava com as mãos. 

_ Não é como se ela não quisesse, eu só estou dando uma forcinha… - Murmurei, dando um solavanco em seu corpo para dentro do quarto, voltando para a sala e pegando o meu celular. 

Depois de discar o número do moreno, eu fui em direção a varanda e me sentei no sofá, acendendo um cigarro, apenas para matar o tempo, enquanto aguardava que ele me atendesse. Na quinta para a sexta chamada, pude ouvir a sua voz entediada ressoar, insinuando que ele estava à toa o bastante para um convite informal de última hora. 

_ Nós vamos sair para jantar e eu quero que você apareça. - Afirmei sem rodeios.

_ Como é?! Não é assim que se convida as pessoas, sabia?! - Enfatizou calmamente. 

_ Você quer parar, eu preciso muito te contar uma coisa e além disso a Temari vai estar pagando… - Falei, tragando o cigarro ainda preso aos lábios. _ Só apareça, por favor.

_ Tudo bem, eu vou… - Disse com certo ânimo ao ouvir o nome da loira. _ Onde vai ser?!

_ Te mando a localização em breve. Então, fica de olho no celular… - Respondi, apagando a bituca no cinzeiro ao meu lado e seguindo para dentro.

 



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