1. Spirit Fanfics >
  2. Secret >
  3. Holy shit

História Secret - Holy shit


Escrita por: Cavallera

Notas do Autor


Helloooow my baes!!
Não vou dizer que estou de volta por que ainda não estou de verdade. Estou postando esse capítulo por que tenho escrito a Secret aos poucos e também comecei outra fanfic, mas ainda sem data de estréia. Posso adiantar que é inspirada em Meu Romeu e a continuação, Minha Julieta. Quem não leu esses livros, sugiro que corram e leiam. EU ESTOU APAIXONADA. E tenho certeza que irão amar a nova história quando ela for lançada.
ENFIM, voltando. Esse capítulo, obviamente, é uma continuação do anterior e uma prévia de muita coisa que ainda vem por aí. Espero que gostem e por favor, me deem um alô nos comentários, só pra eu saber se resta alguma de vocês. Obrigada por estar aqui. Beijos!! <3 <3

Capítulo 11 - Holy shit


Fanfic / Fanfiction Secret - Holy shit

- Moça? Ei moça. - A mulher a minha frente balança a mão perto ao meu rosto me tirando do transe.

O que eu faço? O que eu digo? Justo eu tinha que abrir a porta. Não sei se é certo deixar ela entra, mas também não sei se é justo mentir e dizer que ela simplesmente se enganou de endereço. Respiro fundo tentando por meus pensamentos em ordem e parecer menos chocada do que devo estar parecendo.

- Essa é a casa dele? - ela prossegue.

- É. - falo e engulo a seco.

Ela abre um sorriso tímido, como se estivesse feliz por tê-lo encontrado, mas é visível que ela também não sabe se isso é certo.

- Ele está em casa? - ela coloca as mãos em frente ao corpo e as segura uma na outra, tímida. Ou nervosa.

- Bem, ele está… mas não sei se ele vai.. bom, você sabe…

- Cassie - ela fala. - esse é seu nome certo? - assinto com a cabeça - Cassie, eu passei anos da minha vida longe do meu filho, escondendo a verdade por ser diariamente ameaçada. Eu preciso conversar com ele, lhe contar a verdade antes que eu morra sem fazer isso.

- Eu...

Não faço ideia do que dizer, se ela tem algo tão importante para falar com ele não acho que barrá-la seja o certo a fazer. Dou um passo para trás e faço sinal para que ela entre, Pattie sorri com os olhos e entra na casa olhando tudo, assim como fiz quando entrei aqui pela primeira vez.

- Por favor. - a encaminho para a sala  ela se senta no sofá. - Vou avisar ele de que você está aqui.

- Tudo bem, mas não diga quem eu sou. É que ele pode não querer vir, apenas diga que tem alguém que quer falar com ele.

- Certo.

Passo na cozinha e peço para que Mama leve um copo de água para Pattie, subo as escadas vagarosamente, como se eu quisesse adiar ter que acordar Justin agora. Eu estou com medo do que pode sair deste encontro. Entro no quarte e ouço o barulho do chuveiro, a porta do banheiro entreaberta deixa um pouco do vapor da água quente sair.

Me sento na beira da cama esperando ele acabar. Meus dedos vão para minha boca e meus dentes cutucam a pele de tanto nervosismo. A água do chuveiro sessa e depois de alguns segundos Justin sai com uma toalha enrolada na cintura e outra ele esfrega no cabelo. Assim que me vê sorri e eu retribuo.

- Bom dia. - ele se aproxima e selamos nossos lábios delicadamente. Ele me olha com desconfiado. - Está tudo bem?

- Aham. - confirmo com a cabeça.

Ele me segue com os olhos enquanto vai para o closet, respiro fundo assim que ele some da minha vista. Depois de pronto ele sai.

- Justin… - falo e ele se vira pra mim. - tem alguém lá embaixo que quer falar com você. - falo tentando ser o mais natural possível.

- Alguém, quem?

- Não sei ao certo. - minto. - mas disse que tem um assunto sério a tratar.

- Parece sério? - ele me olha.

- Talvez. - pressiono os lábios fortemente, Justin fecha um pouco os olhos como se quisesse  pegar alguma mentira.

- Tudo bem. Vou lá. - ele sorri e sai do quarto. Vou atrás dele.

Eu espero muito que isso não seja tão ruim quanto eu penso ser, espero que ele não fique tão abalado, apesar de eu ter quase certeza de que é quase impossível.

Justin vai até a sala e Pattie se levanta assim que nos vê. Justin para e olha para ela por alguns segundos, seguro a respiração esperando algo de ruim acontecer. Pattie olha para ele como se aquele homem a sua frente fosse a mais bonita obra de arte, há uma serenidade em seu olhar, como uma mãe olha seu bebê. Um sorriso brota em seu rosto.

Justin me olha como se quisesse alguma explicação.

- Ahn, esta é Pattie. - falo os apresentando. - acho que ela tem algo pra te falar.

Justin a cumprimenta com um aperto de mão e então se senta na poltrona a frente dela.

- Vou deixá-los sozinhos. - falo e me viro.

- Pode ficar. - Justin segura meu pulso antes que eu me afaste.

Apenas concordo com a cabeça e me sento na outra poltrona ao seu lado.

- Tudo bem. - ele pigarreia - o que a senhora tem de importante pra me dizer.

Vejo Pattie suspirar, ela fita os dedos, que se cruzam de aflição.  

- Eu não sei como falar isso, obviamente você não me reconhece. - ela sorri triste.

Justin se recosta na poltrona, passa o polegar no queixo como se quisesse analisá-la.

- De onde nos conhecemos? - ele pergunta.

- Desde a maternidade. - ela o encara.

Justin tem a expressão de assustado, mas ainda não relaciona Pattie como sua mãe.

- Você foi, a enfermeira, a médica? - ele pergunta calmo depois de alguns segundo agoniantes de silêncio.

Pattie o olha e então mexe na bolsa, tira de dentro dela o que parece ser uma foto e se estica na direção dele. Justin pega a foto de sua mão e volta a se recostar na poltrona, estico o pescoço sutilmente pra que também consiga ver. Era Pattie, ela e uma criança no colo, e sem dúvida aquela criança era Justin. Ele não mudou nada.

Olho para Justin que olha a foto com uma cara nada discreta de espanto. Sua respiração agora parece pesada, ele prensa os lábios.

- Você é.. - ele pigarreia - é.. a … - ele suspira.

- A sua mãe? - ela o ajuda. - Sim, sou eu.

Justin me olha, seu maxilar está travado, sua respiração que antes era pesada agora está completamente descompassada.

- O que.. - ele engole a seco. - o que veio fazer aqui? - ele começa a se exaltar. - Veio ver se a criança que você abandonou sobreviveu? - ele joga a foto no chão.

- Justin. - seguro seu pulso, tentando contê-lo.

- Ele fez a sua cabeça não foi? - Pattie mantem a calma.

- Ele? De quem você está falando? - Justin pergunta.

- Jeremy. Você não sabe a verdade. - ela ri soltando o ar pelo nariz, de uma forma sarcástica. - Óbvio que ele faria isso.

- Caralho! - Justin grita. - do que você está falando? Você invade a minha casa, diz que é minha mãe e agora fala do meu pai adotivo de um jeito suspeito. Você por acaso é maluca? Saia da minha casa.

- Não! - me meto e eles me olham. - Relaxa. - o repreendo. - Eu sei que é difícil, mas escuta o que ela tem pra falar, com certeza ela não é maluca.

Justin me olha e traciona o maxilar, ele volta a olhar pra Pattie.

- Certo. Vamos ouvir o que ela tem a falar. - sinto a ironia em seu tom de voz, mas fico feliz que ele se dispõe a ouvi-la.

- Por favor Pattie. Conte logo o que você tem a dizer. - falo tentando dar início ao assunto.

- Antes de começar quero dizer que você não é obrigado a acreditar no que vou falar. Eu vou entender se quiser continuar me chamando de maluca e tudo mais, mas eu não quero passar mais duas décadas guardando isso.

- Anda logo. - Justin fala ríspido.

- Jeremy te contou que seus pais biológicos tinham muitos filhos e eram pobres e tudo mais não foi? - ela pergunta. Pattie agora parece mais segura ao falar.

- Foi. - Justin confirma.

- Pois bem Justin, eu não tenho mais filhos. Você foi o único. E também não sou pobre, claro, não sou rica comparada com essa realidade que você vive agora, mas eu nunca fui pobre. E o seu pai… - ela engole a seco. - Ele vive com você até hoje.

Justin nega com a cabeça como se não entendesse nada.

- Jeremy é seu pai biológico Justin.

EU SABIA!

Grito em pensamentos. Sabia que aquela semelhança não poderia ser uma mera coincidência.

- E por que você afirma isso? - Justin pergunta.

Não sei bem ao certo por que Justin agora está tão calmo, não parece surpreso nem abalado com a novidade. Ele apenas analisa Pattie.

- Ah Justin. Eu sei muito bem.

- Desculpa me meter, mas pelas minhas contas, então você era amante de Jeremy, por que ele já era casado com Dallas e já tinha uma filha com ela. - pergunto.

- De uma certa forma sim. Mas eu não sabia de que era uma amante. - Pattie fala magoada. - Eu trabalhava em uma empresa de distribuição no Canadá, eu tinha 18 anos, era meu primeiro emprego. Eu era secretária do dono da empresa e pela primeira vez tinha sido convidada para assistir a uma de suas reuniões. E lá estava George Bieber com seu filho Jeremy. Assim que entrei nós nos olhamos e foi instantâneo.

- Você tinha 18.. então Jeremy 29. É isso? - pergunto e ela assenti com a cabeça.

- Jeremy passou 3 meses no Canadá ajudando o pai com o trabalho. Nesses três meses nós nos conhecemos melhor, ele nunca me disse que era casado, sequer tinha aliança e eu nem poderia desconfiar. Até o pai dele sabia que estávamos saindo juntos e não o repreendeu.

Justin esfrega os dedos sobre os olhos, mas não fala nada.

- No último mês, duas semanas antes de ele voltar para Los Angeles, eu descobri que estava grávida. Eu me desesperei, era muito nova, estava fazendo a minha vida e um filho não estava nos planos no momento, mas ao mesmo tempo eu estava feliz e queria contar a ele. - Ela suspira. - Liguei para ele e nos encontramos na minha casa, assim que contei, aquele homem carinhoso sumiu e deu lugar a uma ira que eu jamais havia visto. Jeremy insinuou que o filho não era dele, que não poderia ser dele. Obviamente era, pois eu tinha perdido a minha virgindade com ele. Enfim, ele ligou para o pai que igualmente surtou, mas teve uma, segundo ele, grande ideia.

- A ideia era me dar para a adoção? - Justin indaga.

- Mais ou menos isso.

- E você aceitou. Não quis criar seu próprio filho. - Justin fala com desgosto.

- Não Justin, eu fiz de tudo pra ficar com você. Jeremy foi embora, simplesmente deixou uma mensagem de áudio no telefone dizendo que voltaria para resolver o que ele  chamava de problema. E então os meses se passaram, você nasceu, completou um ano, dois, três e ele nunca apareceu. O que me deixou muito feliz, já que eu tinha medo do que ele poderia fazer.

- Mas ele voltou, alguma vez? - pergunto.

- Sim, uns dois meses após Justin completar 4 anos ele apareceu na minha casa, eu morava com meus pais e eles não estavam em casa pra me ajudar a impedir o que aconteceu depois. - ela engole a seco. - Jeremy chegou de surpresa e logo disse que queria Justin pra ele e que o levaria, eu querendo ou não. Óbvio eu disse que não e o tentei expulsar da minha casa, disse que ele não precisava assumir o Justin como filho dele, eu o criaria sozinha como fiz nos seus primeiros quatro anos.

- E o que ele fez? - Justin agora parece bem comovido com o que Pattie diz.

- Dois homens entraram, um deles me segurou enquanto Jeremy e o outro foram até seu quarto e te pegaram. Jeremy disse que te levaria pra casa de alguns amigos e depois te colocaria em um orfanato pra que nada parecesse suspeito.

- E por que você não foi atrás de mim? - ele pergunta.

- Eu queria, mas Jeremy te ameaçou. Disse que se eu ousasse te procurar ele acabaria com você e depois comigo. - ela o olha seriamente. - eu não queria que ele encostasse em você, por isso convivi com a perda.

- Como foi pra você, depois que o levaram? - pergunto.

- Eu morri. Entrei em um buraco no qual eu não conseguia sair. Uma depressão me assolou e nem mesmo idas o psicólogo me ajudavam. Então 5 anos depois minha mãe aparece com uma capa de jornal onde anunciavam a posse de Jeremy na KJax e a adoção de um menino pela família Bieber. E lá estava você, com nove anos, mas a mesma carinha de sempre. Era impossível não reconhecê-lo. - ela sorri gentilmente.

- Então você quer dizer que meu próprio pai biológico me adotou e fingiu todos esses anos? - Pattie assenti com a cabeça. - Eu vou acabar com ele. - Justin levanta furioso.

- Ei - me levanto e vou até ele. - Você precisa se acalmar. Agora não é uma boa hora pra fazer nada. A sua mãe está aqui Justin, aproveita isso, conheça ela.

Demorou alguns minutos para que Justin se acalmasse, deixei ele e Pattie sozinhos na sala e fui me ater em outra coisa.

Vou até a parte de trás da casa, o sol foi engolido por nuvens e um vento frio tomou lugar do calor. Passo as mãos nos braços apartando o arrepio. Suspiro ao lembrar da confusão que as coisas estão agora. Scoot reapareceu e eu me sinto em constante perigo, ele pegou Nick e agora eu tenho que viver esses dias de agonia e então isso, a mãe de Justin aparece. E algo me diz que o império Bieber pode cair.

Sinto meu estômago revirar, corro para o banheiro, passando como um furacão pela cozinha. Meus órgãos parecem se revirar dentro de mim e sinto o gosto azedo passar pela boca assim que abro a tampa da privada. Alguém segura meus cabelos em um rabo de cavalo. Mama.

- Esta tudo bem querida. - ela fala me entregando a toalha de rosto. Limpo minha boca.

- Acho que comi demais. - me levanto.

- Talvez sim. - ela sorri. - Vou te dar um chá. Se isso persistir por mais alguns dias talvez seja melhor você procurar um médico.

- Obrigada. - sorrio.

Passo com Mama perto da sala onde Justin está com Pattie e os vejo se abraçando. Parece que se entenderam e isso me deixa muito feliz. Justin precisava saber a verdade sobre seu passado para poder aceitar a verdade do que agora é seu presente.

 

- Tome, vai passar. - Mama me estica uma xícara quente de chá.

O chá tem um cheiro gostoso, mas ao primeiro gole já sinto o amargo se fixar na minha língua. Ugh.

- Sem açúcar? - pergunto fazendo cara feia.

- Para fazer efeito precisar ser extremamente natural. - ela se vira com o pano de prato na mão.

- Açúcar é natural. - sorrio mostrando os dentes.

- Sem açúcar. - ela fala e eu desisto.

Justin aparece na cozinha e se senta no banco ao meu lado, passa seus braços ao redor da minha cintura e descansa seu queixo no meu ombro.

- Obrigado. - ele sussurra contra a minha pele.

- Pelo que? - coloco a mão em sua perna que está próxima a minha.

- Por ter segurado as pontas lá dentro. Se não fosse por você provavelmente eu não a teria ouvido.

Me viro para ele e seguro seu rosto entre minhas mãos, acaricio a pele macia da sua bochecha. Colo meus lábios nos dele.

- Você não tem que me agradecer. - sorrio.

 

Doroth entra na cozinha agarrada nos pacotes de compra e os coloca na bancada. Ela ajeita a roupa e o cabelo depois que se livra dos pacotes.

- Quem era a mulher que estava saindo daqui agora? - Ela nos olha.

- Minha mãe. - Justin fala enquanto bebe um gole do meu chá e faz uma careta me fazendo rir.

- Mãe? Como, mãe?

- Minha mãe biológica Doroth.

- Como sabe que é sua mãe biológica o que ela veio fazer aqui? - Doroth parece se exaltar.

- Calma Doroth, depois Justin te explica tudo. Tem muito assunto ainda.

Doroth me olha por alguns segundo e suspira. Ela então desvia a atenção de nós e manda Mama começar a cozinhar.

 

- O que vai fazer agora? - pergunto para Justin que está deitado de bruços, na cama, ao meu lado.

- Vou esfriar a cabeça e ir falar com meu pai. Uma hora ou outra vou precisar fazer isso. E você? - ele abre os olhos e me olha.

Suspiro.

- Amanhã eu vou na delegacia depor contra Scoot, dizer que ele está com Nick e dar o número da placa do carro dele.

- Você anotou?

- Assim que cheguei lá já anotei, não sei se iria precisar.

- Quer que eu vá com você? - ele segura a minha mão.

- Não, tudo bem. Vai ser rápido. - falo e ele assenti.


Notas Finais


E ai tchutchuca, gostou? Deixa o seu cometário aqui pra eu ver e responder, vou AMAR!
Beijão!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...