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História See You Again - Final


Escrita por: Lunesz e Selfish_Queen

Notas do Autor


Lidem com o 'sim' ali em cima.
Somente nos perdoem pelo o que vão ler.

Boa Leitura.
-May

Capítulo 33 - Final


TAEHYUNG ON

Já haviam se passado dois dias desde o ocorrido com as crianças. Acabei por dormir na casa de Jungkook junto com o ‘BTS’, já que todos estavam esgotados fisicamente e mentalmente. Só para constar, gostei da criatividade deles. Assim como nos velhos tempos, fui acordado por Jin para o café da manhã, só que dessa vez, estava no quarto de hospedes, que por sinal, haviam vários espalhados pela casa. Aparentemente, eu fui o último a acordar. Todos já estavam sentados na mesa, esperando Jungkook e Jin terminarem a comida. Posso ter chegado por último, mas ouvi a briga dos dois sobre quem iria cozinhar, ainda bem que chegaram a um acordo pois eu sei muito bem o que Jin é capaz de fazer com uma panela de aço.

Assim que o café foi servido. Os que se encontravam ali começaram a conversar sobre suas vidas no palco. Não vou mentir, mas eu senti uma pintada de inveja com um pouco de orgulho deles. Estava feliz com o fato deles terem conseguido formar suas famílias muito bem, incluindo Hoseok. Pelas palavras que Yoongi havia me dito ontem, eu lhe devo uma dívida eterna só por não ter arrancado meus olhos por ter sequestrado sua filha. Mesmo sendo baixinho e parecendo uma boneca de porcelana, sinto que ele é um objeto mortal.

-E você Tae? – O namorado de Jin olhou para mim fazendo a pergunta. Se me lembro bem, seu nome é Namjoon, certo? – O que tem feito mesmo?

-M-moda. – Fui vacilante nas minhas palavras. Me ajeitei na cadeira e continuei – Eu fiquei cursando moda durante esses anos em Milão.

-Conheceu alguém ‘importante’ lá? Um modelo, um fotografo? – Jungkook cutucou Jimin e assim todos me encararam com malicia, fazendo-me corar.

-Não, os italianos são um pouco...rudes. – Respondi, tomando um pouco do suco.

-Até porque a senhora é muito simpática – Eu estava bem ao lado de Yoongi, com isso ouvi essas palavras saírem do seu sussurro. Ele não ia com a minha cara e eu não ia com a cara dele, isso é um fato.

Depois do café da manhã, ficamos um tempinho na sala de estar enquanto meu taxi não chegava, assim como o de Jin. Mesmo tendo um carro só seu, com o ocorrido recentemente, eles acabaram por deixar seu veículo em casa mesmo. As crianças estavam conosco, um pouco moles por causa do sono, mas depois foram se soltando conforme eu brincava com elas. A sensação de alivio não cabia mais em mim quando soube que Baek havia me perdoando por tais palavras que disse a ele. Embora tenha dito coisas duras demais para uma criança, não me lembro quais era elas exatamente, mas sei que nem eu queria ouvi-las.

Eu me encontrava sentado no chão com os pequenos, enquanto os outros seis estavam no sofá. Eu era outra criança no meio deles praticamente. Min-Jee fez a gentileza de buscar seus brinquedos e os dividir conosco. Mesmo tendo seis anos sabia ser mais gentil do que muitos adultos por aí.

Senti uma pequena presença puxar minha camisa, era Haenim. Pensei duas vezes em pega-la em meus braços, pois tinha um loiro assassino naquela sala que podia arrancar meus olhos só com um tapa na cara. Para evitar o choro da pequena, me levantei e a pus em meu colo. Os outros nem ligaram para tal ato pois estavam conversando mais sobre suas carreiras e futuros planos de família, mas Yoongi estava me encarando com um olhar mortal.

-Err...eu acho que ela tem que tomar a mamadeira agora, né? – Olhei para Hoseok, chamando a sua atenção. Antes que ele pudesse se levantar, Yoongi foi mais ágil e saiu do sofá mais rápido. Tentou tirar a menina dos meus braços, porém ela ficou presa em minha blusa, não queria me largar.

-CL, vem com o appa – Sua voz grossa mudou para uma fina, tentando chamar a atenção da filha. Falho.

-T-tae - E essas foram as primeiras palavras que saíram da boca de Haenim enquanto seus braços pequenininhos me abraçavam. Querendo ou não, Heanim foi tirada de meus braços por Yoongi. Ele me olhou com certa raiva, mas depois voltou a sua postura normal.

-Hoseok, temos que ir agora – Yoongi disse firme. Hoseok foi arrumar as coisas da família para poderem assim, finalmente partir. Os outros não falavam nada, prefeririam ficar longe da conversa. Senti o braço do loiro apertar o meu ombro esquerdo. Ele sussurrou algo que vai ficar na minha mente para sempre

-Me separe de minha família novamente que eu faço com que você nunca mais deixe a Itália, lugar no qual você nunca deveria ter saído. – Depois dessas palavras de ameaça, eles se despediram, agradeceram a Jimin e Jungkook pela hospedagem.

Eu até entendo o lado de Yoongi, não fomos apresentados corretamente, mas, me ameaçar não ia melhorar as coisas. Se é difícil para ele ter que me aturar, imagine o meu lado? Eu e Hoseok não terminamos do jeito adequado, não tive a chance de dizer a ele tudo o que eu realmente sinto e aparentemente nem devo dizer. Tenho que continuar a minha vida agora, Hoseok achou um parceiro que o ama e uma filha adorável, terei que aceitar isso, querendo ou não. Dói? Claro que dói, porém, deve ser mais dolorido ser a causa de uma discussão familiar e a destruição de um lar.

Depois do ocorrido com a filha de Hoseok, nossos taxis chegaram. Jin foi para a sua casa, e eu fui receber um enorme sermão de Elizabeth e Mat no hotel. Tenho medo, mas muito medo deles não me olharem da mesma forma. Mesmo eu não estando em si, ainda cometi aqueles erros. Não quero decepcionar as pessoas que me ajudaram quando eu não tinha ninguém.

Assim que cheguei no hotel que estávamos hospedados, eu senti como se fosse desmaiar. A ansiedade estava tomando conta de mim. O que será que eles fizeram esse tempo todo? Estavam pensando em mim? No meu castigo? De nunca mais quererem ver minha face novamente? Cheguei no quarto em que eu ficaria, respirei fundo e girei a maçaneta. Acabei por encontrar Mat sentado em uma poltrona e Elizabeth aflita observando a vista da janela. Quando me viram, vi suas faces de preocupações ficarem aliviadas.

-V? AH QUERIDO, NÃO TEM IDEIA DA FALTA QUE SENTIMOS DE VOCÊ! – Elizabeth correu ao meu encontro, me abraçando fortemente e deixando leves beijos sobre minha cabeça. Assim que me separei dela, encarei Mat. Achei que ele iria gritar comigo, mas também não poupou esforços e me abraçou do mesmo jeito que um pai abraça um filho. O alivio não cabia mais em meu corpo. Eles ainda me amavam mesmo depois do acontecido.

-Sobre ontem...eu- Tentei começar a explicação, porém fui cortado.

-A culpa não é sua, querido – Mat disse se separando de mim. Depois de soltar um suspiro e longo continuou – Nós que devíamos ter lhe avisado sobre a importância do remédio mais vezes, mas, não queríamos taxa-lo como...

-Maluco? – Perguntei. Soltei um suspiro inocente no meio do meu sorriso. – Está tudo bem, mesmo sendo um ‘maluco’, ainda estou rondeado por pessoas que me amam e que cuidam de mim. Prometo nunca mais agir daquela forma novamente.

-E o seu irmão? – Mat perguntou preocupado, passando sua mão em meu cabelo. – O que ele disse a você?

-Me perdoou, assim como os outros. Tudo se resolveu e deu certo no final – Respondi num sorriso sincero.

-Você não tem ideia de como isso nos deixa felizes, V– Elizabeth disse com um enorme sorriso no rosto– Podemos discutir isso melhor no avião, agora vamos arrumar as malas, o nosso voo sai daqui a alguns minutos queridos!

Espera, voo? Milão? Mas, e os meus amigos? E Jin? Não posso deixar minha família para trás novamente, mas também não posso deixar esses dois sozinhos. Foi graças a eles que estou aqui, vivendo bem. Se não fosse por Mat, eu ainda estaria numa cama de hospital. Entretanto, a minha verdadeira família está aqui em Busan, minha terra natal.

-V? O que aconteceu? Você está bem? – Elizabeth perguntou preocupada, depositando sua mão direita em meu ombro, cortando meus pensamentos.

-Taehyung. Meu nome é Kim Taehyung – Me virei para os dois que me encaravam espantados. Não acreditava no que iria falar naquele momento, mas essas palavras precisam ser ditas.

-Taehyung? Ah sim, seu nome real, certo? – Mat disse. Concordei com a cabeça. – Tudo bem, podemos chama-lo de Taehyung agora, sem problem-

-Não. – Falei sério. Respirei fundo e continuei – Eu quero ficar aqui em Busan.

Os dois me olharam incrédulos. Elizabeth iria falar algo, mas tampou sua boca. Mat veio em minha direção, depositando sua mão no meu ombro esquerdo.

-V, digo, Taehyung – fitou o chão por alguns segundos, depois voltou seu olhar para mim – Como assim ‘ficar em Busan’? Esqueceu que nós, digo, você mora em Milão?

-Não me esqueci disso, nunca esquecerei, mas, agora eu finalmente achei minha família. Eu preciso ficar com eles a partir de hoje. Sei que todos viveram bem depois que eu parti, contudo, não posso deixá-los, me desculpem.

O quarto ficou num silencio constrangedor. A única coisa que fazia barulho ali era os pingos de chuva que caia na janela fechada e o celular de Elizabeth, motivo que a tirou do quarto.

-Mas...-Mat tentou argumentar, porém, nada iria mudar a minha opinião sobre ficar aqui.

-Mattew – Coloquei minhas duas mãos sobre seus ombros, fazendo o mesmo me fitar – Se lembra de quando você me disse que iria fazer de tudo para me deixar feliz? Então...viver aqui em Busan me faz feliz. Não é que eu esteja trocando você e Elizabeth, não, eu nunca faria isso. Vocês dois foram meus salvadores, meus anjos da guarda...meus pais. -Naquele momento, não segurei mais as lagrimas – Nunca vou me esquecer o que vocês fizeram por mim, me criaram como um filho, me mimaram e me deram amor mesmo eu vindo de uma origem completamente diferente. Eu me lembro de tudo, da minha ansiedade quando cheguei em Milão pela primeira vez, do gosto do primeiro chocolate quente que você fez para mim, da animação de aparecer nas fotos de Elizabeth pois eu a deixava contente, do medo de entrar na escola de artes porque eu achava que todos ali não iriam com a minha cara...Mattew eu me lembro de tudo e nunca vou me esquecer disso! Eu não quero deixar vocês, mas sinto que é preciso...só por um tempo está bem? Só até eu me acostumar com o fato de ter duas famílias, então, depois de alguns meses eu volto para Milão com vocês.

-Voltar? Quer dizer que você...-Tentou entender o que eu iria fazer, por isso o completei.

-Vou intercalar. – Respondi sincero – Durante esses meses eu ficarei aqui em Busan e passarei o tempo com a minha família e amigos, depois de 10 meses eu volto para Milão, e lá reencontro vocês, volto a ser o ‘modelo’ de Beth e de...ser seu filho...Quando se passar 10 meses novamente, eu volto para Busan e assim vai ser por diante. Eu sei que tenho que pensar mais nesse plano, mas vai ser assim mesmo. Não posso deixar meu irmão de lado assim como não posso deixar vocês dois sozinhos...me desculpe, mas sinto que deve ser assim.

-Sabe que é como um filho para mim, certo? – Ele perguntou e eu assenti – E é dever de um pai, fazer de tudo para ver seu filho feliz e realizado. Não vou negar que sentirei muito sua falta, que me pegarei indo ao seu quarto e ficar encarando seus desenhos. Mas, eu vou respeitar sua decisão, até porque, já está bem grandinho. – Brincou com meus fios. – Eu te amo, V, sempre que precisar de ajuda, pode recorrer a mim!

Tendo terminado, lhe abracei. Sei o quanto será difícil para eles, sei que se apegaram a mim, porém, é aqui que eu pertenço. Me dói saber que perderei meus pais novamente e, me alegra saber que ganharei mais amigos.

Elizabeth entrou no quarto e eu contei minha decisão para a mesma. Claro, ficou muito triste pois, dizia ser seu primeiro filho. Ao ouvir isso, levantei a ideia de ganhar um ‘irmãozinho’ fazendo-os me encarar.

Avisaram-nos que o táxi havia chegado, então, Mattew me deu um cartão, o qual, obvio, neguei até eles entrarem no carro, mas, de tanto que falara, acabei aceitando. Me despedi de ambos e fiquei ali, parado observando o carro se afastar.

É o começo de uma vida

Uma vida nova.

TAEHYUNG OFF

HOSEOK ON

Nota do dia: Peça as coisas do supermercado pela internet, porque eu não aguento mais ficar em pé nas filas para comprar leite. E não era só o supermercado lotado que me estressava, mas sim tudo ao meu redor. Ser empresário é puxado, principalmente quando você namora um rapper famoso. Todos os dias eu recebia perguntas sobre Jimin e Jungkook, ou sobre Yoongi e Haenim. As pessoas de hoje em dia não respeitam mais o espaço privado dos outros, é incrível! Sei que vida de ‘famoso’ não é para se reclamar, porém, estavam invadindo a privacidade de uma menina de um ano!

Assim que cheguei em casa, caminhei direto para a cozinha guardar as bolsas de compra. Percebi que tudo estava num silencio aconchegante, ou seja, os dois estavam dormindo. Fui em direção ao meu quarto, esperando ver Yoongi jogado na cama, dormindo, mas, ele não estava lá. A cama estava devidamente arrumada – o que já é estranho – e a câmera de Yoongi não estava no criado-mudo. Me dirigi até o quarto de Haenim, este tinha um tom de branco nas paredes, com os moveis também brancos com um tom de dourado e marrom. Em cima do berço aonde minha filha se encontrava dormindo, havia as iniciais do seu primeiro nome em um dourado bastante chamativo.

-Se você fizer algum barulho eu te mato – Ouvi alguém sussurrar. Era Yoongi sentado na cadeira de frente ao berço, tirando fotos de nossa filha.

-Você não acha que já temos fotos demais dela? – Me aproximei dele, retirando a câmera de sua mão, iniciando um beijo, porém o mesmo foi cessado rapidamente pelo loiro. Achei que ele iria continuar com as fotos, porém, se levantou e foi em direção ao nosso quarto.

Me certifiquei que nossa filha estava dormindo bem, e assim, segui Yoongi. Ele não estava falando comigo direito desde ontem, não creio que ainda está magoando com aquilo. Ele se encontrava em cima da cama com o notebook em seu colo, passando as fotos que tirara para o computador. Fui ligeiro e pulei em seu lado, ato que não recebeu nenhuma reação.

-MAS QUE MERDA! – Fui surpreendido pelo xingamento do outro. – NEM A MERDA DA FOTO EU CONSIGO TIRAR DIREITO!

E assim ele fechou seu notebook com raiva, quase quebrando o aparelho e pegou sua câmera com frustação.

-Yoongi, calma, são apenas fotos – Disse enquanto me levantava junto a ele. Consegui pará-lo puxando seu braço, porém o larguei assim que recebi um olhar de morte.

-Tem razão, são apenas fotos, não devo me preocupar com isso né? Porque você não liga para um fotografo profissional? Vai ver ele toma o meu lugar também! – Aquelas palavras foram praticamente cuspidas a mim.

-Tomar seu lugar? Do que você está falando? – Tentei impedi-lo de ir para a sala, porém, para evitar uma possível briga, decidi largar de seu corpo.

-Não se faça de desentendido Hoseok. – Me encarou com desprezo – Ou você vai mentir, falando que não viu o que aconteceu ontem? O jeito que ele te olhava, o jeito que tratava a minha filha melhor do que eu-

-De quem você está falando? Ficou maluco, foi? – Elevei meu tom mais ainda.

-SIM HOSEOK, TALVEZ EU ESTEJA MALUCO DE MEDO! – Tendo dito essas palavras, vi que seus olhos estavam marejados. Não, ele não vai fazer isso comigo. – EU ESTOU COM MEDO DE PERDER A MINHA FAMILIA!

Assim que a sua frase terminou, o silencio tomou conta da casa. Só conseguia ouvir sua respiração ofegante segurando o choro, e a minha saliva quando abria a boca para tentar falar algo, mas logo a fechava. O silencio incomodo foi parado pelo choro de Haenim.

-Eu tenho medo de perder vocês dois. – Finalmente se pronunciou com as lagrimas finas descendo pelo seu rosto pálido – Já tive a coisa mais preciosa para mim tirada de minhas mãos por ele, não quero passar por isso de novo.

E desde modo, saiu da sala indo em direção ao quarto de nossa filha. Segundos depois o choro cessou. O segui até o quarto de CL aonde Yoongi a estava ninando muito bem, porém, ela não queria dormir mais, fazendo o loiro sentar no chão com a menina em seu colo. Para um pai de primeira viajem, ele estava se dando bem até demais.

-Não entendo...-disse baixo, sentando de frente a ele. – Da onde veio essa história de você nos perder, Yoongi?

-Taehyung – Disse depois de alguns segundos calado. Aquele nome me atingiu em cheio, como uma bala. Não acredito que Yoongi ainda está magoando com o que acontecera ontem. Depois do acontecido na casa de Jimin, Yoongi não citou mais o caso comigo, tentei conversar com ele sobre, porém, ele preferiu não me dar ouvidos, achei que tinha entendido.

– Ele vai tirar você e Haenim de mim...até a minha própria filha prefere ele do que eu! O seu caso deve ser o mesmo.

-O que? – Questionei arqueando a sobrancelha.

-Seja sincero Hoseok. Eu vi que vocês dois trocaram olhares durante o café da manhã...ele é melhor do que eu mesmo, né?

-Yoongi, para- Tentei fazer ele cessar aquelas palavras, tudo em vão.

-Me deixa terminar pelo o amor de Deus – Agora que eu vi que ele estava chorando. – Eu sou um magricela branquelo, não tenho nada de atraente para lhe oferecer, não consigo cuidar direito de minha própria filha, não estou confiante no meu trabalho, tenho medo no que eu estou trabalhando não vá agradar a empresa e as fãs. Sinto que tudo pode desmoronar a qualquer minuto. E o pior de tudo, parece que eu só dou trabalho para você, como um fardo. – Respirou fundo e continuou – Você não merece um peso morto como um namorado. Mesmo não querendo ficar longe de seus braços, eu lhe peço que procure alguém melhor, Taehyung por exemplo, não vou deixar você mais preso à mi-

-MIN YOONGI! – Gritei com ele, o cortando – Tem noção do que está falando? Não, eu não vou voltar para Taehyung, o que tivemos ficou no passado! Eu nunca te trocaria por nada nesse mundo, nada! – Peguei Haenim de seus braços e a coloquei sentada entre minhas pernas. Puxei o rosto do loiro para mais perto, limpando suas lagrimas que haviam se formado – Eu te amo demais mesmo, você foi o homem que me ajudou a tomar um rumo em minha vida, me deu uma família, uma casa que eu terei orgulho para chamar de lar. Haenim te ama mais do que qualquer pessoa no mundo. Se lembra da nossa primeira vez no orfanato? Eu pensei em adotar um menino, e você nem queria ter uma criança por perto, mas quando a viu pela primeira vez, não hesitou em leva-la conosco. Se lembra o motivo, né? ‘Ela tem cara de uma pessoa que vai se-

-Se dar bem na vida, vai ser uma rapper igual ao pai – Completou a frase junto comigo, soltando um riso.

-Você não a adotou simplesmente por ter uma filha rapper, mas sim porque sentiu algo dentro desse seu coração impenetrável, algo que nunca havia sentido antes; amor de mãe. Se não fosse por você, ela não estaria aqui, recebendo amor, carinho e mimos de dois pais idiotas que a amam demais que, mal sabiam esquentar um leite direto. Ela nunca iria te trocar por outra omma, assim como eu não te trocaria por qualquer outro homem. Parece que nós fomos feitos uns para os outros, entende? Não se culpe mais amado, e me perdoe por não ter de dado o apoio necessário.

Fui surpreendido por um beijo calmo seu, curto, mas necessário.

-O que foi isso? – Ri diante da situação que me foi imposta.

-Meu pedido de desculpas por ter sido um tolo e não enxergar que o homem mais maravilhoso dessa terra está me apoiando. -Abriu um sorriso simpático, encostando sua cabeça em meu ombro. Mesmo tendo dito aquelas palavras, eu sei que ele não vai usa-las como base para sempre. Eu que sou o culpado dessa história. Deixei a pessoa que mais amo nesse mundo com medo e inseguro porque eu tenho medo de dizer apenas cinco palavras! Preciso fazer com que ele saiba que eu sempre estarei ao seu lado, e já sei como irei fazer com que ele saiba disso.

Me levanto do chão e dou um beijo na testa de Yoongi e na de Haenim. Fecho a porta com delicadeza e vou correndo para o nosso quarto. Nós havíamos dois criados mudos, uma para cada. Abri o meu e peguei o CD que estava numa capinha, em perfeitas condições e coloquei no notebook. Antes de verificar que tudo estava ‘ok’, liguei para o meu salvador. Na verdade, minha salvadora.

~.~.~

-Hoseok! – Ouvi Yoongi gritar da sala. – Visita para você!

Só assim para eu perceber que demorei mais do que o necessário verificando os preparativos para mais tarde. Ela havia chegado, o que significa que tudo está acontecendo de verdade, que não é um sonho idiota meu.

-Para ele? Quer dizer que a visita da sua cunhada não significa nada para você? – Escutei a voz de Jiwoo ecoar nos corredores enquanto eu saia do quarto. Sim, minha irmã vai me ajudar com o meu plano maluco.

-Não foi isso que eu...enfim...-Yoongi suspirou derrotado se sentando no sofá. Assim que vi Jiwoo, corri para abraça-la e ela fez o mesmo.

-QUE SAUDADE MANINHA! – Falei alegremente enquanto apertava o abraço, que logo foi desfeito para que nós dois pudéssemos respirar – O que a traz para Busan?

-Eu estou aqui para conhecer a minha sobrinha, já que CERTAS PESSOAS – olhou para Yoongi – Acham que apenas fotos podem tomar o lugar da criança.

-Pera aí, eu nunca disse isso – O loiro se levantou do sofá, questionando Jiwoo.

-Está bem, nada de brigas por aqui – Acalmei os dois. Conhecendo o temperamento curto de Yoongi e a mortalidade dos tapas da minha irmã, abafei aquela conversa antes que alguém saísse machucado. Falei para Yoongi buscar nossa filha no quarto enquanto eu conversava com minha irmã.

-Tem certeza que você vai fazer isso? – Jiwoo perguntou preocupada enquanto apertava meu braço com sua mão.

-Toda certeza do mundo – Respondi num sorriso – Yoongi é tudo para mim.

-Aish, você e esses negócios de romantismo e AI MEU DEUS QUE COISA FOFA! – Ela gritou quando viu Haenim pela primeira vez. Não hesitou e a pegou em seus braços. – OLHA ESSAS BOCHECHAS! QUE VONTADE DE MORDE!

-Tem certeza que é seguro deixar nossa filha nas mãos...disso? – Yoongi sussurrou para mim, resultando em um riso meu. Apenas assenti que sim e deixei Jiwoo aproveitar o momento sobrinha e tia.

-Nossa, já está ficando tarde...- Falei alto. Jiwoo captou a mensagem.

-Por falar em tarde...Seok, eu posso levar a CL para um passeio? – Me olhou com uma carinha de pidona, claro, para enganar meu namorado.

-Um passeio? – Yoongi se engasgou com aquelas palavras. -Não.

-Sim. – Respondi com um sorriso nos lábios, o que gerou um olhar de morte para mim vindo de Yoongi. – O que foi? Mesmo não parecendo, Jiwoo é mais velha do que eu, tem responsabilidade. Além do mais, devemos esse momento com CL para ela. Jiwoo mal vê a sobrinha, acho esse momento perfeito para um passeio.

-Tá bem, mas, - Se virou para a minha irmã – se eu ver algum arranhão na minha filha, eu te mato. – E assim saiu da sala, indo arrumar as bolsas de Haenim.

-Novamente...você tem certeza disso? – Jiwoo perguntou preocupada. O que gerou outro riso meu.

Assim que Yoongi voltou com as bolsas -sim, no plural-, recebeu reclamações minhas. Quatro bolsas são demais para apenas algumas horas. Dei apenas duas para Jiwoo enquanto Yoongi se despedia da filha. Entreguei Haenim no colo da minha irmã mais velha, e pude ouvir ela sussurrar um, boa sorte. Fiquei mais alegre com aquilo, mesmo não indo muito com a cara de Yoongi, ela ainda queria me ver feliz.

-Então, eu já vou indo. – Minha irmã já despedia de nós. – Quero poder aproveitar cada segundo com minha sobrinha linda!

-Eu te acompanho até lá em baixo. – Yoongi prontamente falou. Ótimo, tenho uns cinco minutos para arrumar tudo, ou uns cinco minutos para ligar para a polícia antes que os dois se matem lá em baixo.

Assim que fecharam a porta, corri para a despensa pegar todas as coisas que deixei preparado e tentei esconder do meu amado.

Com muita calma, peguei as fotos em polaroid e saí colando pelas paredes. As pétalas de flores vermelhas em uma caixa, enfeitarão o chão em um caminho traçado com velas desde a porta, até o centro da sala.

Apaguei as luzes e acendi rapidamente as velas no chão enquanto espalhava as pétalas. Peguei meu notebook e deixei a música preparada. Olhei novamente para as nossas fotos e descolei algumas e colei em outro lugar para deixar o talento do meu amor mais visível.

Ouvi passos ecoando pelo corredor e antes de me esconder, apertei o play na música.

I swear by the moon and the stars in the skies

And I swear like the shadow that's by your side

-Hoseok? – Ouvi sua voz rouca me chamar. – Amor?

Respiro fundo para controlar a minha vontade absurda de caminhar até ele e o abraçar. Esperei mais um pouco e ouvi seu choro. Fui em passos lentos até a sala.

-Açúcar? – Chamei-o e o mesmo se virou rapidamente em minha direção.

-O-o que significa isso t-tudo? – Seu rosto estava afundado em meu peito. Puxei sua cabeça para cima fazendo-o me encarar.

-Significa o meu amor por você. – Respirei fundo pela 3472828838382625 vez e o encarei afastando-me lentamente. – Eu queria poder fazer algo melhor ou mais organizado, mas, com CL em nossas vidas, não tive muita oportunidade. – Ele me encarou. – Sabe, Yoongi, nunca pensei que seria capaz de te amar pois, na primeira troca de olhares, eu tive medo, confesso. – Mostrou seus dentes branquinhos. – É sério, na primeira vez eu te vi você me ameaçou, mas enfim – ele soltou um riso fraco concordando com a cabeça – Mesmo não nos conhecendo muito, meu coração não queria ficar longe de você. Algo em mim sabia que nossos destinos seriam traçados. – Fixei meus olhos nos dele. – Nunca, em toda a minha vida, pensei em ter uma filha com outro homem, nunca, em toda a minha vida, pensei que a mesma seria sequestrada por um ex-namorado, nunca pensei que esse seria hoje, um dos meus melhores amigos. Nunca, Yoongi, nunca pensei em me apaixonar por um baixinho esquentado. – Meus olhos estavam marejados. – Sabe por que eu colei nossas fotos aqui? Porque elas me fazem bem, me fazem lembrar de quem éramos e que não mudamos. Me faz lembrar de como éramos felizes e de como continuamos. – Puxei uma foto que tinha guardado em meu bolso. – Está vendo essa foto? Foi no dia em que te pedi em namoro e, -peguei meu celular- está vendo essa foto aqui -tirei uma foto nossa- é a foto de quando te pedi em casamento. – Sua boca abria e fechava. Ajoelhei na sua frente e peguei a caixinha que tinha deixado ali perto. – Min Yoongi, aceita se casar comigo?

Ele ficou estático e, por um momento, pensei que ia desmaiar.

-Preciso dizer o ‘sim’? – Falou em meio de suas lágrimas. Tentei segurar o choro ao máximo. Não sei se consegui ou não, mas pelo menos o sim do meu amado, eu havia conseguido.

-Seria bom, né? – Soltei o ar aliviado, me levantando e puxando seu corpo junto ao meu. Retirei a aliança de ouro branco de dentro da caixinha de veludo, e a depositei em seu dedo. Depois dele fitar a joia por um tempo, desci minhas mãos até a sua cintura, o puxando para mais perto. Acabei por segurar em sua bunda, enquanto seus braços foram ao redor do meu pescoço. Uma mão minha foi em encontro ao seu rosto, secando suas lagrimas finas. Tentei iniciar um beijo, porém ele se afastou, apenas roçando nossos lábios.

-Sim, eu aceito – Disse finalmente depois de morder meu lábio inferior. Iniciou um beijo nem um pouco tímido, com sua língua indo logo em encontro com a minha. Mesmo com o pouco contato que encontramos, já sentia meu sangue ferver por dentro das roupas.

-Que tal pularmos a cerimonia indo logo para a lua de mel? – Falei no meio dos beijos leves que dava por cima de seus lábios finos. Tendo acenado com a cabeça que sim, pensei em pega-lo em meu colo, porém, fui surpreendido por sua mão de puxando em direção ao nosso quarto. Parece que alguém está mais animado que eu aqui. Não precisamos trancar a porta já que estávamos sozinhos em casa. A força que me arremessou na cama era aterrorizadora, como sempre. Quando nos deitávamos, ele era quem tomava o controle, porém, hoje ele é a minha noiva -se posso dizer desse modo – então, quem deve ter o comando essa noite sou eu. Assim que ele tentou subir em cima de meu corpo, se empenhou em tentar morder as áreas a amostra de meu pescoço ainda coberto pela roupa. Me sentei na cama, o deixando no meio de minhas pernas. Puxei seu queixo com delicadeza, como se estivesse segurando uma peça de porcelana e uni nossos lábios em um beijo quente. Segurei sua nuca, acariciando aquele local, o deixando confortável. Por um impulso meu, consegui inverter as posições, ficando em cima de seu corpo.

-Posso saber o porquê disso? – Questionou quando eu comecei a retirar sua camisa grossa. Passei minhas mãos pelo seu tronco, depositando leves selares em sua clavícula. Acabei por chupar aquela área quando o ouvir arfar timidamente.

-Presente pós noivado? – Respondi com um sorriso malicioso, abocanhado seu mamilo de surpresa. Nunca vou me cansar de ouvir seus gemidos roucos. Fui passeando minha mão direita pelo seu tronco pálido enquanto a esquerda me apoiava na cama. A mão direita foi ao encontro ao outro mamilo, o qual foi massageado e beliscado levemente.

A mão de Yoongi tentava tirar minhas roupas. Ação falha. Percebendo seu desespero, paro o que estou fazendo retirando a minha calça e a arremessado para qualquer lugar do quarto. Antes de iniciar outro beijo, segurei com certa força o seu rosto e o virei para o lado, começando a morder seu pescoço. As marcas vão ficar lindas nele amanhã. Desci a minha mão até a sua calça, mas não tirei a peça que o incomodava bastante, apenas apalpava de leve seu membro ereto, o fazendo gemer bem baixo.

-Hoseok, você sabe que eu odeio esse negócio de apresentação – Yoongi reclamou no meu ouvido, no qual aproveitou e mordeu o lóbulo de minha orelha de leve. Suas mãos entravam em minha camisa. Seus dedos brincavam com minha pele, deixando certos beliscões.

Desci até o cós de sua calça, aonde retirei a peça jeans de seu corpo sem correr com meus movimentos. Levei meus lábios até sua coxa, onde tive o prazer de chupar antes de minha mão ir de encontro a sua cueca que já se encontrava molhada devido ao pré gozo, e comecei a massagear a área com o dedo indicador, o fazendo gemer baixo. Vamos ver quanto tempo ele vai segurar para gritar de prazer.

Assim que retirei a peça azul de seu corpo, sua face foi tomada pelo alivio, achando que eu começaria o oral tão rapidamente. Tsc, tsc, tão jovem, tão iludido.

-H-hoseok, me fode logo antes que eu mesmo acabe com isso – Ouvi meu noivo gemer meu nome roucamente, ato que me deixava louco, tentando levar uma de suas mãos que o apoiava na cama até seu membro. Não hesitei e bati nela.

-Esse trabalho é meu – Falei rígido, apertando suas coxas.

-Então faça direito – Falou entrelaçando suas pernas em meu corpo.

-Como é que se diz Yoongi? – Me aproximei mais de sua ereção, deixando um leve selar em sua glande, o fazendo se contorcer.

-Me fode agora ou tu morre?

-Resposta errada – Agarrei seu membro fortemente, o fazendo gemer alto. Em nenhum momento mexi minha mão, apenas apreciava a tensão que Yoongi se encontrava. -Sabe...o que você acha de flores roxas no casamento? – Perguntei inocente mexendo minha mão bem devagar.

-Se você não se apressar com isso, não vai ter casamento para você se preocupar – Respondeu mordendo seu dedo, tentando controlar seus gemidos.

-É sério...-fui aumentando os movimentos, mas logo diminui a velocidade – Estava pensando também em você usar um vestido, que tal?

-HOSEOK! – Gritou comigo assim que aumentei os movimentos repentinamente. Suas mãos quase rasgaram o lençol, de tão apertado que ele os puxava. Antes que o os seus gemidos aumentassem, soltei minha mão e abocanhei seu membro. Seu gosto nunca mudara.

Em uma velocidade favorável, comecei a chupa-lo e ignorar quaisquer protestos seus.

-H-ho-seok – Yoongi me chamara entredentes fazendo com que uma vontade subida de largar seu membro e avançar em seus lábios subisse em mim.

-Peça direito. – Cessei o ato e cuspi em seu membro logo voltando a abocanha-lo.

Minha boca subia e descia lambendo toda a extensão do membro de meu amado, enquanto ouvia seus gemidos que me deixavam completamente atiçado.

-A-amor, a-amozinho… - Começara. – Por f-favor, ME FODE CARALHO!

Ri com aquilo e larguei seu membro o olhando malicioso. Engatinhei até a altura de sua cabeça e lhe roubei um beijo.

Um beijo feroz e satisfatório. Aquele beijo que exige de ar rapidamente e que lhe proporciona um gostinho de quero mais. Logo, parti para seu pescoço brincar mais com aquela carne deliciosa que era a sua.

Me afastei brevemente para poder, enfim, retirar minhas roupas. O olhar de Yoongi sobre meu corpo não me incomodava, me deixava feliz em saber que, minha forma física o agradava.

Aproximei-me de seu corpo sem pressa alguma e parei entre suas pernas, ajeitei-as envolta do meu corpo e encaixei somente a cabeça.

-C-coloca t-tudo. – Suplicava.

Enrosquei meu pênis para brincar consigo e enfiei-o por inteiro.

Comecei com investidas fracas e calmas, mas, após ver o rosto de Yoongi nem um pouco feliz, sorri de canto e acelerei as estocadas.

Na mesma medica que fazia os movimentos acelerados, batia em sua pele extremamente branca deixando-a com uma coloração avermelhada.

Nossos gemidos podiam ser ouvidos lá de baixo, isso eu tenho certeza, mas, a última coisa que eu quero agora, é parar de ouvir suas aclamações, suas súplicas, meu nome.

-H-hoseok – Meu nome era chamado arrastado.

-Hyung – Devolvia sabendo o quanto lhe agradava ser chamado de hyung.

Com essas trocas e investidas rápidas, me desfiz dentro de si. Logo em seguida, ouvi um grito alto de sua parte e o liquido branco sujar seu abdômen.

-Olha, não é por nada não, mas essa foi a melhor de todas. – Ouvi as palavras saírem da boca do meu amado e me fingi indignado. – Que foi? To falando a verdade. – Fez bico.

-Eu sei. – Sai de dentro dele e me acomodei ao seu lado tendo sua cabeça em meu peito. – Eu te amo, Yoongi. Nunca mais pense algo diferente disso.

-Eu também te amo. – Levantei seu rosto e deixei um selar em sua boca. – Tá achando que vamos dormir? Ha-ha, pode levantar essa bunda da cama e ir tomar um banho. Não quero que minha filha chegue e tenha um pai com cheiro de sexo! – Não me aguentei e caí na gargalhada.

Podia conviver com isso todos os trezentos e sessenta e cinco dias.

Eu amo as qualidades de Min Yoongi com todas as minhas forças.

Menos quando essas, estão ocupadas amando seus defeitos.

HOSEOK OFF

JIN ON

Nunca estive tão feliz em toda a minha vida. Além de ter um homem maravilhoso ao meu lado, tenho meu filho e meu irmão. A volta de Taehyung me fez muito bem, não me sentia assim há… dois anos? Pois é, que cômico.

Confesso que pensei que daqui para frente seria um caos devido as palavras de meu irmão para Baekhyung. Foi muito difícil para Tae admitir tais coisas, pois, ele não queria dizer essas que foram tão rudes, mas, eu sei que lá no fundo ele queria. A situação a qual nos encontrávamos não era a das melhores, as pessoas que ele conheceu não eram mais as mesmas quando voltou. Tudo mudou. Mesmo não tendo consciência de suas ações, lá no fundo, mesmo que seja bem escondido, ele sabia muito bem. Conheço ele melhor que todos. Sei o quão frágil e sentimentalista é.

Porém, é sabendo disso tudo que eu o amo. É sabendo cada defeito e qualidade sua que meu amor e proteção nunca diminuirão.

Queria que ele estivesse aqui, em NOSSA casa, mas, ele preferiu ficar em um hotel qualquer enquanto não compra uma casa. Pelo menos, aquelas pessoas que dizem ser os seus ‘pais’ voltaram para Milão. Não tenho nada contra eles, eu só tenho que agradecer por cuidarem dele quando eu não pude, mas, querer que ele volte para a casa ‘deles’ já é demais.

Ouço o barulho da porta sendo aberta e um serzinho pular em cima de mim.

-Omma Jin! – Baek gritou enquanto me abraçava. – Olha o que Appa Nam comprou pra mim! – Me mostrou um boneco do Capitão América.

-Que lindo, meu filho. – Falei admirando o sorriso inocente em seu rosto. – Lava as mãos com sabão e vai lá pro quarto brincar. – Disse e lhe dei um beijo na testa.

-Hey. – Meu amor deixou um selar em meus lábios. – Tudo bem?

-Estou sim. – Respondi calmamente. – Como foi o passeio?

-Divertido. – Sorriu mostrando suas lindas covinhas. – Preparei uma surpresa para você. – Se aproximou de mim e mordeu o lóbulo da minha orelha. – Mas, vai ser só nós dois.

-M-mas e o Baek? – Meu corpo fica mole com tal ato. Deus, como pode ser real este homem?

-Já contratei uma babá e o mesmo já está ciente. – Piscou para mim.

-Então vocês são cúmplices nisso? O que estão aprontando? Namj… - Me cortou.

-Shh, espere e verá.

Deixou outro selar em meus lábios e subiu.

-ACHO MELHOR VOCÊ COMEÇAR A SE ARRUMAR! – Gritou enquanto subia.

~.~.~

Entrei no carro vendado como da vez em que me pedira em namoro. Estava ansioso, claro, uma pessoa que você ama quer lhe fazer uma surpresa, não tem como ficar diferente.

Paramos o carro e escutei a porta ser batida, a minha, ser aberta e sua mão me puxar delicadamente.

Era uma sensação diferente, então podia descartar o píer da minha lista de suspeitas.

O aroma era delicioso e o barulho de pássaros cantando e do vento forte batendo nas folhas… folhas? Onde pisava era como se tivesse pisando nas nuvens, era macio.

Me guiou até um certo lugar e mandou eu permanecer parado, pensei que ia tirar minha venda, mas, senti sua presença se afastar de mim. Logo, depois de alguns pouco minutos, senti suas mãos rodearem minha cintura. Beijou meu pescoço e suas mãos foram ao meu rosto. Minha visão voltou e logo após retirada de mim, tampada dessa vez, pelas lagrimas.

Estávamos em um campo, um campo repleto de flores, amarelas para ser mais específico. Igual à que eu vi com a borboleta quando nos encontramos pela primeira vez.

Namjoon ficou na minha frente e limpou as lágrimas finas que escorriam pelo o meu rosto.

-Amor… e-eu...

-Queria de alguma forma mostrar que sempre me lembrarei do nosso encontro. Então, eu voltei naquela floricultura e perguntei de onde retiravam aquelas maravilhosas flores. – Sorriu.

Entrelaçou seus dedos nos meus e me guiou até uma espécie de piquenique que tinha montado.

Ficamos um tempo conversando aleatoriamente e observando a natureza.

-No mesmo instante que te olhei, -Começou e eu, que me encontrava deitado em seu colo, levantei para encara-lo- olhei bem no fundo daquela escuridão que se encontrava sua linda íris. Lembro do seu sorriso de gratificação logo após, lembro de como tentei ao máximo compreender o porquê da pessoa mais linda que já vira, estar tão tristonha. E eis que hoje eu sei, sei e não te cobro nada. Compreensão é uma dádiva, amor, poucos a tem. Eu não a tinha, simplesmente aprendi com você, se é possível. Vejo o seu dia a dia, como age com Beakhyung quando apronta algo ou até mesmo, com Tae. Você tinha todos os motivos do mundo para deixá-lo de lado, porém fez ao contrário, acreditou, compreendeu e o acolheu. Você é diferente, Jin, é especial. Poucos tem a chance de encontrar alguém assim e eu, tive. -Pausou um pouco e logo continuou- O prazer foi todo meu de te conhecer, assim como é te ter para mim. Seu corpo lindo somente para a minha observação. Cada canto seu é uma aventura, é um prazer diferente. Você não sabe, Jin, o quanto proporciona somente com um olhar malicioso, somente com uma risada inocente. Pode me chamar de impuro, pois, com você ao meu lado é muito difícil de controlar meus hormônios. Aliás, ninguém conseguiria. -Sorri e bati levemente em seu braço- Procurarei mil motivos para nunca deixar te amar, procurei mil motivos para achar essa afirmação totalmente errada. Eu já tenho mil motivos para te amar, já tenho mil flores à minha espera, mil flores que representam o meu amor, mil flores que não valem o seu, mil flores que dariam tudo para você, minha abelha, pousar nelas. O que eu quero dizer, Jin, com essas frases sem sentido algum, que elas fazem sim, aliás, não, não há palavra alguma que expresse o que eu sinto por você. – Meus olhos já estavam marejados. - Não é uma mera paixão, não é um mero sentimento que pode ser esquecido. Para mim, uma paixão é passageira, o que eu tenho por você, é o puro e doloroso amor. Por mais belo que seja, ele arde como uma ferida, ele te faz gritar de dor e pedir ajuda. Mas, também faz com que seu coração grite de alegria, seu corpo amolecer, sua mente se esvaziar. Paixão não, é uma coisa breve, porém sentimental. Te deixa confuso sobre o que quer. E eu, tenho a plena certeza de que o que quero, é você. – Minhas lágrimas escorriam e ele as limpava. - Se eu fosse escolher uma qualidade sua, seria a lealdade. Prometeu que cuidaria de Taehyung para sempre, e hoje, cumpre essa promessa. Prometeu me amar, não em palavras, mas sim, em pensamentos assim como eu. E é por isso, meu amor, que eu quero pedir sua mão, quero que jure, quero que tenha essa lealdade comigo. Quero que seja meu para o resto da vida.

Assim que terminou de falar, me fez ficar de pé e se ajoelhou na minha frente com uma caixinha que tirara do bolso.

-Você Jin, é uma mistura de flores. É como as flores azuis, possui harmonia, amizade e fidelidade. Assim como é igual as flores rosas, tem a delicadeza, beleza. Como as brancas; paz, inocência, pureza e lealdade. A flor vermelha; o amor, a paixão, atração. És tudo isso e muito mais. O que eu quero dizer novamente, meu amor, que você é o meu tudo e, eu quero poder passar o resto da vida sendo seu marido. Aceita se casar comigo?

Me ajoelhei na sua frente e lhe abracei. O melhor abraço que eu já dei em alguém, o único.

-Sim, sim, sim, sim, mil vezes sim! Eu te amo.

Ficamos até o sol se despedir, era lindo os raios dizendo um ‘até logo’ para as flores. Eu me senti muito bem apreciando aquela cena.

Já estamos de volta em casa e dispensamos a babá que ficara com meu filho. O mesmo estava muito agitado e contente, nos abraçando a todo momento e recebendo piscadelas de Namjoon.

-O senhor sabia disso tudo? – Falei batendo com o indicador no nariz do meu menino.

-Claro omma, appa Nam nunca pensaria tudo isso sozinho. – Rui.

-Ah é? Vem aqui que eu vou te mostrar quem não pensaria.

E assim começou uma correria dentro de casa.

Correria que se prolongaria para o resto da vida

Assim como os sorrisos presentes em nossos rostos.

JIN OFF

JUNGKOOK ON

Após toda aquela confusão ter passado, eu e Jimin concordamos em não sair em lua de mel e permanecer ao lado da nossa menina mesmo ouvindo protesto da mesma. Não posso negar que fiquei com um bico enorme ao saber que ela seria em Paris, mas, tudo pelo o bem-estar da minha filha.

Contudo, não vou reclamar dos momentos que passamos juntos. Eu e Jimin fomos liberados para descansar depois de todo o ocorrido. Fora que, as promoções do Comeback já havia terminado e só faltava algumas coisas para serem organizadas para enfim, nossa turnê mundial.

Levantamos cedo todas as manhãs -contra a minha vontade e prazer do Jimin, juntamente de Min-Jee que sempre estava pulando em cima de mim-, para irmos à algum lugar divertido.

A criança da família é a Min-Jee, mas, quando se trata de Homem de Ferro, eu me torno a criança. Estava tendo em um shopping, uma espécie de decoração do mesmo e TINHA UM CARA FANTASIADO LÁ TIRANDO FOTOS COM AS CRIANÇAS. Tudo bem que não era Robert Downey Jr, mas MESMO ASSIM ERA TODO CHEIO DE EFEITOS ESPECIAIS QUE DEIXARIA QUALQUER UM MALUCO. E eu, obvio, fiquei na fila cheia de crianças que pairavam uns 5-12 anos. De vez em quando olhava para Jimin que soltava uma risada alta.

Passando alguns dias muito bem aproveitados que compensaram mil vezes a lua de mel, minha mãe convidou nossa filha na quinta para passar o final de semana com ela que prontamente aceitou, ficando eu e Jimin sozinhos. E hoje na sexta, resolvi fazer um agrado ao meu marido.

-Então, sabe o que acontece em uma lua de mel? – Jimin caminhou até mim sentado no sofá rebolando, e eu não me aguentando, soltei uma risada alta com o ato.

-Não. – Falei de um jeito inocente. Inocente da puta que pariu, né?

-Ah é? Deixa eu pensar. – Parou na minha frente e calmamente sentou no meu colo. – Se você quiser, eu posso te mostrar. – Disse e eu concordei com a cabeça mordendo meu lábio inferior que logo foi atacado por Jimin.

Podia gozar só de sentir seus lábios nos meus, só de sentir sua língua colidir com a minha. A sensação dela explorando cada canto de minha boca, me faz suspirar de prazer.

Logo foi descendo ao encontro no meu pescoço onde fez questão de morder e chupar a pele diversas vezes.

Tentei pensar em algo, mas, sempre sou retirado dos meus pensamentos por um gemido arrastado por seu nome quando maltratava a extensão do meu pescoço.

Involuntariamente, minhas mãos agarraram seus braços fazendo com que seus toques pelo meu corpo naquele momento, sessassem. Ele me encarou por um tempo e eu lhe lancei um sorriso malicioso.

Tirei-o do meu colo com um empurrão fazendo com que caísse no sofá e me levantei. Jimin se encontrava com sua roupa confortável de ficar em casa: uma camiseta larga branca e um short preto. Fiz um sinal com as mãos para que esperasse quieto no mesmo lugar e subi indo em direção ao nosso quarto. Procurei em suas roupas o que eu queria e voltei rapidamente para a sala onde me aguardava.

Quando viu a peça em minha mão, arregalou os olhos sem entender o motivo. Caminhei calmamente até a sua pessoa e sentei no seu colo. Fez menção de iniciar um beijo, mas, não deixei e coloquei a gravata em torno do seu pescoço amarrando-a como se fosse usa-la.

Deixei um breve selar em sua boca e me levante puxando a mesma.

Jimin me olhou incrédulo e puxei-a mais forte com o objetivo que ‘enforca-lo’. Logo, ele obedeceu e me seguiu.

-Você não presta. – Disse batendo em minha bunda e eu puxei novamente a gravata ouvindo seus protestos.

Chegando em nosso quarto, empurro-o de encontro a cama e peço para encostar as costas na cabeceira. Enquanto o fazia, caminhei até o nosso armário e abri uma gaveta a qual nunca usamos onde, por nenhum motivo especifico, guardei uns brinquedinhos que tinha comprado para uma ocasião especial.

Tirei dali uma algema de puro ferro. Antes de me virar para vê-lo, certifiquei-me de que as chaves estavam ali e funcionando.

Tendo checado tudo, olhei para Jimin e girei o objeto em meus dedos. A feição do meu marido era de espanto e eu, como um bom companheiro, ri.

-O-o que pretende fazer com isso? – Jimin me questionou enquanto me aproximava de si.

Subi na cama e engatinhei até ele.

-Proporcionar o seu prazer. – Sussurrei em seu ouvido.

Sentei em seu colo e antes de prender uma de suas mãos no ferro da cabeceira, retirei sua camiseta.

Com ela presa, roubei um beijo de Jimin e deixei a sua outra mão, passear pelo meu corpo. Nosso beijo era feroz e prazeroso num ritmo rápido e proveitoso.

Senti apalpar minha bunda e puxei sua mão saliente para mim. Cessei o beijo e com o indicador gesticulei um ‘não’. Levantei e fiquei de pé ao seu lado começando a me despir lentamente; primeiro a blusa, seguido pelo short e cueca.

Voltando a posição anterior, sua mão procurava a todo custo tocar em meu membro, mas eu não permitia, sendo reprendido pelo meu amado.

-Está fazendo um jogo comigo, garoto? – Passou os dedos entre seus cabelos sedosos.

Fiz um ‘shh’ para ele e comecei a rebolar por cima de seu short que, provavelmente o incomodava. Segurei meu membro e comecei a me masturbar na sua frente e novamente, sua mão tentava vir ao encontro da minha parte intima.

Com a outra mão, segurei a sua para não ser interrompido na minha provocação.

Meus gemidos eram altos e fortes clamando o nome do meu amor, via sua cabeça inclinada pra trás e seus dedos puxarem o lençol que cobria a cama.

-Jungkook, para com isso, por favor, me deixe te tocar. – Jimin suplicava.

E na medida que o fazia, meus movimentos eram mais rápidos. O suor escorria de sua testa e a boca avermelhada de tanto ser mordida era visível.

Sentindo o meu prazer chegar, paro o meu ato de imediato e sorrio de lado para Jimin que, observava-me com um olhar suplicante.

Soltei sua mão e deixei que limpasse os pingos de suor que escorriam pelo meu rosto também. Fui um pouco para trás e deitei entre suas pernas. Por cima de seu short, acariciei a ereção presente ali. Apertava e mordia respectivamente o local.

Minhas mãos agarraram a lateral e puxaram calmamente, junto com sua cueca, o short deixando a mostra seu membro ereto na medida me afastava.

Joguei as peças de roupa em um canto qualquer do quarto e ataquei o seu pênis. Com minha boca, subia e descia com a mão de Jimin segurando meus fios e intensificando o ato.

Jimin fazia-me engolir por completo seu membro enquanto gemia e gritava meu nome. Faço com que soltasse meu cabelo e paro meu ato olhando-o com um outro sorriso malicioso.

Caminho até si ficando cara a cara com ele.

-Será que devo te soltar? – Falo perto de sua boca e puxo seu lábio inferior.

-Você com nessa posição me deixa fora de mim. – Fala com os olhos fechados e reparo em como estava. De quatro por cima de seu corpo. -Minha vontade é de te foder até você me pedir para parar. – Eu o beijei.

-Então o faça. -Sussurrei em seu ouvido e me levantei caminhando até a gaveta pegando a chave.

Já em cima dele novamente, retirei as algemas e fui surpreendido com tamanha rapidez. Seu corpo caído sobre o meu, mordia meu pescoço na mesma localização de antes, provavelmente fazendo com que a marca ficasse mais visível no dia seguinte.

Joguei o meu brinquedinho em qualquer lugar e me entreguei a ele que me pegou em seu colo e me ajeitou na cama.

-Você vai se arrepender de ter me provocado. – Falou entredentes.

-Não vou mesmo, acredite. – Ri.

Sem qualquer preparo, segurou minha perna e enfiou seu membro na minha entrada um pouco mais aberta.

Seus movimentos começaram rápidos, podia ver o prazer se apossar de seu corpo. Sentia muita dor, muita mesmo. Jimin quando queria, fodia com muita força.

Logo o prazer foi se apossando de mim também, e as estocadas só aumentavam assim como as palmadas que levava em minha bunda e costas.

-Aaah, Jungguk. – Falava com a voz rouca.

Com certa dificuldade, minhas mãos foram até o meu membro e começaram uma masturbação lenta devido ao meu corpo totalmente obediente aos toques do Jimin que, sem dúvidas alguma, me deixava incapaz de fazer qualquer coisa.

Sentindo meu ápice chegar, o suor pingar com mais frequência e os gemidos se intensificarem, agarro com força o lençol com minhas unhas e o rasgo.

Sinto o liquido quente dentro de mim e me desfaço na mesma hora sujando nossa cama. Ele se retira de mim e deixo meu corpo cair mole.

Depois de poucos minutos, sinto um peso do meu lado e suas mãos envolverem minha cintura.

Estava quase pegando no sono quando ouço meu celular tocar. Era Jin. Resolvi atender pensando na hipótese de ser algo sério.

-Oi. – Soei um pouco cansado.

-Estava dormindo? – Me perguntou com um tom de preocupação.

-Não, pode falar. – Tentei soar o mais calmo e animado possível.

-Por que não vamos jantar amanhã? Hmn? Para matar a saudade! – Falou contente.

-Claro, por que não? – Falei mais animado e me ajeitei na cama ficando sentado encostando as costas na cabeceira.

-Perfeito! Vamos nós sete e as crianças naquele restaurante da última vez lá para às 8 p.m., tudo bem?

-Combinado. – Minha voz saiu arrastada por conta do meu marido que torturava novamente meu pescoço.

-JIMIN TÁ CAPRICHANDO, HEIN! – Era a voz do Tae. Bati no Jimin que logo se encolheu no seu lado da cama.

-Alguém tira a pilha do cu dele? – Falei rindo.

-Ains Kookie, você era mais amorzinho, viu? Jimin tirou sua pureza, foi? – Retrucou.

-Ihh viado, falou a ativa, né? Licença, deixa eu voltar pra minha transa. – NÃO ACREDITO QUE EU REALMENTE DISSE AQUILO.

-SABIA AHSUAHSUAHASUAHHSAUASHAUSHA – Todos riam do outro lado da linha.

-Tchau. – Disse e desliguei na cara deles mesmo. Foda-se, meu corpo está todo dolorido, preciso dormir.

Disquei o número da minha mãe.

-Oi, querido.

-Oi omma, como está aí?

-Tudo ótimo, já ia te ligar. – Falou e chuto que estava sorrindo enquanto falava.

-O que houve? Min-Jee está aprontando? – Perguntei mesmo sabendo que a menor não faria tal coisa.

-Não, meu amor, só surgiu um compromisso muito importante para a omma, e eu terei que levá-la amanhã cedo. Tudo bem? – Seu tom era calmo.

-Claro, ficarei esperando vocês. Tenho que desligar agora, manda um beijo para ela e, amo você! – Falei e a mesma retribuiu com um ‘eu te amo’ e desligamos.

-Está tudo bem, meu amor? – Falou rindo.

-Ah claro, meu pescoço está doendo e meu cu mais ainda. To ótimo, viu? – Fiz bico.

-Isso é o que acontece quando me provoca! Eu te amo.

-Eu também te amo.

Dito, me acomodei em seus braços e dormi serenamente.

TARDE SEGUINTE

-Jimin! Quanto tempo vai levar para você estar pronto? – Gritei da sala. Já era 8:04 p.m., estávamos atrasados para sairmos com o grupo. Eu e Min-Jee já estávamos prontos, só faltava meu Romeu largar sua amante, vulgo espelho.

-Já estou aqui mãe! – Finalmente deu um sinal de vida, descendo as escadas com seu casaco na mão, junto ao seu celular e chaves do carro. Seu comentário fez Min-Jee rir, com isso, eu a pego no colo e abro a porta de casa, sendo seguido pelo meu marido.

-Omma, você tá zangado com o appa? – Minha filha havia me perguntando de forma inocente, enquanto eu a colocava na cadeirinha.

-Não estou, querida – A respondi assim que tinha certificado que não havia me esquecido de nenhum cinto. – Só estou chateado com ele porque PARECE QUE NINGUÉM ME OUVE QUANDO DIGO PARA IREM SE ARRUMAR CEDO!

E assim, os dois caíram na gargalhada. Sério, tenho cara de palhaço? Só não iriei brigar com eles por causa da doce risada de Min-Jee. Sentei-me no banco do carona, e Jimin ligou o carro seguidamente.

Chegamos no restaurante quinze minutos atrasados. Procurei pela mesa mais cheia do local, e acabei achando nosso grupo.

-Me desculpem pelo o atr- Já ia logo me desculpando, mas percebi que faltava gente ali. – Ué, aonde está o Hoseok, Yoongi e CL?

-FOI MAL PELO ATRASO! – Ouvi uma pessoa gritar atrás de mim. Virei-me e percebi que era Hoseok, ele aparentava ter corrido. Logo atrás dele apareceu Yoongi com um bebê conforto com CL dormindo serenamente e uma bolsa enorme rosa.

-Por que se atrasaram tanto? – Jin perguntou enquanto entregava o menu para o garçom.

-Jimin tem um caso sério com o seu reflexo...-Disse baixo, mas ele acabou me ouvindo, fazendo o ruivo arquear a sua sobrancelha. – Digo...problemas com o carro e, problemas normais...

-Jimin que demorou demais, né? – Hoseok perguntou.

-Mais de uma hora para se arrumar, inacreditável. – Falei bufando, fazendo os outros ali rirem, menos meu marido.

-Esse processo demora, tá? – Jimin acabou se alterando, mas voltou ao seu estado normal. – Por que vocês dois se atrasaram, Hoseok?

-Err...problemas...com...o horário – Yoongi disse enquanto mexia em seus cabelos, um pouco nervoso.

-Já sei que problema foi esse – Taehyung fez um gesto um tanto como obsceno. Ainda bem que as crianças estavam distraídas com os tablets. Me surpreendi com o fato dele estar levando esse assunto de namoro de Hoseok tão bem assim, mas não deixei de rir, assim como os outros que se encontravam ali. Todos, menos contando com o casal que perdeu a hora porque estavam transando.

-Tem com mudarmos de assunto? – Hoseok disse envergonhado.

-Tá, tá – Namjoon tomou a decisão ainda rindo – Como...está a vida de vocês?

-Não tinha outra pergunta melhor? – Yoongi o retrucou.

-Tem uma ideia melhor? – Olhou para o loiro que havia abaixado a sua cabeça, pensando – Pois bem...

-A nossa está indo muito bem! – Eu tomei a palavra com um sorriso em meu rosto – Eu e Jimin estamos nos preparando para uma turnê.

-Tipo igual aquele sonho que você tinha com o Jimin? Que os dois iam passear pelo mundo entupidos com dinheiro? – Taehyung disse num sorriso. Filho da puta!

-Sonho? – Jimin perguntou segurando um riso.

-Uhum, ele me falou que uma vez tinha sonhado com você pedido para os dois saírem ao redor do mundo em cima de um cavalo branco.

-Taehyug! Shiu ai! – Repreendi meu amigo, tentando esconder a minha vergonha.

-Peraí, você sonhou isso? – Jimin perguntou e eu acenei com a cabeça baixa, fazendo os outros ali rirem.

-Jungkook? -Yoongi me chamara. – Que marca é essa aí no seu pescoço? – MERDA, MIL VEZES MERDA! Sério que a maquiagem não cobriu?

-Parece que a noite foi boa ontem, hein. – Meu melhor amigo comentou e eu corei.

-E esse anel, aí. – Retruquei e todos pararam para observar o objeto no dedo do meu primo.

-Ya! Qual o problema? Ninguém implicou com o do Jin. – Hoseok fez bico e todos nós rimos.

-Por que não contaram antes? Já sei, a noite foi boa né? – Jimin provocou e todos rimos.

-Até porque, com o Jin não é nenhuma novidade. – Tae retrucou.

E assim a noite seguiu, com conversas alheias e embaraçosas sobre nós. Não vou mentir, achei que Jimin e Namjoon iam sair no tapa por causa da possível ‘relação’ futura entre Min-Jee e Baekhyun.

Já estávamos voltando para casa. Min-Jee havia brincado bastante com Baek, com isso já estava muito cansada e acabou dormindo na cadeirinha.

-Jimin...-Olhei para o meu marido que prestava atenção na estrada.

-O que foi, amor? – Perguntou sem expressão.

-Obrigado. – Soltei aquelas palavras com um enorme alivio na alma. – Durante anos eu venho feito de tudo para lhe mostrar minha gratidão, as vezes não conseguia por burrice, eu diria -ele franziu o cenho- pois, oportunidades não me faltavam. Quero te agradecer por mudar a minha vida. Quero te agradecer pelo ingresso extra que me deu para outro show seu em Busan, obrigado por mudar a data inesperadamente e fazer do meu aniversário, o melhor aniversário de todos. Obrigado pelo jantar maravilhoso logo após, e não menos importante a nossa noite. Noite a qual lembrarei sempre e, além de ter sido a minha primeira vez, foi com você. -Meus olhos se encontravam marejados- O destino podia muito bem nos pregar peças, essas mais travessas e perigosas, poderia ter feito o nosso amor diminuir. Mas não. A partir daquela encenação de Romeu e Julieta eu soube que fomos feitos um para o outro. A partir do momento que pôs o cordão com suas iniciais em meu pescoço, eu soube que seria SEU para sempre. A partir do momento que disse me amar, eu soube que te amaria como nunca amei ninguém. -Ele me encarou e limpou as lágrimas que escorriam do meu rosto- Obrigado por não desistir de mim quando eu tentei, em um momento frágil. Obrigado por ficar ao meu lado e me mostrar que sempre há um outro modo. Obrigado por cuidar de mim e não deixar que ninguém me machucasse. Obrigado por me receber na igreja com o sorriso mais lindo que eu já vira, obrigado por me dar um beijo na testa no mesmo momento, obrigado por colocar a aliança em meu dedo, obrigado por me beijar, por me acariciar, por me amar. Obrigado por amar Min-Jee, por acolhe-la e lhe dar tudo do bom e do melhor, obrigado por não desistir dela, e por não me deixar sem ela. -Ele ouvia atentamente sem proferir nenhuma palavra- Não duvido que tenham me julgado por querer ficar ao seu lado por puro interesse, mas, esses estavam totalmente enganados. Alguns dizem não acreditar em amor à primeira vista, estão totalmente enganados. Eu te amo, meu amor, por simplesmente ser você. Diante de tanta fama, preferiu manter sua personalidade doce e gentil ao invés de substituir pela ganancia e poder. Eu te amo por cuidar de mim, por me fazer sorrir, mesmo que minimamente. Te amo por ser um doce, encantador, carinhoso, amoroso, frágil, corajoso, sincero, inseguro, bonito, gostoso, boa foda… -Comecei a rir com meu último comentário e ouvi sua risada gostosa- Por essa risada linda de se ouvir, pelos seus olhos pequenos que se tornam uma linha quando faz a mesma. Pela sua boca carnuda que me tira do sério, por seus fios macios, seu corpo, seu abraço quente que me passa conforto. -Pausei- Poderia Jimin, dizer todas as coisas que eu vejo e sinto por você, seria capaz de escrever um livro citando cada defeito e qualidade sua que me atraem. Peço desculpas por não me sentir suficiente para você -nesse momento ele levou sua mão ao encontro da minha- Tudo bem… -Apertei sua mão- Me sinto assim pois vejo sua bravura, por tudo que já passou e mesmo assim, permaneceu de cabeça erguida. Mostrou a todos uma saída diferente. Já eu, na primeira dificuldade que tive, andei para trás e deixei o sentimento ruim se apossar de mim. -Abaixei a cabeça em forma de frustação- Porém, -A ergui novamente- você me fez ver o lado bom. - Sorri para ele- Naquele segundo show quando tomei coragem de me declarar mesmo temendo não ser correspondido. Foi por você que joguei tudo pro alto e arrisquei e, ainda por cima, sem querer achei minha vocação. Mas, não foi só com o segundo show que conquistei coisas, que eu arrisquei coisas; fiquei de castigo por semanas por ter chegado tarde JÁ QUE ALGUÉM QUIS ME VER NO CAMARIM -ele sorriu-, a touca… eu não a conquistei pois já era minha, contudo, a esqueci com você e, nesse momento, eu soube que realmente teria um contado, uma forma de recuperá-la, eu teria contato com seus olhos, suas mãos… A FOTO, JIMIN, não tem como esquecer aquilo. Dos xingamentos de uma possível ‘namorada’ só com uma simples postagem de uma foto com um objeto diferente. Sabe o quanto fiquei feliz com aquilo? E sabe como eu fico feliz sabendo que ela está bem guardada com você em seu armário? Hmn? -Levei meu indicador ao seu rosto fazendo uma carícia rápida ali- Obrigado por seu meu, Jimin, obrigado por me fazer seu. Por me dar a mais bela família. Eu te amo, muito.

-Jungkook...-Jimin se virou para mim. Ele estava com seus olhos marejados, percebi que eu também estava com lagrimas em meus olhos. – E-eu.

Antes que aquelas palavras pudessem sair da boca do meu amado, vimos uma luz ainda fraca vindo em nossa direção. Jimin tentou desviar mas falhou. O carro desgovernado ia em zigue-zague impedindo qualquer investida de Jimin para o evitar. Percebendo nosso destino, tratei de olhar para Min-Jee ainda adormecida me certificando que ela estava segura, que pelo menos ela, sairia viva e poderia viver sua brilhante vida.

Preferia que ela ficasse sem mim, do que eu ficar sem ela. Egoísta? Talvez. Me dói saber que ela ficará sem pais novamente, mas me alegra saber que ficará bem nas mãos de minha mãe e dos meus amigos. Me dói mais ainda perceber que, o destino estava sendo sim, mais travesso e perigoso. Voltei minha atenção para a estrada e aquela luz estava mais forte, encarei Jimin e o beijei. Quando me afastei, li em seus lábios um perfeito ‘eu te amo’.

Seguramos nossos cintos o máximo que conseguimos e nos entreolhamos.

-Obrigado por me fazer sentir amado por alguém.

E essas foram as últimas palavras que eu ouvi antes de sentir um choque contra o nosso carro. Antes de ver tudo escuro, pude ouvir um grito, um grito fino e apavorado. Não conseguia me mexer, sentia meu coração acelerado e a respiração descompassada.

-OMMA, APPA.

Eu te amo, Min-Jee. Me desculpe por esse ser o nosso destino.

JUNGKOOK OFF


Notas Finais


Desculpa pelos corações quebrados, não sou obrigada a pagar o plano de saúde - AMORE

Então, sei que esperam algo como uma despedida, mas, isso aqui não é um 'adeus' e sim, um até breve -???????-.
Agora, vocês ai pensando que iam se livrar de nós, no baby, TEMOS UMA FIC NOVINHA AQUI DE QUE? ADIVINHEM, VHOPE! ISSO MESMO. Judiei bastante do couple, então, para compensar, está saindo essa maravilha para vocês. Ela irá 'substituir' -never- SYA ;-;

Fic:https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-bangtan-boys-bts-behind-the-lens-5192089

PS: QUERO VER VCS NOS XINGANDO. BJS
-May
PS: GENTE O NOME DA FANFIC É DE UMA MUSICA BASEADA EM MORTE E VCS QUERIAM Q ACABASSE TUDO BEM???EU TO TIPO: ???????????????????????. amo vcs
-AMORE


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