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História Sinceramente, Matt. - XXII


Escrita por: missowl

Notas do Autor


Eu ainda preciso dizer que não gosto de leitor fantasma?
Aliás, estou ~in love~ com a pessoa mais recente que favoritou, Ara_Bella. Teu nome me encanta -v-
Enfim, vamos para a história.

Capítulo 22 - XXII


  Permanecemos por pouco tempo mais no Campo, então fomos para casa - pausando para um suspiro prolongado de frustração - a pé. Nico começava a pesar em meus braços quando chegamos em frente à St. Leona, então Matthew White provara ser um ótimo cavalheiro trocando de pesos comigo, portanto levei a cesta de flores até minha casa enquanto ele levava meu vira-lata ferido no colo. Tia Clare iria surtar ao vê-lo molenga e com um machucado no focinho. Ao pararmos em frente da minha casa, Matt soltou Nico no chão, e que bom que esse cachorro estava bem o suficiente para andar, de modo que não precisei esconder a cesta com uma das mãos e carregar Nico na outra. Ocupei ambas com as flores.

   Eu tinha razão. Ela disse - quer dizer, berrou - que nunca mais iria me deixar tocar no Nico de novo, e que bom que Matthew White não entrara em casa, porque ele também seria alvo da fúria de minha tia. Me safei do resto do sermão quando pousei a cesta de vime na mesa, fazendo tia Clare esquecer da raiva que estava de mim.

   - Matthew que te deu isso? - perguntou minha tia, encantada.

   - É, foi.

   - Campo?

   - Campo. - afirmo, então olho pra janela da sala. O topo da cabeça de Matt e parte de seu rosto estão visíveis. - O.k., Matt, você pode aparecer. - digo, em um tom mais alto para que ele me ouça. Surtiu efeito, e logo meu namorado mais normal estava na porta, encostado no batente de madeira. Sorri. - Estamos namorando há cerca de duas horas - anuncio para minha tia. Ela arregala os olhos e põe a mão longa sobre o peito. Matthew olha pra mim com uma sobrancelha levantada e um sorriso de lado.

   - Isso é sério, Bella? - pergunta minha tia, inspirando profundamente e colocando um sorriso no rosto.

   - Pode ter certeza que sim, senhora Peterson - garante Matt, ainda na porta. Tia Clare o olha como se ele fosse um total desconhecido. Eu ainda sorria, mas estava apreensiva. Mais uma vez, suspiro da minha tia.

   - Entre, Matthew, nós vamos tomar um pouco de chá agora - diz. Matt pisca lentamente e salta para dentro, saindo enfim da porta. Tia Clare foi até a cozinha, e eu me sentei no sofá, indicando o lugar ao meu lado para que ele se sentasse. Como o bom cavalheiro que é, fez o que pedi. Minha mente vagou de Matthew White e seu cavalheirismo matthewsiano à William Stewart e sua estupidez williana. Sacudi a cabeça para afastar William e suas willianisses para longe, antes que acabasse me lembrando do que ele fez ano passado.

   - Arabella, hoje nós vamos sair - anuncia ele, baixo o suficiente para que somente eu ouvisse. Sinto o sorriso em sua voz. - E não pretendo anunciar o local, é uma surpresa.

   - Vai me informar pelo menos o horário? - pergunto, fazendo um bico. Ele sorri e nega.

   - Te mando uma mensagem na hora - diz, apressado, porque minha tia acaba de chegar com uma bandeja prateada com xícaras cheias de chá de framboesa e bolinhos de aveia.

   - Quando foi que isso aconteceu?  pergunta minha tia, sem rodeios, ao colocar a bandeja na mesinha de centro. Quase cuspo o chá que tinha acabado de colocar em minha boca. Porra, tia Clare.

   - Ah, hoje às 8 da manhã - digo, após recuperar o fôlego. Matthew não me ajuda nem nada, apenas continua sorrindo e comendo bolinhos de aveia um após o outro. Tia Clare nem liga, ela queria se livrar desses bolinhos mesmo.

   - Onde?

   - Em frente ao colégio - disparo, antes que minha tia pergunte qualquer outra coisa. Após minha resposta atropelada, são feitas mais quatro perguntas das quais 3 Matthew White responde por mim. Por fim, tia Clare se dá como vencida e começa a conversar conosco normalmente. Em algum momento, minha tia sai para atender o telefone, então Matthew toma minha mão entre as dele.

   - Rua Leo, cinquenta e sete - diz ele. O fito com uma expressão indicando uma bela dúvida. Tentei puxar na minha memória algo que se referia à esse endereço. Acho que demorei demais, porque Matthew revirou os olhos e soltou um suspiro longo. Dei de ombros. Eu sei que a Leo é uma rua bem artística e um pouco afastada do parque e dos comércios comuns. Essa rua é como se fosse um mundo diferente. As lojas de lá são repletas de cor, objetos de arte, instrumentos musicais, cafeterias, bibliotecas. Até o asfalto é diferente, feito de pedregulhos lisos e as calçadas são decoradas, bem pintadas. É uma rua consideravelmente recente comparada com as outras, idealizada pela esposa e pela filha mais velha do décimo sétimo prefeito da cidade - estamos no 40º agora - que eram fanáticas por arte. Na Leo, também tem o Imaginari, um antigo galpão que existia desde o décimo primeiro prefeito que foi reformado para acomodar exposições de arte e um café-bar no centro. Fui com Sophie uma vez, e foi incrível. Lá também tem o Observatório, único da cidade. A rua realmente honra seu nome, que foi colocado em homenagem à Leonardo da Vinci.

   - Eu tinha te dito que queria sair contigo - explica Matthew - e vamos nos encontrar na Leo, cinquenta e sete.

   - Ah - suspiro, me achando a idiota do século. Como não vou na Leo há anos, não consigo me lembrar o que tem no lote cinquenta e sete. Provavelmente um dos infinitos cafés. Tanto faz. O que importa é que iriamos nos ver na rua mais legal da cidade toda, e à noite - o ápice de todas as festas e bares.

   - Não vamos a um bar - diz, me contrariando. Faço bico, e Matthew White só sorri para mim.

 

Sinceramente, Matt, a Leo era feita para bares e festas. Era?



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