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História Sinceramente, Matt. - XXXVIII


Escrita por: missowl

Capítulo 38 - XXXVIII


A estrada era bem calma às quatro da manhã. Havia apenas um carro branco, e ele corria como o diabo. O motorista aparentava ter vinte anos e estava nervoso por dentro, mas calmo por fora. O que ele fazia era errado. O GPS mostrava na pequena tela que em 400 metros, teria um posto policial, daqueles de beira-estrada, que adoram te contrariar.

Se desse sorte, a menina no banco de trás não acordaria. Caso contrário, ele seria preso e o plano, por água a baixo. Então, o dinheiro nunca chegaria à suas mãos, e a faculdade nunca o admitiria.

300. 200. 150. 50. 30.

O pararam. O policial - ou oficial Martin, como preferir - era um homem gordo, de meia idade, com o rosto pálido e com uma barba por fazer cheia de falhas. O motorista sentiu um calafrio na espinha quando a garota adormecida soltou um suspiro mais alto, como se acordasse.

- O que faz na estrada às 4 da manhã, garoto? - perguntou o oficial Martin.

- Estou indo ao Alabama. Com minha irmã. Visitar meus avós.

- Hmm. Qual é seu nome?

- Kendall, senhor.

O oficial sorriu de um jeito desagradável. A estrada pro Alabama não era aquela, definitivamente, mas isso não era problema dele.

- Então tá. Boa sorte na viagem, garoto. Pode ir. - disse Martin, saindo de perto do carro. Imediatamente, Kendall deu partida e seguiu seu caminho. Logo estaria em Ohio e poderia se livrar do "peso extra" que a menina era, e finalmente teria seu dinheiro.

Passaram-se duas horas e ele já avistava a fronteira. A casa ficava lá, no meio do nada e fora da estrada. Com esforço, o carro branco conseguiu passar sobre o mato que bloqueava o caminho até a casinha. Duas pessoas esperavam na porta, um homem e uma mulher. A moça era alta e um pouco cheia, de cabelos cor de mel e olhos castanhos e expressivos. Sua gestação deixara-a com cicatrizes da cesárea e estrias. O homem ao seu lado era mais alto ainda e tinha um monte de músculos, além de olhos vazios e escuros, com um cabelo negro. Kendall parou o carro em frente à garagem. O moreno tirou a garota adormecida do banco de trás, a colocando sobre os ombros. Em silêncio, ele se retirou pra dentro da casa. O motorista, nervoso, se encostou na lataria do carro. A mulher admirava as próprias unhas, distraída.

- Onde é que tá meu dinheiro? - perguntou Kendall. A outra o olhou com nojo.

- Seu dinheiro? Não estou sabendo de dinheiro algum.

Ele ficara irritado de verdade. Dirigira horas e horas para não ganhar nem uma moeda? Furioso, avançou com as mãos estendidas diretamente no pescoço da mulher, mas ela o conteve com um sorriso desagradável.

- Ei, ei, não vai me atacar... Ainda tenho duas crianças pra criar. Eles só tem 3 anos. Vai querer deixá-los só com aquele pai gordo e inútil? - riu ela. Kendall não respondeu, olhando para o chão. - Mas você não tem compromisso algum, ou tem?

Confuso, ele ergueu a cabeça. O sorriso dela era sádico. Pegando a cabeça dele, bateu contra a parede da casa até que o crânio se partiu. Deixou que seu corpo inerte tombasse na poeira.

- Nojento. - cuspiu ela, entrando na casa. O homem não estava na sala ou na cozinha, e sim no sótão, amarrando a garota com cordas resistentes que não a deixariam escapar e a machucariam se ela tentasse. De qualquer jeito, tinha que voltar pra casa. Sua "amada" família a esperava em casa. Subiu ao sótão, e encontrou o cúmplice admirando seu trabalho com os nós.

- Wiiiill - cantou ela. Podia não saber, mas ele odiava sua voz. Ele não a queria, mas era útil. Com certeza, ela sabia de segredos da garota, pois era casada com seu primo. - Eu preciso ir agora - anunciou. Uma pontadinha de tristeza tomava sua voz fina. Ela amava o homem que estava sequestrando alguém diante dela, e esse poderia ser o único jeito de tê-lo só para si. Will se virou, fingindo tristeza por sua partida.

- Sério? Mas já? E se eu precisar de alguma coisa, Alexandra?

Alexandra riu.

- Com essazinha aí aposto que você vai ficar muito bem. Eu ainda tenho filhos, não lembra?

- Claro, claro que lembro. Como vão?

- Rue está um saco, e Sean está cada vez mais parecido com o pai dele. Fui. - resmungou ela, saindo do sótão e indo para fora da casa. Finalmente ele estava só com ela. Estendeu a mão em direção à garota inerte e acariciou seu rosto. Um sorriso maníaco se formara em seu rosto.

- Depois de tanto tempo...


Notas Finais


É isso, vejo vocês no próximo. Beijos.


P.S.: Esse próximo está situado na Inglaterra.


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