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História Só Termina Quando Acaba - Cartilhas de Viagem


Escrita por: nastyona

Notas do Autor


mais sete capítulos postados, aqui vai mais uma capa diferente <3
boa leitura!

Capítulo 15 - Cartilhas de Viagem


Fanfic / Fanfiction Só Termina Quando Acaba - Cartilhas de Viagem

Claro que Erina tinha que ter pensado em alguma coisa.

Afinal, se não tivesse nada em mente, aí sim que seu irmão caçula iria ficar totalmente surpreendido. A ideia que ela teve, enquanto bebericava majestosamente seu chá de ruibarbo, foi de escrever missivas simples e entrega-las ao motorista, sem que precisassem falar nada. Lá, estaria escrito apenas o endereço do destino, e embaixo, a explicação menos rude possível para justificar o silêncio dos clientes. Seria colocada dentro das cartinhas,

Uma ideia simples, mas altamente engenhosa.

– Uma mulher prevenida vale por duas. – Erina silvou, orgulhosamente. Tanto Dio quanto Kakyoin foram a favor da ideia. – Mas até mesmo mulheres prevenidas sentem fome. – Ela colocou a mão na barriga, sentindo-a roncar.

– Podemos ir comer na cantina da faculdade. – Kakyoin sugeriu. – Eles fazem um milk-shake de morango incrível.

– Eu quero uma tortilha. – Erina cruzou os braços. – Vamos a um restaurante mexicano!

Enquanto isso, no outro lado da cidade, Caesar fazia seu último ensaio fotográfico, usando a décima oitava peça de roupa do dia. Quando Suzie, sua prima quase irmã e sócia, anunciou que o ensaio havia terminado oficialmente, foi quase como ouvir que ele estava no Paraíso. Sentou-se na quina do cenário, começando a desabotoar a blusa jeans. Joseph, que também atuava como ajudante de estúdio, tomou o lugar ao lado do namorado.

– Você foi muito bem, hoje. – Suzie o parabenizou, tirando a alça da câmera dos ombros. – A Elizabeth também estava magnífica. – Saudou a mulher para uma morena, muito bonita, que estava com um vestido de couro preto, meia-calça também preta e um cachecol vermelho.

– Elizabeth foi a minha favorita. A Lisa-Lisa arrasa! – Joseph bradou, arrancando risos da mulher.

– Vou para Saitama agora. Voltarei pela manhã. – A morena despediu-se do estúdio, tão misteriosa quanto possível.

– Se cuide! – Suzie acenou. – A coleção de Amoroso Inverno vai ser um sucesso! – Ela bateu palmas. – Tenho ouro nessa câmera.  

– Acha que revista vai divulgar? – Caesar indagou, sorridente, vestindo-se de suas roupas normais.

– Ela sempre divulga. – Suzie adquire um ar pretensioso. – Com um rostinho lindo desse feito o seu, e esse corpo de deus do olimpo vestindo a camiseta jeans da Sunshine, não há revista que não queira. E a Magma é bem amiguinha da Sunshine. Uma revista famosa, com uma marca de roupas famosa e você bem no meio desse caso amoroso.

Caesar sorriu torto ao ouvir a palavra “caso”. Não soube explicar o que, de fato, havia sido aquela sensação, mas resolveu ignorar. No entanto, para sua surpresa, Joseph simplesmente virou seu queixo em sua direção, roubando um selinho súbito do namorado.

– Esse corpinho que é só meu. – Sussurrou apenas para que ele ouvisse. Suzie riu corada com a cena.

Como combinado, Caesar passou a noite – uma assustadoramente romântica noite, apenas com amor – na casa de Joseph, deixando um quarto livre no dormitório dos rapazes. Quando voltaram do restaurante, Erina disse que iria passar a noite ali porque a pessoa na qual estava hospedada iria fazer uma viagem de negócios. Então, com o consentimento de todos, Dio se apossou dos aposentos italianos, ao passo que sua irmã e seu sobrinho foram para o seu.

A expectativa para o dia seguinte era alta.

E tão alta e ansiosa, que não deixou as mentes mais calmas, como Kakyoin, dormirem sossegadas. Tanto fora a excitação prévia que ele se viu na necessidade de levantar da cama e ir beber um copo d’água, ou lavar o rosto, para ver se conseguia descansar. Ao sair do quarto, percebeu, no entanto, que havia alguém na sala de estar.

Quando acendeu as luzes, percebeu que era Diego, com seu pijama verde com estampa de escamas. Ele estava sentado, com as pernas recolhidas, à frente da mesa da sala de estar, e tão logo o notou. Diego o encarou por alguns segundos, antes de se pôr de pé.

– Rawr! – Ele ergueu os bracinhos e rosnou, imitando um dinossauro. Kakyoin sorriu, surpreso. Aliás, ele já tinha percebido que o menino possuía algum tipo de grande interesse por esses assuntos reptilários. – O bactrossauro não gosta de ser assustado. Apesar de ser herbívoro, ele é mais rápido que o tiranossauro e tem garras bem grandes para poder atacar.

– E você sabia que os bactrossauros vão dormir a essa hora, mocinho? – Kakyoin se ajoelhou à sua frente. Diego deu de ombros.

– Nos livros do papai, eu nunca vi algo sobre isso. – Ele suspirou.

– E o que está fazendo a essa hora, acordado?

– Eu coloquei os convites de vocês nos envelopes. – O menino coçou um dos olhos.

– E pôs tudo certinho? – Kakyoin estreitou os olhos, pondo as mãos na cintura, com uma falsa cara investigativa.

– Sim! – Diego berrou, parecendo ofendido. – Eu sei ler, sim. Os kanjis da mamãe são fáceis de entender.

– Claro, acredito em você. – Noriaki sorriu, agachando-se diante de Diego. – Mas poderia me explicar por que ainda não foi dormir?

– Eu... Eu sonhei com o meu pai. – De repente, seu semblante adquirira um aspecto tristonho. – Eu sinto falta do papai. A mamãe não gosta de falar muito sobre ele.

Kakyoin se compadeceu, mas não conseguiu pensar em nada que pudesse consolar o pequeno. Se sentiu verdadeiramente imponente, e coisas como aquela partiam seu coração. Subitamente, teve uma ideia e então resolveu arrisca-la.

– Quer ouvir uma história para dormir?

– Não gosto de história de fadas. – Diego fez uma cara desdenhosa. Igualzinho ao tio.

– Não seria de fadas. – Kakyoin apertou seu nariz. – Seria sobre como um incrível pesquisador se apaixonou por uma moça misteriosa. E ela escondia um segredo muito sério dele, e eu até te contaria, mas você só gosta de dinossauros, mesmo...

Não fazia o tipo de Diego aquelas histórias – ele nem gostava de romance, para início de conversa. Mas sua mente infantil acabou ficando instigada com aquela introdução curiosa que Kakyoin criara. Ao ver o ruivo se levantar e dar as costas ao pequeno, Diego, depois de muito pensar, se adiantou.

– Espera. – Ele respirou bem fundo. – Eu quero ouvir a história.


Notas Finais


ah, gente, eu gostei do meu diguito assim, tá? E antes de mais nada, é importante eu dizer que o pai do Diego NÃO está morto, ok?
Em breve, vocês vão ver um capítulo sobre isso.
Um beijão <33


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