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História Só Termina Quando Acaba - Não Há Nada Tão Ruim Que Não Possa Piorar - Kakyoin


Escrita por: nastyona

Notas do Autor


yo! Sorry pela demora </3
Boa leitura!

Capítulo 20 - Não Há Nada Tão Ruim Que Não Possa Piorar - Kakyoin


Fanfic / Fanfiction Só Termina Quando Acaba - Não Há Nada Tão Ruim Que Não Possa Piorar - Kakyoin

Kakyoin tentou ligar pela enésima vez para Erina. E, assim como todas as outras enésimas vezes anteriores, a ligação caiu na caixa postal. E, enquanto tinha o celular preso na orelha, observava de soslaio o namorado.

Se ele não fosse nada dele, poderia dizer que estava calmo e indiferente, como sempre. Mas Kakyoin sabia, melhor do que ninguém, que Jotaro já partia para o terceiro cigarro, e isso era mais do que um aviso para mostrar que ele estava impaciente.

– Eu não consigo ligar para Erina. – O ruivo evidenciou, ficando a dois passos de distância do rapaz.

– Por que ligaria para ela? – Kujo cuspiu a guimba do cigarro. – Não é aqui que você queria me trazer?

Não, porque um garotinho estragou todos os meus planos para esse sábado, e eu não sei o que fazer. Eu pus tanta expectativa nisso...

– B-Bem, parando para pensar direitinho, acho que você não gostaria de ir em um lugar desses. – Kakyoin coçou a nuca, tentando disfarçar. Sentiu mais uma pontada de enjoo.

Moody Blues não estava lotada, mesmo sendo Dia dos Namorados, o que deu a entender que os ingressos não foram tão acessíveis quanto Kakyoin imaginara. Caesar pagou uma nota alta por eles.

– Eu não quero continuar o dia inteiro parado aqui. – Jotaro apontou para a porta da boate. – Vamos entrar logo.

Kakyoin espremeu os lábios, acuado. Esperaram por alguns minutos na fila e entregaram os ingressos, os quais não precisaram de identificação nenhuma. A atmosfera da boate era mais agitada do que Noriaki pode esperar. Riu consigo mesmo, imaginando os possíveis desastres que viessem acontecer ali dentro. Mais uma vez, seu estômago deu um salto; o que era bizarro, tendo em vista que não havia comido nada quando saiu.

Se instalaram em um canto recôndito do open-bar, enquanto ouviam músicas românticas pelo bar. Kakyoin escondeu seu rosto entre os braços, imaginando o porquê de aquilo estar acontecendo e como os outros estavam lidando com a troca dos ingressos.

– Aqui. – A barwoman, uma mulher de mais ou menos vinte anos, com cabelos cor de rosa presos em uma tiara, estendeu um coquetel rosa leitoso, com duas cerejas na borda. – É licor de cereja, amora, leite de coco, vodca de baunilha e tequila.

– Mas eu não...

– Eu que pedi para você. – Jotaro se adiantou, abaixando a aba do quepe, indiferente.

Kakyoin sorriu fraco, mexendo com o canudo no drinque que havia acabado de receber. E, por algum tempo, eles dois ficaram ali, flertando à suas maneiras, trocando selinhos esparsos e carinhos.

– Você parece para baixo. – Jotaro estreitou os olhos. – O que o incomoda? – Noriaki deu de ombros, sorvendo um longo gole da bebida que já estava no final.

– Eu não sei. – Ele sentiu em seu hálito o cheiro de morango. – Desde que eu entrei aqui, sinto que há algo de errado.

– Entendo. – Jotaro anuiu com o rosto. O assunto morreu ali. Kakyoin se sentiu constrangido por breves momentos.

– Vamos. – Ele sorriu, se apressando para terminar o restinho da bebida na qual curiosamente havia gostado.

– Para onde?

– Estamos em uma boate. – Noriaki indicou, com obviedade. – Vamos dançar.

Jotaro quase riu da proposta, mas ao ver que Kakyoin não falava por brincadeira, ele permitiu-se ficar espantado. Abriu a boca diversas vezes para protestar, mas Noriaki o tomou pela mão, e a cena se seguiu de maneira desengonçada e até engraçada. Agora, tocavam a música “In Your Arms”. Nenhum dos dois sabia dançar direito, e acabavam por vezes tropeçando um no outro. Até esperavam que, no meio daquela multidão, ninguém estivesse prestando atenção neles. Mas estava engraçado e empolgante. Mesmo com os erros; mesmo com os tombos; mesmo com as pessoas ao redor.

– Agora vai ser hora da valsa. – Kakyoin olhou ao redor, vendo as cores da pista de dança mudando gradativamente. Parecia ansioso para aquela. – Vamos valsar?

– Sinto muito, mas essa aí, eu passo a vez. – Jotaro disse, conciso, logo tomando de volta o lugar no open-bar. Kakyoin quis acompanha-lo, mas, por alguma razão, ele sentiu que a qualquer momento, iria pôr para fora o drinque que havia acabado de tomar.

– Eu já volto. – Gesticulou para o namorado, que anuiu pacientemente. Noriaki foi quase correndo em direção ao banheiro, cobrindo a boca com as mãos. Ao chegar lá, foi entrando logo na primeira cabine, onde vomitou quase duas vezes intensas. – Mas que porra...?

Assim que se levantou, apertando a descarga, Kakyoin sentiu seu telefone vibrar. Enquanto lavava a boca, checou a nova notificação.

– Da faculdade...? – Ah, sim, os resultados saíam naquele dia. Afoitamente, desbloqueou o celular, abrindo a lista de classificados como se aquilo dependesse de sua vida.

Porém, se ela realmente dependesse, ele estaria morto.

Faltando quase cinco pontos, Noriaki fora reprovado. O espanto fora tanto que ele apenas cobriu a boca por instinto, mas não sentiu vontade de vomitar. Ao sair do banheiro, procurou Jotaro com os olhos pelo open-bar. E, para sua surpresa, ele não estava lá. Mas foi só olhar para a pista de dança, mais uma vez, e ele o viu. E como o viu. Estava rindo e dançando a valsa com uma mulher desconhecida, cuja parecia estar empolgada com sua presença. Ele não conseguiu pensar em nada.

– Eu quero sumir... – Kakyoin sussurrou, desistente. A vontade de chorar era grande, mas por puro esforço interno, não se permitiu. Deu as costas para a pista de dança. No fundo, até esperava que Jotaro o visse, gritasse seu nome e o segurasse para ficar.

Nem isso.

Kakyoin saiu da boate sem sequer ter sido notado. Olhou as horas no relógio do celular. Oito e alguma coisa. As horas voaram dentro da boate, certamente. E, quando percebeu, seus pés estavam levando-o ao Canal da Deusa Azul. O tão famigerado canal.

– Seu encontro também deu errado? – Uma voz familiar soou, revelando ser Caesar. Ele também estava sozinho, e com o aspecto de quem lutava para não pirar. Kakyoin nem pensou em se conter, sentando-se ao lado de Caesar, com o semblante choroso contraindo-se alarmantemente.

Tão logo, os dois perceberam uma terceira figura se aproximando. 


Notas Finais


Quem deve ser essa terceira pessoa?? Será que o encontro do Brando também deu errado?? Heheheh
Deixem um comentzinho para fortalecer a facção <3


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