História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Vitaminas

O bebê em seus braços era quentinho, ele tinha uma boquinha que era a coisinha mais perfeita do universo, as unhas minúsculas nos dedinhos tão pequenos, o pouco cabelo já começava a cair e era possível ver que ele teria lindos cachinhos quando crescesse, a pele com cor do chocolate mais rico e doce possível, o narizinho grande tão adorável, e obviamente, aqueles olhinhos laranja que a encaravam enquanto ele abria o sorriso mais perfeito que ela já tinha visto em toda sua vida.

Segurar Samuel no colo foi a experiência mais incrível de toda sua vida, ele era tão pequenininho e delicado, sentia que seu mundo mudou completamente naqueles 2 minutos que pegou ele no colo pela primeira vez.

Junto com essa sensação incrível ela também ganhou alguém que a amaria para todo sempre, e alguém que a odiaria com todas as forças até o último dia de sua vida.

Tomou um gole do seu cafe olhando o belíssimo rapaz na sua frente, ele estava visivelmente nervoso e envergonhado.

"Que adorável"

Colocou a xícara no pires e colocou os cotovelos encima da mesa enquanto entrelaçava as mãos afim de fazer um apoio pro seu queixo, colocou o rosto entre as mãos e sorriu da forma mais amável que poderia imaginar.

Marcelo passou a mão no cabelo e desviou o olhar dos lindos olhos azuis de Letícia, ela era a mulher mais bonita do local e não aparentava ter a idade que tinha, isso deixava o gaúcho nervoso porque ele não queria que confundissem eles com um casal.

- você é mesmo muito bonito.

Brincando com seus dedos por debaixo da mesa Marcelo não estava desconfortável mas também não estava 100% ok com aquela situação.

Samuel tinha pedido para que ele se encontrasse com Letícia em um café na Lapa perto do ninho dos abutres, "Flores na Varanda" era um café bem bonito e de uma decoração que fazia o local parecer um lindo jardim, Letícia se encaixava perfeito no ambiente, loira de olhos claros e um vestidinho bem grudado e decotado, não era nada vulgar, enquanto ele estava com uma regata preta e bermuda, se sentiu bem idiota por não ter se arrumando mais.

- A senhora é muito mais bonita do que eu.

Letícia soltou uma risadinha e se arrumou na mesa tomando novamente seu cafezinho sem uma unica preocupação.

- Obrigada querido, mas você me lembra muito um diamante bruto.

- diamante bruto?

- Sim, você tem muito potencial, eu só preciso te lapidar um pouco, mas você vai ser meu aprendiz afinal.

Marcelo olhou para Letícia um pouco encafifado e visivelmente confuso com aquela informação.

- Como é?

- Samuel pediu para te treinar para ser secretária dele, e é exatamente isso que eu vou fazer.

Marcelo ficou um pouco atônito com aquela informação, ele já era formado em RH, sabia muita coisa sobre secretariado.

- Eu acho que seria um bom secretário, eu sou bem organizado e entendo bem de contabilidade e gestão de pessoas.

Letícia riu e retirou seu óculos colocando ele de frente pra luz para então limpa-lo e volta-lo ao seu rosto.

- Não exatamente essa secretaria.

Letícia cruzou as pernas e encarou bem Marcelo que estava bem pensativo tentando entender o que ela queria dizer com aquilo.

- O Samuel escolheu você como secretária dele, esse é um cargo muito importante e que muitos desejam loucamente, é uma quantidade de poder simplesmente gigantesca, e você, quem não imagina que a ordem existia irá possuir, tem noção do que isso pode significar?

Marcelo fez não com a cabeça.

- Pessoas vão questionar o Samuel a todo instante, questionar você a todo instante, tentar te destruir ou te usar para atingir o Samuel de algum jeito, e é por isso que eu vou treinar você de agora em diante.

O gaúcho pareceu honestamente perturbado com essas informações, talvez fosse coisa demais pra ele.

- o que eu preciso fazer para estar com o Samuel e protegê-lo?

Letícia olhou para o gaúcho um pouco espantada, os olhos de Marcelo pareciam bem determinados e um pouco apreensivos por causa de sua resposta.

- Você tem certeza do que é isso que você quer pra sua vida?

Marcelo olhou para Letícia um pouco curioso com aquela frase.

- Como assim?

Letícia olhava o rapaz adorável na sua frente e ele era muito inocente de fato, se ele fosse realmente se tornar seu aprendiz teria que mostrar pra ele como o mundo pode ser mal, respirou fundo e começou a falar 

- Sabia que eu fui uma das primeiras pessoas a pegar ele?

- Pegar?

- Sim, no colo logo depois que ele nasceu.

Marcelo pareceu muito interessado nesse assunto.

- A primeira pessoa a pegar ele foi o Hector...quer dizer, o Senhor Veríssimo, depois a Anna, então a Avó, a dona Sierra, depois as tias e os tios, eu devo ter sido a vigésima pessoa mas eu não me importei com isso.

Letícia se arrumou na cadeira e deu outro gole no seu café.

- Eu nunca amei tanto algo na minha vida, e nunca fui tão odiada na minha vida.

- o que? Por que?

- A senhorita Anna não se conforma que o Samuel não a veja totalmente como uma mãe, ela sente muito ciúmes e inveja de mim, porque pro Samuel eu sou praticamente a mãe dele, eu troquei as fraudas e dei de mama, eu estive presente nos primeiros passos e primeiras palavras, ela não! E isso fez ela me odiar bastante.

Marcelo pareceu pasmo com a coisa que tinha acabado de entender.

- Professora a uns dias atrás a Dona Anna veio atrás de mim e falou algumas coisas bem... estranhas... Eu fiquei um pouco desconfortável pra ser sincero, mas eu não sou bom em me expressar com pessoas desconhecidas.

Letícia demorou um pouco pra entender que Marcelo tinha chamado ela de professora, isso queria dizer que ele tinha aceitado entrar na ordem como secretária, isso fez ela sorrir um pouco.

- A Anna pode ser um pouco....complicada...

Marcelo abaixou a cabeça fazendo os longos cabelos castanhos virem pra frente, ele tinha um rosto sério mas parecia muito meigo com aquele olhar, aquilo pegou Letícia de jeito.

- Marcelo você sabe o que é ser uma secretária?

Marcelo fez não com a cabeça.

- Você irá receber ordens diretas do seu veríssimo, sei que o Samuel nunca te mandaria para um lugar perigoso ou fazer algo perigoso, mas você vai ter que estar preparado para ver coisas terríveis e até fazer coisas terríveis.

- Isso vai ajudar o Samuel?

Letícia ficou um pouco preocupada com essa resposta.

- Vai...

- Então eu não me importo.

Aquilo era muito pra ela ficar calada, não queria que o rapaz jogasse sua vida fora assim de graça e sem um motivo plausível.

- Marcelo....

- Sim professora?

- Por que você quer tanto assim estar com o Samuel?

Marcelo deu um lindo e perfeito sorriso, ele que sempre esta com cara de poucos amigos tinha um dos sorrisos mais acolhedores do mundo.

- Porque é uma escolha minha e que só eu posso fazer.

Letícia olhou pro seu mais novo pupilo levemos confusa.

- o que?

- Minha mãe e o meu pai são gêmeos que se casaram com gêmeos, eles tinham toda uma vida planejada prós filhos e sobrinhos, eles e os meu tio e minha tia pais do Murilo, tinham um plano pra nós antes mesmo do casamento, eles queriam ter filhos do mesmo gênero, no mesmo mês, no mesmo dia, no mesmo hospital, as crianças seguiriam a mesma profissão e iriam para mesma escola e teriam nomes que começassem com a mesma letra.

- Isso é bizarro...

- E se eu falasse que meus pais são vizinhos dos meus tios?

-....ficou mais bizarro...

- A primeira tentativa deles deu "errado" eu tenho uma irmã mais velha e o Murilo um irmão mais velho, muita gente na cidade diz que eles ficaram muito decepcionados com isso.

- Essas coisas não podem ser controladas.

- Eles são teimosos, e bem eles tentaram outra vez...e conseguiram...eu nasci uma semana antes do Murilo...e então...desde sempre a minha vida e a dele foi escrito e programada.

Letícia podia sentir o quanto Marcelo parecia triste falando sobre aquilo.

- Eu amo a minha família, mas ter que seguir perfeitamente um script durante toda a minha vida foi sufocante, eu consegui até certa idade, depois eu entrei na minha fase rebelde e o Murilo seguiu meus passos, deixei meu cabelo crescer e comecei a usar roupas de bandas de rock, comecei a fugir pra outras cidades pra ser eu mesmo...mas eu não sabia quem eu era...eu não tinha identidade além da que os meus pais tinham construído pra mim, mas foi em dos dias que eu fugi que eu conheci o ou melhor, reconheci o Arthur.

- O marido do Alex?

- Sim, a cidade toda sabia quem ele era, a gente era da mesma escola, todos chamavam ele de viado mas ele não se importava, ele mantinha a cabeça erguida e respondia a todos olhando no fundo dos olhos, mesmo ele tendo uma relação horrível com o próprio pai ele não tinha medo nem vergonha de ser quem era, mesmo a gente nunca tendo se falado naquela época, eu admirava muito o Arthur, eu queria ser igual a ele de certa forma.

Letícia achou fofo essa admiração do pupilo pelo amigo, Marcelo parecia ter um coração de ouro.

- A notícia de que ele tinha sido atacado e quase morto pelos Assombrados se espalhou rapidamente, mas nenhum deles foi punido, afinal o seu Rodolfo tinha toda a polícia de carpazinha na mão...aquilo deixou todos revoltados...

Sabia do acontecido por causa de Tristan que convivia ativamente na unidade com Arthur, mas não tinha tantos detalhes.

- Eu estava muito bravo na época, até briguei com meu pai e meu tio eles são senseis de artes marciais e nenhum deles quis ajudar o seu Brulio a brigar com medo do seu Rodolfo dar um jeito de fechar a academia deles, no fim todos deram as costas pro Arthur.

Podia sentir a tristeza na voz do gaúcho, ele se segurava para não chorar, Marcelo era manteiga derretida.

- Nessa época a minha mãe e a minha tia estavam grávidas outra vez, eu ganhei uma priminha e uma irmãzinha, e foi aí que a gente conheceu o Victor.

- Victor? O namorado do Bruno...

- Sim ele é mais novo que a gente, então nunca prestamos atenção nele durante o ensino médio até porque ele ficava na ala do fundamental ele também era aluno da academia do meu pai e do meu tio, mas eu nunca tinha reparado nele até aquele dia, eu ainda lembro de virar a esquina e ver aquele ser magrinho montado na bike dele olhando pra mim e pro Murilo de forma determinada, ele desceu da bicicleta e nos entregou um papelzinho dizendo: "eu quero aumentar a guangue do tio Brulio, ele precisa de mais gente pra não acontecer outra vez o que aconteceu com o Arthur... É tua a escolha"

Ninguém nunca tinha dado uma escolha pra gente, e era a escolha mais fácil de todas...eu virei um Gaudério abutre, essa foi a minha escolha, e agora eu escolho ficar do lado do Samuel.

Letícia sorriu e jogou o cabelo pra trás sem tirar os olhos do pupilo.

- Se essa é sua escolha é melhor se preparar, eu sou muito rígida.

Marcelo sorriu.

- Sim professora!

Vic estava extremamente feliz nos braços de Bruno que dormia tranquilo e sem uma unica preocupação na vida encostado na sua cabeça.

Ele era tão bonito que doía um pouquinho seu ego, passou um dos dedos nos lábios do namorado e sorriu meio idiota.

- Tu é lindo demais...

Foi se mexer e sentiu Hera no seu pé, com muito cuidado saiu da cama e cobriu o namorado outra vez lhe dando um beijinho na testa.

Passou a mão em era e desceu as escadas dando de cara com o sogro que lia uma pilha de documentos enquanto tomava um café.

- Sogro?

- Ah! Olá Victor! Não sabia que estava aqui.

- eu tô dormindo aqui a 2 dias...

- Bem eu acabei de chegar de qualquer forma, obrigado por fazer companhia pro Bruno.

Walter colocou a mão na cabeça de Vic fazendo um carinho singelo e bem afetuoso.

- Quer café?

- Sim por favor.

Walter sorriu e serviu o café para o genro e colocando um pouco mais para si mesmo, deu um gole e continuou lendo o papel na sua mão.

- o que o senhor tá fazendo?

- lendo os depoimentos da dedetização.

Vic fez uma carinha de curiosidade que derreteu o coração de Walter em um milhão de pequenos pedacinhos.

- A dedetização funcionando assim, nos investigamos cada indivíduo que esteve no local durante o período de tempo determinado, luzidio, cliente ou performance, esses são os resultados das investigações de alguns, nós lemos para achar coisas suspeitas, caso algo seja encontrado e setado protocolos para investigação e depois possível eliminação.

Walter se tocou do que tinha falado e olhou pra Vic apavorado pensando que Vic poderia estar horrorizada mas o gaúcho estava bem tranquilo e prestando atenção.

- o senhor quer ajuda?

Walter ficou sem reação.

- Você está muito calmo pra quem acabou de ouvir que planejamos matar pessoas.

Vic revirou os olhos e colocou a mão na cintura, Walter por 2 segundos pensou: "esse menino é muito gay, como o tio dele nunca percebeu isso?"

- Eu sou policial meu sogro, eu já matei pessoas.

Vic travou no lugar pensando que tinha acabado de cometer o maior errado da sua vida, olhou pro lado e Walter o encarava bem sério, sentiu o corpo gelar e engoliu a saliva, tinha ficado apavorado com a ideia do sogro o desaprovar.

Walter abriu um sorriso incrívelmente esquisito e suficientemente desconfortável e assustador pra Vic desejar estar com a sua arma de tão assustador que o sogro estava.

- isso é interessante...quero saber mais.

Vic olhou para o sogro que deixava os papéis de lado e agora direcionava toda sua atenção para o genro.

- Como assim?

- Quero saber como e por que você matou?

Vic olhou pro lado contrário de Walter e suspirou um pouco cansado.

- Não é uma coisa que eu me orgulhe Sogro.

- não vou te julgar Vic.

Vic suspirou mais uma vez e brincou com o seu café na mesa.

- Meu pai sofreu um acidente de moto a uns 3 anos, ele fugiu de uma tentativa de assalto, acabou derrapando e machucou o rosto e quebrou umas costelas, eu fui ajudar a minha madrasta com meus irmãos, fazer comida e ver se eles estavam bem enquanto ela ficava com o meu pai no hospital.

Quando ele voltou eu estava determinado a achar quem tinha tentado roubar meu pai, montei uma colaboração com a polícia da cidade que ele morava, lógico eles não sabiam que eu era filho de uma das pessoas que tinha sido assaltada, e não demorou muito pra gente achar, aconteceu uma troca de tiros...bem...eu sou o melhor atirador da polícia... não foi um acidente ou fatalidade....

Walter abriu um sorriso divertido e colocou a mão no cabelo de Vic fazendo carinho com amor novamente.

- Você é um achado meu rapaz.

Vic não sabia exatamente como se sentir sobre isso, ele era muito rancoroso e vingativo mas não queria ser.

Walter estava muito feliz, muito mesmo, sabia que Victor era completamente capaz de proteger seu filho e era uma excelente aquisição pra ordem, mal podia esperar pra ver o que aquele gaúcho adorável iria se tornar.

- Ah, Victor! Eu vi seu tio hoje?

- ué?

- Sim ele é a Ivete foram conversar com o Hector, a Ivete eu deixei no ninho mais o seu tio ficou no escritório.

- Esquisito...

- Nem me fala!

Os dois continuaram conversando e então Walter sentiu que precisava falar a verdade para Victor.

- Vic eu preciso te confessar uma coisa...

Tal qual um filhotinho de cachorro Vic virou a cabecinha de um lado pro outro olhando o seu sogro.

- o que?

Walter se sentiu um pouco culpado.

- Quando seu pai ligou pra você e falou aquelas coisas eu fiquei tão bravo.... Que fui atrás do seu pai e ameacei ele...

Victor ficou em silêncio, compreendia isso achava que o rapaz amava muito seu progenitor biológico, mas não era bem assim.

Vic começou a rir muito e encostou a cabeça no ombro do sogro se sentindo muito amado por algum motivo.

- Eu queria ser uma mosquinha pra ver o Domingos se cagando de medo do senhor...

- Achei que ficaria bravo como...

- Bravo? Jamais, o senhor demostrou mais afeto por mim fazendo isso do que o meu pai demostrou depois d'eu ter cuidado de 4 adolescentes e uma criança sozinho por 3 dias, eu percebi que eu sou só uma nuancia inconveniente para meu pai e minha madrasta, por isso vou levar o Bruno para eles conhecerem.

- Desculpa não entendi...

- Eu quero mostrar o quão lindo e maravilhoso e o meu namorado e depois vou desaparecer da vida deles.

Walter ficou em silêncio por alguns segundos para no fim abraçar o rapaz e dar um beijinho no topo de sua cabeça.

- Você é muito precioso Vic

- Obrigado!! Mas acho bom o senhor avisar isso pro Bruno, ele tá muito ansioso em relação a essa viagem para conhecer minha família, ele que causar uma boa impressão e acho que o senhor ter ameaçado meu pai não vai ajudar o caso dele.

Walter fez uma caretinha mas antes de falar alguma coisa Bruno descia do quarto com Hera no colo.

- Me contar o que?

Sentadinhos de indiozinho um de frente pro outro Murilo e Ivan pareciam discutir algo muito sério e complexo.

- Será que ele tá tirando uma com a nossa cara?

- Meu primo não brinca com essas coisas Ivan!

Os dois bonitões estavam tentando achar um desculpa para Marcelo saber o que era o Grinder, aquilo era muito confuso para ambos, Ivan era o melhor amigo dele, porque eles esconderia algo assim? Já Murilo estava bem magoado, sempre contava tudo pro primo mais velho por que ele estava escondendo algo dele?

- Murilo...e se o Marcelo for gay?

O mais novo abriu a boca pra falar algo mas não saiu nada, não se importava se seu primo querido fosse gay, mas estava magoado por ele estar escondendo esse fato dele.

- Será?

- Bem o Vic escondeu da gente por muito tempo...nada impede o Marcelo de ter se escondido por todo esse tempo também.

- Ele teria me contado... não teria?

Ivan percebeu que aquilo tinha magoado muito Murilo e puxou ele pra um abraço bem reconfortante, como ele era grandão o abraço ficava bem gostoso.

- Meninos?

Ivete abriu a porta do quarto e viu os rapazes abraçadinhos achando eles muito fofinhos daquele jeitinho.

- Oi dona Ivete!

- oi....

- Tá tudo bem Murilo, tá abatido piá...

- Tô bem sim...

Ivete não ficou muito convencida, mas não queria se meter com o emocional de Murilo, as emoções dele podiam ser muito grandes ou explosivas as vezes.

- Ok, o que cês querem de almoço? Eu trouxe um frango ontem do marcado.

- Eu quero ajudar a senhora.

- Eu também! Vamos fazer Strogonoff!

Ivete riu.

- Que lindos assistentes eu tenho! Vamos começar então!

Isso distraiu um pouco a dupla das dúvidas sobre Marcelo, e o Strogonoff ficou uma delícia.

Gregório estava a uns minutinhos encarando Hector de forma bem séria, o bonitão por sua vez estava adorando o fato de Gregório estar em seu escritório.

- vai me dizer porque não foi embora ainda ou terei que descobrir eu mesmo.

- Tu é muito prepotente.

- Se não quisesse não estaria aqui.

Gregório respirou derrotado e arrumou o tapa olho não acreditando no que iria falar agora, se sentia um depravado e um idiota com o que iria sair de sua boca.

- Não é justo.

Hector juntou as mãos e olhou para Gregório de maneira inquisitiva e um pouco curiosa.

- o que não é justo minha paixão?

- Tu já viu....meu....

As palavras engasgaram na garganta do senhor e ele começava a ficar levemente rosado e visivelmente desconcertado, nunca imaginou em sua vida estar com tanta vergonha assim.

- Eu vi o que?

Gregório estava muito mais envergonhado do que imaginou que pudesse ficar, olhou para Hector sentindo as bochechas quentes, maldita hora que foi escutar Ivete.

- Gregório? Você tá bem? Tá muito vermelho!

Honestamente preocupado o inglês bonitão se esticou para colocar a mão no rosto do gaúcho idoso pra ver se ele estava com febre, o movimento súbito fez Gregório se sentir ainda mais acuado.

- Tu seu pervertido.

A ofensa aleatória deixou Hector mais interessado do que deveria.

- Você fica muito adorável quando me xinga, me pergunto como seriam esses gritos com você amordaçado e amarrado na minha cama.

Gregório estava tão vermelho e quente quanto a lava de um vulcão, e foi desse jeito mesmo que ele explodiu.

- Tu já viu o meu pau mas eu nunca viu o seu, tu tá me usando não tá? Tá tirando uma com a minha cara!

As coisas saíram de uma vez deixando Hector meio atordoado por alguns instantes, mas logo isso passou e ele abriu um sorriso tão cheio de lascívia que fez Gregório sentir muito medo.

- Então você quer me ver sem roupa?

- NÃO! NÃO É ISSO QUE EU FALEI, NÃO COLOQUE PALAVRAS NA MINHA BOCA.

- Eu quero colocar muitas coisas na sua boca, palavras não são uma delas.

Gregório estava um tomate de tão vermelho, não sabia lidar com Hector daquele jeito, e ele também não estava conseguindo se expressar muito bem, colocou a mão no peito e respirou fundo tentando achar um jeito melhor de falar aquilo

- Eu não gosto de parecer vulnerável pra ti, eu não sou indefeso como pareço

Hector ficou serio é se curvou sobre a mesa olhando bem para Gregório, dessa vez sem segundas intenções

- Eu fiz algo que te incomodou ou magoou?

Depois desse tempo todo ignorando Hector emocionalmente, Gregório percebeu que ele era mais sensível do que demostrava

- Não, e só que....parece que tu é tão mais forte do que eu...estou frustrado...

- desculpe, nunca foi minha intenção te fazer se sentir assim, vou tomar mais cuidado com as minhas próximas atitudes.

Gregório não estava satisfeito com aquela resultado na realidade, queria que Hector se sentisse pelo menos um pouco envergonhado.

- Hector, eu sei que o que eu tô pedindo é uma absurdo, mas pra que eu me sinta melhor nisso, tu pode por favor deixar eu ver o seu....

E ficou vermelho novamente, Hector agora tinha uma cara de questão muito grande, não tinha problemas nenhum em mostrar pra Gregório todo seu corpo, mas pela cara do gaúcho era capaz dele desmaiar

- É só um pau Gregório, viu um viu todos.

Aquilo não pareceu convencer muito o mais velho

- Olha se você quiser ver um pau bonito pede pra ver o do Christopher.

- o que?

- O Chris tem um pau bonito....como posso dizer...se você não levar do jeito sexual ele é esteticamente muito agradável de olhar (?) É grande ele pode fácil usar ele pra pegar manga e grosso também... mas como posso explicar isso, e agradável olhar pra ele, principalmente quando você tem o Chris inteiro sem roupa pra olhar, ele parece uma obra de arte.

Gregório fez uma caretinha engraçada e Hector riu, Gregório conseguia aliviar um pouquinho de seu estresse com aquelas expressões exageradas

- Eu honestamente não tenho interesse nenhum em ver o pau do Christopher....sem contar que deve ser do tamanho da minha coxa inteira.

Hector riu um pouquinho e Gregório o acompanhou na risada

- Hector por favor, eu tenho que tirar da minha cabeça essa inferioridade.

- Gregório se eu te mostrar eu vou querer que você pegue, e as coisas podem escalar muito rápido a partir daí

- Não conseguiria se controlar perto de mim?

Falou em tom de deboche mas levando a cara séria do bonitão achou melhor não tocar nesse assunto.

- Veríssimos tem a libido muito grande, qualquer situação minimamente erótica já nós deixa em ponto de bala, o que você está me pedindo é muito perigoso...pra você.

- Eu sei me defender.

Hector suspirou cansado e se levantou indo em direção ao banheiro.

- Vamos acabar logo com isso então...

Gregório o seguiu até o banheiro e automáticamente virou um pimentão de tanta vergonha.

Hector desabotoou o blazer e o penduro no cabide para colocar bolsas, então começou a desabotoar a camisa, Gregório cobriu o olho envergonhado.

- o que está fazendo?

- eu preciso fazer isso pra não amarrotar minhas roupas.

Finalmente a parte da calça e do cinto, o cinto foi aberto e então lentamente o zíper da calça social chegou até a base, deixando a cueca box preta bem exposta e também marcando bem o volume consideravelmente grande entre as pernas de Hector.

Segurou no elástico da cueca e puxou pra baixo junto com a calça de expondo seu membro por completo.

Era grande, e tinha veias grossas por todos os lados, a cabecinha era levemente rosada e chamativa, o tanquinho perfeito e coxas grossas, sem contar aquele rostinho lindo e sorriso, Hector era uma combinação perigosa.

A cada segundo que passava o gaúcho idoso ficava mais e mais vermelho, a mente do Veríssimo foi ficando mais e mais suja.

Se aproximou de Gregório que automaticamente recuou bastante, nunca tinha visto um pau subir antes na vida além do seu e aquilo era bizarro e assustador.

- Hector?

- Você não queria ver de perto?

Gregório ficou incrívelmente nervoso e ansioso, sentiu algo duro e quente encostando na sua coxa e quase desmaiou, olhou pra baixo e realmente foi com deus aquilo nunca iria caber nele, ele era muito pequeno praquela vara!

Sentiu a cintura ser segurada e olhou pra cima dando de cara com Hector o encarando com uma cara bem séria.

Viu Hector se aproximar e fechou o olho esperando o beijo que nunca aconteceu, abriu o olho e sentiu a mão calejada em seu rosto e a testa do inglês na sua.

- Você é muito indefeso Gregório.

Recebeu um beijinho na bochecha e sentiu as duas mãos do Veríssimo no seu rosto e aí sim um beijo intenso o suficiente para fazer as pernas de Gregório tremerem.

A língua de Hector era quente e macia dançando em sua boca, a saliva escorrendo e se misturando de forma gostosa enquanto a ideia do sexo com o inglês a sua frente não parecia tão ruim no momento.

Se separaram com um beijo estalado e um gemido da parte do gaúcho.

- Você é muito fofo Gregório, por trás dessa marra toda você é muito submisso, eu fico me perguntando como vai ser o dia que você vai vir de joelhos implorando pra eu te comer.

- No seus sonhos

Hector soltou um risinho pelo nariz passando a mão no rosto do caolho com bastante carinho e dando um selinho carinhoso nele se afastando.

Nunca tinha conhecido ninguém que pudesse contratar a própria ereção mas Hector parecia ter absoluto controle disso.

- Quando você tiver coragem pra me procurar de verdade a gente vai ter uma conversinha.

Gregório foi pra casa completamente apavorado e levemente humilhado, pelo menos quando chegou o almoço estava pronto.

Jiro estava trancado no seu quarto completamente apavorado com a possibilidade de Olivia invadir o apartamento dele.

Ouviu a porta abrir e gelou no lugar imaginando Olivia vestindo uma roupa de couro e chicote falando que iria usar ele, porém quem abriu a porta do seu quarto foi a sua irmãzinha.

- Onii-chan... Eu trouxe....O que você tá fazendo?

Com a sua espada na mão e envolto em seu cobertor se tremendo inteiro.

- eu achei que fosse a Olívia...

Naomi piscou duas vezes bem lentamente não acreditando no que estava acontecendo diante de seus olhos.

- Como é?

- Eu tô com medo dela invadir o apartamento e me usar pra engravidar.

Aquilo estava dando dor de cabeça na mais nova de um jeito meio bizarro.

- Você sabe que ela nunca faria isso... não é?

- Você sabe como a nossa família é quando se trata de reprodução e criação de prole! Eu não duvido nada que ela me embosque em algum lugar.

-....e você não teria como se controlar caso ela começasse alguma coisa.

Jiro ficou levemente vermelho e se escondeu atrás do seu cobertor.

- Não sei se eu conseguiria dizer não pra ela.

Naomi ficou em silêncio por alguns segundos e então arregalou os olhos se tocando de uma coisa.

- VOCÊ GOSTA DELA DE VERDADE???

Jiro ficou mais vermelho.

- VOCÊ GOSTA DELA! NÃO É SÓ DEVER DE FAMÍLIA PRA VOCÊ!

Jiro se encolheu a sua insignificância e olhou para a irmã mais nova com os olhos cheios de água, ele não queria parecer tão vulnerável assim.

Naomi suspirou cansada e passou a mão no cabelo (que estava solto naquele dia) e bufou insatisfeita pra caralho.

- Se você gosta dela qual o problema em dormir com ela e dar o que ela quer?

- Eu não quero isso!

- Você não quer ser pai?

- Não, eu adoraria dar filhos pra ela mas...

- mas?

- É muito errado eu querer que ela goste de mim de volta? Não como um compromisso familiar...mas com um compromisso comigo...eu não quero um relacionamento igual aos das nossas mães com os nossos pais ou do tio Hector com as mães do Samuel e da Mia, eu quero ser marido dela, eu quero ser um porto seguro pra ela e quero que ela saiba que pode confiar em mim...

Naomi ficou um pouquinho em silêncio encarando o irmão mais velho levemente surpresa com aquela declaração.

- eu não sabia que você era romântico desse jeito...

Jiro olhou para a irmãzinha bastante envergonhado.

- Patético...

Enquanto Jiro e Naomi brigavam por causa da descoberta do lado romântico do rapaz, Olivia e Laila treinavam na academia particular da mansão da mãe.

Elas eram excelentes lutadoras corpo a corpo, então era normal pegarem um pouco mais pesado uma com a outra.

- Tempo!

Laila e estranhou a irmã pedir tempo, percebeu ela olhando no relógio e então mexendo na bolsa tomando uma quantidade exagerada de comprimidos.

- O que é isso?

- Vitaminas.

- pra que servem?

- para aumentar minha fertilidade.

- oiii???

Olivia bebeu mais um gole de água e olhou pra irmã com curiosidade, ela parecia bem irritada pra falar a verdade.

- Eu não quero falhar na hora de engravidar, não quero deixar o Jiro desconfortável em ter que fazer isso mais vezes do que o necessário.

Olivia olhou para a irmã que parecia muito brava por algum motivo.

- Você vai mesmo engravidar?

- sim, acha que eu não estou preparada?

- Você é muito egoísta!!!

Laila jogou as luvas no chão tal qual uma criança mimada e birrenta que quer chamar atenção dos pais.

- Laila?

- Se você engravidar as pessoas vão colocar pressão em mim pra fazer o mesmo.

Aquilo deixou Olivia muito mais brava do que ela gostaria de ter ficado.

- Como é que é Laila?

Percebeu na hora que tinha falado coisa errada, a irmã a olhava com raiva, tristeza e obviamente desapontada, chegava a ser doloroso e assustador.

- Desculpe Laila, mas eu não vou parar a minha vida para você viver a sua!

Aquilo também fez Laila ficar bem brava.

- Me desculpe senhorita perfeita mas eu não sou você!

- claro que não! Não faz nem ideia de como é ser eu!

- e você não faz ideia de como e ser a sua irmã mais nova, você tem noção da pressão que eu sofro?

- e você tem ideia da pressão que EU sofro?

Olivia não gritava, geralmente ela falava em um tom monótono e levemente irritadisso, mas aquele expressão triste e dolorosa pegou Laila de surpresa.

- Olivia eu...

- Você tem noção do que é tentar ser perfeita a todo instante? De não poder falhar nem mesmo eu uma coisa? De ter seu carinho decidido por você sem nunca terem perguntado a sua opinião?

- eu....

- não...você não sabe porque enquanto você fica andando de skate pra lá e pra cá e trabalho que nem uma condenada ajudando a mamãe!

- Isso não é justo! Você não pode me culpar por isso!

- E VOCÊ NÃO PODE CULPAR MEU FILHO PELO QUE VOCE SUPÕE QUE IRA PASSAR!

Laila encolheu um pouco nervosa e assustada com a explosão da irmã mais velha.

- Você tem noção do que está falando? Você tem noção que você está implicando com um espermatozóide que ainda pode nem ter sido produzido pelo saco do Jiro?

- Eu...eu....

- Se você odeia a ideia de que eu tenha um filho tanto assim talvez seja melhor você não conviver com o seu futuro sobrinho.

- Olivia???

- eu não posso colocar a segurança do meu bebê nas mãos de uma pessoa que claramente odeia tanto ele antes mesmo dele estar na minha barriga.

Olivia pegou suas coisas e foi saindo sentiu a mão da irmã no seu braço a segurando e olhou pra trás com lágrimas nos olhos, Laila soltou a irmã, nunca tinha visto ela chorar daquele jeito, na verdade não se lembrava de tê-la visto chorar desde a infância, foi aí que percebeu que tinha cometido um erro.

- Mana vamos conversar... Eu não...

- ME LARGA!

Sem dificuldade a mais velha se livrou da irmã mais nova e saiu correndo deixando a sua bolsa de academia cair, em segundos ela estava fora da casa e Laila não fazia ideia de onde a irmã pudesse ter ido.

Mia estava bem feliz brincando com as tranças de Samuel, ele parecia ansioso e pensativo por algum motivo.

- o Marcelo vai se sair bem Sammy.

Samuel olhou pra irmã e sorriu de forma amável e se curvou dando um beijinho na bochecha dela.

- Valeu irmãzinha.

Os cabelos vermelhos espalhados pela sua coxa e aquele sorriso lindo, como amava e apreciava sua irmãzinha, não imaginava sua vida sem ela.

- Você também deveria arranjar um amor Mia?

- não conheço ninguém que eu ame o suficiente para transformar em um amor, e nem sei como você consegue amar o Marcelo assim.

- Ele é especial pra mim...

Mia se virou um pouquinho e bocejou cansada, Samuel fez carinho na orelha dela e riu um pouquinho por que as orelhas da mia eram pequenas e bem fofas.

- Tá cansada?

Mia fez sim com a cabeça e Samuel sorriu fazendo um carinho na bochecha dela.

- pode dormir no meu colo então.

Mia abriu um sorrisinho doce e fechou os olhos sentindo os dedos do irmão mais velho no seu coro cabeludo.

Fazia um tempinho que Mia não dormia daquele jeitinho com ele então resolveu cantar pra ela.

"I had a dream

I got everything I wanted

But when I wake up, I see

You with me

And you say

"As long as I'm here, no one can hurt you

Don't wanna lie here, but you can learn to

If I could change the way that you see yourself

You wouldn't wonder why you hear

'They don't deserve you'"

"billie eilish - everything i wanted"

- Durma bem minha irmãzinha... não se preocupe com nada, eu vou cuidar de você.

Bea estava esquisita desde que voltou pra casa dois dias atrás depois da festa de aniversário do primo de Daniel, não queria ser indelicado ou invasivo mas estava bem difícil controlar seu mania de querer saber de absolutamente tudo.

- Bea? Posso entrar?

Bea estava feliz lendo de barriga pra baixo com Orpheu nas suas costas, ela escutava "cigarettes after se× -Apocalypse"

- pode claro!

Dante entrou no quarto da irmã e se sentou na cama e Orpheu voou para o seu ombro bem feliz, Bea sorriu também.

- Você parece... diferente.

Bea gelou dos pés a cabeça, tinha que disfarçar de algum jeito, não estava afim de ter aquela conversa com Dante no momento, queria estar preparada emocionalmente para falar pro seus irmãos mais velhos e primo que tinha perdido a virgindade, e o momento não era agora de jeito nenhum!

- Estou muito brava com o que a ex do Daniel fez...

Dante também estava muito bravo com aquela situação e entendia a irmã, Daniel não merecia aquilo muito menos o priminho dele.

- Não se preocupe irmãzinha eu sei que a gente vai achar essa vagabunda e matar ela.

Bea sorriu e deu a mão para Dante, ela realmente queria acabar com aquela mulher asquerosa e demoníaca.

Gal e Leo estavam nas nuvens por motivos diferentes, o mais novo dos dois se sentia idiota por não conseguir falar com Ivan direito e o dono dos olhos azuis tão lindos queria não parecer um idiota sorrindo pro seu celular toda vez que Erin mandava uma mensagem pra ele.

- que sorrisinho é esse?

Gal abaixou o celular e ficou vermelho, na tela do celular um meme bobinho que Erin tinha mandado, se sentia um completo idiota por estar apaixonado por Erin....PERA COMO ASSIM APAIXONADO????

Gal tinha se apaixonado, ele era fraco para mulheres bonitas e também não ajudava Erin ser ruiva e Gal ter um fraco para ruivas, queria muito se convencer que aquilo era só uma atração muito forte.

- Só um meme.

Leo olhou pro irmão mais velho desconfiado, ele parecia estar escondendo alguma coisa, investigaria isso depois.

Mari olhava seus bebês dormindo muito feliz, estava tudo tranquilo quando ouviu o interfone tocar atendeu e mandou subir e pra sua surpresa lá estava Brulio, porém sozinho.

- Seu Brulio?

- Oi guria posso entrar?

- Claro...

Brulio foi direto nos bebês (depois de passar álcool em gel nas mãos e tirar a jaqueta de couro) pegou Kezia no colo e começou a ninar a menininha linda, ela era a mais birrenta dos irmãos mas adorava o colinho dos vovós.

- o senhor tá tão fofo com ela no colo, deixa eu tirar uma foto.

Brulio sorriu e assim Mari o fez e mandou a foto pra ele logo em seguida.

- Seu Brulio tem algo acontecendo geralmente o senhor não aparece aqui sozinho.

- ....tu é muito esperta guria...

Mari abriu um sorriso lindo e Brulio sorriu pra ela ainda com a bebê no colo.

- Mari eu preciso de um favor teu.

- Favor?

- Sim.

- claro! Do que o senhor precisa?

- Me ajuda a escolher o presente de um ano de namoro para o teu pai.

Daniel e Aron estavam se preparando para sair quando a visita mais inesperada do universo pediu pra subir no apartamento deles.

Daniel abriu a porta e sentiu um honesto medo, parado na sua porta muito bem arrumado...na verdade arrumado demais estava Cesar.

- oi Dani...

- e aí Cesar....o que você precisa?

- Vim ver o Joui

- o Joui?

- Isso... fiquei sabendo o que aconteceu na festa do seu primo, vim ver como ele está.

- Ok....pode entrar

Daniel estava muito confuso mas assim que Aron colocou o pé na sala sentiu o pior arrepio que poderia sentir na vida, os olhos de Cesar estavam vazios e todos os seus antepassados gritaram uma única frase em sincronia: "ele está obcecado" mas essa não era a pior parte.

Joui veio logo atrás dele e os olhos dos dois se encontraram, Joui puxou o ar prendendo na garganta e Aron sentiu os pelos arrepiarem ouvindo: "ele é completamente alucinado de paixão"

Os dois estavam se apaixonando um pelo outro mais a cada segundo, e não existia nada que Aron pudesse fazer, nem os deuses, os dois eram perfeitos demais uma para o outro.

- Cesar....

- oi Joui...

Aron olhou prós dois e pode sentir que estava atrapalhando.

- Vamos Daniel as coisas não se compram sozinhas.

A protestos Aron arrastou Daniel para fora deixando Toxic flower sozinhos, Cesar se aproximou do asiático mais alto que ele e o abraçou com carinho.

- Tá tudo bem Joui, eu estou aqui, eu não vou deixar ninguém te machucar.

Joui sentiu as lágrimas escorrendo e se agarrou em Cesar com toda a força que tinha, não queria parecer desesperado mas se sentia tão bem nos braços de Cesar

- Não me largue por favor

-....aí Joui....eu nunca vou deixar você..

Se afastou um pouco e olhou dentro dos olhos Amendoados de Joui sentindo seu coração disparar, se aproximou e trocou um carinhoso com o mais novo, os lábios macios de Joui era a coisa mais doce que já tinha provado.

Se sentia seguro e amado durante aquele beijo, o corpo gelado de Cesar era reconfortante e o fazia seu coração acelerar, estar entre os braços dele era simplesmente.... indescritível

Se separaram e Joui tinha o rosto vermelho e estava bem tímido, o coração de Cesar disparou loucamente, Cesar tinha alcançado 15% de completo amor, obsessão e paixão pelo asiático, enquanto Joui se afundava mais e mais na sua loucura de Yandere novamente, esse casal seria muito perigoso.

Kennan tinha acabado de queimar a panqueca que ele estava fazendo para Erin, era algo completamente vegano e ele queria fazer a prima se sentir especial de algum modo, afinal o aniversário dela tinha acabado de passar.

- Kennan?

- aí merda!

- What are you doing?

Derrotado Kennan abaixou a cabeça e fez um bico muito fofo mas também muito indignado.

- Queria fazer algo gostoso pra você comemorar seu aniversário.

Erin sorriu e foi até o primo o abraçando com muita carinho e amor, ele era a última família que lhe restava, só tinham um ao outro.

Erin não se via como mãe mas iria mentir que não ficava triste em pensar que as empresas Parker acabariam com ela (tecnicamente) quem sabe em um futuro não adotasse uma criança, no momento estava bem feliz abraçando seu primo.

Miguel admirava Jasper no berço meio bobo, ela era tão esperta e inteligente e também tinha os dentinhos mais adorável do mundo.

- você é igualzinho o Gonzalez.

Nesse momento Thiago entrou no quarto e a bebê fez uma festa tão grande que chegava a ser cômico

- oi filhinha! Tá na hora do banho!

Thiago tinha um sorriso tão incrível e gentil segurando a bebê, ele parecia tão feliz, ficava se perguntando se era assim que ele seria caso tivesse ficado com Mari.

Na cozinha Gonzalez olhava Dominic e Maxine de forma incisiva, eles estavam escondendo alguma coisa, só não sabia de quem.

- Vocês estão estranhos.

Os francêses se olharam e ficaram bem vermelhos e desviaram o olhar envergonhados, Gonzalez pareceu pensar um segundos e então a fixa caiu.

- Finalmente vocês se acertaram é?

- De maneira alguma...foi só um deslize.

Dominic olhou bem pra Max que ficou sério de imediato

- Se isso foi um deslize e melhor você se preparar para uma avalanche em breve Max.

Gon segurou a risada vendo a cara de Pânico do esverdeado, aqueles dois tinham sido a melhor escolha pra babá.

Em casa Yuki e Mark estavam ajudando no que podiam lendo os relatórios da dedetização, porém Yuki tinha muita dificuldade em ler português, pelo menos estava tentando.

- Não se esforce tanto Yuki...

- Eu quero ajudar o senhor!

Sua favorita sem dúvidas, de todas as crianças que tinha criado até hoje com toda certeza a que mais se aproximava de ser sua filha.

- Vamos fazer uma pausa, você precisa descansar.

Yuki respirou fundo e foi arrastando a cadeira até o lado do mais velho apoiando a cabeça no ombro dele, isso fez Mark sorrir um pouco e saber que eu fez um bom trabalho com a criação de Yuki.

Antônio estava vermelho feito pimenta malagueta de tanta raiva.

- não aguento a ler esses

- vai descansar um pouco, eu ajudo a nossa irmã aqui.

Balu deitou no sofá e apagou por completo, Antônio e Shizui suspiraram cansadas também aquilo era muito trabalho, se perguntavam como os filhos estavam no momento, bem eles já eram grandinhos para se virarem sozinhos.

Enquanto isso Tristan quase enlouquecia de tanto ler documentos, sem Letícia as coisas iam ficando um pouco mais lentas.

Fernando tinha desistido de entender os documentos então acabou fazendo um café um pouco mais forte para o marido e seus amigos.

Colocou o café na mesa e Rubens virou a xícara tão rápido que fez todos se questionarem como ele não tinha se queimado.

Tristan agradeceu de forma meiga e Jhonny também agradeceu de forma carinhosa, recebeu um beijinho do marido e se sentou novamente tentando entender pelo menos um pouco do que estava acontecendo, queria muito ajudar a ordem de alguma forma, afinal era onde seu irmão tinha crescido.

Alex acordou e viu que Arthur não estava na cama, andou até a cozinha super triste até encontrar uma xícara de chá com um bilhetinho na frente.

"Desculpa grandão, precisei resolver uma coisa urgente com seu pai, te vejo mais tarde"

Aquilo deixou Alex intrigado, o que de tão importante Arthur tinha que resolver com o seu pai assim tão cedo?

Liz não entendeu exatamente a urgência de Arthur naquela mensagem então deixou Laura no trabalho e colocou Pedro na piruá para ir pra escola e só depois foi até o apartamento de Christopher.

Liz achou aquilo muito estranho, o ambiente estava pesado e Chris e Arthur discutiam algo em inglês quando ela entrou no apartamento (Chris tinha deixado a porta aberta pra ela não precisar bater)

- Ah, ola menina!

- oi seu Chris...

- olá Elizabeth...

- oi.... Arthur....

Sério como nunca tinha visto ele antes Arthur puxou a cadeira para Liz se sentar, o gringo ficou encostado na parede enquanto Arthur tinha se sentado na mesa, ele estava muito assustador daquele jeito.

- Arthur tá tudo bem?

Arthur puxou um cigarro do bolso e acedeu um pouco ansioso, era a primeira vez que falava de algo naquele nível.

- Liz, nos precisamos conversar sobre o futuro do Pedro...e o seu futuro também.

Sentadas no jeep bem grande e confortável as irmãs Leone e Artemis encaravam as crianças brincarem no pátio do orfanato.

- Não estou vendo a Agatha e o Gabriel no pátio, Artemis checa as câmeras dos quartos.

Artemis pegou o tablet e começou a procurar nas câmeras que tinha instalado secretamente e lá estavam Agatha e Gabriel abraçadinhos e deitados enquanto Matheus fazia carinho neles 

- Eles são boas crianças.

Carina olhou para a irmã e Artemis sorrindo um pouquinho mas disfarçando bem.

"Vocês vão ser boas mães com toda certeza"

A experiência de cuidar daquelas crianças estava abrindo possibilidades que nenhuma das três tinha pensado antes.

💮🌸

Akemi fez questão de ficar do outro lado do aeroporto pra não ver a cara do futuro ex marido em lugar nenhum, já tinha até reservado os acentos do avião em uma boa distância para não precisar olhar diretamente pra ele.

- Akemi-Sama...

Kyoko parecia um pouco nervosa e ansiosa ela nunca tinha andado de avião na vida e não queria parecer uma tonta.

- O que foi? Está com medo?

Meio sem graça a moça fez sim com a cabeça, de imediato Akemi-Sama segurou a mão da moça e abriu um sorriso lindo, Joui tinha o mesmo sorriso, kyoko ficou extremamente vermelha e tímida com a atitude.

- Não se preocupe querida, eu estou aqui, ninguém vai te fazer mal algum.

Colocou o cabelo da jovem atrás da orelha dela e a moça virou um pimentão vermelho, Akemi não fazia ideia do poder que tinha sobre as pessoas, descobriria isso em breve no Brasil, antes de encontrar seus filhos ela e Hidetaka tinham assuntos a resolver em terras brasileiras.

💮🌸

🔪♥️

Os gêmeos Luke encaravam o papel sujo escrito em letra de forma com um pouco de nojo, Boris se recusava a entregar aquela nojeira na mão de seu querido irmão.

- desculpa senhor T-bag mas isso aqui não é um contrato nem aqui nem em qualquer lugar do mundo.

- como não?

- primeiramente isso está ilegível!

Aquilo deixou t-bag um pouco triste, ele tinha se esforçando para escrever aquilo.

- Segundo, se quer mesmo trabalhar com a gente tem que atender algumas exigências.

- Exigências??? Quais???

- primeiramente tomar um banho!!!

Damir falou com a mão na cintura incrívelmente indignado com o mal estado que o homem estava, antes de fecharem essa parceria para sequestrar Joui tinham que ajudar t-bag a se misturar melhor a multidão, isso deixaria o trabalho deles bem mais fácil.

🔪♥️

👹❤️

Hana limpava as feridas nas costas do irmão com um pouco de nojo pra ser sincera, ninguém se machucava mais que o próprio Henri.

- Não devia ter feito isso...

- foi automático.

Silêncio.

- Você sabe que o papai só passou todas essas responsabilidades pra você porque o Gal e o Léo foram embora não é?

- eles não foram embora...eles vão voltar...

Hana suspirou cansada e colocou uma gaze em uma das feridas, a realidade de ser largado pelos irmãos também doía nela.

- só por favor... não se machuque mais Henri...

O moreno se virou e sorriu para a irmã mais nova com carinho e fez um afago na cabeça da mais nova com apresso.

- pode deixar irmãzinha...logo isso vai passar.

Hana saiu do quarto do irmão e secou as lágrimas, só queria que aquilo acabasse logo, não aguentava mais ver seus irmãos sofrendo.

👹❤️

💉💚

Infelizmente o pai das irmãs demoníacas nunca desconfiou da maldade encrustada em suas filhas, ele era um homem bom, pastor da igreja e muito trabalhador, mas ela admitia o seu erro.

Quando sua mulher começou a deteriorar em saúde e ficar presa em uma cama sem o mínimo de consciência humana ele começou o processo de parentificação de Miriã.

Ela era só uma criança cuidado da casa e da irmã mais nova, e também do corpo da mãe, sabia que tinha errado mas naquela época ele estava entrando em uma depressão profunda pela perca de sua mulher, nada justifica o que ele fez nem os traumas que tinha imposto a sua primogênita.

Por isso o senhor estava tão feliz em ver as filhas brincando com os pintinhos da granja, queria muito que elas tivessem uma vida normal agora.

Infelizmente elas se tornavam cada dia mais más e Cruéis, e não tinha nada que o pai delas pudesse fazer para parar com isso

💉💚

🕸️☠️ Assombrados ☠️🕸️

Rodolfo chegou em casa todo feliz segurando aniquilação para os meninos conhecerem, ela não poderia ficar na casa deles por causa do tamanho e da laje perigoso então ficaria com Guilherme.

- gurizada? Cheguei! Venham conhecer alguém.

Um a um os Assombrados apareceram curiosos e todos automaticamente começaram a fazer carinho na cadelinha...bem quase todo mundo...

Kauã se afastou um pouco segurando o choro, Kaike teria adorado conhecer a pequena Aniquilação, era ele quem cuidava de carniçal em carpazinha.

- Kauã?

Olhou pra trás e viu Lorenzo, não resistiu correu para os braços do namorado se debulhando em lágrimas doloridas.

- Eu sinto falta do meu irmão!

☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️

Jiro estava sozinho novamente quando a campainha do seu apartamento tocou, achou esquisito mas talvez Naomi tivesse esquecido alguma coisa já que o porteiro do condomínio só não anunciava membros da sua família.

Abriu a porta e travou no lugar completamente apavorado, mal conseguia se mexer.

- Olívia?

- oi Jiro... nós podemos conversar?