Letícia levou os três gaúchos para seu quarto, Murilo ficou levemente vermelho por estar no quarto de uma mulher tão bonita, Ivan era cara de pau então não estava se importando muito, e Marcelo já conhecia a casa da professora então estava bastante tranquilo.
Tristan veio logo atrás dos mais novos observando com bastante atenção.
"Os três são muito bonitos..."
Colocou a mão no queixo coçando a barba rala, era bem difícil encontrar moços bonitos daquele jeito, porém levando em conta que Arthur e Vic eram da mesma cidade era fácil assumir que a cidade era cheia de gente bonita (a maioria é bem bonita mesmo).
O que deixava Tristan (e várias outras pessoas na realidade) intrigado era como as pessoas podiam assumir que os gaudérios eram assustadores ou perigosos, na verdade se entrasse em um bar e os visse imaginaria que seria estrela de algum filme porno.
Podia passar horas admirando a beleza da guangue de gaúchos, principalmente de Brulio! Era uma pena que nenhum deles conseguia ver o quão bonito era, talvez fosse como a cidade deles os visse, respirou fundo e se aproximou dos três gaúchos fofinho e fez um carinho na cabeça de cada um, a cara de confusão de cada um deles foi honestamente bastante cômica.
Tristan soltou um risinho e foi até a melhor amiga colocando a mão no ombro da loira e eles tiveram uma pequena conversa telepática.
- Meninos isso não é uma aula oficial, porém ensinar um pouco de etiqueta pra vocês vai ser algo bom ao longo da jornada de vocês na ordem.
- isso é só o básico do básico, só a garantia de que se vocês precisarem estarão cobertos, caso alguém membro da ordem questione vocês terão a postura e educação correta, isso também pode ser utilizado em certas festas, então ficarei feliz se você decorarem bastante das instruções de hoje.
Os três gauchinhos se olharam e depois olharam pra Tristan empolgados, isso animou muito o casal de babás.
- Vamos começar com a postura, como vocês são três meninos lindos quem vai ensinar essa parte é o Tristan.
Tristan deu um passo pra frente com um lindo sorriso e Ivan ficou todo boiola, ele queria muito um namoradinho.
Marcelo e Murilo estavam bem conflituosos em achar um homem bonito...bem... Murilo tinha um tipo de conflito, Marcelo tinha outro completamente diferente.
- Tanto homens como mulheres, ou qualquer um dentro ou fora da escala binária devem seguir essas regras quando estiverem perto de um Veríssimo.
Saiu da postura mais largada ficando reto e colocando os braços para trás, coluna completamente reta e com uma excelente postura.
- Essa é uma das opções para aguardar ou andar ao lado de um Veríssimo.
Trocou de posição colocando os braços ao lado do corpo, ainda com a postura perfeita.
Trocou de posição novamente colocando um único braço para trás e deixando um reto.
A última posição com os dois braços para frente, as mãos juntas na altura da cintura, Marcelo reconheceu de imediato, essa era a postura que Letícia usava 90% do tempo quando estava com Samuel ou qualquer outro Veríssimo.
- Cada um tem um jeito e uma posição que se sente mais confortável, com o tempo vocês iram identificar a que melhor se enquadra para cada um de vocês
- essas posições que nós babás e seguranças usamos, vocês são amores, por isso não são obrigados a fazer, porém é muito bom que saibam sobre pelo menos o básico.
Os gaúchos se olharam levemente confusos, Marcelo que estava mais acostumado decidiu colocar sua questão pra fora.
- professora a etiqueta de um amor e diferente?
Letícia e Tristan se olharam e caíram na risada.
- Vocês não precisam de etiqueta!
- Vocês são amores, tem todo direito de serem mal educados, estamos ensinando etiqueta pra vocês por capricho próprio.
Essa ideia era muito confusa para os gaúchos, sabiam que estavam em um local de muito privilégio, também tinham completa noção de que eram como poodles ou Lulu da Pomerânia para os herdeiros, um bichinho de estimação exótico.
Murilo se imaginou em uma coleira com Dante o puxando e ficou extremamente envergonhado com aquele pensamento tão pervertido em relação a uma pessoa que gostava tanto.
Marcelo por sua vez se viu puxando Samuel pra dentro do seus braços o protegendo de um perigo qualquer, imaginou um beijo apaixonado de obrigado e ficou levemente vermelho com essa possibilidade.
A aula continuou, Tristan usou Letícia de exemplo para demonstração.
- O correto de distância entre um Veríssimo e um babá ou segurança e exatamente um braço de distância.
Ivan levantou a mão curioso.
- Por que um braço?
Os mais velhos sorriram um pouquinho tristes em direção a Ivan e olharam pesarosos.
- vamos supor que estamos sofrendo um ataque e tem um bebê no seu colo, um braço de distância e exatamente o necessário para pegar o bebê e fugir.
Foi se feito um silêncio completamente sufocante, os gaúchos se lembraram que o motivo dos babás e seguranças existirem era para a proteção dos herdeiros e os Veríssimos.
- em relação a caminhada....
Tristan novamente usou Letícia para dar o exemplo, pediu ela e ficou a 7 passos pra trás mostrando novamente a distância correta.
- Sempre 7 passos de distância quando em algum ambiente desconhecido, mas só se for permitido se não e sempre bom dar bastante espaço e privacidade, as conversas que eles tem nem sempre são boas coisas para se escutar.
- Bem vocês são amores então acredito que seja realmente mais fácil pra vocês lidar com isso, afinal vocês tem muito mais poder e liberdade do que imaginam na realidade.
Murilo enrolava o cabelo entre os dedos se sentindo um pouco envergonhado, ele sempre esteve dentro de uma caixa para a sua família, derrepente todo aquele poder em sua mão era algo meio fora da sua realidade.
Marcelo ficou feliz com a aulinha e explicação, porém tinha algo que ele ainda não tinha perguntado.
- professora, existe outros tipos de etiqueta?
Tristan e Letícia se olharam um pouco tristes.
- Sim, existe.
- A dos herdeiros...
Os gaúchos se olharam um pouco confusos, Letícia continuou a falar.
- os herdeiros tem uma educação extremamente rígida e rigorosa desde muito cedo, eles são criados para alcançarem a grandeza e a perfeição, eles são o exemplo perfeito de graça e beleza, educação perfeita com a seriedade de um líder desde a infância.
Nenhum dos gaúchos acreditava muito nisso, já tinham visto os herdeiros fazendo um campeonato de arroto, eles falam vais palavrão que todos os gaudérios juntos, faziam questão de ser dramáticos e escandalosos por onde passavam.
- Da pra ver o que vocês estão pensando.
- As crianças...os herdeiros...existe muita espectativa em cima deles, e eles sabem que são capazes, na verdade eles são muito mais do que capazes, o problema é que eles se sentem muito pressionandos
- então eles disfarçam isso sendo o mais oposto que eles podem do que eles são e sabem fazer.
- Quando na verdade eles são as pessoas mais perfeitas do mundo...ou melhor pra governar o mundo.
Cesar estava sentado tranquilo apreciando seu chá, sentia os dois pares de olhos fixos nele, mas não estava se importando muito não.
Cesar detestava muito profundamente Jun, achava ele um completo desperdício de oxigênio, a única coisa boa que Jun tinha, era Joui, e ultimamente nem isso tinha direito.
O barulho que a xícara fez quando encostou no pires fez os irmãos Jouiki se olharem, ambos bem envergonhados por algum motivo que ele não sabia explicar.
A garçonete deixou o strudel de maçã na frente de Cesar, um lanche natural de frango na frente de Joui e uma torta de frango na frente de Jun.
- Cesar gosta tanto de doces quanto o A-chan.
Jun olho de forma estranha para o irmão, não gostava nada da relação tão carinhosa e afetiva entre seu irmãozinho e aquele brutamontes de olhos vermelhos, odiava ainda mais o fato dele claramente ter claramente uma quedinha pelo dono dos olhos vermelhos.
Cesar não era bom em ver os sentimentos das pessoas, porém conseguia reconhecer ciúmes quando via, porém tinha algo de muito estranho no olhar de Jun, não parecia um ciúmes fraternal e isso o incomodou profundamente.
Tinha certeza que aquilo não era como ele que ficou triste quando Alex deu o primeiro pedaço do seu aniversário de 9 anos pra Thiago, não aquilo era outra coisa e não conseguia identificar o que era, talvez Jun fosse difícil de ler por não ter intimidade com ele? Ou talvez estivesse vendo além do que realmente estava lá?
Cortou um pedaço do seu doce e comeu feliz, a torta de seu pai era melhor no entanto.
- Senhor Jun, acredito que nos encontramos tenha sido uma coincidência estou correto?
- Han? O que? A sim...com certeza, foi uma surpresa agradável, faz muito tempo que não vejo meu irmãozinho.
Cesar tomou mais um gole de chá prestando mais atenção do que deveria nas respostas do Jouki mais velho.
Nessas horas queria muito estar com Dante ou Arthur, eles sabiam ver quando uma pessoa estava mentindo muito melhor do que ele.
Joui e Jun olhavam Cesar um pouco confusos, o cabeludo era sempre meio grosso e mal educado mas agora sentado a mesa com seus longos cabelos negros voando com o vento e os perfeitos modos até para segurar a xícara ele parecia muito com um príncipe encantado.
- Você parece que teve aulas de etiqueta, nunca conheci alguém com esse...ar?
Jun estava levemente irritadisso com o olhar fascinado de seu irmão mais novo na direção do judeu bonitão.
- Sim tive, desde os 3 anos de idade, as provas para saber se eu tinha aprendido tudo começaram as 5 anos.
Os irmãos ficaram em silêncio e se olharam bastante confusos, principalmente Joui.
- Isso não é um pouco rígido demais para uma criança?
Cesar colocou o pires e a xícara na mesa, e então as mãos sobre o colo, ele era ridiculamente bonito, Jun sempre foi considerado muito bonito mas se fosse colocar ele e Cesar lado a lado não havia dúvidas entre quem era o favorito de Deus entre eles.
- Minha educação foi bastante rígida sim, eu ia pra escola por capricho do meu pai, principalmente para eu socializar um pouco, mas as coisas na escola eram fácies demais, eu sempre estava 5 anos a frente em questão matérias graças aos meus tutores particulares.
Joui não sabia disso, porém se lembrou que a maioria dos herdeiros só se faziam de burros 90% do tempo, então era seguro assumir que os outros herdeiros eram iguais.
- Ter dinheiro é realmente excelente nessas horas.
Jun tentou se gabar ou se garantir um pouco em relação a isso porém Cesar não pareceu impressionado na realidade.
- Meu pai não me deu essa educação tão intensa por capricho, ele estava me preparando para ser o CEO das empresas da família, mesmo eu detestando esse é um destino do qual eu não posso fugir.
Joui sentiu o Sangue todo gelar, aquela frase lhe deu um gatilho terrível, esse destino do qual era impossível fugir também era a missão dele, e isso o apavorava.
- Senhor Jun deve entender muito bem o que eu estou falando, afinal é o primogênito do senhor Hidetaka e herdeiro da posição de CEO do grupo Jouki.
Foi se feito um silêncio estranho na mesa, Cesar limpou a boca com um guardanapo de forma elegante.
Joui nunca tinha falado diretamente dos negócios de sua família para os membros da ordem, nunca tinha achado isso suficientemente interessante, comparado com os herdeiros as empresas da sua família eram apenas uma flor dentro de um vaso, enquanto as empresas deles eram florestas inteiras.
- não me olhem desse jeito, papaizinho sempre soube quem você era Joui, mas escolheu nunca falar, e eu só fui descobrir quando o Alex foi fazer uma prospecção na Ásia a alguns meses atrás, a empresa da sua família apareceu e até seria bom investir e comprar parte dela, porém o Alex nunca faria algo assim com o melhor amigo.
- Nosso pai nunca venderia nossa empresa.
Cesar jogou um pouco do cabelo pra trás entediado e então olhou intensamente para Jun enquanto pegava uma faca e cortado um pedaço do seu strudel.
- a questão não é se seu pai venderia ou não, ações existem para serem compradas, uma das táticas que meu papaizinho me deu desde pequeno é: "sempre tenha no mínimo 51% de tudo"
- 51%?
- exatamente, isso me torna dono de qualquer empresa sem a empresa ser totalmente minha, com 51% eu me torno um acionista majoritário, minhas escolhas e decisões pesam muito mais na balança de quem tem menos.
Levou novamente o doce a boca, se lembrava de passar horas no escritório do pai ouvindo as estratégias de negócios dele, era sempre muito entediante.
- Ter dinheiro nem sempre garante o que você quer, mas pode comprar a fonte do que eu quero.
- o senhor parece que será um tirano quando assumir a presidência da empresa do seu pai.
Cesar entortou a cabeça pro lado fazendo os cabelos escorrerem para o lado e piscou várias vezes bem rápido compreendendo o que Jun tinha dito.
- Eu não serei um tirano...
- com essa atitu-
- Eu vou ser um pesadelo.
Silêncio.
Cesar abriu um sorriso lindo apoiando o cotovelo na mesa e o rosto na mão.
- Dizem que empresas familiares costumam falir na terceira geração....bem eu me recuso a deixar todo o trabalho que meus avós e meu pai fizeram e tiveram ir para o ralo e se for necessário eu me tornar o maior pesadelo de todas as empresas ao redor, eu vou ser! Se eu precisar destruir qualquer empresa eu vou, monopolizar mercados eu vou, eu não sou um tirano, eu sou um pesadelo! Diferente do meu pai que é justo, compassivo e bondoso dando chances para todos mesmo após erros e desejando que eles evoluam, eu não serei assim, eu sou um grande egoísta filho da puta, a pior pessoa que qualquer um pode encontrar, lógico que eu preferiria mil vezes ser obedecido sem ter que tornar a vida das pessoas um inferno, mas eu não vejo problema nenhum em controlar as pessoas atravéz do medo.
Silêncio.
Joui olhava o amigo simplesmente paralisado, em sua cabeça Cesar não queria assumir as empresas assim como ele não queria, mas olhando ele agora se sentia inadequado para estar com Cesar.
- Eu honestamente espero que possamos ter uma relação amigável agora senhor Jun.
Joui e Jun gelaram dos pés a cabeça.
Os Cohens faziam muitas peças de carro que os Jouiki também faziam, e se Joui se lembrava bem Alex tinha comentado que tinha comprado algumas fábricas de peças e indústrias na Ásia, aquilo era obviamente uma ameaça.
Nunca faria nada para prejudicar Joui, mas como já dizia o ditado: "amigos, amigos, negócios a parte" obviamente não iria atrás das empresas Jouiki porém sabia que eles seriam atingidos de maneira colateral de qualquer jeito.
- Espero que o senhor Jun tenha um bom relacionamento com os encarregados do meu pai quando assumir a presidência.
- Quem vai assumir a presidência é o Joui.
Cesar parou a xícara antes de chegar a boca olhando para os dois um pouco intrigado.
- Joui é mais novo e não parece inclinado para os negócios.
- É uma decisão do meu pai.
Cesar ficou em silêncio e finalmente deu um gole no seu chá, colocou a xícara no pires, e com a maior e mais bizarras educação do mundo disse.
- Então seu pai é um ignorante e muito burro.
Joui e Jun abriram a boca em um "0" perfeito, nunca tinham visto alguém ofende o pai com tamanha tranquilidade.
- nosso pai não é burro.
- É sim, e eu posso provar.
Fungando de raiva Jun encarava Cesar esperando essa tal explicação.
- então prove.
Cesar concordou com um lindo sorriso.
- My Daddy has tree of us! Eu, meu sunshine e minha sunflower, cada um um de nós é bom em algo dentro do conglomerado e ele nunca fez um de nós fazer algo que traria desvantagens ou fosse fora da nossa linha.
- não sabia que você tinha mais um irmão.
- irmã na realidade, ela acabou de ter bebê então está descansando, mas vira e mexe ela quer trabalhar.
"Irmã..."
Jun olhou para Joui e ficou imaginando como seria se Joui fosse uma menina, ah como ele seria linda.
- A Mariana não é a mais inteligente de nós 3, mas ela é excelente em relações intrapessoal, geralmente e ela que vai em eventos e faz o Network das empresas, ela também sabe muito bem onde é com quem falar, já eu odeio isso com todas as minhas forças, acho a falsidade das pessoas irritante para caralho e a ideia de ter que conversar com pessoas que eu não conheço estressante e honestamente desagradável, eu não conseguiria fazer o trabalho que a minha irmã faz.
Joui e Jun se olharam novamente não entendendo muito aonde Cesar queria chegar com aquela conversa.
- O Alex é o mais inteligente de forma intelectual de nós três, ele é um gênio, ele faz pode lidar com a papelada de anos em dias e criar estratégias muito boas de tomada de decisão, eu não sou bom nisso.
- Então no que você é bom exatamente?
Com aquele sorriso lindo e olhar penetrante ninguém imagina que Cesar estava imaginando trezentas formas diferentes de estripar Jun.
- Eu sou um excelente líder.
- isso é um pouco prepotente de se dizer.
- Não se for a verdade, minhas capacidades analíticas e manejamento de pessoas e situações é muito bom, saber colocar as pessoas em seu lugar e fazer estratégias e campanhas assim como ter de cabeça caminhos para todas as possibilidades é a minha função, e nenhum dos meus irmãos consegue fazer.
Jun ficou irritado e se sentiu levemente atacado por algum motivo (?)
- e o que isso tem haver com a gente?
- Bem tá bastante óbvio que você é um excelente empresário e o Joui....nem tanto.
Àquilo irritou Jun de uma maneira descontrolada! Ele estava diminuindo o seu irmão e amor da sua vida sem o mínimo de consideração.
- Está insinuando que meu irmão é incompetente?
Joui não tinha entendido isso, olhou pra Cesar e ele estava sério e possivelmente com dor de cabeça por algum motivo.
- O Joui e um rapaz bonito e meigo, ele seria incrível como relações públicas da sua empresa, mas não como líder dela, por isso seu pai é burro, não reconhecer as habilidades das pessoas e dar a elas funções apropriadas e sinal de burrice, você não mandaria um confeiteiro fazer uma cirurgia de coração, nem um cardiologista fazer o bolo do seu casamento, ambas as pessoas tem habilidades valiosas se forem empregadas nas funções certas.
Jun se calou olhando pra Cesar completamente composto e calmo após isso, então o cabeludo fez uma cara engraçada abrindo sua bolsa e puxando uma pasta grossa.
- Quase me esqueci, Joui escolha uma dessas roupas por favor.
Joui abriu e viu vários sketchs de roupas bem bonitas, até Jun se surpreendeu com os desenhos.
- Essa e a coleção de inverno para o ano que vem, você e o Alex vão ser o rosto da campanha.
- oi?
- Como é que é?
Cesar franziu a testa olhando pra Jun intrigado mas logo percebeu do que aquilo se tratava.
- Joui não contou? Ele assinou contrato com a gente, ele é modelo agora.
- Modelo?
Joui ficou muito vermelho e com vergonha, nem conseguia olhar para a cara do irmão mais velho.
Jun então ficou levemente apavorado, se Joui era modelo agora isso querido dizer que ele realmente estava convivendo com homens mais velhos como T-bag disse, será que ele realmente tinha se envolvido com um dos empresários velhos do conglomerado? E pior, agora que ele era modelo poderia facilmente conhecer homens e mulheres lindos e acabar se apaixonando e se envolvendo com alguém! Tinha que acabar com essa palhaçada de modelo de alguma forma.
- Não aceito isso!
- onii-Sama....
- você está manchando o nome dos Jouki.
- Nii-sama você não entende...eu...
- estão te forçando a fazer isso?
- O que? Não! O A-chan nunca me forçou a assinar nada.
Jun ferveu de ódio e ciúmes.
- OUTRA VEZ ESSE MALDITO....
Os irmãos Jouki ouviram o barulho de algo quebrando, simultaneamente olharam para Cesar e viram o prato onde estava o doce dele partido no meio com uma faca presa completamente torta na mesa, dava pra ver claramente o formato do encaixe dos dedos de Cesar no objeto de metal.
- Senhor Jun....eu fui muito paciente com o senhor duran
te toda a nossa conversa e desde que o senhor atrapalhou meu encontro com o Joui...
Joui ficou vermelho e tímido pensando: "isso era para ser um encontro?"
- Você diz que Joui está manchando a imagem da empresa da família de vocês, mas acho que está sendo o contrário, Joui não insulta ninguém pelas costas, não faz ataques ou comentários sarcásticos e mal intencionados a fim de afirmar sua superioridade.
- Cesar eu não quis ofender seu irmão...eu...
- Não te dei autorização para se referir a mim com tamanha intimidade, e senhor Cohen para você, e quando estiver na presença do meu pai e Senhor Oliveira Cohen, e se eu fosse você ficaria quietinho até eu me acalmar.
- .... isso é uma ameaça?
Cesar que olhava para a mesa se sentindo Honestamente mal por ter estragado a mesa e a faca do restaurante, ele estava se segurando muito mesmo para não cometer um crime ali mesmo.
Ergueu os olhos lentamente e Jun engoliu a saliva sentindo todo seu corpo arrepiar, quis correr e se esconder e entendeu completamente o porque t-bag não quis ficar com ele, olhar para aqueles olhos era como encarar o abismo mais sombrio e aterrorizante que ja poderia ser descoberto.
- não é uma ameaça, é um conselho, como eu disse eu sou muito bom em colocar as pessoas em se devido lugar.
- Vai mesmo deixar ele falar assim comigo Joui?
Joui não sabia lidar com o que estava acontecendo, não queria decepcionar o irmão mas não queria deixar Cesar magoado também.
- Nossa eu adoraria que você conhecesse o meu cunhado.
Jun não entendeu absolutamente NADA do que Cesar quis dizer com isso.
- Quem é seu cunhado? Por que quer que eu conhecesse ele?
- o Arthur é um doce de pessoa, porém ele é muito inteligente e sabe ler as pessoas de forma assustadora.
- e o que tem isso?
- Eu adoraria ver ele quebrando o seu ato de bom moço.
Jun engoliu a saliva sentindo que Cesar parecia muito mais assustador do que antes agora.
- Joui é maior de idade, tanto aqui quanto no Japão, ele tem um trabalho fixo e é muito responsável! Pare de tratar ele como um boneco, ele sabe tomar as próprias decisões e na realidade não vejo problema nele as tomar.
- eu sei o que é melhor pro meu irmão! Olha quer saber eu não estou afim de continuar essa conversa.
Jun se levantou e pegou o paletó do terno parecendo revoltado, olhou pra Joui esperando ver ele o seguindo mas Joui estava sentado o olhando como se ele fosse um bicho de 7 cabeças.
- Joui? Você não vem?
- Não, eu quero ficar com o Cesar.
Foi se ouvido um risinho e Jun olhou para Cesar novamente sentindo uma sensação estranha.
- Você acha que é alguém muito importante e acima da vontade das pessoas, mas se seu pai tirar o dinheiro de você, o que você tem? Nada! Você é tão um nada que seu pai não entregaria a presidência pra você e seu irmão não escuta seus pedidos.
Jun se sentiu humilhado com aquilo.
- Você tem hobbies? Algo que no mínimo você goste? Qual o último livro que leu? Jogou alguma coisa ultimamente? Prática algum esporte? Assiste alguma série? Anime? O Joui adora animes e vira e mexe ele e o Alex assistem algo juntos.
- eu...eu...
- Qual sua música ou banda favorita? Tem algum país que queira conhecer? Você tem algum traço de personalidade que valha a pena conhecer?
- eu...
- Você é um nada Jun, a sombra do seu pai, um projeto de ser humano que nunca foi terminado, agora senta aí e se diminua a sua insignificância.
Joui estava de boca aberta mas realmente parando para pensar o que Cesar tinha falado era verdade, ele era o seu irmão e ele nunca soube do que ele gostava ou desgostava, seu irmão parecia até uma extensão de seu pai, ouviu a cadeira sendo puxada e Jun se sentou de cabeça baixa, Jun estava extremamente envergonhado.
Cesar estava muito satisfeito consigo mesmo, e soltou um risinho vendo Jun se sentar completamente calado e envergonhado, se perguntava se era assim que o seu pai se sentia na presidência.
Foram trocados de mesa e Cesar se desculpou honesta e pesarosamente ao gerente e prometeu pagar o prejuízo.
O silêncio de Jun era música para os ouvidos de Cesar, mas o de Joui era um dos seus piores pesadelos.
Cesar Agora comia um lindo pedaço de bolo quando sentiu algo na direção deles.
- Que maravilha.... paparazzis....
Do outro lado da rua tinha um eco sport preto e um pouco mal cuidado, ergueu a mão e fez um sinal de "vem" e em segundos um rapaz com uma roupa simples apareceu carregando uma câmera que devia ser mais cara que o carro que ele estava.
- Boa tarde...
- Olá! De que revista você é?
- Sou de um blog de celebridades.
- Qual nome?
O moço falou o nome completamente genérico de coisa de fofoca e Cesar pesquisou no celular dando um pequeno scrow pela página e vendo que eles realmente era muito pequenos, o canal do YouTube deles tinha menos de 500 inscritos, ponderou um pouquinho.
- 3 fotos.
- o que?
- Pode tirar três fotos minhas, nada mais, nada menos.
- Sério?
- sim!
- nossa! Uau....quer dizer obrigado!
O paparazzi tirou exatamente três fotos de Cesar e mostrou pra ele para ter certeza que ele iria gostar.
- Você não parece nada com o que falam de você.
- Jura? E o que falam de mim?
O rapaz travou no lugar encarando Cesar completamente sem graça, tinha medo de falar merda e perder as fotos ou até de geral uma briga ali, mas pelo sorriso lindo no rosto do mais velho achou que estaria seguro falando a verdade.
- Que você é "uma vadia louca"
Cesar ficou sério e olhou para o paparazzi, o rapaz sentiu que teria os cabelos puxados ou algo parecido porém não foi isso que aconteceu.
Cesar explodiu em uma risada genuína e gostosa, o sorriso e a risada dele eram muito bonitos o paparazzi chegou até a ficar vermelhinho.
Joui percebeu isso é não ficou nada feliz, não teria problema em esfaquear o moço ali no meio do salão.
Cesar riu tanto que até chorou um pouquinho, quando olhou novamente para o paparazzi o rapaz estava levemente cor de rosa.
- Eles não estão errados entretanto, você só teve sorte de me pegar de bom humor.
Pegou a carteira e tirou 20 reais, também pediu um croissant para a viagem para a garçonete e entregou para o paparazzi.
- meu pai sempre disse que o carro que você usa demostra muito sobre você, pode ser um carro velho, se estiver bem cuidado passa outra impressão, passe num lava rápido por favor.
- o-ok....
O paparazzi agradeceu pela "hospitalidade" e colaboração de Cesar e foi embora, mas mesmo dentro do carro tudo que o rapaz pensava era em como Cesar era a pessoa mais bonita que ele já tinha visto em toda sua vida.
- Cesar, você está bem? Achei que não gostasse de paparazzi...
Joui estava com ciúmes.
- Não gosto...
- Então por que foi tão simpático com esse?
Joui estava com MUITO ciúmes, Cesar gostou de perceber isso.
- Ele não pareceu querer me prejudicar de alguma forma.
Aquela resposta foi um pouco estranha aos ouvidos de Joui, achou melhor guardar essas dúvidas para outro momento.
Jun ainda estava em silêncio completamente humilhado quando percebeu Cesar olhando dele para Joui de forma inquisitiva.
- Vocês não se parecem muito, mas tem exatamente o mesmo formato do rosto, e bem bonito.
- temos o rosto do nosso pai, mas o Joui se parece muito com a Akemi-San, eu também me pareço bastante com a minha mãe.
Cesar se lembrou que eles eram meio irmãos, isso era engraçado pra ele por algum motivo.
- O nome de vocês também parece.
- nossos nomes são uma homenagem ao nosso tio Junichi que morreu quando nosso pai era adolescente, ele amava muito o irmão dele.
- O nome do Joui era pra ser "Ichigo" ou "ichin" mas a Akemi-San gostava da sonoridade da leta J, então pra não perder o significado de "primeiro" ela e o nosso pai escolheram Joui.
Cesar sorriu tomando seu chá novamente "ichigo é? Bem eu sempre gostei de morangos" olhou de rabo de olho para Joui o achando a coisa mais perfeita do mundo.
- Seu nome também é muito bonito e poderoso.
- Obrigada minha avó que escolheu.
- Imperador... é um pouco prepotente não acha?
Aparentemente Jun não tinha aprendido sua lição completamente.
- Eu acho perfeito pra mim, a final eu tenho tudo que quero na minha mão.
O assunto terminou ali, Cesar pagou pelos estragos e também pelo que consumiram, pediu desculpas outra vez também.
Essa era a chance de Jun se ele conseguisse levar Joui para o apartamento dele e de Yome conseguiria arrasta-lo para o Japão ele querendo sim ou não, com esse pensamento segurou o pulso de Joui e o puxou com relativa força porém não consegui levar ele a lugar nenhum.
Joui estava rosa de vergonha vendo os dedos de Cesar entrelaçados aos seus, o olhar dos dois se encontrou e basicamente de imediato o coração do mais novo acelerou horrores.
"Cesar...."
Jun sentiu alguém segurando seu pulso e viu Cesar com cara de poucos amigos, então a pressão aumentou e a dor fez com que ele soltasse Joui.
- O Joui e eu ainda temos coisas para discutir Jun... então se nós der licença...
Jun assistiu sem saber o que fazer seu irmão e aquele monstro de boa aparência se afastarem se sentiu bastante derrotado por algum motivo.
Cesar acendeu um cigarro enquanto arrastava Joui para um beco qualquer, não que Joui se importasse.
Ainda de mãos dadas e se encarando um de frente para o outro a tensão entre eles era algo palpável.
- Joui...eu tenho que te confessar uma coisa...
- o que seria?
A ansiedade dos dois era visível de longe, Cesar soltou a mão de Joui e abraçou ele pelo pescoço o puxando para um beijo apaixonado.
A língua quente e macia tinha o gosto forte do cigarro e também dos doces que ele tinha comido, o perfume dele e o cheiro delicioso do cabelo escuro o fazia perder o chão, segurou a cintura fina entre suas mãos trazendo os corpos para ainda mais próximos, nenhum dos dois queria parar aquele beijo mas ambos precisavam de ar.
Ficaram alguns segundos se olhando e Cesar não aguentava mais, sentia seu corpo pegando fogo e seu coração doía horrores, tinha que falar pra ele.
- Eu gosto de você Joui.
Vic estava extremamente entediado em seu quarto, mexia no celular vendo o sol se por graciosamente, já tinha passado um dia de seu castigo e honestamente estava irritadisso pra caralho.
Já tinha jantado e todo mundo estava meio estranho no momento então achou melhor não chamar os meninos para beber no seu quarto, mas isso não queria dizer que ele não iria encher a cara e ligar pro namorado mais tarde.
Deu um gole na terceira cerveja mexendo no celular vendo uma mensagem do Bruno que dizia:
"Olha pra sacada"
Vic o fez e cuspiu a cerveja pro lado sujando todo seu espelho, limparia depois o problema agora era outro.
Subindo pelo muro e então caindo feito um jaca podre encima da horta de Ivan lá estava seu namorado todo sujo de terra, não diziam que gatos caem de pé.
Vic pegou e amarrou bem dois cobertores e amarrou na grade da varanda por onde Bruno subiu sem dificuldade mas também nada graciosamente.
- Bruno tu tá doido????
- Eu queria te ver!!!
Entraram no quarto e Bruno tirou a camiseta que estava imunda de terra.
- Tu bem que podia ficar sem camisa em...
Bruno ergueu uma sobrancelha e soltou uma risadinha inocente enquanto se aproximava do namorado.
- Vai me dar ordens também agora?
Vic olhou para o namorado apavorado! Ele realmente tinha se empolgado no treinamento talvez Bruno estivesse bravo ou talvez questionando seu caráter? Teria sido melhor ter ficado quieto??
Sentiu o braço do namorado envolvendo sua cintura e sendo puxado para sentar entre as monumentais pernas do australiano postiço.
- Você tem toda autorização para me dar a ordem que quiser.
Sentiu um beijo no pescoço e então um arrepio gostoso percorrendo seu corpo.
- Não faz assim vida...ah...
- ok...mas nós realmente precisamos conversar cupcake.
- ok... O que quer saber?
Bruno aconchegou melhor Vic no meio de suas pernas e apoiou o queixo no ombro do namorado o prendendo de maneira confortável.
- Da onde veio toda aquela determinação que eu vi? Tenho certeza que não é porque você adora ser policial.
Vic respirou fundo e relaxou um pouco no agarrão do namorado.
- Eu nunca quis ser policial, eu sempre quis ser mecânico e ajudar o tio Brulio na oficina...eu só fui pro exército porque queria parecer mais masculino e me passar por hetero.
Bruno não gostou nada de ouvir isso na realidade, porém guardou isso pra si mesmo.
- Eu tenho 5 irmãos, mas não consegui...ou melhor... não deixaram eu ter um relacionamento com nenhum deles, se não fosse pelo acidente de moto do meu pai a uns anos atrás eu não saberia nada sobre a personalidade deles.
Bruno entendia aquela dor em certos níveis, afinal ele nunca soube muito de sua família biologica até seu pai fazer uma investigação sobre eles.
- O Ulisses e só uns meses mais novo do que o Henrique seria se estivesse vivo, mas eu não peguei o Ulisses no colo quando ele nasceu, o Henrique eu peguei, não foi com os meus irmãos que eu aprendi a nadar ou andar de bicicleta, foi com o Arthur e com o Henrique, nenhum dos meus irmãos nunca passou pela dor que eu passei, a dor de enterrar um membro da minha família, e eu perdi pessoas importantes pra mim 3 vezes, minha mãe, a tia Amanda e o Henrique.
Então quando depois de perder duas pessoas que eu amava muito eu quase perdi o Arthur também eu senti uma raiva que eu nunca tinha sentido em toda minha vida...eu queria vingança...eu achei...eu acreditava que a polícia ia prender os Assombrados...mas o Rodolfo tinha a polícia de carpazinha na mão, ele subornou muita gente pra tirar ele e a guangue dele da reta...eles teriam sido presos por tortura e tentativa de assassinato...mas só pagaram uma multa por crueldade contra os animais... quando eu ouvi o tio Brulio e o meu titio falando isso eu fiquei com tanta raiva e ódio! Não só dos Assombrados mas também dá polícia... então eu tomei uma decisão....
- Que seria?
Vic sorriu vendo que Bruno estava realmente o escutando e validando seus sentimentos.
- Eu decidi que seria o maior pesadelo do Rodolfo, que eu faria ele perder toda a herança dele e acabar com a corrupção dentro da polícia de carpazinha...demorou MUITO! Mas eu consegui! Eu transferi ou demiti 90% dos corruptos e transformei carpazinha em uma das cidades mais seguras do Brasil, e como bônus eu destruí qualquer chance do Rodolfo de conseguir subornar mais alguém, eu só estava esperando os Assombrados darem uma mancada, e eu acabaria com a vidinha medíocre deles.
Bruno sorria apaixonado em direção ao seu namorado, se era vingança que seu boy queria o ajudaria no que fosse necessário.
- Eu quero te ajudar no que você precisar.
- Bruno?
- Mas tenho que admitir que eu não quero você voltando pra sua cidadezinha.
- Eu não te deixaria...tu é o primeiro homem que me amou de volta, e se depender de mim, vai ser o único homem da minha vida.
Bruno arregalou os olhos e apertou Vic no seu abraço.
- eu sempre vou estar com você Victor.
Vic sorriu e se sentiu muito amado, ele nunca teve um relacionamento antes mas sentia que Bruno era o cara pra ele.
- É bom mesmo!
Se virou e deu um beijinho na bochecha do namorado que sorriu com a demostração de afeto repentina.
- Mas tem uma coisa me preocupando.
- e o que seria meu cupcake?
- não quero deixar minha cidade sem proteção.
Bruno pareceu pensativo e intrigado.
- Podemos mandar alguns luzidios pra lá, alguns que você treinou, se forem ordens bem dadas a sua cidade deve continuar segura.
Vic pareceu interessado naquela ideia, pensaria mais um pouco sobre.
Os bala prateada ficaram agarradinhos conversando e se divertindo sozinhos enquanto falavam baixinho para ninguém desconfiar que Bruno estava ali.
- eu tô muito mal por ter esmagado um dos tomateiros do Ivan.
- relaxa, peça desculpas depois, ele sabe que tu nunca faria algo assim porque quer.
- vou comprar umas sementes novas pra ele.
- tenho certeza que ele vai adorar.
O cheiro de Vic era muito gostoso e estava abraçado com ele a um bom tempo, era tão gostoso sentir o calor dele, para sua felicidade ele não era o único aproveitando o calor.
Vic tentou cruzar as pernas afim de esconder o pau meia bomba, não queria ser um putinha necessitada, mas minha nossa como aquilo estava ficando difícil pra ele.
- Bruno....ah....
Aquele gemido fez algo dentro do mais alto ligar e quando percebeu já estava no meio da cama olhando pra ele tentando ao máximo se controlar.
- Você é tão lindo Victor.
- Bruno tá todo mundo em casa, e ninguém sabe que tu tá aqui, nem pensa em fazer gracinha!
Bruno sorriu e olhou no fundo dos olhos de Vic, ele não ia deixar aquela chance maravilhosa escapar.
- Então tenta gemer baixinho.
Antes de Vic conseguir responder sentiu a mão enorme de Bruno tapar a sua boca, ele não tinha como resistir ao que ia acontecer.
Vic mesmo começou a tirar a própria bermuda e cueca que estava usado, assim que estava sem a parte de baixo sentiu Bruno entregando entre suas pernas.
Bruno assistiu com bastante interesse e fascínio o pau de Vic ficando cada vez mais duro, era uma visão linda, soltou o rosto do gaúcho vendo ele puxando o ar exitado.
- Vic você acaba com o meu auto controle.
- Não precisa se controlar comigo.
Aquilo era algo perigoso de se falar mas ao mesmo tempo duvidava muito que Bruno fosse realmente se controlar.
Se sentiu se virado de bruços e se empinou o melhor que conseguiu, mas não esperava o que iria sentir.
- Ah! Bruno???? Ah! O que?
O músculo quente na sua entrada indo o mais fundo que conseguia era molhado e áspero, a sensação era estranha mas também muita prazerosa.
- Ah! Hummmmmmm
Tapou a própria boca com a mão abafando o som que teimava em sair, aquilo era algo que nunca imaginou que aconteceria com ele.
Se lembrava de assistir alguns pornôs com cenas parecidas mas nunca imaginou que estaria vivendo uma delas, chegava a ser preocupante o quão gostoso aquilo estava.
Conseguia sentir o corpo dele tremendo toda vez que a língua se enrolava dentro dele, Vic era sempre muito sensível e delicado, adorava ver ele se retorcendo com seus toques.
Tirou a língua de dentro vendo Vic quase desmaiar de tesão, o pau dele estava pingando pre gozo e estava bem durinho.
Se aproximou e abaixou a calça mostrando seu pau já prontinho pra ação, se punhetou rapidinho sentindo que estava pronto.
- Eu vou colocar Vic...
- hummm por favor...
Antes do namorado cumprir o que falou Vic mordeu o travesseiro para não gritar ou gemer alto, sentiu a cabecinha quente roçando gostoso na sua entrada para então começar a entrar bem devagar.
- Huuuuuuuuuuuum~ un! Nrgk!
- ah! Ah! Pura merda! Caralho...
Cada centímetro fazia Vic ficar mais e mais submisso e querer gritar de dor e prazer, quando sentiu a pele de Bruno em contato com a sua mordeu o travesseiro com a ainda mais força não querendo gemer mais alto, tarefa que seria difícil agora.
Bruno começou a bombar e tudo que passava na cabeça do gaúcho era que ele tinha encontrado o homem perfeito pra toda sua vida!
Via seu pau aparecendo e desaparecendo de dentro do namorado, uma fina camada de suor começava a se formar pelos corpos de ambos
- Ah! Victor... é tão gostoso dentro de você! Ahn~ ah! Ah!
Vic chorava de prazer enquanto mordia e babava no próprio travesseiro, o calor de Bruno o fazia suar também, o vai e vem bruto e ritmado doía da maneira certa e tudo que Vic queria era sentir o gozo do namorado escorrendo quente pela suas pernas.
- Hunf Hunf Hummmmmmm
Sentiu a próstata ser atingida e jogou a cabeça pra trás fazendo todo seu corpo tensionar, precisa gozar!
Aquela botão macio parecia um ímã o atraindo pra continuar bombando dentro de Vic até o pobrezinho desmaiar de tanto prazer.
Fechou os olhos sentindo as lágrimas quentes e salgadas escorrendo enquanto todo seu corpo fazia ele jorrar pela cama, e então sentiu algo quente dentro dele escorrendo gostoso, largou o travesseiro e olhou pra trás vendo Bruno ofegante e suado, saber que ele era o motivo dele estar assim lhe dava uma sensação estranha de orgulho.
Vic tinha algumas camisetas de Bruno com ele, então depois de tomarem um bom banho juntos Bruno vestiu só uma de suas camisetas e deitou com Vic na cama, ambos dormiram muito bem aquela noite.
Gregório em seu quarto parecia pensativo, de dentro da carteira tirou uma foto antiga e muito amassada com cores sem muita vida.
A foto era e uma família, sua família, ele no meio com seu pai e sua mãe grávida de Sarah na época.
Aquela foto tinha sido tirada no seu aniversário de 19 anos, sabia que seus pais não estariam vivos para ver o que sua vida estava se tornando mas ainda sim sentia saudades deles todos os dias, e principalmente, sentia muita falta de sua única irmãzinha.
- o Vic é genioso igualzinho a ti sabia? Sai escondido e tudo...
Soltou um risinho e colocou a foto novamente na carteira, amanhã logo cedo falaria com Victor um pouquinho.
Ivete estava bem feliz em SP, não se lembrava qual tinha sido a última vez que viu todos os membros da guangue tão relaxados, mas tinha que admitir, estava morrendo de saudades do seu bar...
Rubens e Jhonny estavam sentados de frente para Balu, o mais velho se sentia em uma intervenção ou algo do tipo.
- Que foi Rubinho?
- O senhor está esquisito.
- tô nada.
- está sim sogro!
- cês tão vendo coisa onde não tem, querem fugir do assunto principal.
- já falei que vou começar a trabalhar como conselheiro depois do ano novo, agora eu quero saber é o que o senhor falou pro tio Mark!
Balu bufou um pouco cansado, Rubens não era mais uma criança e ele o conhecia muito bem, afinal era seu filho, esconder as coisas dele era simplesmente impossível.
- Não falei nada, mas dei uma bola fora.
- Que tipo de bola fora?
Jhonny encarava o sogro intrigado, sentiu o celular vibrando no bolso e pegou vendo uma mensagem de Luciano, leu por cima e sorriu, faria aquele favor para o amigo, porém não agora.
Balu ficou com vergonha de falar aquilo mas pela cara do filho e do genro ele não tinha muita escolha.
- A gente se deu uns beijos...mas as coisas não evoluíram como eu planejei.
Rubens ficou visivelmente PUTO
- Pai, por anos eu só queria que o senhor e o tio Mark ficassem juntos, mas o senhor nunca realmente percebeu o quanto machucou ele, tentar força as coisas agora não vai te ajudar em nada.
- Eu sei...eu sei....
Balu estava honestamente muito arrependido do que tinha feito, ninguém quer ouvir um "eu te amo" do ex namorado do nada, muito menos quando dito ex nunca falou essa frase quando eles estavam juntos....pois é...que bola fora...
- Vocês o que?
- Estamos namorando tio!
- Estamos nada!
Dominic ignorou completamente o que Max tinha falado, e ele estava sorrindo que bem um idiota, Yuki e Mark pensaram que finalmente ele tinha enlouquecido de vez.
- Dominic pare de atormentar o Max...
- Dom o Max tá super desconfortável, olha pra ele.
Dom olhou para Max e ele estava o encarando completamente envergonhado e tímido, Dominic quase foi de arrasta pra cima só com aquela expressão do amor da sua vida.
- Mas nós estamos namorando...
- Dom eu não tenho tempo pra isso, terminem o café e vão trabalhar.
Max agradeceu muito por ninguém ter pressionado respostas da parte dele, porque ele honestamente não saberia se defender daquilo, e por alguns segundos a ideia de namorar Dominic não pareceu assim tão ruim.
Daniel estava borrifando água em suas plantinhas quando viu o sol desaparecer e olhou pra cima vendo seu pai o encarando extremamente insatisfeito.
- Que foi papa?
- Vá fazer as minhas netas!
- PAPA!!!
- EU ESTOU FALANDO SERIO DANIEL!
Daniel saiu da varanda bufando estressado, essa ideia de netas que seu pai tinha na cabeça o estava apavorando de verdade! Sem contar que ele não tinha transado com ninguém nos últimos tempo....pera.... não..... não espera aí...ele tinha transado sim a pouquíssimo tempo...
Parou no meio do caminho completamente apavorado...ele não tinha engravidado a Bea... não é?
- Daniel?
- Papa....eu tenho que confessar uma coisa pro senhor.
Erin abanou a mão empolgada para as amigas a verem, ela estava super fofinha com roupinha bem casuais e o cabelo preso, ela era uma moça muito linda de qualquer jeito.
Sentadas em um café Havanna dentro de um shopping as amigas fizeram seus pedidos, por algum motivo o clima entre elas parecia diferente do habitual.
- Vocês estão esquisitas....
- Erin, a gente tem muita coisa pra conversar
- E são coisas muito sérias.
Erin mordeu seu alfajor intrigada, talvez elas fossem tentar convence-la a deixar o Gal? Bem independente delas querem isso ou não a vida era dela e estava se divertindo muito brincando com o mais velho.
- Erin, a gente não te nem aí com quem você transa ou deixa de transar.
Aquilo pegou a ruiva de surpresa, e também deixou o resto da loja mortificada, Mia não percebeu o quão alto tinha falado.
- Eu não me importo que você esteja nesse rolo com meu irmão mais velho! Mas sempre que você se envolve com alguém você esquece que a gente existe.
- e você faz isso sempre, não é uma coisa nova!
- Sabe o quanto isso machuca a gente? Eu não tenho a minha melhor amiga do meu lado pra poder falar das coisas que eu tô passando porque ela tá mais interessada em se envolver com alguém, doi muito Erin!
- Somos suas amigas antes de qualquer coisa, e continuaremos sendo independente de qualquer coisa...mas por favor...presta um pouco mais de atenção na gente!
Erin estava catatônica, na escola alguns amigos já tinham lhe falado que ela fazia isso quando se apaixonava, na faculdade era a mesma coisa...mas pera aí... então ela tinha se apaixonado pelo Gal??? Não! Fora de cogitação! Estava apenas se divertindo com ele, não tinha nada romântico ali...ou tinha?
- e a gente também veio para comemorar uma coisa...
- comemorar? O que a gente deveria comemorar?
Mia olhou para Bea que estava um pouco envergonhada porém ainda sorrindo, isso deu um pouco de coragem para Bea.
- Eu não sou mais virgem.
Brulio estava entediado! Seu namorado ficava muito lindo de óculos e com aquela camiseta preta grudada no seus músculos maravilhosos, porém ver ele enfurnado naquele escritório o deixava preocupado.
- Querido...
- Yes my Sweetheart.
Brulio se aproximou e ficou atrás da cadeira giratória, colocou ambas as mãos nos ombros do namorado e fez força sentindo ele rígido feito uma Rocha.
- Tu precisa descansar...está tenso.
A mãos grande no seus ombros fazendo o corpo tensionar e relaxar ao mesmo tempo era algo bastante único.
- Estou trabalhando my love.
- uma voltinha no parque comigo... depois disso eu prometo não te incomodar pelo resto do dia.
Chris se virou prontinho para recusar a proposta mas quando olhou pra Brulio a palavra "não" desapareceu dos idiomas que ele falava.
- Saímos em 5 minutos!
Brulio comemorou de forma discreta e foi se arrumar para uma caminhada, ele sabia exatamente onde ir.
Chris se arrumou um pouquinho e passou seu perfume, deu ração para o seus ratinhos e foi atrás de Brulio em seu estacionamento particular.
Quando chegou lá Brulio já o esperava dentro de um dos carros sorrindo de orelha a orelha, ele parecia tão empolgado em dirigir que Chris nem questionou o que estava acontecendo exatamente.
Parque Ibirapuera, as lembranças de Cesar e Brulio eram as mesmas porém com intuitos diferentes.
- Brulio?
- Tu lembra o que aconteceu aqui?
Chris ficou um pouquinho envergonhado com as suas atitudes do passado mas Brulio parecia um pouco empolgado demais.
Era impossível não torcer a cabeça para ver os dois senhores músculos e honestamente gostosos sem camisa e suando.
- Sua estamina aumentou bastante.
- Devo isso a ti querido.
Chris não entendeu muito bem aquela frase, mas sentiu Brulio o puxando pela mão até uma área arborizada.
- Brulio?
- Não é o mesmo lugar mas....
Sentiu o lábios de Brulio junto aos seus e a cintura sendo segurada, o beijo dos dois era perfeito e delicioso de se sentir, eles estavam tão apaixonados um pelo outro.
- Brulio....ah espera...
- Eu queria te falar tantas coisas...mas eu nunca tenho coragem...
Apoiou a cabeça no ombro do seu gringão e abraçou ele com bastante carinho e força.
- pode falar o que quiser, eu nunca vou te julgar Brulio.
- Eu sei...e é por isso que eu te amo tanto.
Voltando pro carro Chris sentiu sua mão ser segurada com determinação e virou um pimentão de tão vermelho, o amor e a coragem de Brulio o faziam se sentir o ser humano mais feliz do mundo.
- que tal a gente passar na Mari antes de voltarmos pra casa? Queria ver os trigêmeos...
- eu tenho trabalho pra fazer Sweetheart.
Brulio pensou um pouco e embora ele não fosse um gênio...
- Eu posso tentar te ajudar se quiser, eu também tenho meu próprio negócio lembra?
Derrepente Brulio ficou muito triste...fazia mais de um ano que não trabalhava em sua oficina e meses que ela estava fechada, igual a sua casa.
- Sweetheart? O que aconteceu? Ficou quieto derrepente.
- eu tava pensando na minha oficina, ela tá fechada a um bom tempo...
Chris viu a tristeza no rosto do seu Sweetheart e decidiu fazer uma surpresa para ele depois, por enquanto manteria isso em segredo.
Thiago olhava seu noivo dando papinha de banana para Jasper e sorria feito um idiota completamente apaixonado.
- A roupa dela tá comendo mais banana que ela.
Thiago soltou um risinho e tirou o mufin salgado da Air friyer, era próprio para bebês, ele tinha mesmo tinha feito.
- Ela tá querendo comer sozinha já Gon.
- Será?
Thiago cortou os mufins em cubinhos e colocou num potinho na frente de Jasper depois deles esfriarem bastante, e Jasper atacou os pedacinhos sem nem olhar pro lado.
Thiago colocou água no copinho com canudo e entregou para Gonzalez caso a filha quisesse um pouco.
- Ela tá crescendo tão rápido não é Cheri?
Thiago falou inocente se sentindo muito feliz em ver a filha crescer assim tão linda, olhou para Gonzalez e o coração dele quase saiu pela boca.
O jeito que seu Cheri o olhava destruía completamente qualquer dignidade que um dia ele teve na vida, conseguia sentir todas as ondas de amor que ele emitia.
- Gonzalez?
Sentiu os braços o envolverem em um abraço aconchegante e confortável, olhou para Gonzalez e praticamente explodiu de amor.
- Eu estou tão feliz de estar criando ela com você...eu te amo tanto Thiago...
Sentia todo seu corpo vibrando ao toques dele, estava quase implorando para Gonzalez fazer dele algum tipo de fucktoy por pelo menos uma noite, sentir do que ele realmente era capaz...tinha que seguir a dica de Daniel logo, só precisava de uma oportunidade.
- obrigada por nós receber senhor Walter.
Liz estava com Pedro no colo e Laura parecia que queria desaparecer da face da terra, Liz por sua vez estava muito empolgada em escolher um cachorro.
- Que isso Liz, espero que vocês encontrem a companhia perfeita pra família de vocês aqui.
- vamos dar uma andada pelos corredores, se virmos algum que seja do nosso interesse podemos tirar da gaiola?
- claro é só chamar, todos os cães daqui são adestrados e só estão a espera de um Veríssimo para proteger.
- vamos manter isso em mente.
Liz segurou a mão de Laura e foi andando entre os corredores, tinham cães de todos os tamanhos e raças, alguns latiam outros não, mas todos eram adoráveis aos olhos de Liz, divertidos aos olhos de Pedro e uma completa perda de tempo aos olhos de Laura.
- *choro de cachorro*
- mamãe Liz olha ali!
Na gaiola um cadela mestiça de vira lata com pastor alemão olhava para Pedro e chorava tentando sair, ela era uma cachorra muito bonita e bem grande e musculosa, os dentes dela eram afiados mas ela dançava e abanava o rabinho de um jeitinho adorável sempre que Pedro se aproximava da sua gaiola.
Olharam a plaquinha vendo o número de registro da cachorra e viram que ela era bem jovem, apenas 8 meses mas já estava com o treinamento completo.
- podemos tentar com essa aqui...ela parece ter gostado muito do Pedro, o que acha amor?
- O que você quiser Liz...
- Então vamos ver o quão bem ela segue ordens antes de tomarmos uma decisão.
Gal olhava seu celular apreensivo, nenhuma mensagem de Erin até agora, nem se quer um bom dia, será que tinha feito algo errado?
Andou pelo quarto pra lá e pra cá visivelmente frustrado, queria tanto conversar com ela e colocar o que estava sentindo pra fora, sabia que ela estava cagando pra ele e que com o tempo seria descartado por alguém mais bonito e mais jovem, mais digno e adequado para estar com ela.
Esse pensamento melancólico vinha lhe ocorrendo a algum tempo, talvez se ele tivesse correspondido as investidas dela antes, ou no mínimo ter sido um pouco menos cuzão as coisas poderiam ser diferentes entre eles.
- Tenho certeza que ela logo vai enjoar de mim... então e melhor eu me desapegar um pouco...
Se sentou na cama abrindo a gaveta pegando a coleira olhando por alguns segundos, estava usando como pulseira então nunca tinha colocado realmente no pescoço.
Se olhou no espelho com a coleira no pescoço pensou por alguns segundos e tirou uma foto enviando pra Erin, queria ver ela.
Leo lia um livro de romance e chorava se sentindo muito carente, queria tanto viver em um conto de fadas as vezes, ter um homem lindo e musculoso para chamar de seu! Porém ele era um covarde! Um absoluto covarde!
Não sabia como chegar nas pessoas e tinha medo do que poderia acontecer, ele não sabia se expressar e muito menos flertar...a vida era injusta e difícil, só queria uma chance...só isso....
- Da próxima vez que eu ver ele, eu vou chamar ele pra sair...
Mari cantava "melting - kali uchis" para seus bebês, ela estava extremamente feliz em vê-los crescer, queria não sentir falta de Kennan e Miguel, mas ela ainda amava eles, mas percebia que não precisava deles.
Miguel estava sentado no sofá da sala de Erin bebendo um café com Kenan, estava feliz de estar com Kennan ali, mas sentia tanta falta de Mari.
- Você já imaginou como seriam as coisas se você e a Mari não tivessem me colocado no relacionamento?
Kennan parou a caneca no meio do caminho e olhou bem sério para Miguel o mais sério que ele já tinha visto na vida, ficou tão sem graça que começou a tentar se explicar.
- é que eu sou um contrato de sangue...e vocês herdeiros....
Kennan fechou ainda mais a cara.
- sem contar que eu sou muito mais velho também é....
Kennan fechou mais ainda a cara e pegou o celular mandando uma mensagem para Arthur reservando um horário só pra Miguel.
- Você precisa de terapia Miguel.
- Não é que...
- não quero saber, marquei um horário com o Arthur e você vai!
Miguel olhou bem para Kennan percebendo que ele realmente estava falando muito sério, bem era só uma conversa no fim das contas.
As meninas tinham sido deixando Samuel e Dante sozinhos com Orpheu e Lupi, os animais estavam tirando uma merecida sonequinha afinal eles estavam cansados de carregar toda beleza do mundo.
Samuel estava relativamente bem, não tinha gatilhos por perto e ele estava trabalhando tanto ajudando o pai que estava comendo sem reclamar, isso deixava Dante feliz.
Dante era o mais alto das drags, então sempre olhava pra baixo para falar com Samuel e Cesar e sempre gostou muito disso porque amava a cor dos olhos de ambos.
- O que foi Dante?
- nada... só....seus olhos sempre são fascinantes de se olhar...
Samuel engoliu a saliva e arregalou os olhos completamente surpreso e foi ficando tímido com o a intensidade do olhar do melhor amigo.
- Você também tem olhos lindos Dante.
Dante sorriu e se aproximou segurando o rosto do Samuel com carinho e olhando dentro dos olhos de Samuel praticamente transbordando de amor.
- é como olhar o por do Sol...e simplesmente lindo...
Eles eram amigos a tantos anos... nunca tinha reparado em como Dante o olhava com tanto amor assim...era... diferente...
Ele era praticamente um anjo, a coisa mais pura que já tinha visto em toda sua vida, assim como Dante segurava o seu rosto ele fez o mesmo segurando o dele.
- e o seus são como um oceano...
Os dois ficaram se encarando por alguns segundos e foram se aproximando de forma natural, o calor do corpo dos dois era sempre bem vindo e reconhecido um pelo outro.
No momento que os olhos dos dois se fecharam as bocas se juntaram, era uma sensação boa, reconfortante, foi só um encostar de lábios, algo bem casto comparado com o que os dois faziam.
Quando se separaram pela primeira vez em 13 anos que eram melhores amigos, Samuel percebeu algo a mais naquele olhar, algo bom...algo que ele nunca tinha pensado e cogitar.
"Eu amo você...eu só consigo amar você, eu sempre quero estar com você Samuel, mesmo que você nunca venha a corresponder meus sentimentos"
Dante novamente não conseguiu se declarar, mas pela primeira vez, Samuel percebeu os sentimentos dele.
Laila olhava o tio apreensiva, sua mãe e tia também liam os papéis que tinha feito.
- Não está bom...mas também não está ruim.
- Não seja assim Shizui-nee, ela está se esforçando...
- Esse esforço não é o suficiente...
Antônia ainda está brava e desapontada com a atitude da filha e agora também estava paranóica por não saber onde a sua primogênito estava.
- Não fale assim Tonya! Ele está tentando, tem alguma pista do paradeiro de Olivia?
- Ela evaporou no ar, como foi ensinada a fazer...
- Então por enquanto Laila vai continuar a te ajudar com as sombras.
Enquanto isso Jiro virava uma crepioca com queijo prato e tomatinhos cereja que Ivan tinha distribuído pela ordem toda (Ivan é um amorzinho de pessoa)
Colocou no prato e viu Olivia sentada no sofá completamente alheia ao universo, ela mexia no celular novo enquanto tomava um pouco de café.
Jiro tinha se acostumado a presença da namorada tanto que agora estava sem camisa e de cabelo solto andando pra lá e pra cá.
- oli-
Assim que pronunciou a primeira sílaba do nome dela ouviu a sua porta ser destrancada, isso só queria dizer uma coisa, Naomi tinha vindo o visitar sem aviso prévio, olhou para onde Olivia estava porém ela não estava mais lá, realmente ela era uma sombra.
- Onii-chan!
A moça bonita sorriu quando viu seu irmão na cozinha, adorava a comida dele e ainda achava que era ele quem deveria assumir todos os restaurantes da mãe no futuro.
- Oi maninha! Que surpresa agradável... E inesperada!
- Se fosse esperada não seria surpresa!
Naomi trazia consigo um bolo lindo que a mãe tinha feito, ele era de pêssego com nata e chocolate branco! Era alto divino de tão bom!
Naomi colocou a sobremesa na mesa e olhou ao redor percebendo algo um pouco estranho no apartamento.
- A mamãe tá preocupada com você... Tem mais alguém aqui?
- o que? Imagina! E porque a mamãe está preocupada comigo?
- você tá esquisito esses dias... E sério Jiro tem mais alguém aqui??
Naomi começou a andar pelo apartamento abrindo portas e olhando embaixo das camas.
- Naomi o que você tá fazendo?
A mais nova se virou pro irmão mais velho puta da cara!
- Você tá traindo a Olívia!
- o que??? Não eu nunca faria algo assim com ela.
- não é por que ela sumiu que você pode simplicidade trazer outras garotas pra casa!
- Naomi eu juro pela mamãe! Eu nunca trairia a Olívia...você sabe que eu gosto dela de verdade!
Escondida dentro do guarda roupa segurando a xícara de café e o celular, Olivia arregalou os olhos ouvindo aquilo, o coração começou a acelerar e ela também se sentiu muito culpada, se Jiro realmente gostava dela, isso explicava o porquê ele não queria ter um filho com ela simplesmente por ter, ele queria uma família com ela.
Sentiu as bochechas quentes e respirou aliviada ouvindo os irmãos se afastando e conversando, se passaram algumas horas até a mais nova ir embora.
- Olivia? Olivia pode aparecer a Naomi já foi.
Olivia apareceu saltando em Jiro e agarrado ele pelo pescoço o puxando para um beijo de cinema, ela estava muito feliz e Jiro muito confuso.
Fernando tomava uma gostosa xícara de chá enquanto Luciano tomava o terceiro copinho de café, um casal equilibrado.
- o que se passa na cabeça do homem mais lindo do mundo.
Fernando sorriu sentindo a presença do seu marido logo atrás dele, sentiu a mão dele na sua cintura e se virou dando um selinho bem fofo no marido.
- Tem muita coisa acontecendo...sinto que essa tranquilidade não vai durar muito sabe...
- não se preocupa, eu tô aqui com você lembra...
- e eu não poderia pedir por nada melhor.
Luciano sorriu encostou a cabeça no ombro do marido, só queria fazer ele o homem mais feliz e amado do mundo.
Novamente às Leore e Artemis foram surpreendidas pelos irmãos Cohen Cevero e Matheus de vela.
- Senhorita Agatha?
- Tia Artemis o que quer dizer "olhar de peixe morto"? E por que as outras crianças tão chamando meu irmão disso?
- tia Artemis por que tão falando que a minha irmã é filha do diabo?
Matheus atrás dos irmãos parecia bem triste, ele não gostava que chamassem seus amigos queridos dessas coisas feias!
Carla e Carina ouviram isso e foram direto para a porta preocupadas com as crianças, teriam que ligar outra vez para Arthur e Alex.
Arthur respondeu a mensagem de Kennan marcando uma seção para Miguel, porém no momento ele tinha outro problema.
- Como eu perdi um homem de quase 2 metros de altura dentro de uma loja de decoração???
Andou pelos corredores de forma apressada procurando Alex de forma preocupada, demorou cerca de 25 minutos para encontrar o amor da sua vida.
- Alexander! Você esqueceu o celu-
Ele era perfeito! O homem mais lindo do universo.
Em meio as flores da área de jardinagem da loja ele parecia algum tipo de criatura sobrenatural, ele era absolutamente perfeito em todos os aspectos.
- ah! Olá meu rei, eu me distrai olhando as flores, comprei essas pra você...
O buquê lindo de e simples com rosas lilás, champanhe e azuis parecia até um sonho de se receber.
Arthur pegou o buquê e sorriu meio idiota, e então olhou para seu marido, Alex esticou a mão e Arthur a segurou determinado.
- Se não quiser que eu me perca novamente acho bom segurar a minha mão
Saíram da parte de decoração e construção e foram dar uma voltinha pelo shopping, Arthur deixou o buquê no carro.
- o que tu estava fazendo no meio das flores? Lógico além de ser lindo...
Alex riu um pouco com isso.
- Estava imaginando com que flor a decoração do nosso casamento ficaria melhor.
Arthur ficou muito vermelhinho e travou no lugar olhando pro marido completamente apaixonado, conseguia sentir todo aquele amor transbordando de Alex.
- fica aqui eu vou no banheiro rapidinho.
Enquanto Arthur jogava um pouco de água na cara para se acalmar Alex ficou olhando a vitrine da joalheria que eles tinham parado enfrente.
- meu rei ia ficar tão feliz....
Entrou na loja e de imediato pode ver as vendedoras se encantaram com a sua presença.
- me vê aquele relógio que está na vitrine por favor.
- S-Sim! Claro senhor bonitão quer dizer cliente...senhor cliente.
Era uma linda peça! Preto com detalhes dourados que eram ouro de verdade os ponteiros e os números eram feitos de ouro branco e custava praticamente um carro popular usado em boas condições.
- É lindo eu vou levar...
A moça que o atendeu o levou até o caixa e fez um afago no braço de Alex e vindo tal qual um trem bala Arthur apareceu pronto para quebrar a cara de qualquer piranha que desse encima do seu macho.
Arthur se aproximou e tirou a mão da mulher do braço do marido, a moça ficou horrorizada vendo aquele homem barbado e tatuado puto da vida.
- Meu rei comprei algo pra você!
Arthur novamente derreteu enquanto Alex vinha sorrindo em sua direção, abraçou o marido de forma bastante possessiva.
Todos dentro da joalheria olharam de forma desacreditada enquanto os Açucarados se davam um beijo digno de um Oscar.
Os Açucarados se amam demais.
💉💚
Se tinha algo que as irmãs demoníacas não esperavam era chamar tanto a atenção das pessoas ao redor e da igreja, mas aquilo não parecia ser possível afinal elas eram muito bonitas
Queriam muito estar na delas, mas saber que conseguiriam esconder corpos seria muito mais fácil entre elas do que a maioria das pessoas imaginava.
Olharam para o cestinho que Miriã carregava completamente alheios a ela, afinal como alguém discutiria ou desconfiaria delas, duas mulheres tão simples e bondosas.
O álibi delas era perfeito! Miriã se sentiu muito inteligente por conseguir disfarçar o cheiro dos corpos de animais mortos com a desculpa de estar fazendo adubo e lavagem para os porcos do vizinho.
Ninguém nunca iria descobrir sobre elas.
💉💚
🔪🗑️
T-bag se acalmou depois de tomar vários remédios para se acalmar, no momento ele estava largado na cama parecendo que morreu, ele estava ou melhor tinha ficado meio lelé da cuca.
Damir olhou o resultado do exame de sangue que eles tinham feito depois dele voltar e ele não tinha usado nenhuma droga, nem natural nem sintética.
- o será que assustou ele daquele jeito?
- vamos esperar ele acordar para tentarmos fazer um pouco de sentido na cabeça dele.
- Seja lá o que ele viu deixou ele apavorado... não sei se quero encontrar pra descobrir.
- Nem eu Boris...nem eu...
🔪🗑️
❤️👹
Henri estava trabalhando novamente com alguns corpos quando percebeu algo interessante acontecendo.
- não pode ser.... isso...
Olhou de perto no microscópio abrindo um grande sorriso, podia estar morto mas mostrava sinais claros de fecundação!
A sua pesquisa estava correta e ele podia sim gerar um Veríssimo em vitro, todo trabalho deles finalmente estava dando resultado, mal podia esperar para falar para Geovanni.
❤️👹
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Rodolfo estava muito feliz vivendo com o namorado um vez por mês durante uma semana, isso deu uma grande liberdade para os membros, porém não do jeito que ele imaginava que eles teriam.
Primeiramente Lúcio levou que uma semana sem Rodolfo queria dizer uma semana de confusão e drogas.
Já o quarteto fantástico estava bem feliz vivendo dentro de casa como se fossem um casal recém casado.
A semana que Rodolfo ficou fora, transformou bastante as dinâmicas dos Assombrados, m
as eles não conseguiram ver isso de imediato.
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.