Brulio olhou para seu namorado com uma cara muito grande de insatisfação, tinha certeza que todo mundo no aeroporto estava olhando pra cara dele e rindo.
- Seu Brulio o senhor tá tão fofinho!
- O senhor tá parecendo um Marshmallow! Ou melhor um smore!
Queria muito seriamente ficar com raiva dos irmãos Cohen, porém eles pareciam tão fofos e sorridentes com seu sofrimento e humilhação que esquecia completamente como ficar bravo com alguém, principalmente com Alex o olhando com aqueles olhos inocentes e Cesar com um sorriso genuíno.
O motivo de todo esse bafafá era um casaco branco forrado e quentinho que envolvia o gaúcho quase que por completo, parecia muito confortável lá dentro, mas era algo tão pompom que Brulio achava esquisito nele.
- me sinto o mascote dos pneus Michelin.
- You look cute sweetheart!
- isso não faz meu estilo...
- is frio, você e my songbird não estão acostumados com as baixas temperaturas do hemisfério norte, mesmo endo gaúchos, aqui as temperaturas podem chegar os -8 graus.
- mas precisava me transformar num algum doce dai?
- Você já é um docinho.
Chris se aproximou e colocou uma touca em Chris e lhe fez um carinho singelo e apaixonado, as bochechas de Brulio ficaram cor de rosa, e não era por cousa do frio.
Os três mais novos se olharam compartilhando a mesma careta, Alex entretanto parecia muito felizinho vendo os senhores de namorico, achava muito fofo.
Arthur aproveitou que seu marido estava distraído para o observar alguns segundos, Alex gostava de roupas largas e geralmente usava roupas com estampas de anime e moletons bem grandões e confortáveis, isso não o deixava menos atraente, mas lhe dava a impressão de ser mais magrinho e mais novo do que era, não ajudavam também os óculos redondos, essas características o deixavam fofo, mas no momento fofo, não poderia descrever seu marido.
Um sobretudo caqui, calça social marrom escura e uma camisa de gola alta alguns tons mais claros que a calça, estava usando uma armação mais moderna (não era sua preferida, estava usando porque Cesar queria combinar) o cabelo estava bem cuidado, mas e mesmo a cicatriz na sua tempora parecia mais escondida por causa disso, já tinha visto ele de terno, mas aquilo ali...nossa...realmente tinha se casado com um dos homens mais bonitos do mundo.
- Tá babando cunhadinho...
- Deixa de ser enxerido faz favor!
- Sua Cara é muito obvia
- Igual a sua encarando o Joui.
Cesar olhou feio para o cunhado e arrumou os óculos, ele ficava muito fofo usando-os, não entendia o que ele tinha de tão contra ao pobre objeto, estava combinando com sua roupa também.
Usando uma jaqueta preta e uma blusa de lá preta com listras brancas por debaixo, com uma calça jeans preta, a jaqueta tinha detalhes metálicos e era forrada com alguma coisa branca muito quentinha e macia, os óculos se pareciam com os de Alex, mas ao mesmo tempo lembravam os que seu sogro usava no momento.
Chis estava usando um terno cinza com um sobretudo preto por cima, ele era um senhor muito elegante independente de onde estivesse e com quem estivesse, Arthur queria levar isso como exemplo de vida, estava até se achando mal arrumado com aquela jaqueta marrom e calça preta, o cigarro no seus dedos o fazia parecer um mafioso na sua humilde opinião, bem, não se importava em parecer ameaçador.
Aquele era o país de seu sogro, aonde a historia dos Cohen começou, tinha que estar preparado para o que desse e viesse, sentia que seriam férias no mínimo interessantes.
Saíram de Porto alegre de helicóptero novamente, dessa vez Bruno não pilotou, Vic parecia bastante abalado ainda então ficou em silencio, e Bruno o respeitou completamente, apenas segurou sua mão.
O Aeroporto de carpazinha era com toda certeza o menor que já tinha visto na vida, tinha também muita área verdes pra todos os lados (achou isso bem bonito) olhou ao redor e sorriu vendo uma coisa.
- Vic, tá vendo aquele avião ali?
O gaúcho estava nostálgico, quantas vezes foi ajudar na segurança daquele aeroporto, quantas vezes sentou na pista quando não tinham voos comerciais, ele amava tanto aquela cidade, amava ser de carpazinha.
Olhou pra onde seu namorado apontava e viu um avião militar estacionado, aquilo era fora do normal, geralmente a cidade não estava em rotas para abastecimento militar aéreo.
- Pops mandou pra gente usar, dá pra levar os carros do seu tio e os moveis dos Primos Leite e do Ivan se eles quiserem, o Samuel e o Dante já alugaram um galpão caso seja necessário guardar algo a mais, os carros do seu tio iram ficar junto com os carros do tio Chris na garagem de colecionador do prédio dele, então estarão seguros, os itens do bar da dona Ivete iram serão embalados pelos luzidios que vieram no avião, e as coisas do Arthur e do seu Brulio também vão ser recolhidas e catalogadas, e deixadas na garagem do tio Chris, se tiver mais alguma coisa pra levar e só falar que eu dou um jeito.
Ele falou tão fofo e orgulhoso de si, ele queria tanto assim ser útil pra ele? Não resistiu ficou na pontinha do pé e lhe deu um beijinho na bochecha, O australiano postiço parou de falar e foi ficando extremamente vermelho e tímido, nesse momento o coração de vic simplesmente se derreteu.
- Tu é um amor, obrigado vida.
- d-de nada...
Será que Vic sabia que tinha ele todinho a sua mercê? Sera que ele sabia que Bruno estava completamente por ele? Porque se soubesse não faria coisas assim sem pensar duas vezes, aquelas demonstrações de carinho tão singelas e genuínas acabavam com o pouco de dignidade que ele conseguia manter quando estava do lado do namorado.
Se deram as mãos para irem até o avião e Vic percebeu que Bruno estava suando horrores (isso não incomodava) tinha alguma coisa passando dentro daquela cabecinha linda.
“ele tá segurando minha mão na cidade dele!” esse pensamento era digno de assas de tão puro que era, ele também acompanhava vários planos para matrimonio dos quais Vic nem fazia ideia que participava.
Quando viram bala prateada se aproximar as pessoas que estavam cuidando do avião (luzidios) já começara a descer uma coisa que Vic não conseguiu identificar logo de cara, porém conforme foi se aproximando a forma era tão conhecida que chegou a achar graça.
- Se queria me impressionar com suas habilidades de motoqueiro escolheu a forma errada.
- Relaxa amor, eu sei que não me comparo com os Gaudérios, mas eu também quero experimentar a sensação de andar de moto na sua cidade.
- então escolheu o guia perfeito, eu conheço essa cidade como a palma da minha mão.
Vic pegou o capacete que o Luzidio lhe ofereceu e colocou na cabeça subindo na garupa da moto de maneira profissional, Bruno sorriu alegre, aquilo parecia que seria divertido.
Liz chegou em casa e Venus saiu correndo pra sua caminha feliz por estar em um ambiente conhecido, ela se rodou toda virando um bolinho e se deitou na sua caminha, segurando uma pelúcia na boca, ela era a coisinha mais fofa!
Pedro tava meio amuadinho, meio borococho, ele tava com saudades de seus amiguinhos (irmãos Cohen Cevero) e principalmente ele estava repassando a interação da mãe com a outra luzidio, ele parecia não entender muito bem o que tinha acontecido, mas sabia que coisa boa não era, crianças podem ser mais ligadas do que os adultos imaginam.
Pedro preferiu continuar descansando no seu quarto, como criança ele achou a festa meio chata, mas também comeu comidas e docinhos gostosos, isso compensava um pouco, então só queria ficar quietinho no momento.
Com Pedro no quarto as teia de ferro tinham um tempo para conversar seriamente.
- Laura, eu tó vendo fumaça saindo da sua cabeça, o que tanto você pensa?
Laura parecia um pouco desconcertada, bem, Liz as vezes parecia até uma entidade sobrenatural, nada passava despercebido por aqueles arrogantes olhos castanhos.
- Talvez eu não devesse ter ido a festa....
Estava com medo de olhar para a namorada, ela estaria decepcionada? Brava? Aliviada? Não conseguia compreender Elizabeth, tudo nela era um gigantesco enigma, a mais velha era sempre a ultima a ter suas emoções demonstradas, mas quando se tratava de Laura as coisas não eram tão fáceis assim pra Liz.
Sentiu os dedos macios no seu rosto a fazendo olhar pra cima, ela estava seria e um pouco brava, talvez desapontada? Não conseguia ler a expressão na cara dela, sentiu a mãos dela se fechar fazendo sua boca virar um biquinho e a apertar e mexer sua cabeça de um lado pro outro.
- Você é muito teimosa sabia?
E um selinho
- Que?
- Se a senhorita acha, supõe ou suspeita de que não deveria estar na festa, todas essas ideias estão erradas, não tinha uma única pessoa que não estivesse te olhando naquele lugar.
Laura percebeu isso, mas achava que estavam a julgando por ser uma luzidio acompanhando um amor, ou então pelo decote exagerado que Liz tinha escolhido (isso era bem verdade inclusive)
Liz soltou a namorada e deu uma volta inteira nela, Aranhas são predadoras, envolvem as vítimas em suas teias e as assistem sufocar, pra no fim aplicar seu veneno e as ver agonizar, talvez o lugar de Liz realmente fosse com os Cohen, aranhas e cobras possuem técnicas parecidas afinal.
- Olha pra você, tão linda e perfeita... nada nem ninguém jamais tinha prestado atenção em você antes... me pergunto se os Veríssimos são tão cegos a ponto de não conseguirem ver além das tatuagens no seu rosto.
Sentiu os dedos dela na cicatriz ainda um pouco proeminente e com tinta das sessões a laser pra retirar a tatuagem, mesmo não sendo muito vaidosa agradeceu muito por existir maquiagem.
- Eu sei que eles estavam com inveja porque eu te vi primeiro, porque o Alex decidiu investir em nós, e eles tem que ter inveja mesmo...
Ela era muito mais alta e musculosa, se batesse em Liz sem querer era capaz de quebrar um osso da coitada, então por que ela não conseguia se mexer agora? Sentiu a mão ser segurada e então um beijinho ser dado com muita delicadeza, ainda sim a sensação dos lábios dela na sua pele era...incandescente.
- Você e minha namorada, eu escolhi você...eu sou a dançarina mais influente da ordem, eu tenho um relacionamento com todos os herdeiros mais importantes, eu sou uma as melhores amigas do Hartmann que eles tanto procuraram, se algo acontece comigo a ordem inteira se abala, então...Laura, meu amor, eles apenas estão com inveja, por você ser “a vitoriosa”
(nota: O nome da Laura significa “vitoriosa” em outras palavras a Liz disse que a Laura está sendo invejada por ser ela mesma, quem pode com uma mulher apaixonada!)
Sentia as bochechas quentes é uma leve vontade de chorar, não sabia como lidar com Liz, muito menos como agir na frente dos ostros e nem como e portar na frente dos Luzidios que se sentiam traídos por ela, era tanto medo e tantas dúvidas...
- Laura...
Olhou para a namorada com os olhos molhados de lagrimas, o coração de Liz foi atravessado por uma espada naquele momento.
- Sim?
As vezes ela era fofinha demais para seu próprio bem... ou mal....
- Não se preocupe, eu vou cuidar de tudo, eles vão ter que te reconhecer.
Abraçou a namorada e por algum motivo ela ficou ainda mais determinada em fazer suas clínicas com Arthur darem certo.
Carina estava louca pra fofocar sobre o casamento da irmã com Alex, ele como o homem mais doce e romântico que já conheceu na vida iria soltar até fogos e também ajudaria a planejar o casamento se lhe fosse dado a chance, mas a questão não era bem essa, ele também era a garantia de que sua irmã pudesse ter seu final feliz de forma segura.
Viu sua cunhada fumando na varanda com gamba no ombro, a camiseta regata mostrava os músculos enormes e mal seguravam os seios fartos, a grega era uma mulher muito bonita mas acima de qualquer coisa, leal a sua irmã, isso a fazia ser seu ideal de cunhada!
(nota: Ela também gostava do Bruno, mas ele e a Carla não se amavam então o considera um excelente amigo)
- Artemis? O que esta fazendo?
Inocente Carina olhou para o celular da mais velha, mas recebeu seu próprio cabelo na cara, ela sempre foi muito alta, mas comparada a Artemis se achava uma nanica!
- Sua irmã já não falou que é feio olhar por cima do ombro das pessoas?
- Eu nem vi nada!
Carina pegou gamba do ombro da dona e fez carinho, colocou ele apoiadinho na mureta e segurou as duas patinhas o fazendo fazer uma dançadinha, que dono de pet nunca fez isso que atire a primeira pedra, já o pobre gambá nesse momento se perguntava em que momento na vida dele ele tinha deixado de comer lixo pra virar a distração de uma italiana multimilionária? Ele teve uma pequena crise existencial enquanto ela o fazia dançar.
Artemis riu e fez um carinho na cabeça da sua cunhada, os olhos verdes azulados dela eram mais escuros de que de Carla, mais igualmente fofos.
- Eu sempre quis uma irmã mais nova, e agora tenho...
Carina Sorriu, mas quando percebeu o olhar da grega sentiu a tristeza dela se espalhar.
- Você sente falta do seu irmão, não é?
- mais do que sentiria meu coração batendo.
Os olhos dela se viraram para o céu onde uma lua brilhava no mesmo ainda sendo de manhã/tarde.
- A Lua sempre pode aparecer ao lado do Sol, mas a noite ela está solitária, mesmo brilhando por causa dele....
Foi-se feito um silencio bastante pesado e triste, Carina conseguia sentir a dor no olhar que ela direcionava a lua.
- Artemis e Apollo, os nomes mais prepotentes já dados a alguém... por isso eu prefiro coisas simples...mas eu fui muito feliz... dividindo o céu com meu irmão...eu era feliz apenas refletindo o brilho dele...mas quando o sol se põe... a lua não pode acompanhar...
Viu as lagrimas se formarem nos olhos ocre, o vento balançou os cabelos negros em simpatia a sua tristeza, ela também queria ser família para Artemis, então faria de tudo para ajudar a se reerguer quando se tornasse a próxima líder dos Leores.
Letícia estava muito bem em sua casa novamente, tinha se divertindo bastante em certos aspectos e até tirado umas lasquinhas de Ivete, isso era algo do caralho pra ela, mas todo que e bom dura pouco e agora era hora de voltar ao trabalho.
Pegou uma xícara de café e seu notebook e entrou no banco de dados da Ordem, se tinha uma pessoa que ninguém gostaria de irritar era Letícia.
Tristan olhou ao redor de seu apartamento e respirou profundamente jogando o cabelo para trás, preferiria mil vezes estar cuidando dos herdeiros do que ter que trabalhar.
Pegou seu notebook e começou a olhar as estatísticas, ser um um engenheiro petrolifico no momento.
Daniel chegou super feliz e contente em casa, ele escondeu bem os ratinhos entre as bagagens assim o porteiro não os notou entrando com animais.
Joui foi direto pro quarto e caiu na cama pensativo, puxou o celular pra mexer e desbloqueou vendo uma foto dele e de Alex juntos, soltou uma risadinha meio boba.
"A-chan..."
Fechou os olhos sentindo aquele abraço carinhoso cheio de amor, o Jeito que Alex o amava era muito diferente do jeito que ele imaginava que um amor poderia ser, eles eram o amor platônico mais genuíno que já tinha existido.
Alex dava de 100 a 0 nele em questão de tecnologia então quando viu a foto dos dois no celular sabia que ele tinha feito aquilo justamente por saber que Joui nunca conseguiria tirar aquela imagem de fundo sozinho, uma atitude tão infantil quanto amorosa.
"Quando eu voltar eu vou te dar um abração!"
Como pode alguém com aquele trabalho todo ser tão fofo??? Só Alex pra causar aquelas sensação em Joui, isso fez ele parar pra pensar.
"Qual a diferença entre o A-chan e o Cesar?"
Olhou para o teto do seu quarto e então novamente para a tela do celular, aquele doce olhar na sua direção com o sorriso mais sincero que já foi dado na terra, quando pensava em Alex sentia um quentinho no coração, era uma sensação bem gostosa e acolhedora.
Entrou na galeria e deu algumas escroladas até achar uma foto de Cesar, não era a melhor foto do mundo, ainda sim a visão do perfil dele, aquele nariz tão bonito, os longos cabelos negros o leve contorno de lápis preto disfarçando as olheiras fizeram seu coração acelerar, quando olhava para Cesar sentia um frio na barriga e as mãos suando, definitivamente que ligava ele e os irmãs Cohen eram coisas bem diferentes.
Daniel e Aron limparam seus altares e ofereceram coisas frescas neles, ficar no castelo foi legal, mas poder voltar para seus próprios altares era uma sensação muito única.
- Que estranho...
- O que foi filho?
- por algum motivo sinto que tenho que dar maças e romãs como oferenda...
Aron soltou um risinho e fez carinho na cabeça do filho para então virar a cabeça dele na direção da gaiola dos ratinhos de Christopher.
- Parece que nossos convidados tem algo relacionado com isso.
- A mãe do seu Chris chamava Apple...
- bem...eu sempre achei os Cohen bem...interessantes...tenho certeza que vamos receber bastantes visitantes com os ratinhos aqui.
- o que o senhor quer dizer?
- que muitas entidades vão vir ver os ratinhos, porque o dono deles era pra ser algo...mas acabou não sendo graças aos deuses...
- não entendi...
- e é melhor não entender.
(nota: desde a época da Apple os Cohen são “maus” a própria Apple jurou matar todas as pessoas e ameaçou o próprio Deus se o Chris não melhorasse na maternidade, os Deuses viram isso então se interessaram pelos ratinhos de Chris)
- bem eu não trabalho com YHWH (Deus cristão e judaico) mas sinto que ele tá bem aqui no momento.
- Bem os Cohens são judeus, os ratinhos devem ter visto muitas orações e costumes judaicos, ele deve ter vindo ver como eles estão.
Daniel deu de ombros, não iria desrespeitar a entidade de fé de seus amigos, afinal eles nunca o trataram diferente por cota da sua fé, e eles foram os primeiros a ser assim com ele, era muito grato.
Mariana estava bem feliz comemorando na casa de seus pais, suas redes socias estava uma fofura muito grande, mas ela também estava extremamente estressada por não poder se exercitar.
Alex e Cesar sempre faziam alguns exercícios com seu pai, porem aquele velho tinha mais pique do que 30 jovens de 18 anos fazendo os exercícios militares mais complexos depois de ter tomado 2 litros de energético cada um, as vezes Cesar ficava com medo de seu pai ter um troço do coração, da pressão subir e ele desmaiar e cair duro, mas lá estava o senhor mais saudável que os próprios filhos, Mariana era a única que conseguia acompanhar seu pai numa rotina de exercícios, Mariana inimiga do sedentarismo, e ela sentia muita falta disso... estava com saudade do pai e dos irmãos...
A trilha sonora do momento eram os berros de Kezia, aquela ali era o drama em pessoa, enquanto Jasper não fazia barulho, sua filha parecia muito honestamente com uma fanfarra de 7 de setembro, se perguntava como seria a relação delas quando crescessem.
Thiago olhava ao redor aquela quantidade tão grande de pessoas (principalmente crianças) e então olhava para sua filha sentadinha no cadeirão comendo cenourinhas cozidas, logo ela estaria correndo com as primas também (?) ela era tão calma que duvidava que teria alguma vontade de bagunçar no futuro.
- Você se preocupa demais primo...
Se virou pro lado sentindo o ombro ser ocupado por uma cabeleira loira quase branca, instintivamente deu um beijinho, o cheirinho de frutas vermelhas nos longos fios de Dante era quase tão doce quanto o próprio.
- Só estou sofrendo por antecipação.
- Você e mestre em fazer isso...
Outro beijinho no topo da cabeça do loirinho, sentia os dedos finos e macios apertando sua mão, ele parecia pensativo.
- Gaspar?
- Eu estou muito feliz por você Thiago...de verdade...mas eu também estou bastante inveja...
- inveja? De que?
Gaspar parecia muito culpado, se virou escondendo o rosto no braço do primo sentindo o cheiro dele, isso o acalmou bastante.
- Sinto inveja da Jasper por você ser o pai dela...mas n
ão é algo ruim em si... é só... “a...ela tem um bom pai, o pai dela e o Thiago...obvio que ela teria um bom pai”
- ai Dante...
Se virou e abraçou o primo com carinho sentindo que ele precisava mais daquilo do que ele gostaria de expressar, por muitos anos o responsável dele foi Thiago, e isso era um pouco confuso na cabeça de um adolescente, seu apego ao primo vinha de um lugar de muita carência.
- A Jasper e minha filha, mas você sempre vai ser meu herdeiro também, eu amei você e a Bea desde o momento que os segurei no colo, vocês são a única família de sangue que eu tenho, eu Sempre vou cuidar e proteger vocês de tudo e todos.
Sentiu ele apertar o abraço e lhe fez um carinho, achava que talvez fosse bom falar para Arthur marcar uma horinha com Dante, ele pareia meio magoado com algo que nem ele sabia explicar.
Olharam para o lado e viram Bea dançando alegremente com as crianças, ela era tão bonita! Brilhava como uma luz , e ela parecia estar se divertindo bastante com as crianças, Brain também estava no meio a dança, por um segundo acharam que poderia ser interesse, afinal Bea é linda... porém...
- Thiago... o Brian e bem gay né...
Silencio
- Graças a Deus eu não sou o único que vê o açúcar desse cara! Achei que tava ficando louco já!
Os primos riram um pouco e viram pela visão periférica Gonzales vindo com Rosario, sua mãe, pra mesa, Thiago automaticamente teve uma crise de ansiedade, começou a procurar Desirée pela festa, porém os Obscurite estavam bem felizes comendo carne na parte de traz da casa.
- Eu vou infartar...
- percebi...quer meu marca passo?
-.... comediante você em...
- A vida é uma divina comedia meu primo!
Rosário era uma mulher pequenina e fofa, a pele dela era mais escura do que a dos filhos e mais clara que a de sua mãe, ela tinha o cabelo liso de progressiva e algumas rugas aqui e ali, era uma senhora simpática no geral, mas agora na visão de Thiago ele era a criatura mais aterrorizante da face da terra.
- Cariño! Eu trouxe um prato de carne pra você e pro Dante!
- Obrigada Gon!
- obrigado cheri... não precisava....
Mal conseguia olhar pra senhora que o encarava inquisitiva, então olhou para seu noivo e seu sangue nunca subiu tão rápido na sua vida.
Aquele bife estava CRU! Não era mal-passado! Mal tinha marcas de grelha nele, e lá ia Gonzalez enfiar carne CRUA na boca de Jasper, não se importava em ver Gonzalez comendo tudo mal-passado, mas sua filha de 7 meses não tinha nem estomago pra digerir proteína ainda, o pior era que Gon nem parecia perceber o que estava fazendo, porém sua cara deveria estar péssima porque sua sogra segurou o braço de Gon com uma carinha debochada.
- Hijo, una esposa feliz trae paz a la casa, pero su marido no parece feliz en este momento.
Gon olhou pra traz e se olhar matasse aquele boi tinha ressuscitado só pra morrer outra vez de tão puto que o bonitão estava encarando o Bife no prato, lentamente Gon abaixou o bife e ficou sem graça, o olhar de Thiago dizia claramente “você não vai fazer isso!” decidiu obedecer a ordem silenciosa, rosário riu um pouco disso, mas agora era hora de ter uma conversa com seu genro.
- Thiago, me acompanhe até o jardim por favor...
Mark tirou uma foto de Desirée ajoelhada olhando as flores, ela parecia em paz.
- evitou ele por tanto tempo...no final não conseguiu realmente o deixar...
A mulher bonita olhou para o irmão com um olhar triste e de pesar, ainda doía muito e se culpava muito, sabia que tinha acrescentado ainda mais traumas de abandono materno ao Thiago, mas não tinha um dia da sua vida que não se culpasse por aquele acidente, as vezes nem conseguia se olhar no espelho... se não tivesse tido Dominic...tinha certeza que estaria mil vezes pior.
- eu não tenho direito de estar aqui...quer dizer... de estar feliz aqui..
- como assim?
A mais nova dos irmãos olhou para o céu bonito e cheiro do churrasco foi trazido pelo vento, junto com um sorriso dela.
- Quando eu deixei a França pra cuidar do Thiago, eu não imaginava que fosse amar tanto viver aqui, nem que eu faria tantas amizades e seria tão feliz aqui...quando o Thiago caiu daquele cenário eu me culpei muito, ainda culpo, a diferença é que minha culpa me fez me sentir indigna da felicidade que eu vivi nesse pais, como se eu não tivesse esse direito...mas quando eu soube que ele seria pai, e que tinha escolhido o Dominic como Baba...tudo que eu quis foi que meus dois meninos pudessem ser felizes juntos no país onde eu fui mais feliz...O Dominic e o Thiago são os grandes amores da minha vida, e eu quero ver eles felizes juntos, criando as crianças deles juntos... quantas vezes eu me perguntava como seria o relacionamento deles se eles tivessem crescido juntos...será que eles se sentiriam menos solitários? Mas eu fui muito covarde para tentar alguma coisa... mas no fim, foi parcialmente como eu previ...o Dominic é muito mais feliz aqui, e o Thiago e muito mais feliz com ele aqui, e eu sei que meus netos serão felizes aqui crescendo ao lado de Jasper, mas isso não é a coisa certa pra mim... porque eu fui covarde antes... e ainda sou...
Mark fez uma expressão triste e abraçou sua irmã, Dominic seguro as lagrimas e o engoliu sua tristeza, Max o abraçou com carinho e Yuki colocou a mão em seu ombro, ele seria feliz por sua mãe.
Erin parecia mais cansada do que realmente estava, arrumou seus presentes no quarto e então fechou as cortinas ligando a lâmpada que Gal a havia dado, os olhos dela se dilataram vendo as estrelas e constelações, não achava que seu presente estava a altura da sensações que ele a fez sentir, ver ele vulnerável daquele jeito fez algo nela despertar.
- Não se preocupe Gal, eu vou cuidar muito bem de você...
Gal sentiu um arrepio na espinha! Um mal pressagio genuíno, até olhou pros lados pra ter certeza que não tinha passado nada atras dele.
- Por que sinto que me encrenquei sem fazer nada?
- que?
Leo parecia bem distraído no celular, parecia que a conversa com Ivan estava começando a render, Gal não sabia como se sentir em relação a isso... talvez se um pouco abandonado seria uma boa resposta.
- sei lá tive um arrepio...
Leo fez o sinal da cruz, querendo sim ou não, eles tinham sido criados extremistamente católicos, ainda sim seu pai estava atras de livro de bruxas...chegava a ser engraçado, como diz Dante, realmente a vida é uma divina comédia, uma pena que nessa peça eles tinha tirado os piores papeis.
- seja lá o que for que não seja algo destrutivo
Nesse momento infelizmente para Leo, sua cunhada Erin se preparava para criar bombas.
Kennan olhava o feed de Mari com um sorriso triste no rosto, ela parecia bem feliz, e isso era tudo que importava para ele no momento.
Sentiu braços fortes o envolvendo e Miguel sorriu rente sua pele vendo as fotos, duvidava muito que ela estaria relaxada assim se eles estivessem lá, então torcia para que aqueles sentimentos tristes dentro dele desaparecessem também, a felicidade dela era dele, independente das circunstâncias.
No ninho dos abutres Gregório e Ivete estavam pitando no jardim de Ivan, ambos estavam de cabeça cheia.
- Tu tá estranha...
Ivete soltou a fumaça e bateu as cinzas no cinzeiro, não queria falar sobre aquele beijo até Brulio voltar de viagem, precisava de apoio emocional pra lidar com sua mente no momento.
- e tu tá muito bem...bem demais...conheço tua cara Gregório, tu cuidava de mim e do Brulio... a gente sabe quando tu apronta algo...
- e eu também conheço cês dois... e tu ta me escondendo algo...
- como tu também não tivesse...
- tenho meus motivos...
A senhora suspirou cansada olhando pro mais velho, ambos pareciam cansados por motivos diferentes.
- Quando o Brulio voltar a gente conversa...
Gregório suspirou derrotado, porém aceitou, não tinha muito o que fazer...
Enquanto isso Ivan e Murilo no quarto do mais novo pareciam dois adolescentes.
- Me ajuda a responder aqui Murilo!
- Amigão o rei do flerte é tu, eu sei de nada não!
- Quando tu quer tu é pior que o Marcelo... misericórdia....
Murilo riu um pouco e mexeu no celular vendo que seu primo já estava instalado no hotel no rio, seja lá o que estivesse acontecendo lá, torcia para seu primo estar bem.
Samuel olhou para os Primos e suspirou cansado pegando algumas coisas da sua mala, seu plano era simples e perfeito, e tinha os álibis perfeitos para lida com tudo aquilo, só tinha uma coisa que estava fazendo ele se sentir mal no momento.
- Olivia...a gente vai ter que cortar seu cabelo...
Olivia era seria e muito composta, mas ouvir aquilo fez ela ficar tristinha, amava seu afro tão perfeitamente redondinho e fofo, não era a mais bonita das Verissimo dessa geração, mas amava seu cabelo.
- ok..
Samuel ficou bravo!
- não e assim! Se está chateada tem que se expressar!
- Mas... é uma ordem...eu sigo ordens, e meu dever...
Samuel jogou o cabelo para traz e respirou fundo ainda com cara de bravo, ele olhou bem para os primos e fiou se perguntando se devia brigar com eles ou pegar no colo.
- Olivia, você é minha prima acima de qualquer hierarquia da Ordem, eu não vou te dar ordens na situação que estamos, como seu primo mais velho e meu dever te ajudar e te guiar, antes de ser seu “chefe” eu quero que saiba que meu amor por você e tão grande que supera meu senso de dever como herdeiro da ordem... consegue me entender?
Oliva fez sim com a cabeça e Samuel se recompôs um pouco.
- Olivia, você vai ter que cortar o cabelo...
- Eu gosto do meu cabelo...
Samuel sorriu um pouco triste.
- prometo que não vai se arrepender... eu mesmo vou dar um jeito.
E então tirou várias mechas de cabelo sintético da mochila, quite de maquiagem e outros 3mil negócios que Olivia e Jiro não sabiam o que fazer e nem pra que servia.
Cortou praticamente todo cabelo de Olivia e começou a trançar o restante com o cabelo cinético, o processo durou 4 horas, mais o tempo para almoçar e as pequenas pausas foram 6 horas arrumando o cabelo dela, ficou bem bonito, fez uma maquiagem descendo levemente os tons da pele dela e lhe deu uma lente azul, por cima dos olhos laranja ficava meio esverdeado, por algum motivo ela ficou muito parecida com Samuel.
- Aqui... esse documento e original, pertence a uma das minhas primas por parte de mãe que trabalha de modelo fora, eu falei que iria usar então ela não vai precisar pelos próximos 2 anos.
- O que?
- Com isso você consegue viajar nacionalmente e quando ela voltar daqui a 2 anos eu vou te mandar pra fora, também criei uma conta falsa por onde você vai receber um pouco de dinheiro sem registro físico, aqui um celular sem rastreador e número queimado, tem só meu número, assim a gente não perde contato com facilidade.
- Sammy...
- pro plano ficar perfeito vocês vai se misturar na bateria da escola de samba que a família da minha mãe faz parte...depois disso... você tá livre Olivia...seja feliz...
Segurou as mãos da prima e olhou pra ela com tanto carinho que ela ficou até de pernas bambas, ele tinha feito tudo aquilo pro ela, sem questionar ou ficar bravo, ele a colocou acima de tudo... acima da ordem... isso pra ela era quase impensável.
- Jiro... cuida dela...
Segurou a mão do primo e o olhou um pouco mais bravo do que deveria, ainda sim conseguia sentir tanto amor ali...Samuel amava sua família acima de tudo, e não se importava em quebrar as regras por eles.
- Sammy...
- Sammy!!!
- eita!
Nunca tinha sido abraçado com tanta força assim pelos primos, e eles não pareciam querer largá-lo por nada, era como se ele fosse desaparecer, e pra piorar ele era mais baixo que os dois, ele estava bem até começar a ouvir os dois chorando, os apertou forte de volta.
- não chorem... eu vou sempre cuidar de vocês, afinal são meus priminhos que eu amo!
- Sammy... sammy...
- Não vai por favor...
- eu não vou a lugar nenhum... estou aqui....
Sentia as lagrimas deles o molhando, quando votasse teria uma conversa muito seria com seu pai, seu tio e suas tias, as coisas não podiam continuar desse jeito, que tipo de Ordem sua irmãzinha herdaria se todos estavam a flor da pele de tanta pressão, esse não era o futuro que queria para seus primos e irmã.
- pronto... passou...
Tentou se afastar, mas eles pareciam realmente apavorados com a ideia, tinha que fazê-los se aclamarem um pouco.
- Agora vocês podem construir a família que queriam, quando isso acontecer me convide para o batizado...e me coloquem como padrinho pode ser?
Olivia fez sim com a cabeça ainda segurando Samuel com muito mas força do que era necessário, Samuel só conseguiu sair do quarto quando eles colapsaram de estresse, deixou eles dormindo e finalmente foi para o seu quarto, isso já era próximo das 21 horas.
Abriu a porta do quarto e deu de cara com Marcelo lendo algo na varanda, estava calor então achou a ideia ótima.
- Marcelo?
Viu ele fechar o livro e vir até ele bem sério.
- pode sair do modo Secretaria.
Viu o corpo dele relaxar um pouquinho, ele era bastante competente.
- Como estão seus primos?
- Apagaram de cansados.
- A Olívia está bem?
- Na medida do possível sim.
Fez um carinho em Marcelo e se sentou no sofá disponível, seu amor o acompanhou com um pouco de timidez.
- o que fez enquanto eu estava fora?
- Estudei!
Samuel riu um pouquinho e fez um carinho no rosto bonito do mais velho, Carpazinha realmente produzia pessoas bonitas.
- Foi comer no restaurante ou pediu serviço de quarto?
- Só comi uma barrinha do frigobar.
Samuel encarou Marcelo com tanta intensidade que ele se sentiu fuzilado, o carioca se curvou na sua direção o encarando muito sério.
- isso me desregrada profundamente meu amor.
- Então sabe como não apenas eu me sinto quando da a mesma resposta.
Samuel se afastou sentindo uma leve vergonha, isso que dá escolher como amor alguém que tem um arquétipo de protetor.
- Pra sua informação eu comi com meus primos.
- posso saber o que?
- Peito de frango no molho de mostarda com uma side salad e arroz negro.
Marcelo suspirou visivelmente mas tranquilo se aproximou de Samuel encostando sua cabeça no ombro dele.
- isso me tranquiliza.
"Ele é muito fofo"
- Eu vou pedir alguma coisa pra você no serviço de quarto.
Marcelo olhou para Samuel de baixo e ele não estava colaborando com sua causa, engoliu a saliva pensando em um campo florido, filhotes de canguru, patinhos na lagoa...nada surgiu muito efeito.
- Tu vai comer comigo?
Sentiu a mão dele inocente no seu peitoral, ele tinha um leve sorriso nos lábios, e um olhar que gritava "Submissive and breedable".
"Seria muito feio eu falar que eu vou a comer ele de janta?"
- Samuel?
O gaúcho entortou a cabeça fazendo o cabelo escorrer pro lado, os olhinhos castanhos e pintinhas pelo rosto eram um charme praticamente irresistível, tinha que desfocar dele imediatamente!
- Só a entrada!
- pra mim já é uma vitória.
Samuel pediu o jantar de Marcelo e uma sopa pra ele (mesmo estado quase 30° graus) a conversa no jantar foi bem mais de boa, e depois disso ambos tomaram banho pra dormir.
Era muito estranho se sentir ameaçado por Samuel, ele era magro e mais baixo que ele, tinha músculos pequenos, realísticamente falando, ele faixa preta em 5 artes marciais, sendo mais alto, musculoso e tatuado deveria por muito mais medo do que o carioca, mas sentia que ele era um boder colle enquanto Samuel era um cane corso, não sabia muito porque sentia isso, no fundo sabia que entre os dois o bonitão era bem mais perigoso que ele.
Ia dormir no sofá, porém sua sorte não o permitiria uma fuga tão fácil.
- onde pensa que vai?
- Eu não me atreveria a deitar na mesma cama que o meu Veríssimo...
Samuel encarou seu amor por exatos 15 segundos em completo silêncio, o gaúcho nunca se sentiu tão ameaçado na vida.
- Deita agora.
- Sim senhor.
Ficou reto, imóvel, duro na cama, isso arrancou umas risadinha de Samuel, o mais novo se virou e fez um carinho no rosto dele novamente.
- Marcelo...eu não vou fazer nada que você não queira
O moreno alto, bonito e sensual olhou para Samuel e respirou fundo voltando a olhar pro teto.
- Eu sei, o problema sou eu mesmo...
- Como assim?
- Eu te acho atraente demais... queria conseguir manter um pouco da minha dignidade intacta...mas falho miseravelmente...eu nem consigo me aguentar com o mínimo da sua atenção.
Samuel riu e fez mais um carinho no seu amor, dessa vez deu pra ver ele arrepiar.
- Você é adorável, escolher você como meu amor foi realmente a melhor decisão.
As bochechas de Marcelo ficaram vermelhas e ele desviou o olhar bem envergonhado e tímido, ainda sim ele tinha uma dúvida.
- Eu sei que tu devia ter uma lista grande de pretendentes muito melhor qualificados do que eu...sei também que me escolher foi um capricho porque os pros eram muito menores que os contras...sei também que objetivamente falando, estou sendo usado para provar algum ponto em relação a ti...ainda sim...eu preciso saber...por que eu?
Samuel fez silêncio por alguns segundos sem tirar os olhos dos de Marcelo, ele chegou a ficar rosadinho de timidez.
- Eu tenho 2 motivos...
- Que seriam?
- Bem.... Eu sei que parece meio bobo, mas eu queria te dar um prêmio e te agradecer por ter mudado desde que nós conhecemos, você ativamente lutou contra o seu preconceito internalizado e mudou para melhor, principalmente levando em consideração nassa primeira interação 1 a 1.
- Eu ainda me arrependo muito de ter feito tu e o Dante se sentirem mal...de verdade.
- Eu acredito em ti, por isso eu escolhi você como amor, admitir seus erros e mudar é algo de muita força e coragem.
Marcelo sorriu docemente, ele sempre tão sério, mal sabia que tinha um sorriso doce e completamente encantador.
- E a segunda razão?
Samuel respirou fundo e pareceu desconfortável em falar aquilo, não queria parecer prepotente ou pretensioso.
- Porque somos parecidos em um aspecto muito expecifico.
- Que?
- Nós dois colocamos nossa família acima de absolutamente qualquer coisa.
Marcelo engoliu a saliva e piscou bem lentamente, bem, não estava errado, ainda sim...aquilo não era um grande motivo.
- Eu não entendi?
Samuel sorriu e se apaixonou mais de seu amor, ele ficou visivelmente inquieto com aquela atitude.
- Quem é a pessoa pra quem você deseja mais felicidade no mundo?
- Murilo.
A resposta saiu tão rápido de sua boca que nem percebeu, porém Samuel estava sorrindo na sua direção.
- Pra mim e a Mia...a minha irmã é meu mundo, ela e a pessoa mais importante da minha vida, acho que nunca amei tanto alguém como amo ela, cada segundo com ela pra mim vale mais que a minha vida inteira, eu faria tudo e qualquer coisa só pra ver ela feliz.
Ah.... Marcelo entendia isso muito bem, sempre faria tudo por seu primo, ele era sua pessoa favorita no mundo todo, se precisasse arrancar seu coração com uma colher de plástico por Murilo suportaria toda dor com um sorriso no rosto.
- Consigo entender esse sentimento...
- Eu sei que consegue, por isso você é meu amor, por isso eu te pedi para me ajudar com a situação da Olívia... porque você entende que pra mim, minha família é a coisa mais importante.
Marcelo se virou e se aproximou mais de seu Veríssimo o olhando um pouco mais encantado do que gostaria de admitir.
- Sammy...
- Hm?
- Na festa eu ouvi muitas pessoas dizendo que tu não se importava com as coisas...mas eu te acho muito mais ligado e responsável do que quer demonstrar.
- Esse é um segredo nosso.
Deu uma piscadela na direção do gaúcho e sorriu de coração confortado, ter Marcelo como amor foi uma maravilhosa escolha realmente.
O cansaço se abateu bastante em ambos agora, era muito estranho/diferente para Marcelo dormir/dividir a cama com alguém que não fosse um gaudério, ainda sim dormiu muito bem.
Observou o gaúcho por um tempo estava muito feliz por estar ao lado dele e de ter aquele suporte, dormiu tranquilo.
Fabian não tinha cara para olhar pras meninas, mas aquele clima de merda entre eles estava o deixando pior.
- Eu não estou vendo a Olívia...ela está em missão?
A fuga/desaparecimento de Olívia ainda estava muito escondido dentro da Ordem, então não culpava Fabian por perguntar, porém ficou muito triste.
- e-esta...
Layla abaixou a cabeça, estava tão frustrada como o humanamente possível, e também sentia saudades da sua irmã.
Fabian continuou com sua cara sem graça, ninguém ali parecia bravo com ele, talvez desapontados no entanto.
- Fabian...está liberado.
O olhar sério de Balu na sua direção o deixou realmente assustado, ele não tinha coragem de encarar o sogro nos olhos, apenas asentiu e saiu pela porta.
Mia sentiu um amargo na boca e uma sensação ruim, se levantou de supetão com um olhar bravo e muito amargo.
- Mia? Onde você tá indo? O Jhonny pediu para gente ficar aqui.
- Não consigo Naomi...eu quero fazer alguma coisa, tá tudo uma bagunça e isso tá realmente me incomodando.
- Mas fazer o que afinal?
Mia entrou no quarto onde o clima estava UMA MERDA, suas tias pareciam discutir algo muito seriamente em cochichos, uma pena pra eles que Mia tinha força e sua audição era muito melhor do que qualquer um ali.
- Realmente a ideia de um convento não é ruim, ela poderia entrar como noviça e ficar lá durante os anos de restrição, isso também a faria parecer que ela se arrependeu profundamente e quer limpar o seu ato...
- Antonia por mais que eu ache que um período de isolamento seja bom pra ela, a Rebecca é uma princesa e possui direitos e deveres dentro da Ordem... sem contar que ela e a baba das nossas filhas, não podemos simplesmente arrancar ela da vida das meninas desse jeito.
- eu sei disso, também não quero que o Fabian se prejudique, ele é um rapaz tão bom e de respeito, a lealdade e submissão dele são perfeitas para uma princesa da ordem, ele seria um ótimo consorte....
Fez careta ouvindo isso, sentia que não devia ter ouvido esse tipo de coisa, afinal era o destino de sua Prima, olhou ao redor e viu seu pai la fora na sacada do quarto, Jhonny e Rubens estavam cada um de um lado, mesmo de costas eles pareciam cansados...
- Eu não entendo seu comportamento minha sobrinha, desrespeitou tudo e todos ao seu redor em um período de 3 dias, e arrastou o Fabian pro último...não estou falando como líder da Ordem, falo como seu tio, eu te vi crescer, apoiei você e seu irmão e tudo desde o começo...e você cuspiu na cara de todos...por que? Pra que? Birra? Inveja de seu irmão? Inveja do Arthur? Frustração? Eu não sei o que mais você quer Rebecca? Vai ter que se afastar de todos por anos... o Thiago pode parecer imaturo e mimando, mas ele é muito mais inteligente e compreensivo do que você pode imaginar, ele sabe o quanto a distância afeta as pessoas por isso te baniu, era uma chance... e você jogou fora com suas próprias mãos, suas atitudes quase custaram a minha amizade com uma das pessoas que eu mais amei e ainda amo na minha vida, tudo isso... pra acabar na cama com o pobre do Fabian... encrencando ele como colateral...
- tio eu sint-...
- Não Rebecca... chega de desculpas...percebemos que o que sai da sua boca...não tem muito valor...
Nossa isso foi um tapa na cara tão grande...Rubens olhou para sua irmã com honesta dor no coração, Jhonny fez um não com a cabeça, ele já tinha desistido de tentar qualquer coisa.
- seu voo já esta marcado... vamos tentar não fazer mais nada prejudicial durante essas poucas horas por favor, vá pra sua casa na França, viva pacatamente...não humilhe mais os esforços do seu pai.
Mia pode ver a dor se formando no rosto da prima mais velha, ainda sim não conseguia sentir compaixão por ela, já seu pai parecia tão exausto...ver ele daquele jeito era pesaroso.
- seu pai realmente está se esforçando para não desabar Mia...
Olhou para trás e viu seu tio Balu parado quase ao seu lado, ele parecia tão triste...
- Eu queria tanto que meu irmão não precisasse carregar todo esse fardo, mas ao mesmo tempo ele é o único que consegue... olhe bem Mia...essa é a face do líder da Ordem...
Olhou novamente para seu pai, a dureza e responsabilidade em seu rosto e olhar, ainda sim com um toque de solidão e amor, por algum motivo... se lembrou do seu irmão...
🌸💮🗡️⛩️
Enquanto Hidetaka se organizava no hotel que ficaria, no Jun se sentia meio deslocado com sua madrasta estar tão próxima daquele jeito.
- Akemi-san...
- hum?? Ainda não me chamou de mãe? Tudo bem, eu espero mais um pouquinho...
Nunca em sua vida, sentiu tanta timidez em relação a sua madrasta, mesmo quando ele quebrou a perna e ela teve que lhe ajudar a tomar banho na adolescência tinha ficado tão ansioso e desconfortável, não era um desconforto ruim...só era muito esquisito.
Piscou e sua madrasta estava a poucos centímetros o encarando muito de perto, ela colocou a mão em seu rosto e sorriu muito genuinamente, só aquele sorriso fariam homens se jogarem aos pés dela, Joui tinha puxado o sorriso lindo dela.
- Jun, faz um favor pra mamãe? eu preciso falar com a Yome coisas de mulher, poderia dar uma voltinha por favor?
Jun fez sim sentindo as bochechas quentes, aquele tratamento era muito atípico pra ele, foi dar um rolê no Lobbe, enquanto isso Akemi e Yome tinham uma conversa seria.
🌸💮🗡️⛩️
🗑️🔪
Boris acordou com uma ressaca daquelas, olhou pro lado e viu seu irmão dormindo tranquilo e bem pesado, sorriu bem feliz.
Se levantou e se espreguiçou começando o peito um pouco sonolento ainda, olhou no relógio e era por volta das 9 da manhã.
Foi andando pra fora do quarto quando tomou o maior susto já sentido em toda a história da humanidade.
- AAAAAAAAAAAA CARALHO!
- QUE O QUE? O QUE HOUVE???
- Por que tá todo mundo gritando?
Imagina estar dentro do seu quarto e ter um corpo do lado da cama de seu irmão mais velho? E pior esse corpo tá vivo?
- T-Bag por que caralhos você tá aí no chão?
- Queria dormir com o Damir, porém você me mataria se visse na cama com seu irmão eu estaria morto agora, então deitei no chão.
Os gêmeos estavam incrivelmente bravos com aquilo, porém não podiam negar que Boris realmente teria matado T-Bag caso ele estivesse na cama com Damir.
- você é impossível!
- aí....vamos todos levantar pra se arrumar, afinal, nós temos uma reunião com o senhor Hidetaka.
🗑️🔪
💉💚
Depois daquele fiasco Miriã foi para seu quarto, sabia que sua irmã e cunhado estavam brigando, mas estava pouco se fudendo para isso, tinha um novo objetivo/meta.
- eu deveria voltar e pegar o Matheus quando estiver com o Daniel...nós podemos ser uma família....
Pra ser honesta engravidar não lhe era uma ideia agradável, muito pelo contrário, mas se tivesse um filho com Daniel seria um outro jeito de fazer ele estar ligado a ela pra sempre.
Ouviu a porta do quarto abrir e viu sua irmã entrar e ela parecia bastante frustrada e cansada.
-....você ia mesmo machucar ele?
- Não imaginei que ele ia revidar com tanta força... só queria que ele fosse embora.
Mentiu um pouco, se tivesse matado ele seria ótimo, mas não rolou então estava ok com esse fim também.
Raquel olhou para as pernas da irmã e suspirou cansada, Miriã percebeu, aquele assunto não era para aquele dia.
💉💚
❤️👹
Otto e Emanuel assistiram a festa pelo computador, Giovanni não deu muita atenção para os luzidios, estava mais interessado em formar alianças e do que qualquer coisa.
- Otto...como você está?
O hoteleiro parecia abatido, o natal tinha passado e ele não fazia ideia de onde seu bebê estava nem como ele tinha passado o Natal, uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
- temos que nos preparar para para as instruções do senhor Henri e no auxílio da senhorita Clarissa...
Emanuel conseguia enxergar a dor dentro de seu namorado, as vezes se perguntava: "será que ele se arrepende de ter traído a Ordem?" Porém ele era muito covarde para realmente perguntar e ainda mais covarde de ouvir a resposta.
Henri estava outra vez em pé se olhando no espelho enquanto se arrumava, e mais uma vez, ele não reconhecia a pessoa refletida no espelho.
❤️👹
☠️🕸️ Assombrados ☠️ 🕸️
Rodolfo olhava a comunidade de cima da laje, conseguia ouvir as músicas se misturando e via as pessoas se despedindo de seus parentes, que sensação agridoce.
- Seu Rodolfo?
Se virou vendo o namorado.... namorado....tava aí uma palavra que nunca imaginou ligada a ele, sorriu um pouco por isso.
Não gostava muito de datas comemorativas, era sozinho a muito tempo, sempre foi seu pai, seu avô e ele, e quando eles partiram, os gaudérios eram sua família, e depois que rompeu com eles seus pias, agora se sentia confuso por estar passando com Guilherme.
- Só estou olhando um pouco a rua...estou preocupado com meus pias.
- O senhor é um bom chefe, mas gostaria que focasse só em mim um pouco.
Rodolfo soltou um risinho, era bem óbvio quem amava mais naquele relacionamento, e definitivamente não era ele, gostava de Guilherme, amar ele... isso era outra história.
- estou pensando que meu tempo aqui tá passando e eu ainda não cumpri meu objetivo...na verdade me acomodei... isso é frustrante, sinto falta da minha cidade... não me sinto em casa aqui.
Guilherme se aproximou mais e abraçou o senhor com bastante amor e carinho, ele ainda não tinha desistido.
- Então vem morar comigo.
☠️🕸️ Assombrados ☠️ 🕸️
Fernando saiu do carro sorrindo como nunca, ele tinha um objetivo muito amoroso em mente.
Com as doações dos Cohen as crianças tinham ganhado muitos presentes e tido uma ceia maravilhosa, agora no meio das decorações de Natal um trio de primos se divertia inocente.
- o Daddy deve estar lá na onde o Daddy do grampa nasceu.
Eles ainda eram muito pequenos pra entender o conceito de nacionalidade e viagens, mas Agatha tinha uma noção básica de como funciona árvore genealógica.
- É muita longe... então a gente tem que se comportar.
- Eu não vou chorar! Só quando o Daddy e o papai voltarem.
Matheus riu um pouco de Gabi, estava ok em estar ali, mas sentiu muita saudade de Otto, estava se sentindo sozinho...
- Matheus?
Olhou pra trás e com um sorriso lindo e um embrulho colorido Fernando tinha ido ver seu único filho.
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