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História Stupid Love - September 12


Escrita por: One_Bieber

Notas do Autor


IS IT TOO LATE NOW TO SAY SORRY??
CAUSE I'M MISSING MORE THAN JUST YOUR BODY...
IS IT TOO LATE NOW TO SAY SORRY? YEAH I KNOW THAT I LET YOU DOWN

Capítulo 75 - September 12


Fanfic / Fanfiction Stupid Love - September 12

Onde há desejo, haverá uma chama

Onde há uma chama alguém está sujeito a se queimar

Mas só porque queima não significa que você vai morrer

Você tem que se levantar e tentar

– Try, Pink

Levei minha mão lentamente até a minha barriga, em cima do umbigo, aonde continha um corte costurado com linhas e na ponta a linha estava mais solta para mim ir puxando.

Coloquei minha mão na ponta do corte e uma pontada de dor atingiu meu corpo todo fazendo eu soltar um gemido alto de dor.

Minhas mãos tremiam. Puxei o primeiro fio soltando ele do corte e dando um grito entre dentes.

Respirei fundo, estava ofegante, a dor era horrível. Peguei a segunda parte do fio e puxei ela fazendo o fio atravessar dois pontos, abrindo mais um pequeno pedaço. Gritei.

Minhas pernas balançavam fazendo a pequena tabua balançar e meu pescoço apertar. Puxei mais um pedaço do fio, faltava mais duas partes.

Vamos lá Mellany, você consegue, por ele.  Meu subconsciente gritava isso todo segundo.

Terminei de tirar os pontos e minha voz já estava rouca por conta dos gritos. Minha mão tremula tocou na abertura e eu gemi de dor. Olhei para Justin em minha frente que já havia acordado e estava desesperado tentando levantar e gritar. As lagrimas caiam mais ainda em meu rosto.

Fechei os olhos com força e travei meu maxilar sentindo minha mão entrar dentro de minha barriga procurando pela maldita chave. Meu intestino insistindo em sair para fora enquanto a outra mão o empurrava de volta para dentro. Senti um metal gelado tocar na ponta de um de meus dedos e minha mão tentou pegar ele, fazendo um grito estridente sair automaticamente de minha garganta. Puxei a chave coberta de sangue assim como minha mão direita para fora do corte e a esquerda empurrou meu órgão e ficou segurando para ele não sair. Minha mão foi direto para o cadeado atrás da minha cabeça tentando acertar o furo, A tabua não parava de tremer embaixo de meus pés, me fazendo quase escorregar, empurrei a cabeça para frente me sufocando enquanto tentava me soltar.

– PARA! PARA! – ouvi sua voz e empurrei minha cabeça para trás o vendo se levantar e tentar vir até mim, mas os grandes homens o seguraram impedindo isso. – AJUDEM ELA! – ele gritava e então eu sorri fraco.

– Eu te amo. – sussurrei alto o suficiente para ele ouvir.

– NÃO FAÇA ISSO! NÃO SE DESPEÇA! – ele gritou lutando contra os braços que o prendiam. Empurrei minha cabeça para frente novamente me deixando tomar pela dor e então a tabua escorregou, me fazendo ficar pendurada no ar, com a corda apertando meu pescoço dificultando minha respiração. Eu estava sufocando.

Uma vez me contaram que quando você esta prestes a morrer o seu corpo libera uma carga de endorfina tão forte que faz com que seu cérebro receba uma instantânea mensagem, nesse momento falaram que toda sua vida passa bem na sua frente, diante de seus olhos. Os momentos bons, momentos ruins, felicidades, tristezas, família, amigos, infância, adolescência, sorrisos, brigas...

Mas isto não aconteceu.

A única coisa que se passou pela minha cabeça foi ele. Em como seu sorriso é perfeito, em como seu cheiro é doce, em como seu toque me arrepia e me deixa alucinada, em como sua risada é gostosa de se ouvir, e em como aqueles perfeitos olhos caramelados conseguem deixar qualquer um preso, como uma armadilha, um caminho para o pecado.  E então foi como se ele estivesse bem ali, do meu lado, segurando em minha mão. Era estranho que tudo ficava perfeitamente bem com ele por perto. O medo que eu estava sentindo foi embora, eu então consegui me esquecer do mundo, dos erros, dos acertos e das pessoas. Eu não pensei em nada, apenas nele. Consegui ouvir sua risada nitidamente e eu consegui em meio a todas aquelas lagrimas, sorrir. Eu nunca pensei que eu pudesse amar alguém tanto a ponto de morrer por ela.

Fechei os olhos sentindo meu corpo ficar cada vez mais leve. Justin não soltou minha mão e então eu senti seus braços envolvendo meu corpo no seu e me apertando contra ele, mas eu não estava preocupada, porque sabia que de agora em diante tudo ficaria bem. Não ouve flashs, eu não vi minha família, não vi meus amigos. Eu vi ele e apenas ele. Justin Bieber, ele definitivamente foi a última pessoa que eu vi antes de tudo se apagar.

 

12 de Setembro de 2015

Justin Bieber - Point Of View

 

E eu estou me sentindo tão pequeno

Foi demais para minha cabeça

Eu não sei absolutamente nada

E eu tropeçarei e cairei

Ainda estou aprendendo a amar

Estou apenas começando a engatinhar

 

Meus gritos não adiantavam para nada, ela estava em minha frente balançando em uma corda, presa apenas pelo seu pescoço, enquanto sua barriga escorria sangue, seus braços jogados ao lado do corpo e as pontas dos dedos deixavam o sangue pingar. Olhei a chave no chão e meus olhos queimarem.

Senti os braços ao meu redor se afastarem e então eu corri até ela, peguei suas pernas e as ergui fazendo seu corpo levantar.

Por favor volte a respirar.

Por favor.

Me abaixei pegando a chave no chão e corri até uma cadeira ali perto, arrastei até Mellany e subi em cima, segurei seu corpo com uma mão apenas e com a outra soltei o cadeado fazendo seu corpo cair no chão, me joguei no chão tentando reanimá-la. Fiz respiração boca a boca e massagem cardíaca. Nada.

Olhei para trás vendo os caras correndo para fora do quartinho e ouvi o barulho dos carros e tiros.

– Não faça isso comigo. – sussurrei a abraçando. – Não faça isso consigo mesma. – apertei ela fortemente contra mim. – Não me deixe. – Falei colocando sua cabeça em meu colo e massageando seus cabelos. – tudo vai ficar tudo bem. – dei um beijo em sua testa e me levantei indo ajudar meus amigos a pegarem esses caras. Corri para fora do quarto dando uma última olhada em Mellany, uma última olhada antes dela virar um verdadeiro cadáver.

Achei um cara morto no corredor e peguei sua arma,  corri com o pouco de forças que ainda me restavam até o lado de fora aonde alguns carros fugiam e alguns homens morriam. Alguém bateu em minhas costas me fazendo virar vendo Ryan atrás de mim, olhei para ele e então eu finalmente me dei conta do que estava acontecendo, soltei a arma no chão e o abracei, abracei ele tão forte enquanto os soluços escapavam de minha boca.

– Ela se foi. – eu desesperadamente falava quase me sufocando com minhas próprias lagrimas.

– Ei cara, calma. – Ryan falava. – Está tudo bem, tudo bem. – ele disse.

Mas ele não entendia. Ele não estava sentindo aquela dor. A minha dor. Ele não estava lá quando ela caiu. Ele não estava lá quando ela tentava se sacrificar para me salvar. Ele não viu ela balançando sem ar. Ele não ouviu seus gritos. Ele não era o motivo de sua morte.

– Vamos pegar o corpo dela e ligar para uma ambulância. – Chaz disse chegando perto de nós. Ele me deu em abraço rápido e falou algumas palavras. Entramos na casa e descemos as escadas indo para o quartinho. A porta estava aberta mas a sala estava vazia. Entrei na sala e olhei ao redor procurando por ela.

– Tem certeza que ela estava aqui? – Ryan perguntou encarando as poças de sangue no chão, e todas as coisas torturantes que aconteceram a um curto tempo atrás vieram a minha mente. Os gritos. O sangue. As lagrimas. Sua dor. Então eu apaguei.

Acordei no dia seguinte estava no hospital com uma costela quebrada e a perna que eu levei o tiro enfaixada.

Passei o dia todo deitado na cama do hospital com o pessoal no quarto, todos com a mesma cara de morte e a voz de tristeza, e eu tenho certeza que ficariam assim por muito tempo.

Ninguém tocou naquele assunto. Apenas jogamos algumas conversas foras, e falamos um pouco sobre o enterro que seria hoje, seria com um caixão fechado pelo fato do corpo não estar presente.

A melhor parte do dia foi quando Kimberly, Amy e Dylan vieram no hospital me ver, nós brincamos e conversamos, até rimos um pouco, mas então tudo voltou a ficar mórbido e triste quando Kimberly pediu quando sua mãe iria vir me ver. Todos ficaram quietos sem saber o que falar.

– Eu não sei pequena, mas acho que não ira demorar. – falei para ela e passei a mão em seus cabelos.

Tive alta quase no final da tarde, pois seria o velório de Mellany. Pedi para Ryan levar eu e as crianças juntos, eu não queria mais sair de perto deles. Já aconteceram coisas o bastante nesse pequeno tempo que estivemos juntos.

Desci do carro com ajuda do Ryan e me apoiei nas muletas, Kim, Amy deram as mãos uma para a outra e Amy deu sua outra mão para Ryan, que segurava Dylan no colo.

Respirei fundo vendo o cemitério em minha frente.

Diga alguma coisa, estou desistindo de você

Me desculpe por não ter conseguido chegar até você

Eu teria te seguido para qualquer lugar

Diga alguma coisa, estou desistindo de você

E eu engolirei meu orgulho

Você é a pessoa que eu amo

E estou dizendo adeus

Chegamos lá e já tinha algumas pessoas, os nossos amigos, minha família, alguns conhecidos e até desconhecidos. Tinha um padre lá, ele falou coisas sobre Deus e a vida eterna, falou algumas outras coisas sobre morte e depois foi a hora de descer o caixão, eu comecei a chorar mais do que antes, o desespero estava tomando conta de mim. O sol já estava dando lugar para a lua quando terminaram de descer o caixão. Eu joguei uma flor que estava em minha mão lá em baixo, em cima dela.

– Eu te amo. – falei baixinho assim que voltei para o meu lugar.

Entreguei uma flor para Kimberly e ajudei ela a jogar a flor na cova, ela não sabia o que estava acontecendo, ela não sabia que era sua mãe que ela estava enterrando. Depois ajudei Dylan a jogar uma florzinha para ela e então começaram a jogar terra em sua cova.

Depois que as pessoas começaram a ir embora, eu olhei mais uma vez para seu tumulo, sua foto e para as escritas.

Saudades eternas daqueles que tanto te amaram.

Mellany Jordan

23 de Maio de  1995

12 de Setembro de 2015

 

Pedi para Ryan levar eu e as crianças para um lugar que eu costumava ir quando me sentia triste, dei o endereço e expliquei aonde ficava, chegamos no topo da montanha tendo a visão de toda a cidade com as luzes acesas e com a incrível noite estrelada.  Deixei minhas muletas com Ryan que estava um pouco afastado de nós e peguei Dylan no colo com um pouco de dificuldade, com a outra mão eu segurei a mão de Kimberly que segurava a de Amy

– Dâsten. – Kimberly puxou minha mão. – cadê a mamãe? – ela olhou para mim com os olhinhos tristes.

Olhei para as estrelas no céu e vi uma bem brilhante, sorri e olhei para Kim que ainda me encarava, depois olhei para Dylan escorado em meu peito.

– Estão vendo aquela estrela bem brilhante lá no céu? – perguntei olhando para ela e eles olharam e logo falaram que sim. – Então ela é a mamãe. – eu disse e logo comecei a chorar. – e ela prometeu que vai ficar de olho em nós lá de cima, nos ajudando, nos protegendo e nos amando. – minha voz saiu arrastada por conta do choro.

– E quando a gente vai ver ela de novo? – Kim perguntou ainda olhando para a estrela.

– Daqui muito, muito tempo. – eu falei e apertei mais Dylan contra mim.

E do fundo do meu coração, se você estiver ouvindo Mellany, eu te amo, eu sempre te amei e eu sinto sua falta. 


Notas Finais


SE EU CHOREI? CHOREI MESMO! IDAI
Onde há desejo, haverá uma chama
Antes que falem sobre plagio eu algo assim, eu não plagiei! eu me inspirei em duas escritoras que eu amo!!!
Bom...NÃO BRIGUEM COMIGO!!!!
Eu sei que isso foi beeem tenso, ngm esperava por isso, butttttttt é isso ai, tem mais muitos capitulos por vir e então continuem lendo!!
Amo vocês!! Beijos!!!
TO COM O CU NA MÃO
I WANT YOU TO KNOW THAT I'M ALL YOURS
essa frase nunca foi tão jellany na vida
(Eu quero que você saiba que eu sou toda sua)
SAUDADES ETERNAS DAQUELES QUE TANTO TE AMARAM MELLANY <3
trechos de Say Something


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