História Stupid Love - Sister

Ei amor, sou eu

Só queria ligar para dizer que

Eu te amo muito, muito, muito, muito.

Só queria que você soubesse que você é minha princesa

E que é digna de todo o amor do mundo

Você é o amor da minha vida.

- Love will remember

Se eu falasse que o clima entre nós dois depois do que ela disse ficou um completo mar de rosas, eu estaria mentindo.

Ela simplesmente se afastou depois que disse aquelas três palavrinhas.

Levantou e começou a caminhar em direção do mar. A jaqueta foi a primeira coisa que abandonou seu corpo. Meu peito subindo e descendo rapidamente em êxtase vendo ela segurar as barras do vestido e começar a puxar para cima não se importando se alguém visse ela.

Logo as únicas peças que cobriam seu corpo com alguns hematomas eram seu sutiã branco e sua calcinha de sapinhos, não consegui conter o sorriso vendo a água do mar bater em seus tornozelos quando ela tirou o sutiã. Suas mãos pararam nas laterais da calcinhas brincando com o elástico, ela virou a cabeça me encarando com o canto dos olhos.

– Você não vem? – perguntou antes de deixar a calcinha descer por suas pernas e continuar caminhando em direção ao fundo do mar. Nem me prestei a olhar para os lados ver se alguém naquela praia estava olhando, apenas deixei minhas mãos arrancaram minha camisa pela gola e descerem meu shorts em uma rapidez significativa. Corri em direção ao mar vendo Mellany desaparecer dentro da água e assim que pisei no mar senti meu corpo tremer por conta da água fria. Olhei para frente procurando por Mellany e vi ela emergindo da água com os cabelos jogados para trás grudando na nuca e costas. Abracei meus braços caminhando rapidamente em direção a ela, que já estava com a água batendo nos ombros.

Assim que cheguei nela ela sorriu erguendo uma das sobrancelhas. Ela olhou para meu rosto antes de passar a mão por ele e sorrir.

– Você esta com uma bonita marca aqui. – ela riu e só então percebi que não tinha me olhado no espelho desde nossa briga. Eu deveria estar com um belo roxo no rosto.

Antes de retrucar alguma coisa vi as marcas de minhas mãos em seu pescoço e decidi ficar quieto.

– Como você está quieto Justin! – ela falou revirando os olhos. – Pelo que me falaram você não era nada romântico e grudento.

– Luke nem me conhecia para falar algo assim. – foi minha vez de rolar os olhos, vi ela apertando a mandibula.

– Acho que iremos nos desentender se falarmos do Luke. – ela disse e eu suspirei concordando. Ficamos em um silêncio por alguns minutos apenas olhando para o mar. – Você acha que se eu fugisse de tudo isso não seria melhor para todos? – ela perguntou se virando para mim.

– Acho que eu poderia te ajudar. – estreitou os olhos me encarando por alguns segundos antes de jogar água em meu rosto e me empurrar para baixo da água, afundei por alguns segundos e quando voltei para cima ouvi ela rindo enquanto me olhava. – Você está maluca? – perguntei rindo e logo comecei a ir em sua direção. Ela arregalou os olhos tentando fugir mas eu puxei sua cintura rapidamente a girando deixando ela virada de frente para mim. Sorri maldoso e puxei nossos corpos para baixo.

Não precisei abrir os olhos para encontrar sua boca e começar um beijo eufórico.

O beijo foi rápido, pois precisávamos respirar. Assim que subimos Mellany agarrou meu pescoço puxando meu corpo para ela e me beijando, suas pernas se enroscando nas minhas enquanto minhas mãos apertavam sua cintura a puxando para cima até se encaixar em minha cintura.

Eu conseguia sentir a sua intimidade tocando meu membro por cima da cueca. A água gelada não gelava nossos corpos quente, e o ar parecia não significar nada para nós.

Se eu falasse que rolou alguma coisa a mais além de amassos, eu estaria completamente mentindo.

Alguém que estava chamou a policia que ficou soprando um apito para chamar nossa atenção. Nós rimos e começamos a voltar para a praia. Eu não me importei em estar de cueca enquanto saiamos da água em direção ao policial. E Mellany também não parecia se importar de estar completamente pelada, os garotos que estavam ali agora também pareciam não se importar e nem o policial parecia se importar. Mas eu me importava.

– Coloque seu vestido. – falei quando estávamos na areia, ela deu uma risadinha e foi em direção as roupas. Assim que parei em frente ao policial e ao homem que chamou ele, percebi que nenhum dos dois notou minha chegada. Franzi o cenho seguindo o olhar das poucas pessoas que estavam na praia.

Mellany, ainda pelada, estava torcendo o cabelo para tirar a água. Aquilo era extremamente sexy. O jeito como ela fazia aquilo era tão... Impossível de descrever, ela parecia saber que tinha uma platéia e abusava disso, mas ao mesmo tempo parecia ser tão ingênua. Ela se abaixou para pegar o vestido, mas ela não se empinou nem nada, apenas o pegou e colocou o vestido o deixando molhado com seu corpo.

Ela se virou lentamente para mim e sorriu. Eu estava abobado, o policial estava abobado, todos estavam abobados. Mellany começou a caminhar em nossa direção e tudo parecia estar em câmera lenta, o jeito como seu quadril se mexia para os lados e como os braços balançavam com o movimento do corpo, como os peitos se mexiam de maneira extremamente excitante por baixo do vestido, e como os cabelo molhados a deixava mais sexy que o normal.

As coisas só pareceram voltar ao normal quando ela encostou o braços em meu ombro se apoiando e sorrindo para o policial.

– E ai? – ela perguntou divertida olhando par nós três.

– É.. Harm... Hm... – o policial engasgava nas palavras olhando para ela e eu não duvidava que se eu abrisse a boca não estaria do mesmo jeito.

– Uhum? – ela perguntou se divertindo com o jeito abobalhado de todos. O policial engoliu em seco a olhando de baixo para cima.

– Vocês devem saber que – o policial arregalou os olhos quando Mellany abaixou um pouco umas das mangas do vestido e começou a passar a mão pela parte do peito que o decote não cobria, de maneira sedutora.

– Está tão quente hoje. – ela disse começando a passar a mão pelo corpo, eu estava começando a me sentir apertado dentro daquela cueca. – Eu gostaria tanto de um banho delicioso e gelado. – Mellany fez uma cara completamente prazerosa fingindo imaginar um banho. Tudo que eu queria era fuder ela ali igual no nosso primeiro encontro. – Uma água de coco. – ela disse com um fraco gemido enquanto mordia os lábios.

– Se você quiser me acompanhar até aquele quiosque, posso te pagar uma água de coco bem gelada. – o policial disse encarando Mellany quase babando.

– Nossa, isso será uma ótima idéia. – ela sorriu fazendo aquela cara de anjo que só ela conseguia fazer. – Justin, pegue meu casaco e coloque uma roupa. – ela disse mandona enquanto pegava no braço do policial e começava a seguir para o único quiosque daquela praia.

Revirei os olhos indo em direção as nossas coisas, peguei seu casaco e coloquei meu shorts segurando minha camisa no braço junto com seu casaco. Assim que voltei a olhar para praia notei a mesma fazia. Franzi o cenho procurando os garotos que antes estavam jogando bola e não vi ninguém. Dei de ombros e comecei a caminhar em direção ao quiosque e assim que cheguei na frente do mesmo arregalei os olhos vendo todas as pessoas da praia lá. Não eram muitas mas era um numero significativo.

Procurei por Mellany e a vi sentada em uma mesa conversando com os garotos como se nada tivesse acontecido a cinco minutos atrás.

Puxei uma cadeira e me sentei perto da mesa apenas observando como todos comiam na mão dela. Mellany me avistou alguns segundos depois e sorriu de canto. Ergui uma sobrancelha e continuei prestando atenção, até meu celular começar a tocar e o nome de Alfredo aparecer na tela.

– Fala. – falei assim que atendi.

– Estamos com problemas, dude. – não era a voz de Alfredo, e sim de Chris.

Não consegui responder pois ele desligou na hora. Engoli em seco e empurrei a cadeira para trás me levantando em um pulo.

– Mellany, vamos! – falei alto o suficiente para ela e todos me olharem. Ela percebeu meu rosto preocupado e nervoso e em duas piscadas de olhos ela estava do meu lado caminhando para fora do quiosque. Alguns homens ficaram me perturbando enquanto eu caminhava rapidamente e Mellany me seguia.

– O que aconteceu? – ela perguntou preocupada.

– Quando você confiar em mim e eu em você eu conto. Agora você trabalha para Luke, não vou te dar informações. – disse e ouvi ela bufar.

– Se você não me der informações, Luke vem atrás de mim e me leva de volta. – pude perceber o jeito que ela falou, ela estava debochada.

– Então a gente vai começar uma guerra. Das grandes. – falei e olhei de relance para ela vendo o pequeno sorriso no canto de seu rosto.

– Justin. – ela chamou o que me fez parar e olhar para trás para encará-la.

– Fala.

– O amor chega devagar. – ela disse eu sorri.

Mellany Jordan, Point Of View

Não demorou muito para que chegássemos na casa de Alfredo, Justin desceu rapidamente do carro colocando a camisa e eu arrumei um pouco meu cabelo colocando a jaqueta por cima do vestido e colocando as rasteirinhas nos pés. Não me importei com a areia raspando nos meus pés enquanto eu caminhava em direção a casa.

Assim que coloquei os pés lá dentro, vi alguns dos amigos de Justin e uma garota alta e morena. Eles se viraram para mim por conta da batida da porta e eu senti minhas bochechas corarem com a atenção. A garota ficou quase pasma ao me ver.

Talvez ela fosse outra que achasse que eu estava morta.

– Eu ainda não me acostumei a ver a Mell. – um loiro dos olhos azuis falou.

– Ninguém se acostumou, Ryan. – outro garoto com um topete preto falou.

– Você não podem falar de mim enquanto estou aqui. – falei passando por eles subindo as escadas rapidamente.

– Ela esta sem calcinha? – ouvi alguém perguntar e reprimi a risada encarando as portas da casa. Nunca tinha subido no segundo andar, só naquela festa fiquei no andar de baixo e depois foi para o porão. Empurrei a primeira porta e agradeci a quem quer que tivesse lá em cima, por ser um banheiro.

Entrei no mesmo e lavei o rosto e as mãos. O banheiro não tinha chuveiro então eu estiquei meus pés e coloquei na pia para tirar a sujeira, deixei as rasteirinhas num canto e lavei as mãos de novo. Arrumei meu cabelo e sai do banheiro descendo as escadas.

Vi todos sentados no sofá, menos a garota de antes.

– Que horas a gente vai pra casa? – perguntei ignorando os olhares dos garotos em mim. Não olhares maliciosos e sim desconfiados e perplexos.

– Não temos casa, Luke explodiu ela. – Justin disse e eu estreitei os olhos bufando.

Eu vou matar Luke! Literalmente falando, obvio.

Percebi que ninguém falou mais nada apenas me encaravam.

– Já entendi! – joguei as mãos para o alto. – Vou sair e vocês podem continuar a conversar... – rolei os olhos e me virei para ir para a cozinha.

– Não, Mellany. – ouvi a voz de Justin. – Venham aqui por favor. – sorri animada e tirei o sorriso do rosto ficando seria na hora de virar.

– O que? – falei me aproximando.

– Senta. – um dos garotos disse e eu franzi a sobrancelha olhando para ele. Sentei e vi todos me olhando.

– Parem de me olhar, caramba! – falei frustrada e eles assentiram começando a olhar para Justin que segurava um papel em mãos. – O que é isso? – perguntei.

– Quantos anos você tinha quando seus pais morreram? – Justin perguntou e eu engoli em seco ficando com a coluna ereta.

– Porque? – perguntei o encarando.

– Apenas responda as perguntas.

– Olha eu não sei o que meus pais tem a ver comigo e com Luke, então por favor, não falem deles em vão! – pedi sentindo o desconforto no peito.

– Não vamos falar deles em vão. Eu prometo. – Justin disse e eu assenti apertando os lábios. Todos ficaram em silêncio enquanto eu respirava fundo.

– Eu tinha uns cinco anos. – falei por fim.

– E você tinha algum parente? Tias? Primas? Irmãs? – enruguei a testa com sua pergunta.

– Não. – dei de ombros. – Procuraram por parentes meus por meses e ninguém nunca entrou nenhum, então fui direto para o orfanato.

– E seus pais – Justin me encarou procurando ver se eu iria mentir. Mas eu estava mais prestes a chorar. – Eles sempre foram casados? Ou tinham outros relacionamentos. – perguntou.

– Eu tinha cinco anos! – eu falei com a voz falha segurando as lagrimas que queriam rolar pelo meu rosto. – Eu não faço a menor idéia! – fechei os olhos respirando fundo. – Eu não sei nada sobre minha família.

– Mellany, eu acho que nós – interrompi a pessoa que estava falando

– Eu não quero falar com ninguém que não seja ele. – apontei minha cabeça para Justin que suspirou e fez um gesto para os garotos saírem.  – O que está acontecendo? – perguntei confusa e então Justin ergueu o papel em minha direção, me fazendo notar que era uma foto.

Na foto aparecia uma mulher com uma roupa preta e os cabelos castanhos amarrados em um rabo de cavalo alto. Ela segurava o óculos na mão como se tivesse acabado de tirar ele. Eu franzi o cenho reconhecendo o rosto dela.

– Você conhece ela, Mellany? – Justin perguntou cauteloso.

Pensei bem olhando para a foto e então como um flash, eu lembrei.

Era a mulher que me chamara para conversar no dia que as meninas sumiram no shopping. Ela me deu o telefone para mim falar com Luke.

– Não. – respondi ainda olhando para a foto.

– Tem certeza? – perguntou desconfiado e eu levantei o olhar para ele semi cerrando os olhos.

– Tenho. – grunhi. – Quem é ela? – perguntei voltando a olhar a garota.

– Olha, Chris pesquisou muito bem quem é ela. E ele tem toda a certeza de que o nome dela é Emma. – ele disse e eu rolei os olhos.

– Quem é Emma? – bufei impaciente começando a sentir meu corpo grudar por conta da maresia e do vestido molhado.

– Emma Jordan, sua irmã.