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História Stupid Love - Fucking fucked


Escrita por: One_Bieber

Notas do Autor


HELLO
HOW ARE YOU?
não aguento mais olhar essas letrinhas, socorro

Capítulo 90 - Fucking fucked


Fanfic / Fanfiction Stupid Love - Fucking fucked

" E se nós morremos apenas uma vez

Eu quero morrer com você. "

– Something I need, OneRepublic

 

Luke separou nossos lábios depois de alguns instantes, meu coração estava acelerando, era como se todos tivessem do nosso lado nos vendo. Eu me sentia culpada por um mísero toque de lábios.

– Porque você fez isso? – perguntei ainda com os olhos fechados, senti sua mão passar pela minha mão e tirar a faca dela. Suspirei sentindo seus lábios fazendo uma trilha em direção a minha orelha. Mas antes mesmo de abrir os olhos ou fazer qualquer outra coisa, senti minhas costas chocarem com força contra a parede e Luke me prensar nela com a faca contra meu pescoço.

– Você acha que eu não fiquei sabendo da sua fofoca? – ele sussurrou no meu ouvido e eu arregalei os olhos. – Você deveria ter ficado quieta, Mellany. – engoli em seco sentindo a ponta da faca raspar na minha clavícula. Ergui mais o pescoço na tentativa de me afastar. – Eu só não te faço aprender uma lição agora pois você correria para a assa de Bieber e choraria como uma garotinha! – ele se controlou para não gritar.

– Você não sabe o que está falando. – falei baixo, deixando as palavras entrecortadas. Luke riu fazendo a faca tremer em meu corpo.

– Acha que eu não sei? – ele sorriu de forma maldosa e eu apenas tentei me encostar mais na parede para me afastar mais ainda. – Acha que eu não sei do seu showzinho na praia? – ele tirou a faca do meu pescoço a abaixando na altura de sua cintura.

Ele prensou seu corpo mais ao meu e aquele foi o momento perfeita para dar-lhe uma cabeça que o fez tombar para trás. Ele ergueu a faca de maneira que me acerta-se, mas apenas ergui minha perna chutando sua mão. O fato de não estar com nenhuma roupa, além da calcinha na parte de baixo, facilitou o golpe de última hora. Luke me prendeu na frente de seu corpo segurando em minhas mãos, fiz uma força contraria a sua o obrigando a soltar e o chutei para trás, virando meu corpo rapidamente chutei um dos seus joelhos que cedeu e logo chutei o outro fazendo ele cair no chão. Eathon não deixou por esperar, agarrou em minhas pernas me puxando para baixa fazendo meu queixo bater com força contra o chão. Minha visão falhou por alguns segundos enquanto sentia o gosto de sangue em toda minha boca. Logo senti o chute em minhas costelas, com a dor me virei de barriga para cima e vi Luke em cima de mim, ele se agachou e segurou meu rosto, senti o sangue escorrer pela minha bochecha enquanto ele sorria.

– Você não vai conseguir derrotar o cara que te ensinou, querida. – ele disse ironicamente apertando mais meu rosto, senti minha boca formigar. – A próxima vez que tentar algo, certifique-se de que é boa o suficiente. – soltou-me de forma bruta após falar aquilo. Ergui meu corpo, me sentando e coloquei a mão nas costelas doloridas. – A propósito, – ele disse pegando a faca do chão e a avaliando. – vim aqui para lhe informar que estou saindo do Brasil, para uma viagem de negócios na Rússia e quando eu voltar para Atlanta eu quero que você me leve Justin Bieber, vivo.

Mordi a língua para não falar sobre Emma.

– E se eu não levar? – atrevi-me a perguntar, ele me encarou e diferente do que eu pensava, ele sorriu.

– A cabeça dos seus filhos irão ficar ótima na minha parede.

 

Justin Bieber - Point Of View

 

Acordei com o barulho de Dylan chorando, abri os olhos notando que Mellany não estava mais dormindo. Me levantei e vi Dylan praticamente berrar para alguém tirar ele daquele mar de xixi. Bufei com raiva por não ter colocada fralda nele. Me aproximei da cama o pegando no colo e sentindo seu corpo molhado.

– Que nojo, Dylan! – falei segurando ele longe do meu corpo, seus berros estavam me irritando, mas o pobrezinho não tinha culpa.

Entrei no banheiro deixando Dylan sentado na pia, abri a torneira na água morna e assim que ela começou a esquentar coloquei ele dentro, não demorou um minuto para ele parar de chorar e começar a brincar com a água da torneira. Esperei que ele estivesse molhado e comecei a tirar a roupa dele. Depois que terminei que tirar sua roupa, fiquei de cueca e entrei no chuveiro com ele.

Demorou 30 minutos para sairmos do banho, e assim que saímos enrolados em toalhas do banheiro, vi Mellany se olhar em um espelho no quarto. Coloquei Dylan em nossa cama improvisada já que  a que ele dormiu ainda estava molhada.

Me aproximei de Mellany que não tinha se virada para mim ainda, abracei seu corpo e ela se mexeu parecendo desconfortável, franzi o cenho a largando.

– O que aconteceu, Mell? – perguntei a encarando.

– Nada. – ela deu de ombros olhando para as unhas. Segurei em seus ombros a virando para mim, me choquei ao ver a parte de baixo de seu rosto roxa e a boca cortada.

 Quem fez isso?

– Ninguém. – ela disse mexendo o ombro brutalmente fazendo minha mão sair dele. – Eu cai no chão e me machuquei. – deu de ombros e saiu de perto.

Mellany caminhou em direção a Dylan e o secou bem direitinho enquanto eu os observava. Dylan ficava brincando com o cabelo de Mellany enquanto ela fazia cócegas nele.

– Precisamos de roupas. – ela disse se virando para mim com Dylan no colo.

– Vou pedir para Rebecca. – falei e sai do quarto procurando por Pattie, assim que a achei fui até ela. – Mãe, peça para a Rebecca uma roupa emprestada para Dylan.

– Claro, filho. – ela disse e quando se virou para sair, ela parou e me olhou novamente. – Suas roupas e a da Mellany estão secas, já levo para vocês. – Assenti e voltei para o quarto.

Dylan estava deitado na cama improvisada brincando com um bichinho de pelucia qualquer e Mellany estava escorada na parede olhando para a janela enquanto apertava a pele do pescoço com certa força.

– Mellany? – a chamei e a mesma nem me notou. – Mellany?! – caminhei até a mesma e toquei seu ombro fazendo-a dar um pulo de susto.

– Pregou-me um susto, Justin! – ela falou nervosa.

– O que está acontecendo com você? – perguntei confuso, Mellany apenas negou com a cabeça e logo ouvi Pattie bater na porta. Olhei para trás e vi ela deixar nossas coisas em uma parte seca da cama. A mesma saiu sem falar uma palavra.

– Vou trocar de roupa, com licença. – Mellany disse e saiu para o banheiro. Bufei e coloquei rapidamente minha roupa e troquei Dylan.

Mellany estava demorando no banheiro então apenas peguei Dylan e sai do quarto, desci as escadas vendo Amy, Kim e Matt deitados no sofá assistindo televisão. Caminhei até a cozinha e vi os garotos comendo, eles me cumprimentaram e deram um espaço na mesa para mim e Dylan sentar. Olhei no relógio na parede e o mesmo marcava 10:17 AM.

– Kelmer falou comigo durante a madrugada, ele disse que já acharam a Emma, estão na cola dela. – Chris se pronuncio quando começamos a falar de trabalho.

– Vamos para lá então! – exclamei obviamente.

– As vezes eu agradeço por ser o gênio aqui... – Chaz murmurou fazendo alguns rirem. – A policia ta totalmente procurando os criminosos que roubaram o banco, se a gente der as caras eles vão interrogar. – Passei uma das mãos pela testa pensando em alguma coisa, mas nada parecia vir a mente.

– Nós temos que ir, não há opção! – falei depois de alguns segundos.

– Você está falando para nós irmos direto para a prisão em um plano suicida?  – Ryan disse me encarando debochado. – Você não está pensando direito cara! – ele quase explodiu? – Se você não pensa no Dylan, – ele apontou para o garoto em meu colo. – Ou na Amy, Kimberly ou até mesmo na Mellany, EU, penso! – terminou de falar e levantou bruscamente empurrando a cadeira com força. – Quando você aprender a pensar, me avisa. – ele saiu da cozinha e eu bati com força na mesa.

– Que merda! – gritei fazendo Dylan se encolher. – Nós roubamos aquele banco, mesmo sabendo dos riscos. Nós começamos essa vida, mesmo sabendo de todos os perigos. Nós vamos viajar, nem que isso acabe conosco!

 

Mellany Jordan  - Point Of View

Sai do banheiro vendo a roupa que usei na última vez que sai com Justin na cama, me vesti com ela e sentei na cama suspirando.

De alguma maneira Luke mexe comigo. De uma maneira muito estranha.

Passei a mão pelos lábios e pelo pescoço. Depois de alguns minutos apenas olhando para o nada senti leves beijos em meu pescoço me arrepiando.

– Você está estranha. – ouvi a voz de Justin perto de meu ouvido e logo senti sua mão tocar a parte exposta da minha barriga me virando para ele, o mesmo estava sentado na cama, em um ponta que não estava molhada.

– Eu só estou pensando. – falei encarando seus olhos, ele sorriu e passou a mão sobre meu rosto.

– Sobre o que você anda pensando? – perguntou passando as mãos pelo meu rosto.

– Estou pensando no quanto tudo está mudado, no quanto tudo está diferente.

Justin encostou a testa na minha e apenas sussurrou que tudo iria entrar nos eixos com o tempo.

 

Alguns dias depois.

 

A casa estava uma pequena correria. Chaz mal parecia respirar enquanto falava com o piloto do avião que nos levaria para a Rússia dentro de alguns minutos, Christian estava do outro lado da sala falando ao telefone também, mas com alguns seguranças que nos ajudariam quando chegássemos. Ryan e Harry estavam atrás de armamento com os contatos do Brasil. Zayn estava revendo a segurança da casa que pegamos lá, era bem perto da casa de Emma. Justin estava revisando o plano de seqüestro e por isso não o via a horas. Pattie estava ajudando Kim e Amy se arrumarem e arrumarem a mala delas.

A alguns dias atrás fomos ao shopping e compramos malas e roupas novas, portanto nesse momento eu estava tentando fazer Dylan parar de chorar enquanto arrumava a mala.

– Talvez ele esteja com cólica. – sugeriu Rebecca entrando no quarto. Vadia irritante. – Vire ele de bruços e não balance tanto ele. – ela disse enquanto pegava alguns brinquedos do chão e trazia até a cama.

– Eu já fiz isso, ele grita mais ainda. – disse chacoalhando mais ainda Dylan, enquanto jogava algumas coisas na mala. – Eu estou pirando! – falei colocando ele dentro da mala e passando as mãos pelos cabelos. Dylan ficou olhando para mim enquanto chorava.

– Talvez ele queira ficar com Justin. – ela sugeriu cruzando os braços, dei de ombros sem encará-la enquanto pegava mais roupas do guarda roupa e levava até a cama aos berros de Dylan. – Olha, Mellany. – ela disse me chamando a atenção, me virei para ela que descruzou os braços. – Eu só estou tentando te ajudar e ser sua amiga. Nós éramos amigas antes!

– É que você me da nos nervos! Sempre sendo a maldita namorada perfeita e a mãe maravilhosa! Caramba eu me sinto um lixo! Odeio quando esses pestes choram e odeio quando Justin me irrita. Não suporto seu jeito calmo de resolver as coisas! – falei jogando as coisas dentro da mala por cima de Dylan que já estava vermelho de tanto chorar. – Olha, esquece. Só me deixa tentar fazer as coisas sozinhas. – disse e vi ela dar de ombros saindo do quarto. – MEU DEUS! FIQUE QUIETO! – gritei olhando para Dylan ele parou de chorar por alguns instantes mas logo voltou a chorar mais alto ainda. – Seu pai que se vire com vocês. – disse pegando ele no colo e saindo apressadamente do quarto.

– Mamãe, porque ele chola? – ouvi Kim perguntar chegando perto de mim.

– Porque ele é um chato! – respondi começando a descer as escadas. – Você fica ai com sua avó! – falei virando para trás vendo Kim parar de andar e fazer um bico do tamanho do mundo. – Depois te dou chocolate. – disse e ouvi seu riso e seus passos correndo. Terminei de descer as escadas e fui para o único lugar que Justin provavelmente estaria. O porão.

Desci ainda mais rápido as escadas daquele lugar e empurrei a porta com força, vendo Justin, Ryan, Harry e mais alguns homens conversando. Todos olharam para mim quando abri a porta, talvez pelo fato que eu quase quebrei a porta ou talvez pelo fato de que havia um ser gritando no meu colo.

– Se você não fazer essa criança parar de chorar, AGORA, eu juro que afogo ele na piscina! – disse furiosa praticamente jogando Dylan no colo de Justin que franziu o cenho. Dylan parou de chorar na hora que Justin o pegou, ele simplesmente colocou a cabeça no ombro de Justin e parou. – Seu pirralhinho! – falei encarando ele.

– Eu não sei se você percebeu, mas estou em uma reunião importante, eu não posso cuidar dele. – Justin disse e só então eu percebi que todos olhavam para nós ao invés de continuar a conversa.

– E eu não sei se você percebeu, mas essa criatura berrante não fica quieta comigo! – disse e me afastei. – Cuida dele! – foi tudo que disse antes de subir de volta para o quarto me sentindo a pessoa mais incrível do mundo por dois simples motivos.

- Dylan não estava mais chorando

- Eu mandei em Justin Bieber na frente de pessoas importantes no negocio e ele obedeceu.

 

 

Estávamos todos sentados nas cadeiras do aeroporto esperando nosso jatinho ficar pronto. O que não demorou muito, pois um homem bem engravatado veio nos chamar. Levantei pegando Amy no colo, a apoiei no carinho de malas que eu levava com minhas malas e as das crianças. Fomos em direção ao jatinho e assim que chegamos lá deixamos nossas malas com alguns homens. Ajudei Amy e Kim a subirem sozinhas as escadas o que fez nós demorarmos a subir. Assim que chegamos dentro dele, ajudei elas a sentarem em seus assentos de frente para Dylan e Matt. Sentei dois bancos atrás deles, já que atrás deles estava Rebecca esperando Chris.

Assim que sentei esperei por Justin que foi uns dos últimos a entrar. Ele passou por mim e fez sinal para mim segui-lo, franzi o cenho me levantando, ele nos levou para a última fileira de bancos, se sentou do lado do corredor e passei por cima dele para sentar na janela.

– Acho que alguém deve me explicar que explosão foi aquela no porão. – ele disse virando a cabeça para meu lado.

– Dylan queria o pai, fazer o que. – dei de ombros e ouvi Justin bufar. – Quanto tempo de viagem? – perguntei arrumando o travesseiro atrás da cabeça.

– 17 horas com uma parada. – ele disse e eu revirei os olhos jogando o corpo para trás.

Depois de decolarmos todos ficaram quietos, já eram 10 PM e todos estavam cansados, não demorou para que não se ouvisse mais nenhum barulho dentro do avião. Olhei para Justin e o mesmo estava com fones de ouvidos conectados e olhos fechados. Torci a boca ficando entediada, me virei para a janela mas era desconfortável, me virei de frente para Justin, mas também era desconfortável, me sentei normalmente no banco e ou cruzei os braços.

– Se você não parar de se mexer, vou te jogar para fora do avião! – ouvi Justin sussurrar o que me assustou, virei-me rapidamente para ele que me olhava enquanto tirava os fones.

– O que estamos indo fazer na Rússia? – perguntei franzindo o cenho, Justin me olhou por alguns minutos antes de responder.

– Ainda não confio em você o suficiente para contar algo.

Um soco doeria menos que isso.

 – Outch! – murmurei. – Achei que depois da minha pequena temporada com você, já teria seu voto de confiança. – encarei ele que apenas torceu a boca em um meio sorriso.

– Você realmente acha que eu cai na historia de que você caiu no chão e machucou o rosto? – ele cruzou os braços enquanto eu apenas não me mexia. – Eu não sou tão burro assim, Mellany. – dei uma risada falsa.

– Mas é exatamente assim que você está parecendo. Um burro. – passei a mão pela minha cintura procurando pelo cinto de segurança. – Eu apanhei por não contar informações e você é burro o suficiente para não me contar as coisas. – soltei-me do cinto e levantei passando por ele. Me virei me apoiando nos banco deixando nossos rosto próximos. – Sabe porque eu sempre preferi Luke? – seu maxilar travou e suas narinas dilataram quando falei isso. – Porque não importa o quanto ele me machucou, ele nunca mentiu, nunca escondeu nada. – terminei de falar e fui para o banheiro, fechei a porta do mesmo e me apoiei na pequena pia, respirei fundo algumas vezes olhando para baixo.

Tudo vai ficar bem. pensei inúmeras vezes enquanto respirava.

Molhei meu rosto e me encarei no espelho.

– Você tem vinte anos, Mellany. Está apenas começando. – falei me encarando. – apertei os lábios sentindo as lagrimas começarem a invadirem meu rosto. – Você só precisa ser forte. Você é forte! – olhei para cima respirando fundo. – O inferno que eu sou forte. – sussurrei deixando as lagrimas caírem livremente pelo meu rosto.

Justin Bieber - Point Of View

Vazia mais de vinte minutos que Mellany tinha entrado naquele momento e minha cabeça não conseguia parar de pensar em suas malditas palavras.

"Sabe porque eu sempre preferi Luke?"

Se ela quer me destruir está no caminho certo.

Levantei silenciosamente em direção ao banheiro, empurrei a porta e a vi sentada apertada em um canto com a cabeça no meio dos joelhos.

– Por favor, saia. – ela implorou em um sussurro sem erguer a cabeça. Fechei a porta atrás de mim, me espremendo para não chutar ela sem querer. – Por favor. – pediu novamente. Me abaixei da melhor maneira possível ficando sentado em sua frente, passei minhas mãos por seus braços.

– Amor, olhe para mim. – sussurrei e ela demorou alguns segundos para levantar a cabeça mostrando o rosto inchado, vermelho e inchado. – Não chore. – pedi passando a mão por suas bochechas secando as lagrimas que caiam.

– Eu sou a maldita maça podre que destrói toda a macieira. – ela disse com a voz falha me encarando.

– Uma maça podre não destrói o resto da macieira. – tentei fazer uma piada mas ela apenas começou a chorar mais.

Parabéns, Justin.

– Eu sou tão burra! – ela murmurou abaixando a cabeça.

– Mellany, eu estava brincando. – disse calmo, mas querendo me matar. – Ei, olhe para mim. – pedi mais uma vez e ela ergueu a cabeça, mas manteve os olhos abaixados. – Mellany eu te amo por ser quem você é. – puxei seu queixo para cima vendo melhor seu rosto. Eu amo você, baby! – ela apertou os lábios uns nos outros prendendo o chorou.

– Obrigada. – ela disse e eu sorri de lado. Ficamos em silêncio por alguns minutos apenas nos encarando até ela voltar a chorar.  – Eu estou tão assustada. – ela disse entrando em pânico.

– Ei, ei, acalme-se. – falei passando a mão pelos seus braços. – O que te assusta. – perguntei baixo.

– Tudo. Eu posso parecer forte e durona, mas eu não sou! Tem uma garota aqui dentro quebrada e em desespero. – ela disse baixo com a voz falha. – Eu penso em minha vida e parece que você estava lá, que sempre esteve lá, em toda parte. – ela passou a língua pelos lábios me encarando confusa. – Porque eu tenho a sensação que você vai bagunçar tudo em minha vida?

– Porque talvez você esteja certa. Talvez nós vamos viver juntos em nossa própria bagunça. – ela riu fraco e eu passei a mão pelo seu rosto. – Eu amo o jeito que você é. E meu deus! Você não precisa nem se esforçar para ser assim, simplesmente é você. Só quero que saiba, que tudo que eu faço é por você. Porque eu te amo. – ela assentiu enquanto eu inclinava meu corpo sobre o seu tocando seus lábios aos meus.

Coração acelerado, palma das mãos suando. Era assim que essa garota me deixava.

– Porque não vamos para nosso lugar descansar um pouco? – perguntei depois de um tempo em silêncio no banheiro. Ela assentiu e eu me levantei e a ajudei a levantar. Esperei ela lavar o rosto e depois sentamos em nossas poltronas. Ergui o encosto de braço para Mellany poder deitar sobre meu peito.

Aconcheguei-me no banco enquanto Mellany deitava sobre mim esticando as pernas na outra poltrona. Senti sua mão em meu peito brincando com a camisa fina que eu usava. Coloquei minha mão em suas costas para apoia-la melhor.

Estava quase dormindo quando ouvi sua voz baixa.

– Vocês vão matar Luke? – perguntou me fazendo abrir os olhos e encará-la. Ela olhava para frente, não desviou o olhar nem por um segundo. Demorou mais que dois minutos para mim responder.

– Sim.

 

 

– Senhor? Senhor, você precisa acordar. – ouvi uma voz ao longe e alguma coisa cutucar meu braço. – Senhor! – abri meus olhos lentamente vendo uma mulher vestindo um terninho preto e azul ao meu lado. – Vamos pousar em um minuto, vocês precisam colocar os cintos. – ela disse eu assenti lentamente sentindo meu braço dormente. Olhei para baixo vendo Mellany encolhida em cima de mim, sua cabeça caída por cima do meu braço, sorri ao vê-lá e logo a acordei.

– Mell, você precisa colocar o cinto e sentar direito. – falei assim que ela abriu os olhos, a mesma assentiu e sentou de maneira correta colocando o cinto de segurança.

– Porque ta tão frio? – ela perguntou com a voz completamente falha.

– Porque aqui é inverno. Você fez uma bolsa com casaco para você e as crianças, como eu pedi? – perguntei encarando ela se encolher.

– Você não pediu porra nenhuma. – ela respondeu vindo para meu lado. – caralho! Está tão frio! – ela reclamou e eu pensei em como as crianças deveriam estar congelando.

– Eu pedi, sim! – falei nervoso. – As crianças vão morrer de frio, Mellany! – falei tentando olhar por cima do banco como elas estavam.

– É só pegar um casaco na bolsa. – ela disse sonolenta e eu franzi a testa.

– Você disse que não trouxe casacos! – exclamei olhando para ela que estava com os olhos fechados.

– Então não deve ter. – ela disse eu agarrei meus cabelos de raiva. Levantei rapidamente pegando sua bolsa no porta bagagens. Sentei e pus o cinto novamente, abri a bolsa e a mesma tinha algumas blusas de manga cumprida para as crianças e gorros, mas nenhum casaco.

– Mellany caramba! Acorda! – falei brabo empurrando seu corpo.

– Vá se ferrar seu imbecil! – ela falou nervosa.

– Será que vocês dois podem parar de brigar? – ouvi a voz de Ryan em nossa frente. Eu e Mellany nos encaramos e ficamos em silêncio. – Obrigado.

– Como você pode ser tão irresponsável de não trazer casacos para eles? Vai estar menos de 0º quando chegarmos! – briguei com ela baixinho.

– Porque você não vai se ferrar com sua responsabilidade? – ela perguntou nervosa, mas também baixo. – Eu pego as malas deles e pego um casaco. O mundo não vai acabar por causa disso! – ela falou mais nervosa ainda e olhou para a janela.

– Pode deixar que eu vou, aproveito e levo meus filhos juntos para não morreram com uma mãe tão sem noção. – falei e no momento seguinte senti minha bochecha ferver e a dor aparecer por meu rosto. – Sua vadia, maldita. – rangi os dentes encarando Mellany.

– Me chame mais uma vez de vadia e eu acabo com você. – ela disse nervosa apertando a mão em punho.

– Eu te mato com os olhos fechados. – retruquei fazendo ela levantar a mão para mais um tapa.

– Ei, os dois, chega! Ouvi a voz de Ryan do meu lado. – Mellany, vá para meu lugar, por favor. – Mellany bufou de raiva e passou por mim puxando a bolsa com força. Ryan sentou no lugar de Mellany e me encarou negando.  – Qual o problema de vocês?

– O problema é que a Mellany tem menos responsabilidade que uma criança de dois anos. – falei e ouvi seu riso em minha frente.

– Cale a boca seu imbecil manipulador e mandão. – revirei os olhos e ouvi alguém mandando nós calarmos a boca. – Eu deveria ser retardada a algum tempo atrás em te achar atraente. – ouvi ela falar e franzi o cenho. – Até Chaz aqui babando do meu lado é mais interessante do que olhar para essa sua cara de garoto que tenta ser homem. – rangi os dentes.

– Até vadias de casas noturnas são menos puta que você. – sorri de lado com isso sentindo Ryan me dar um soco.

– Nossa você acabou de me insultar. Levem ele para SHU* – falou ironicamente me deixando ainda mais irritado.

– Será que os dois podem calar a boca! – ouvi Harry falar alto e cruzei o braço sobre o peito.

Não demorou muito para o avião descer, esperei todos saírem do avião para ajudar Mellany com as crianças.

A mesma estava acordando Amy e a pegando no colo, Amy rapidamente deitou com a cabeça no ombro de Mellany e agarrou seu pescoço. Logo Mellany acordou Kim que também foi para seu colo deitando a cabeça em seu ombro.

– Tem duas cobertinhas na minha bolsa e gorros, pegue para mim dois gorros e uma cobertinha. – ela disse colocando a bolsa em cima da poltrona. Abri a mesma pegando os gorros e ajeitando na cabeça das meninas, logo peguei uma cobertinha e joguei por cima delas as cobrindo direito. – Enrole Dylan em uma e coloque o gorro. – ela disse sem me olhar mas mesmo assim assenti. Ela pegou a bolsa e segurou em uma das mãos.

– Não quer que eu leve uma das duas? – perguntei quando vi ela na porta do avião.

– Não. – foi tudo que respondeu antes de sumir da minha visão, peguei Dylan no colo sem acordá-lo e enrolei a pequena coberta nele, pus o gorrinho e joguei minha mochila nas costas descendo do avião.

 

Depois de três horas esperando para nosso jatinho poder decolar novamente, nós entramos no avião e decolamos para Rússia. Agora todos devidamente agasalhados até a alma, Chaz olhou na previsão do tempo e estava -2º em Moscou.

Demorou mais algumas horas para chegarmos em Moscou e assim que pousamos eram 00:24 AM do dia 21 de novembro. Perdemos um dia de viagem.

Desta vez não pude ajudar Mellany com as crianças, já que tive que ir direto falar com o pessoal de segurança e do armamento russo. Josh ficou de ajudar Mellany com as crianças e a bagagem. Ficamos no aeroporto até as 3:18 AM pois deu um problema com a casa que iríamos ficar, então tivemos que procurar um bom hotel com quatorze quartos em andares próximos. Kelmer e Joseph iriam conosco para o hotel nos ajudar e finalmente as 3:47 AM chegamos no hotel.

Mellany foi colocar as crianças na cama com a ajuda de Josh, o que me deu um pequeno ataque de ciúmes interno. Deitei-me na cama para esperá-la mas em questão de minutos a escuridão tomou meu corpo.

Acordei com alguém batendo na porta, cocei os olhos procurando por relógios no quarto, não achei nenhum. Espreguicei meu corpo e caminhei até a porta do quarto. Alguma coisa parecia estar faltando.

Abri a porta vendo dois homens segurando um carinho com malas, os mesmos me olharam sorrindo e eu franzi o cenho.

– Desculpe por só trazer as malas a esta hora. Mas acabamos nos confundindo com as bagagens e mandamos para quartos errados. – um deles falou com um péssimo inglês misturado com um terrível sotaque russo.

– Entrem e deixem em qualquer canto. – falei e entrei no quarto sendo seguido por eles. Sentei-me na cama olhando para eles que pegavam as malas e deixavam em um canto. – Vocês poderiam me informar as horas? – perguntei procurando pelo meu celular no bolso da jeans que eu ainda usava.

– São 7:32 AM, senhor. – um deles falou colocando uma mala preta e grande no chão. – Está é a última, obrigado senhor. – eles falaram e se retiraram, olhei bem para a mala me lembrando da dona dela.

Mellany.

Olhei para a cama e a mesma estava feita do seu lado, a porta do banheiro estava aberta e com a luz apagada. Franzi o cenho pensando em onde ela poderia estar, até que me passou a imagem de Mellany e Josh, juntos. Fechei as mãos em punhos saindo do quarto. Andei até o quarto de Joseph e bati até não querer mais, eles não estavam lá.

– Vai quebrar a porta, Justin! – ouvi a voz de Chaz. Olhei para o lado e o mesmo estava de pijama na porta. – Ele não veio para o quarto. – rangi os dentes e caminhei em direção ao quarto das crianças.

Peguei o cartão reserva que eu tinha e abri a porta, entrei no quarto e fui até as camas.

Senti todo meu sangue ir em direção a cabeça e uma raiva contaminar meu corpo. Amy dormia em sua cama de solteiro, na cama ao lado dormia Dylan e na do lado, Joseph, Kimberly e Mellany.

Mellany abraçando o corpo de Kimberly e Joseph abraçando o corpo das minhas duas garotas.

– SAI DE PERTO DA MINHA FILHA, AGORA! – gritei furioso indo até ele o puxando da cama com força, fazendo ele cair e todos acordarem.

Não me importei com o choro das crianças ou os gritos de Mellany, meus punhos iam automaticamente em direção ao seu rosto sem nenhuma piedade.


Notas Finais


To a horas nessa de respostar, to cansada, nossa
Sabe porque eu sempre preferi Luke? OEEEEEEEEEEEEEEEEEE


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