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História Teias do Infinito - Capítulo 5


Escrita por: O_Escritor_1

Capítulo 5 - Capítulo 5


Eu estive pensando sobre tudo que tem acontecido e o que vai acontecer. Por mais que eu queira, sinto que as coisas podem acabar saindo do controle. Não posso deixar isso acontecer. Tenho me sentido tão focado em construir esses mundos, esses universos. Por mais que pareçam, de alguma forma, rasos pra vocês, eles são uma parte de mim. Quando foi que vim parar aqui? O que tive que sacrificar? O que me torna tão especial ao ponto de decidir quem vive e quem morre? Eu queria lembrar o nome dela. Eu sempre disse que escolheria ela ao invés do mundo. No final das contas, eu não menti. Tenho passado tanto tempo aqui que já não sei o que pensar, mas não quero escrever sobre ela. Não é o momento. Digamos que, aos poucos, uma parte de mim vai se esquecendo do que aconteceu. Eu não quero esquecer a pessoa que mudou minha vida, mas sinto que preciso, para a segurança dela; seria melhor assim. Estou divagando demais; vamos para o que interessa.

 

No final da Segunda Guerra Mundial, dois cientistas que tinham um pequeno apoio do governo investigavam uma caverna em uma cidadezinha da zona rural dos Estados Unidos. Os equipamentos não eram dos melhores, mas serviam ao que se propunham. Os dois cientistas eram, na verdade, um casal, Robert e Lizzie. Eles estavam juntos há cerca de doze anos; era um tempo considerável. Mas o que interessa em toda essa questão era que, nessa caverna, eles encontraram uma criatura. Sim, eu não posso esquecer: a filha deles havia sofrido um acidente grave e se encontrava no hospital. Por mais que parecesse falta de preocupação, os dois precisavam trabalhar para entregar o melhor atendimento possível para a filha.

 

Lizzie estava marcando o caminho descoberto com pequenos bastões de luz para saber o caminho de volta, enquanto seu marido ficava na superfície e monitorava o que acontecia.

 

“Parece que finalmente encontramos o fundo”, a mulher falou no rádio, tentando iluminar o caminho à sua frente. Tinham sido quinze minutos de descida. 

 

“O que tem aí em baixo?” Robert perguntou, tentando enxergar as imagens das câmeras, mas o reflexo que havia nos monitores por conta do sol o atrapalhava. Andando pelo grande salão que a caverna possuía, a mulher não pôde deixar de perceber as inúmeras quantidades de esqueletos de animais no chão. Andando mais ao centro, ela pôde ver algo no escuro; ao usar a lanterna para iluminar, pôde ver com clareza.

 

Naquele dia, foi encontrado uma criatura humanoide semelhante a um lagarto, o corpo repleto de escamas, esverdeado, uma boca repleta de dentes afiados. Por mais que pudesse ser um animal, era extremamente semelhante a um humano. Os cientistas levaram a criatura para sua casa de campo, que ficava próxima. A criatura não demonstrava qualquer sinal de agressividade ou qualquer coisa do tipo; ela apenas seguia para onde era levada, sendo presa em uma jaula num celeiro, e lá ela ficaria por um bom tempo. Inúmeros testes foram feitos, e o casal descobriu que a criatura tinha a capacidade de regeneração extremamente avançada, podendo curar membros em questões de horas. Também se demonstrou resistente a doenças comuns em humanos.

 

Em uma das noites em que ficava até tarde, Robert recebeu uma ligação do hospital. Sua filha estava em estado crítico e não iria conseguir resistir muito tempo. Sem saber o que fazer, o homem resolveu fazer uma loucura; ele extraiu o sangue da criatura e levou, sem que sua esposa soubesse, ao hospital. Lá, por sua vez, aplicou em sua filha. O que leva uma pessoa a cometer loucuras? Ou fazer o improvável? A questão é que o relacionamento dos dois já estava abalado. Lizzie havia tido um caso e foi descoberta pelo marido, o que quase os levou a uma separação. Mas, por conta da sua filha, eles resolveram “superar” o acontecido. A coisa se complica quando Lizzie acorda e vai até o celeiro em busca de seu marido e encontra a criatura morta. O motivo? Não se sabe. Ao mesmo tempo, ela recebe uma ligação do hospital de seu marido dizendo que sua filha estava recuperada e poderia voltar para casa.

 



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