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História Teias do Infinito - Capítulo 12


Escrita por: O_Escritor_1

Capítulo 12 - Capítulo 12


 

Eu sinceramente não sei quanto tempo estou aqui nesse quarto. Podem ter passado dias, semanas, meses e talvez anos. Eu escrevo para dar um sentido a isso tudo. É a única coisa que eu posso fazer no final das contas. Tem um café aqui, uma garrafa de café infinito que parece nunca acabar. Só queria que talvez as pessoas soubessem o que está acontecendo. A maioria tem suas religiões e crenças, mas ninguém imagina que existe alguém escrevendo cada detalhe de suas vidas, cuidando para que, de alguma maneira, eles acabem ficando bem. Sempre que temos um ponto importante, eu estou lá tentando ajudar.

Eu estou agindo como se realmente alguém fosse ler o que escrevo e se importasse, mas talvez alguém leia todos esses capítulos. E, bem, se você chegou até aqui, quero que saiba que é meu personagem principal favorito. Todos são em suas respectivas vidas. Peço desculpas se, em algum momento, decepcionei, mas saiba que nada acontece por acaso. Tudo tem um motivo.
Aqui, nesse quarto escuro, não tem janela para eu ver qualquer coisa que não seja essas paredes. A única luz vem de um pequeno abajur que fica na mesa onde escrevo. O que me distrai são os quadros, são pontos interessantes, e eles mudam o tempo todo, depende do que está acontecendo no momento. Por mais que não dê para saber o dia ou a hora, sei que o tempo está passando. Meu cabelo e barba estão maiores. É um sinal de que talvez possa morrer de velhice? Ou estou viajando? Devo escrever pela eternidade? Tem que ter um motivo. Tenho esquecido de algumas coisas, algumas histórias que escrevi, já esqueci. Então, não sou confiável para guardar informações.

Lembram da Meg, personagem da história onde um monstro ataca a cidade, destruindo tudo? Pois é, ela buscou ajuda assim que começou a ter os sintomas de transformação. O caso não demorou muito para chegar nas mãos da Reboot, que fez de tudo para conseguir encobrir o que estava acontecendo. Meg foi presa e tratada como experimento. Foram feitos todos os tipos de testes, desde os mais simples aos mais cruéis. Ela raramente conseguia ver o sol ou algo além da sua cela. A única coisa que ela conseguia lembrar foi de quando chegou na cidade em algum lugar do Japão. Os prédios eram gigantescos, e as luzes, tudo dava um ar tão único. Mal sabia que acabaria sendo maltratada pelos cientistas.

Lizzie fazia uma reunião por chamada de vídeo com seus superiores. Ela era chefe do projeto. Acredito que alguns pontos aqui são importantes.

“O monstro zero foi encontrado na caverna da qual passamos a localização para vocês. O falecido Dr. Robert utilizou o sangue e a capacidade regenerativa da criatura para curar sua filha, Dia. A mesma, depois, como mostrado nas gravações, começou a passar por um processo de transformação, vindo a se tornar o monstro gigante que atacou a cidade onde ficava localizado nosso primeiro laboratório.” A mulher colocou na tela algumas imagens de quando o prédio foi destruído. “Temos fortes indícios de que, mesmo com sua transformação, a criatura possa ainda ter resquícios de memória, o que explicaria o porquê do ataque. Seu tamanho, cerca de cento e cinco metros, é dado por conta de sua alimentação. Temos a teoria de que o monstro ficou se alimentando no subsolo, o que lhe proporcionou um crescimento rápido em apenas seis meses, que foi o tempo em que Dia esteve desaparecida.”

“Certo, Dra., mas sobre como o bicho morreu? O que você tem para nos explicar?”

“Bom, realizamos uma investigação mais a fundo e descobrimos que tribos indígenas veneravam uma criatura que existia de geração para geração. Essa 'coisa' se multiplicava antes de morrer, assim infectando outra pessoa para que ela pudesse se tornar seu novo hospedeiro. Os indígenas escolhiam uma pessoa da sua tribo, geralmente mulheres, para serem os portadores dessa criatura, e depois os isolavam, evitando alimentar a mesma para que ela não crescesse. Dia, naquele dia, infectou nossa cobaia 002, que está agora em observação. Os testes têm tido resultados bem importantes para a nossa pesquisa, mas temos um outro projeto que parece estar dando bons resultados do outro lado do globo.”

“Tá falando do tal macaco gigante?” Um dos homens mostrou um jornal que noticiava o avistamento de uma estranha criatura.
“Estamos trabalhando para resolver essa situação, mas ao que parece, podemos estar próximos de conseguir um soro capaz de amplificar as capacidades humanas.” Lizzie encerrou a reunião.

Pobre Meg passou cerca de um ano inteiro sendo torturada nas mãos dos cientistas da Reboot até conseguir uma brecha para escapar, caindo no mar. Por mais que tenhamos uma certa comoção por ela, temos que lembrar que quanto mais se alimentar, maior vai ficar.
 



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