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História The Five Guardians - Broken happiness


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, meus amores!
Sem muito enrolar hoje, vamos à leitura, né?!

Ah, desculpem-me caso haja algum erro, porque deu um problema no meu editor e eu estou usando outro, aí já viram a desgraça, né? ):

ENFIM! Boa leitura, anjos. <3

Capítulo 44 - Broken happiness


Verão de 1497.

 

 

Os pequenos olhinhos quase não apareciam graças ao choro incessível. As costas das mãos eram constantemente esfregadas no rosto para o libertar das lágrimas. Hoseok estava sentado abaixo das árvores — um costume antigo —, enquanto esperava seu pai conversar com o amigo não muito longe de si. Sem que ele percebesse sua presença, Jimin parou logo ao lado dele, encostando-se no tronco da árvore, mantendo seus olhos presos às manchas escuras na pele do amigo, então, carregado de empatia, abraçou-o, ignorando por completo a sujeira que cobria o corpo e roupas do amigo.

— Não chore mais, meu amigo. — Disse Jimin, deitando a cabeça alheia em seu ombro. — Eu estou aqui e agora seremos uma família!

— Receio que seu pai não poderá nos acolher, além de que eu jamais aceitaria ser um incômodo a vocês. — Hoseok, em meio suas lágrimas, disse. 

— Incômodo? Ora, seu tolo! — Jimin bufou, dando um leve peteleco na cabeça do garoto. — Nossos pais são bons amigos, assim como nós dois! Eu conversei com meu pai ao chegarem.

— E qual a resposta?

Hoseok ergueu a cabeça e encarou o amigo com seus olhos carregados de esperança e seus lábios tremendo em súplicas silenciosas, então Jimin respirou fundo e olhou em direção aos dois adultos.

— Disse que resolveria com o escudeiro. 

Pouco a pouco Jung ia perdendo suas esperanças, e preocupado com a dor do melhor amigo, Jimin voltou a abraça-lo com toda sua força.

— Caso não consigas ficar conosco, fugiremos, então! E iremos para longe.

— Não digas bobagens! 

— Bobagem é deixar um amigo desamparado, e se tu não puderes ficar em minha moradia, também não ficarei eu!

Apesar de aquilo ser uma ideia absurda, Park conseguiu arrancar um sorriso do amigo, dando-se por satisfeito ao ver a face alheia iluminar-se, mesmo que por um curto período, mas em seguida ele logo voltou a chorar, preocupando ainda mais o amigo.

— Ora, o que há?

— Quem seria capaz de realizar ato tão maldoso? — Perguntou ele, livrando-se novamente das lágrimas. — Jamais machucamos alguém, sempre fomos bons e generosos com todos! Por que alguém destruíria nossos poucos bens? 

— Seja lá quem for, prometo-lhe que eu mesmo acabarei com a vida deste verme que destruiu sua casa, Hoseok!

A voz firme e convicta do futuro cavaleiro passou confiança ao pobre menino, o qual permitiu que um novo sorriso surgisse em seus lábios. Quando já se distraiam da conversa anterior, os pais chegaram à frente dos garotos, chamando-os a atenção. O escudeiro agachou diante ao filho e soprou um sorriso.

— Nossos digníssimos amigos nos cederam moradia, meu filho.

— É verdade, senhor Park?

— Sim, rapaz!

— Ficará no meu quarto junto a mim, Hoseok!

Comemorou Jimin, abraçando o amigo novamente. Então, com um sorriso ainda mais radiante, Hoseok olhou para o próprio pai novamente, para então perguntar:

— Quando buscaremos a mamãe? Ela ficará contente por termos conseguido um bom lugar para ficar!

Entretanto, quando a pergunta do garoto chegou aos ouvidos do pai, o clima cheio de tensão voltou e os adultos calaram-se quando se entreolharam.

— Filho, é doloroso dizer isso a ti, mas a mamãe não pode mais ficar conosco. 

Então, quando as palavras de fato dolorosas soaram, Hoseok mudou sua expressão, e por alguns instantes não compreendeu o que havia acontecido, porém, quando o pai caiu em lágrimas, tudo começou a fazer um pouco de sentido. 

Aquele incêndio, aquele maldito incêndio causado por alguém ainda mais maldito levou sua mãe, tirou dele o calor do colo de sua mãe, os beijos antes de dormir, os sorrisos, os abraços acolhedores, a voz melódica e, principalmente, o amor materno. 

Hoseok não entendia o porquê de alguém ter um coração tão duro, não conseguia compreender a maldade humana, mas, ao contrário dele, Jimin conseguia enxergar a maldade há quilômetros de distância, e a partir deste conhecimento, Park prometeu ao amigo que encontraria o assassino e o mataria com suas próprias mãos.

 

 

1504.

 

 

Jimin terminava de calçar seus sapatos quando Mi-Cha o abraçou por trás, beijando-o o pescoço, fazendo com que o Marquês sorrisse. Ele passou as mãos por cima das alheias e deitou a cabeça no ombro da mais velha, fechando os olhos com um gentil sorriso. 

— Eu tenho uma pergunta. - Disse ela.

— Diga-me, minha dama.

— Disse-me que fez o que fez principalmente pelo seu amigo escudeiro. Poderia me dizer o porquê de serem tão próximos? 

— Somos amigos, minha cara. Amigos ajudam um ao outro.

— Mas há algo mais entre vocês, sempre tão juntos! 

— Realmente gostaria de saber o porquê?

Mi-Cha assentiu, então o Marquês virou-se de frente a ela, ajeitando-se na confortável cama antes de segura-la as mãos.

— Quando éramos jovens, frequentemente incomodavam Hoseok por sua classe baixa. A mim não incomodavam, afinal, eu era o protegido da família real, mas Hoseok não passava do filho do escudeiro. Os outros nobres riam dele, batiam nele, sujavam-no. Hoseok sempre teve medo do fogo, e um dia, quando ele viu um incêndio pela primeira vez, chorou e urinou nas roupas, então todos os que o incomodavam descobriram o medo dele e decidiram usar isso contra ele. — Jimin respirou fundo e olhou para baixo por um instante, para então prosseguir: — Neste dia bateram nele e eu o protegi com todas as minhas forças, mas os imbecis não estavam satisfeitos. Passou-se pouco tempo após o ocorrido, então os garotos juntaram-se para assustar o meu amigo. Eles entraram escondido na casa humilde dele e roubaram tudo de valor, porque sabiam que desta forma ele sofreria, afinal, seus pais conquistaram com muito esforço. Percebendo que a família superaria facilmente as perdas, eles voltaram dois dias depois e atearam fogo à casa, no intuito de assustar o Hoseok, mas essa brincadeira de péssimo gosto fez com que ele perdesse o restante de seus bens e, infelizmente, também o fez perder a mãe. 

Jimin soltou as mãos alheias e levantou-se, colocando os braços para trás ao caminhar até a janela, observando o belo dia, então suspirou.

— Convenci meu pai a acolher Hoseok, dei a ele novas vestimentas, ajudei-o nos estudos, convenci a família real a proteger ele também, então passamos a estudar e treinar juntos. Ele sempre foi um bom espadachim, então facilmente aprimorou-se com o passar do tempo, mas ele ainda sofria com a perda de sua mãe. Eu não suportava vê-lo chorar todas as noites implorando a Deus por justiça, foi então que eu decidi que acabaria com qualquer um que o fizesse mal. Em um belo dia ouvimos a conversa daqueles mesmos nobres, e descobrimos tudo. 

— E o que fizestes?

Outra vez ele suspirou, olhando-a por cima dos ombros com um sorriso perturbado, erguendo uma de suas sobrancelhas.

— Matei cada um deles. 

O tom de voz ríspido não chocou a mulher, que acabou mostrando um sutil sorriso no canto dos lábios. Park então continuou:

— Fora a primeira vez que sujei minhas mãos, e ninguém nunca soube. E se desejas saber: não me arrependi, porque eu não aceito que machuquem o meu melhor amigo. 

— Acho belíssima a sua amizade, senhor.

Park agradeceu com um sorriso, para então se aproximar novamente da amante e olha-la diretamente nos olhos.

— Jamais contei este segredo a ninguém, então o guarde muito bem, senhorita. Estamos entendidos? 

Os olhos do Marquês escureceram quando a voz rouca soou em um sussurro, fazendo-a tremer diante a ele e apenas concordar em silêncio. Afinal, mesmo com toda a maldade de Mi-Cha, ela sequer poderia ser comparada com a maldade de Jimin.

 

 

*** 

 

 

O baixo, porém alegre, cantarolar de Damara fez Taehyung soprar um riso, vendo-a tricotar outra pequena roupa, desta vez em lã vermelha, e o Conde já imaginava a filha vestindo aquela peça, principalmente se a suposta menina nascesse tão bela quanto a mãe. O Conde apoiou-se pelo braço na cama, deitando a cabeça em sua própria mão, enquanto admirava a esposa.

— Cantas bem, minha dama.

— Céus, desculpe-me! Acordei o senhor. — Disse a bruxa, colocando a peça de roupa de lado, para caminhar até o marido e sentar-se ao lado dele. — Bom dia!

— Bom dia, minha amada! Dormiste bem?

— Deveras! E quanto a ti?

— E como não dormiria? Ao seu lado tudo é divino.

Damara sorriu para o marido, curvando-se para beija-lo os lábios, então, quando voltou a se afastar, outro sorriso surgiu em seus lábios.

— Tenho um segredo!

— Conte-me!

— Há poucos dias eu recebi uma visita, Myung-Hee veio até mim.

— A noiva de Hoseok? O que ela desejava?

— Achava que estava adoecendo, então pediu a mim alguns medicamentos, mas eu obviamente a examinei adequadamente antes de entrega-la qualquer uma de minhas ervas. Bem, resumidamente, dei a ela a grande notícia!

— Conte-me a notícia, estou curioso! 

— Hoseok em breve carregará uma criança em seu colo! 

— Hoseok sendo pai? Ora, quem diria! Achei que aquele tolo jamais se interessaria em ter uma família. Estou orgulhoso!

— Ela contará a ele hoje, fará um jantar para ele e nós dois estamos convidados. 

— Ela soube sobre nós?

— Sobre o casamento, não. Apenas sabe que temos algo. A menina é confiável, acredite. 

— Pois irei imediatamente resolver minhas pendências!

Taehyung beijou-a outra vez, mas um pouco mais demoradamente, para finalmente levantar-se e vestir-se o mais rápido que conseguiu, então, logo dirigiu-se ao lado de fora do palácio, acabando por encontrar Hoseok, mas este sequer percebera a presença do amigo, apenas correu para dentro do palácio e de imediato procurou por Jin, encontrando-o na sala de jantar junto de sua esposa. 

— Bom dia! — Disse ele, sorridente. 

— Poderíamos saber o motivo para tanta felicidade? — Perguntou Pandora.

— Mas é claro! Hoje eu e meu velho amigo degustaremos os vinhos de meu casamento!

— Ora, ora! — Exclamou Jin — Já era hora!

— Fico feliz, Hoseok, mas eu prefiro me retirar neste momento, porque só de sentir o cheiro do álcool eu sinto náuseas! Bom proveito a vocês, senhores.

Pandora novamente sorriu, levantando-se sem pressa alguma para se retirar do ambiente. Ainda contente, Jin sentou-se novamente junto ao amigo, observando-o repousar as garrafas que — dificilmente — carregou durante o caminho até o palácio. Jin ordenou a um de seus empregados que lhe trouxesse duas taças de vinho, e rapidamente sua ordem foi acatada, então o mesmo empregado os serviu. Jin desgustava os vinhos cuidadosamente, deixando seu paladar mostrar-lhe qual deles era o melhor, e Hoseok esperava ansioso para que ele finalmente bebesse do vinho encantado, entretanto, quando a garrafa fora aberta, o coração do escudeiro apertou e sua coragem falhou, pois não gostava da ideia de precisar enganar um de seus amigos; então, em um impulso, Hoseok retirou a garrafa das mãos do empregado e a tampou novamente.

— Não sei o porquê de eu ter trago este vinho, ele é péssimo! Acredito que Myung-Hee tenha colocado na cesta por engano. 

— Essas mulheres sempre vivem enganadas. 

Jin acabou sorrindo, dispensando seu empregado com um estalar de dedos. Hoseok voltou a sentar-se, mas manteve seu olhar preso à garrafa de vinho, questionando-se sobre sua escolha, enquanto o Rei falava sobre os vinhos degustados, decidindo, por fim, o melhor vinho.

A conversa acabou se estendendo e assuntos banais surgiram, passando-se quase três horas de conversa, porém, quando já começavam outro assunto — assim como também começavam outra taça de vinho —, três cavaleiros, incluindo Alcander, adentraram à sala de jantar, ajoelhando-se diante ao Rei. 

— O que há de errado? 

— Alteza, encontraram o corpo de uma jovem nas redondezas. — Disse Alcander, levantando-se. — Encontramos isto ao lado do corpo.

Ao aproximar-se do Rei, Alcander esticou uma das mãos e abriu o pequeno embrulho feito com tecido, revelando uma vela gasta e um papel com um curto encantamento. 

— Práticas satânicas, suponho. 

— Exatamente, Alteza. Acreditamos que a mulher encontrada é a bruxa.

— O que o faz deduzir isso?

— Acredito que é melhor o senhor ver por si mesmo.

— Pois bem. — Suspirou o Rei, levantando-se. — Hoseok, irei junto a eles, desculpe-me.

— Na verdade, Vossa Majestade. — Interrompeu Alcander — Aproveitando-me da posição do senhor Jung, acredito que é melhor ele escoltar o senhor junto a nós. Nossa cavalaria está cuidando de assuntos que o senhor pediu, então somos apenas nós três por hora. 

— Certamente. Dê ao escudeiro Jung uma armadura e mande preparar um cavalo. Ande, ande!

Após um reverenciar, os cavaleiros acompanharam Hoseok, enquanto Jin se dirigia à saída do Palácio. Após estarem devidamente vestidos e em seus postos, partiram em direção ao destino, o qual não ficava tão distante do Palácio, apenas poucos minutos até chegarem ao local, o qual já se encontrava repleto de curiosos. Hoseok e a cavalaria desceu primeiro de seus cavalos, posicionando-se devidamente para que o Rei saísse de sua carruagem, e quando assim o fez, fora acompanhado até o corpo, o qual estava coberto por um tecido branco cheio de manchas de sangue, deixando apenas uma das mãos da mulher de fora do tecido. Ao lado do corpo havia uma cesta caída, e julgando pelas flores espalhadas, deduziu-se que a mulher as colhia no momento em que fora assassinada, e não distante de seu corpo estavam restos mortais de, possivelmente, um homem, restos estes que estavam dentro de um símbolo julgado satânico. Jin estalou os dedos para Alcander, ordenando-o que revelasse o corpo da jovem e ele assim o fez, deixando um sutil sorriso escapar ao agachar ao lado do corpo. 

Então, quando o tecido fora retirado lentamente, a cena chocou não só ao Rei, mas a Hoseok também. O escudeiro retirou o capacete, incrédulo, jogando-o no chão quando suas pernas falharam, fazendo-o cair de joelhos diante ao frágil corpo. Os olhos dele transbordaram em lágrimas silenciosas, as quais escorreram depressa pelo gorjal ainda em seu corpo. Percebendo a gravidade do ocorrido, Jin tentou segurar o amigo, mas este se esquivou e aproximou-se ainda mais do corpo, então retirou também as manoplas, podendo assim toca-la o rosto diretamente.

Jung ainda não acreditava no que seus olhos lhe mostravam, sua indignação era imensa, mas sequer poderia ser comparada à dor sentida em seu peito, a qual parecia queimar cada parte deste. As mãos tremulas acariciaram o rosto da vítima e deslizaram para baixo do corpo dela, então, quando conseguira erguer minimamente seu corpo amolecido, abraçou-a com toda a força que conseguia, e naquele instante, naquele maldito e doloroso instante, sua consciência pareceu voltar e mostrar a ele a realidade. Hoseok chorou. Hoseok gritou. Hoseok morreu, por dentro. 

Myung-Hee foi seu primeiro e único amor durante toda a eternidade, mas o destino foi injusto e a tirou dele, e foi assim que o destino também o tirou o que ele tinha de melhor: sua bondade. 

 

 

"— Hoseok, e se um dia eu partir antes do tempo? Acharás outra mulher que o ame tanto quanto eu? 

— Talvez eu encontre, porém, eu jamais amarei outra mulher do modo como amo você, Myung-Hee.

— Por que ama tanto a mim, Hoseok? Sequer sou uma mulher atraente. 

— Para mim tu és a mais bela das mulheres, no entanto, não é apenas por este motivo que eu a amo.

— Então?

— Amo-te porque és tu, simplesmente porque és tu. 

— Se tu acreditas em renascimento, espere-me, meu amado! Espere-me, pois chegarei a ti.

— É um tanto melancólico pensar em tais coisas, mas eu prometo a ti, minha bela Myung-Hee. Prometo que a ti esperarei e somente a ti amarei."

 

 

E ele esperou. Esperou durante todas as vidas que lhe foram dadas, mas por que sua essência não voltava? 


Notas Finais


Aigo, que triste!! Mas fiquei contente que o Hobi desistiu daquela ideia louca de enfeitiçar o Jin. dsahudasudsuh
Espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar, uh??

Aproveitando que já estou aqui, eu gostaria de divulgar a minha nova fic com o Hoseok mozão! Vou deixar aqui o link da fic e do trailer, recomendo lerem, ein??

Fic: https://www.spiritfanfiction.com/historia/love-wings-13170431

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=qIRd3CoTADE

Beijinhos, amores! <3


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