1. Spirit Fanfics >
  2. The Five Guardians >
  3. Apparition

História The Five Guardians - Apparition


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, meus amoooores! Voltei rápido, ein?
Bom, vamos à leitura!!

Capítulo 46 - Apparition


 

Damara carregava um sorriso incrédulo em seus lábios enquanto vasculhava sua antiga estante de livros, procurando cuidadosamente um em especial. As palavras do Rei ainda estavam claras em sua mente. 

 

"— Acabará com seu reino se o nomear.

— Se és tão prestativa com meu reino e se preocupas, poderíamos fazer de outro modo.

— Qual?

— Eu quero, por escrito, seus principais conhecimentos sobre magia.

— Por que daria a ti tal coisa?

— Porque odiaria ver seu esposo como nobre e, principalmente, porque odiaria ser queimada.

— Queimada?

— Se recusares, acusarei-a de bruxaria."

 

A bruxa bufava profundamente a cada vez que a conversa se repetia em suas lembranças, o que a distraía um pouco de sua busca, porém, quando retirou um dos últimos livros da estante, avistou aquele que tanto procurava. Damara pegou o livro empoeirado e esquecido, abrindo-o em seguida. Ela assoprou as páginas para se livrar dos insetos e poeira, então balançou a cabeça negativamente. 

— Achas que enganará ele com este livro?

A voz que soou assustou a bruxa, fazendo-a pular para trás, mas ao ver o rosto conhecido, relaxou.

— Novamente vasculhando meus pensamentos?

— Digamos que pensas um pouco alto demais.

— Que seja! Não contará a ele, certo?

— Seu segredo está seguro. — Disse Yoongi, sentando-se numa cadeira. — O que a faz crer que Jin acreditará que neste livro estão seus conhecimentos?

— Este foi meu primeiro grimório, nele escrevi coisas que aprendi com minha mãe, no entanto, são rituais fracos. 

— E por que decidistes enganar o rei?

— Porque eu sinto que se aquele homem tiver mais poder do que já tem, algo perigoso pode acontecer. — Disse ela, guardando o livro. — Mas e quanto a ti, em que posso ser útil? 

— Continuo vendo aparições terríveis. Cada vez com mais frequência, até mesmo meus pais e minha irmã eu vejo!

— Ainda com estes problemas, Yoongi?

Damara mostrou preocupação, agachando diante a ele e o segurando pelas mãos.

— Não aguento mais, Damara. Sei que me acolheste aqui de bom coração, mas estou cansado! Quanto tempo desapareci? Sequer lembro.

— Yoongi, achas que fez uma boa escolha?

— Não há outro modo. Se à fazenda eu for, ficarei ainda mais perto do povoado, assim matarei a qualquer um. Entretanto, se aqui fico, presencio estas loucuras!

— Precisas ser forte, ou matará novamente. Quando procurastes a mim, aceitei de bom grado o ajudar, porém, não o aceitarei novamente se partir. 

— Por quê?

— Imagine se alguém o segue até aqui, senhor, seria um grande problema. Acusariam você de bruxaria, também acusariam a mim e minha irmã. Pense com cautela, mas se achar que deve ir, vá. 

— Tens razão, não estou raciocinando devidamente! Agradeço-a pela moradia, comida e por cuidar dos meus afazeres na fazenda e no reino, és boa, Damara. Enganei-me quanto a ti.

— Não há motivos para agradecer, Yoongi.

— Há sim. — Min suspirou e ajeitou-se na cadeira. — Ninguém descobriu que és tu quem cuida dos assuntos pertinentes a mim, não é?

— Nem mesmo Taehyung.

Yoongi sorriu e olhou para a janela trancada, percebendo através dos pequenos buracos o sol começar a se esconder, então fechou os olhos e respirou fundo. 

— Está na hora de me prender.

— Tens certeza? Estás pálido, fraco e com marcas por todo o seu corpo. — Insistiu ela, mas Yoongi permaneceu convicto, fazendo-a ceder. — Ao menos saia um pouco durante a tarde. Vá visitar seus amigos, visitar o povoado, até mesmo visitar a mim! Apenas faça algo que não seja cortar lenha e ir ao rio.

— Damara, não posso ficar diante a outro humano, pois consigo sentir até mesmo o cheiro do sangue! Se soubesses o quão difícil é ficar diante a ti e não atacar. Até mesmo minhas vontades de homem afloram diante a ti, e sei que isso não vem de mim, mas sim daquele demônio. 

— Precisará sair um dia, Yoongi. 

— Descobrirei um modo de controlar isso, mas por hora, apenas continuemos com o trato.

Damara concordou, então se levantou e o acompanhou até o pequeno quarto, e com agilidade prendeu Yoongi às grossas correntes e cordas, mantendo-o sentado, completamente imóvel. Ela, por fim, pegou o pedaço de pano e fez uma bola com ele, mas antes de tampar também a boca dele, Yoongi disse:

— É uma menina.

Disse ele ao sorrir, fazendo a bruxa também mostrar um sorriso e olhar para a própria barriga, a qual já começava a ficar aparente. Ela respirou fundo e logo afundou o pano na boca alheia, por fim depositando um beijo na testa do Barão e o trancando dentro da velha cabana, para finalmente voltar ao palácio, mas quando subiu em seu cavalo, percebeu que haviam vestígios e um ritual muito conhecido por ela, tal ritual que ela mesma havia ensinado a alguém em especial, e naquele instante ela rangeu os dentes, desviando seu caminho imediatamente. 

Yoongi era o responsável pelos assassinatos que ocorriam naquela região, e cansado disto, pediu à bruxa para o manter preso durante as noites, pois desta forma não conseguiria mais assassinar. Min era preso por cordas e correntes carregadas de encantamentos fortes, tão fortes que até mesmo o sangue de Damara fizera parte do ritual. Ele não poderia sair mesmo que tentasse. De início a bruxa gostava de torturar o jovem, mas após algumas semanas quem se torturava era ela mesma, afinal, com a convivência Damara passou a olhar o Barão com novos olhos, e como ele era sua criação, passara a enxergar aquele rapaz como um filho, no entanto, de nada adiantava ter tais sentimentos.

Não mais.

 

 

***

 

 

O café cheirava forte, agradando o cavaleiro que o tomava. Alcander estava sentado e apreciando um bom livro, até mesmo se permitia rir em determinadas partes. A madrugada estava quente, mas por algum motivo um vento gélido preencheu a sala e o corpo do cavaleiro estremeceu, fazendo-o até mesmo bater os dentes. Alcander repousou a xícara vazia ao lado e levantou-se para fechar as janelas, mas outro vento ainda mais forte as abriu novamente, apagando boa parte das velas acesas, deixando uma iluminação baixa em sua casa. Ele insistiu em trancar as janelas, e assim fez, mas desta vez o que o incomodou foi o barulho alto na cozinha, provavelmente algo havia caído e quebrado. Ele respirou fundo para se manter calmo e caminhou rapidamente ao outro cômodo, entretanto, quando já se aproximava da porta, outro som foi audível e este o preocupou. Era algo molhado, gosmento e o deixou enojado; Alcander diminuiu o ritmo de seus passos e parou diante à porta, forçando a vista para olhar o ambiente, mas não havia nada, então pensou em voltar atrás e se deitar, mas antes que pudesse se virar, uma mão gélida e grande segurou um de seus pés, fazendo-o cair sentado após o susto.

Alcander não acreditava no que estava presenciando, aquela cena o fez tremer e tentar fugir, mas ele sequer conseguia se arrastar. Diante a si estava a figura pálida, deformada e ensanguentada de NamJoon.

Os olhos do Duque estavam vermelho graças ao sangue, no chão havia um rastro imenso, o qual apenas aumentava a cada vez que ele se arrastava em direção ao cavaleiro. Alcander sequer conseguia levantar-se, e conforme NamJoon subia em seu corpo, ele se deitava. Os olhos claros do homem jorravam lágrimas, e a cada vez que tentava gritar, sua voz falhava. NamJoon também parecia chorar, mas isso não comovia o homem completamente assustado abaixo de si. Então, quando NamJoon alcançou o peito alheio, deitou sua cabeça ali, sujando o cavaleiro com todo seu sangue conforme o abraçava, sorridente.

P... pai.

A voz do Duque saiu falha graças à quantidade de sangue que escorria de sua boca, e ao ouvir a voz de seu filho, Alcander gritou o mais alto que conseguiu, sentindo os pulmões arderem com a falta de ar, enquanto que, ao lado de fora, Damara gargalhava para em não muito longe da casa de seu antigo marido. 

A bruxa se divertia a cada grito que escutava, dando leves pulinhos em puro êxtase. Então, com um largo e vitorioso sorriso no rosto, disse ela:

— Espero que aprendas a não incomodar mais os meus meninos, senhor.

Então, com apenas um estalar de dedos, toda a cena que Alcander presenciou desapareceu. No entanto, Damara ainda não estava satisfeita, e por tal motivo, aquela horrível aparição continuou durante noite após noite, e a cada vez que NamJoon o visitava, aquela palavra soava ainda mais assustadora.


Notas Finais


Não esqueçam de dizer se gostaram, ein??
Ah, eu errei a contagem ontem, agora sim faltam três capítulos. SORRY!!!

Até o próximo e beijinhos. <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...