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História The Five Guardians - Eternal nightmare


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


ASSISTAM AO TRAILER, ESTÁ NAS NOTAS FINAIS!!!



Heeeeey, cheguei!!
Estamos chegando ao fim, ein? Agora faltam somente mais DOIS capítulos para o fim! ):

Mas sem problemas, porque guardaremos essa linda trilogia no coração e, no último capítulo, terei uma surpresa especial para vocês, meus amores! Fiquem atentos, ein??

LEIAM AS NOTAS FINAIS, É IMPORTANTE!!!!


Boa leitura, anjos. <3

Capítulo 47 - Eternal nightmare


Fanfic / Fanfiction The Five Guardians - Eternal nightmare

 

 

30 de outubro de 1504.

 

 

 

— Senhor, senhor! 

O velho correu até o Conde, curvando-se diante a ele. Taehyung sorriu e virou de frente ao homem, movimentando as mãos para que ele proseguisse.

— Minhas filhas estão finalizando o vestido, poderia aguardar alguns minutos, por gentileza?

— Ora, o tempo que for preciso! 

O homem sorriu e curvou-se novamente, mas antes que voltasse, perguntou:

— Perdoe-me a audácia, senhor, mas a mulher para quem dará o vestido está esperando um filho?

Os olhos do Conde se iluminaram e um sorriso imenso surgiu em seus lábios, um sorriso tão radiante que contagiou até mesmo o velho vendedor. Taehyung assentiu, suspirando.

— Está sim, meu caro.

— Imaginei, pois muitas damas já pediram vestidos na mesma medida. Pois muito bem, com licença, meu senhor.

O vendedor se distanciou, mas Kim continuou a sorrir alegremente, observando, como anteriormente, as pessoas caminharem pelos comércios. Os tecidos espalhados diante a si o chamou antenção, fazendo-o tocar cada um deles, no entanto, quando já se preparava para falar com o comerciante, a conversa de três homens atrás de si o fez mudar sua atenção.

— Pois acreditem, porque é o que todos estão comentando! — Um dos homens falou.

— Mas como acreditar em tal baboseira? Damara é uma mulher elegante, inteligente e muito atraente! 

Quando ouviu  o nome de sua esposa, imediatamente virou-se para olhar a face de cada um dos homens, aproximando-se um pouco mais.

— Realmente, é uma belíssima mulher, talvez a mais bela destes reinos, mas não acham estranho uma mulher como ela, desconhecida, chegar à nobreza?

— Ela é esposa do cavaleiro Alcander, não é nada surpreendente que ela esteja entre a realeza. 

— E quanto à irmã? Casou-se com o Rei! Percebam que após aquela camponesa chegar ao trono, tudo começou a desandar neste reino.

— Dizem que são donas de terras, oras.

— E que terras? Sequer ouvi o nome destas mulheres antes! — Disse o mais velho deles, convicto. — Acreditem se quiser, mas aquela mulher é uma bruxa! 

O coração do Conde falhou uma batida, fazendo-o tremer quando ouviu tudo aquilo.

— Estão correndo boatos pelas redondezas, dizem que estão planejando ataca-la! 

— Se é de fato uma bruxa, juntarei-me a todos!

— Pois bem!

Taehyung se preparou para falar com os homens, mas quando deu o primeiro passo, o velho homem que antes o atendia lhe entregou o presente já pago, fazendo-o perder de vista os três homens. Taehyung sequer agradeceu ao homem, apenas correu o mais rápido que pôde até seu cavalo.

 

 

***

 

 

Seokjin caminhava de um lado para o outro em seu escritório, enquanto admirava os inúmeros livros dispostos nas altas prateleiras. Seus dedos tamborilavam pelas capas duras, até que ele finalmente parou atrás de sua mesa, sentando-se outra vez.

— Deixe-me ver se entendi. — Disse ele, juntando as mãos diante a face. — Tu estás negando a minha proposta, Alcander?

— Sim, Vossa Majestade, eu estou.

— Ora, e por qual motivo?

— Bem, meu senhor, é tentador pensar em me tornar Visconde, porém, eu almejo algo maior.

— Diga-me, então, farei por ti.

— De modo algum! Desejo subir em nossa hierarquia por mérito próprio. Jamais aceitaria que me nomeasse apenas por um acordo.

— A nobreza funciona assim, meu caro. Todos chegam aos seus cargos de alguma forma suja.

— Eu não desejo desta forma, senhor.

— Pois bem, faça o que quiser. — O Rei se levantou, caminhando junto ao cavaleiro até a porta. — Caso mude de ideia, estarei aqui.

— Agradeço-te, meu senhor.

Alcander reverenciou com um sorriso nos lábios, retirando-se da sala. Era verdade que Alcander não queria tornar-se um simples Visconde, quando ele poderia se tornar algo ainda maior e mais poderoso. No entanto, o que Seokjin sequer imaginava, era que o cavaleiro planejava tomar seu lugar.

Aproveitando que finalmente estava sozinho, Jin foi à espaçosa mesa de madeira e retirou de dentro de uma das gavetas o grimório que Damara havia dado a ele, abrindo-o em uma página qualquer. Ele admirava os desenhos feitos para exemplificar cada ritual, tentando decifrar algumas das palavras escritas, já que todos os encantamentos estavam em Latim e ele desconhecia algumas daquelas, o que acabou o fazendo sorrir e mordiscar o canto dos lábios.

— És bela, inteligente, cheia de vida, poderosa e tão alegre... — Sussurrou ele enquanto deslizava os dedos pelo livro. — Tu combinas tanto comigo, Damara... mas por que os nossos corações não se apaixonaram?

— Porque o destino quis assim.

A voz alegre da bruxa soou, fazendo Jin pular da cadeira e arregalar os olhos. 

— Damara! 

— Tome cuidado, Jin, imagine se minha irmã o escuta.

— Bobagem! Apesar de meus questionamentos, amo Pandora como um louco!

— E pensas em amar outra? Ora, não é atitude de um homem sensato.

— E não tenho razão, senhora? — Ele sorriu, cruzando seus braços. — Imagine tu e eu juntos, amando-nos e com os mesmos propósitos. Seríamos donos de tudo.

Damara, ainda sorridente, aproximou-se do Rei, erguendo uma das mãos até conseguir o tocar no ombro. Jin permaneceu imóvel, olhando diretamente nos olhos da bruxa, enquanto ela erguia uma das sobrancelhas. 

— Não somos tão parecidos como pensas, meu senhor. — Ela suspirou, acariciando uma das bochechas alheias. — Eu, jamais, amaria-te. 

— Por quê?

— Ora, Vossa Majestade, é bastante simples! — Exclamou. — Porque tu não és Kim Taehyung. 

O Rei rangeu os dentes e gargalhou, incrédulo. 

— Pois sou melhor que ele! Sou o Rei, Damara. 

— E de que me importa se és ou não o rei, Jin? Eu não o amaria nem mesmo se tu fosses um Imperador. 

O homem agarrou-a pelo pulso, apertando-o com toda a força que conseguia, mas Damara não se assustou, sequer saiu do lugar. Ela abriu um largo sorriso, olhando o Rei de cima à baixo. 

— Pobre de ti, meu senhor. Tão belo, tão cheio de riquezas, mas nenhum caráter. — A bruxa soltou-se, erguendo sua cabeça. — Respeite a minha irmã, senhor. Ela é uma boa esposa, uma ótima Rainha e te dará um filho. 

— Eu a amo. 

— Então não fique pelos cantos pensando em amar outra mulher. Afinal, eu também sou uma mulher casada!

Damara gritou e virou-se de costas, no entanto, Taehyung estava parado diante à porta, com sua expressão séria e seu lábios contraídos. Jin abriu um sorriso quando percebeu seu primo o encarar.

— És repugnante, meu primo. — Disse Taehyung.

— Estás irritado, Taehyung?

— A que ponto sua inveja chegou, Jin? Tens noção da gravidade de seus atos? 

— Inveja, meu caro? Não seja estúpido! Achas que um Rei sentiria inveja de um Conde? 

— Deveras, meu caro.

— Ingênuo és, então.

— Tens inveja e medo, pois sabes que eu poderei tomar o seu lugar. Afinal, tenho mais méritos que você.

O ranger dos dentes do Rei foi audível, então, sem que qualquer um esperasse por seu ato, Jin retirou sua espada da bainha e cortou a pele da bochecha do Conde, o qual conseguiu se afastar a tempo, fazendo com que apenas um pequeno corte surgisse. Quando percebeu o que havia feito, Jin soltou a espada e olhou para o primo. 

— Perdoe-me, meu primo, eu não queria...

— Ah, isso? — Taehyung riu, retirando a mão de seu corte. — Não foi nada.

Então, quando Jin olhou para o ferimento, sentiu novamente a inveja o corroer por dentro. O ferimento já havia sumido, apenas restou as manchas de sangue e um sorriso nos lábios de Taehyung. 

— Não chegue perto da minha esposa nunca mais, Kim Seokjin.

Taehyung segurou a mão da bruxa e a arrastou para fora do cômodo, enquanto Jin continuava a olhar para os dois, então, confuso, franziu a testa.

— Esposa...? 

 

 

***

 

 

Os olhos do Conde estavam fixos ao rosto da esposa, e mesmo que não tenha dito uma só palavra, seu rosto dizia muito. Damara terminou de limpar o sangue no rosto alheio e guardou sua caixa de curativos, Taehyung, então, abraçou a esposa por trás, acariciando a barriga alheia.

— Vamos fugir daqui.

Disparou, fazendo-a virar de frente ao Conde, com a testa franzida.

— Por quê?

— Não me pergunte o porquê, apenas vamos para bem longe.

— Querido, não podemos sair daqui! Nossos amigos e familiares estão aqui, tu és importante para a nobreza.

— De que me importa a nobreza se eu não puder ficar com você?

Os olhos do Conde encheram de lágrimas, o que preocupou a bruxa. Ela tocou o rosto alheio, acariciando-o antes de selar os lábios aos dele.

— Que ideia absurda é essa? Jamais o deixaria, meu senhor.

— Tenho meus motivos para dizer isso, Damara. Acredite em mim, algo está para acontecer.

— Pois diga o que é e darei um jeito!

— Não devo dizer, isso preocuparia a ti e afetaria ao nosso filho. Apenas fugiremos, tudo bem?

Damara afastou-se, séria, negando logo em seguida.

— Não, meu senhor. Ficarei aqui.

— Querida, escute-me, por favor...

— Escute-me tu, Taehyung! Não abandonarei este lugar, muito menos permitirei que o melhor Conde abandone seu posto. Seja lá o que estás me escondendo, eu descobrirei, então decidirei se devo ou não ir.

— Damara, compreenda que...

— Já chega! — Gritou a bruxa, ofegante. — Saia daqui, preciso descansar.

Taehyung calou-se e concordou, deixando um pacote ao lado de Damara, para então se retirar do cômodo, batendo a porta com certa força. A bruxa respirou fundo para se acalmar e pegou o pacote, abrindo-o com calma. Então, quando pegou o belíssimo vestido azul, seus olhos lacrimejaram. O vestido era exatamente do gosto da bruxa, e junto dele havia uma manta de lã no mesmo tom que o traje, sendo que esta era para sua filha. Ela sentou-se, admirando as peças, então suspirou, acariciando a própria barriga.

— Talvez ele tenha razão... talvez precisemos fugir para ter paz, minha vida...

 

 

***

 

31 de outubro de 1504.

 

 

"— Quando sentir medo, minha adorável irmã, feche os seus olhos e conte até cinco, então, quando os abrir novamente, tudo de ruim terá acabado. Acredite, minha inocente irmã, não há nada a temer." — Damara.

 

 

A mesa estava repleta de alimentos, e Damara mordia os lábios a cada prato diferente que olhava, afinal, devido à gravidez, sentia uma fome interminável. Ela serviu seu prato com algumas frutas, as quais pareciam ainda mais suculentas que o comum. No entanto, antes que ela voltasse a sentar, alguém esbarrou em seu ombro, fazendo o prato cair no chão. Ela olhou para frente discretamente, para não chamar ainda mais a atenção dos presentes. O homem agachou em sua frente e os olhos vermelhos penetraram a alma da bruxa, então, sequer uma palavra foi dita, mas apenas aquela troca de olhares serviu para a bruxa entrar em profundo desespero e saber, de imediato, o que estava acontecendo. 

 

 

***

 

 

Pandora estava sorridente naquele entardecer, bordando uma bela manta para seu filho, o qual em breve já estaria em seus braços. A voz afinada cantarolava despreocupadamente uma música lenta. A cabana estava silenciosa, apesar de seu canto, ouvia-se os pássaros ao lado de fora, o vento bater nos galhos das árvores e, até mesmo, era possível ouvir ao longe a água do rio. 

— Será que nascerás parecido com teu pai? — Perguntou ela entre um riso. — Se assim for, serás o mais belo deste reino.

Pandora olhou pela janela ao ouvir alguns passos, então deixou a manta de lado e caminhou até lá, então, abriu um gentil sorriso quando avistou Alcander, o qual sorria para ela.

— Olá, senhor. 

— Olá, Vossa Majestade. — Disse ele, curvando-se. — Sua irmã está?

A ruiva estava prestes a responder, porém, percebeu que algo estranho ocorria, inclusive sentira cheiro de fogo. Ela apagou o sorriso do rosto e percebeu os olhos lacrimejarem, dando alguns passos para trás em seguida. Ela segurou a barriga, como se assim pudesse proteger o filho, então tentou correr para a porta, porém, quando a abriu, percebeu os diversos camponeses que a olhavam com ódio. 

— Elas estão juntas, ataquem-nas!

Gritou um deles e Pandora fechou a porta, mas já era tarde demais, pois a velha casa já começava a incendiar-se. E ali, sem ter para onde correr, ela agachou, permitindo-se soluçar enquanto chorava, agarrada à pequena manta. Ao lado de fora, os gritos e pedidos de justiça eram audíveis, até mesmo haviam pessoas orando para afastar toda a maldade, e o que sequer imaginavam, era que eles eram a própria maldade.

Os camponeses não se moveram até que o fogo fosse alto o suficiente para que as bruxas não conseguissem fugir. Então, sorridente, Alcander ordenou que todos fugissem daquele mal, e às suas ordens acataram.

— Queime no Inferno, Damara. 

Alcander cuspiu as palavras ao subir em seu cavalo, cavalgando para o mais longe que conseguia. No entanto, na direção oposta para a qual ia, as carruagens chegavam à antiga moradia da bruxa. O fogo estava alto, o cheiro da fumaça estava forte, mas nada impediu Damara de correr em direção à antiga casa, ao menos até Yoongi surgir em frente a ela, segurando-a. 

— O que tu fizestes com minha irmã? Confiei em ti, Min Yoongi! 

— Não fui eu quem fez isto, Damara! — Gritou o Barão, abraçado a ela. — Acabo de chegar! Veja, fui pegar lenha!

Yoongi se afastou, apontando para as lenhas espalhadas. Damara caiu ajoelhada, completamente fraca, enquanto seus olhos não paravam de jorrar suas lágrimas. Pouco a pouco o restante dos presentes apareceu, inclusive Jin, o qual também tentou correr até o incêndio, mas também foi impedido. Ele gritava e batia em qualquer um que o tentasse impedir, mas também não tinha forças o suficiente. 

Taehyung sabia o porquê de aquilo estar acontecendo, e sentindo-se culpado por ter se calado, levantou-se e ignorou os gritos desesperados da esposa, para então correr entre as chamas até o lado de dentro da casa. Apesar do Conde ser o mais adequado para ajudar naquela situação, Damara sabia que era perigoso, e por este motivo desesperou-se ainda mais. Contudo, minutos depois, Taehyung surgiu novamente em suas vistas.

As graves queimaduras espalhadas pelo corpo do homem desapareciam tranquilamente, mas aquilo não foi o suficiente para tirar a atenção de cada um dos presentes do corpo em seus braços. Kim deitou a Rainha diante ao primo, o qual continuou parado no mesmo lugar, como se tentasse digerir que tudo aquilo era, de fato, real. 

O corpo da ruiva estava repleto de queimaduras, mas era nítido que a causa de sua morte não havia sido o fogo, e sim a fumaça inalada. As lágrimas do Rei não cessavam, e suas mãos trêmulas tocaram-na o rosto, numa tentativa falha de limpar a sujeira que o fogo deixou. O choro era silencioso, mas a dor que ele sentiu ao ver o corpo sem vida de sua esposa era visível. 

O que ele sequer imaginou foi que aquele era o início de seu maior pesadelo.

O início de seu eterno pesadelo. 


Notas Finais


E aí, quem percebeu a relação das datas com The Chosen? Huuum, parece que temos uma explicação.

Por favor, meus amores, se vocês têm alguma dúvida sobre algum acontecimento, deixem nos comentários, pois temos apenas mais 2 capítulos e se restou alguma dúvida sobre alguma coisa, eu deixarei explícito nos dois últimos capítulos, hm?

Obrigada a quem leu, vocês são incríveis!!


E que tal um trailer do que vem por aí, hm?? https://www.youtube.com/watch?v=ETEGgtT8-wM&t=12s

Beijinhos e até o próximo. <3


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