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História The Lion and The Badger - H e C


Escrita por: Muffin_Paradise

Notas do Autor


Oie!

Capítulo 3 - H e C


Fanfic / Fanfiction The Lion and The Badger - H e C

CAPÍTULO 3

H+C

Silêncio.

Os únicos sons existentes eram o borbulhar lento das poções de aspecto lamacento nos caldeirões, o ruído agradavelmente áspero das penas ao escreverem nos pergaminhos e o tilintar dos béqueres de vidro flutuar no ar ao voltarem para os armários. De vez em quando, alguém tossia, cochichava algo, mas logo ficavam calados.

As aulas de Severo Snape eram assim pois o próprio homem abominava sons que não fossem sua própria voz e “tolerava” a dos alunos somente quando era pra responder suas perguntas. Silêncio e disciplina era a ordem máxima.

Harry respirou fundo ao encarar o livro aberto em sua frente, seus olhos passeando por entre as frases sem assimilar nenhuma em específica como se fossem runas ao invés de inglês.

Erguendo a cabeça, ele observou o seu redor.

Do seu lado, ele viu Hermione anotando suas observações sobre a poção feita por eles no caderno, olhos castanhos mal desviando do fluxo constante de suas palavras; do outro lado ele viu Ron entretido com a própria pena, girando-a nos dedos como se fosse a coisa mais interessante do mundo enquanto seus lábios se mexiam ao parecer falar consigo mesmo.

Outros colegas de classe agiam de forma parecida: alguns tinham interesse... Outros fingiam interesse na esperança de que não fossem mal nas provas... E o restante nem se dava ao trabalho de fingir, aceitando o fato de que se dar mal em Poções era inevitável – como era o caso dele.

‘Foi mal, Vovô Fleamont...’ ele pensou em diversão ao batucar com o dedo no livro.

Se os Potters eram ricos, deviam isso graças à genialidade do avô de Harry, Alfa Fleamont Potter, que conseguiu a façanha quadruplicar o ouro da família ao inventar novas poções sendo a mais famosa uma para cabelos, Sleekeazy. Desde então, os Potters ganharam muito dinheiro nesse ramo e era esperado que as futuras gerações continuassem o legado de Fleamont... Era o que esperavam de Harry.

‘Mas mesmo se eu fosse bom em Poções... Não iria mudar muita coisa.’ ele pensou ao apoiar a bochecha na palma de sua mão, sentindo a familiar sensação de chateação.

Harry era o último de sua linhagem e deveria assumir o comando dos negócios e da família tal como seu pai fez quando Vovô Fleamont faleceu. Quando ele nasceu, todos esperavam isso dele e ele assim o faria, se não fosse por um pequeno detalhe: ele se apresentou como um ômega.

Era lei que fossem os alfas os chefes da família, que controlassem os negócios e finanças, que passassem o nome de suas casas pras gerações seguintes - e quando não se haviam alfas, essa função era transmitida para os betas.

Ômegas não.

Ômegas, tão “delicados e sensíveis”, pequenos e belos, não deveriam preocupar as “cabecinhas” com coisas como finanças, heranças ou negócios. Eles eram vistos e tratados como bonecos de porcelana: lindos, frágeis e decorativos, devendo ser protegidos por seus pais e familiares.

Depois de serem devidamente cortejados e se casarem, perdiam o sobrenome, a posição na árvore genealógica. E já casados e reivindicados, era esperado que eles cumprissem aquilo que era tido como seu “papel principal”: conceber filhotes para seus alfas, dando continuidade à linhagem de sua nova casa.

E apenas isso.

‘Um grande monte de merda!’ Harry pensou, soltando ar pela boca de maneira frustrada e ressentida.

Mas não por conta dele ser ômega. Não era por conta dele ter ciclos de cio, de ser fisicamente pequeno e delicado ou de usar saias e lingerie - ‘Até porque, eu fico mó gostoso usando elas...’ ele pensou sem falsa modéstia, pois era verdade.

Isso era okay.

E não era o fato de um dia ele se casar e ter filhos, porque ele queria isso também no futuro: ele queria se casar com Cedrico, ele queria ter os bebês de seu alfa, ter uma casa bonita com um grande quintal, talvez um cachorro com nome engraçado, enfim, a porra do pacote inteiro de uma vida feliz.

Isso era perfeito.

Em verdade, Harry era frustrado e ressentido com a merda de mundo antiquado no qual ele vivia. Era bizarro que as pessoas esperassem que ele se contentasse em ser apenas “esposinha/mãe/dona-de-casa” quando ele queria muito mais do que isso.

Desde pequeno, seu sonho era jogar em um grande time de quadribol e se tornar o melhor apanhador dos últimos tempos. Uma lenda.

Aos 11 anos ele entrou no time da Grifinória como o “mais jovem apanhador do século”, ganhando de seus pais uma Nimbus 2001 e posteriormente uma Firebolt de seu padrinho, Alfa Sirius Black. Jogos depois de jogos ele foi construindo a reputação de ser uma fera na vassoura, com um futuro promissor.

Mas aos 13, quando se apresentou como ômega em plena partida, as pessoas pareciam ter se esquecido disso.

James, muito mais super-protetor, tentou convencê-lo a desistir do esporte alegando que era perigoso e violento; seus colegas de time gentilmente “sugeriram” que não era bom ele continuar; outros já pensavam quem seria o próximo apanhador do time.

“Quadribol é coisa de alfas...” eles disseram nas entrelinhas.

E ele quase começou a duvidar de si mesmo, quase abriu mão do que conquistou se não fosse por certo alguém.

Harry sorriu, seus dedos brincando com sua correntinha dourada.

‘Sim...’ ele pensou ao puxar um pedaço de pergaminho, traçando figuras aleatórias com a pena ‘...se não fosse pelo apoio dele, talvez... Talvez eu tivesse cedido a pressão. ’

Esse foi um dos motivos pelo qual fez Harry se apaixonar por Cedrico: o fato do rapaz nunca tê-lo tratado como inferior ou incapaz, mas sim como uma pessoa capaz.

Com o apoio constante de Cedrico, Harry continuou na equipe, silenciando os que duvidaram dele em cada partida que jogava. Hoje, ele não era apenas o apanhador como também Capitão do Time de Quadribol da Grifinória, inspirando outros ômegas a praticarem o esporte, como por exemplo, Cho Chang.

Harry suspirou, desenhando um coração e escrevendo nele as letras ‘H’ e ‘C’ em tinta preta.

H+C...

C+H...

‘Ced...’ ele pensou de forma amorosa, sentindo seu coração bater ao se lembrar do sorriso deslumbrante, o topete louro-escuro caindo na testa de forma charmosa...

- Potter?

Harry sorriu, beijando o pingente de sua correntinha como se estivesse beijando a boca doce do lufano...

- Pssiuu!!! Potter?!

...braços fortes envolvendo sua cintura fina, seu corpo pressionado contra o dele...

‘Oh...’ ele pensou, cruzando as pernas sob a mesa, apertando-as como se quisesse parar os pensamentos que o fariam encharcar a própria calcinha se não tivesse cuidado.

- CICATRIZ?!!! – a voz irritante o puxou de seus devaneios, seguido do impacto de algo sendo jogado em suas costas.

Harry ficou confuso ao ver bola de papel amassado cair no chão; virando-se de costas, ele viu o familiar sorrisinho debochado, sobrancelhas pálidas erguidas e olhos azuis o fitarem com ácida diversão.

- Um balaço atingiu sua cabeça, Potter? – Draco Malfoy sussurrou com um sorriso venenoso, enquanto que Crabbe e Goyle trocavam risinhos – Mal vejo a hora da Sonserina te derrubar da vassoura no próximo jogo!

Harry cerrou os dentes, tentando se manter calmo.

Draco Malfoy era um jovem alfa de 15 anos e para ele, a representação de tudo o que ele mais detestava: um merdinha preconceituoso, elitista, mimado ao extremo, arrogante e prepotente, sempre achando que o mundo deveria curvar aos seus pés. Ele não perdia um momento para infernizar Harry desde que se conheceram no Expresso de Hogwarts, e pareceu piorar quando o grifinório se apresentou como ômega.

- Não liga pra ele, Harry... Ele só quer chamar atenção! – Hermione esfregou seu antebraço em sinal de apoio.

- Não falei com você... Sua sujeitinha de sangue-ruim! – Draco rebateu.

Ron ficou vermelho, seu punho se fechando ao ouvir as palavras direcionadas para sua namorada, fazendo menção de levantar, mas sendo impedido pela garota.

Harry sentiu o sangue ferver.

- Um balaço não atingiu minha cabeça, mas a minha mão com certeza vai atingir sua cara se não calar a porra da boca!!! – Harry rosnou entredentes para o loiro, deixando-o boquiaberto com o palavrão proferido.

Draco ficou vermelho e recobrou a fala.

- Ora, seu...

- Sr. Potter e Sr. Malfoy... Há algo que queiram compartilhar conosco? Algo mais... Interessante que a minha aula? – Prof. Snape disse de forma monótona e implacável ao se aproximar das duas mesas, fazendo com que os dois garotos se assustassem.

Harry tentou ao máximo manter uma expressão facial dócil, torcendo para que Severo não fosse tão rígido com ele, pelo menos não tanto naquele ano.

Por ser o melhor amigo de sua mãe e um de seus padrinhos, ele esperou que Snape fosse amigável com ele em Hogwarts da mesma forma que era fora da escola, mas a realidade fugiu – e muito – de suas expectativas: justamente por ser amigo de Lily e por ser um de seus padrinhos, Severo era ainda mais rígido, esperando não menos que excelência  da parte do menor... E no qual ele nunca pode corresponder.

Harry podia até ter herdado o charme de sua mãe, mas sua personalidade de encrenqueiro veio totalmente de James sendo inflada ainda mais por Sirius.

- Não senhor. – Draco respondeu ao pigarrear, tentando soar confiante – Estava só dizendo para Potter fazer seu próprio relatório ao invés de querer pedir o meu!

‘Filho da puta!’ Harry pensou indignado ao fuzilá-lo com os olhos.

Draco sorriu de forma inocente.

- Senhor, eu... – Harry se virou para Snape ao tentar se justificar, mas logo se arrependeu.

Snape se aproximou da mesa dele, observando os rabiscos de corações e iniciais e depois o olhando com uma expressão que fez Harry sentir vontade de sumir.

‘Oh, merda!

- Menos 10 pontos da Grifinória... - Snape disse de maneira lenta, fazendo com que Harry se afundasse na cadeira – Pelo comportamento inapropriado do Sr. Potter.

Draco sorriu vitorioso, olhando com o rabo dos olhos para Crabbe e Goyle.

- E menos 10... da Sonserina... - Snape olhou para trás -...pelas brincadeiras estúpidas do Sr. Malfoy em atirar bolas de papel durante minha aula.

Draco pareceu ultrajado, mas o homem o cortou.

- Os dois deverão fazer um rolo de pergaminho listando os ingredientes que utilizaremos nesse ano assim como suas propriedades... Devendo me entregar na próxima aula. – ele disse ao retornar para sua mesa.

- Mas senhor, eu tenho jogo na próxima semana! - Harry protestou indignado.

- Então aconselho começar ainda hoje Sr. Potter, pois não aceitarei desculpas esfarrapadas. - o beta rebateu como se fosse o menor dos inconvenientes. – Continuando, as propriedades do bezoar em poções contra furúnculos e venenos, página 53...

Harry bufou, se recostando na cadeira enquanto amaldiçoava Draco de todos os nomes possíveis: se fosse possível condenar alguém por ter pensamentos assassinos, Harry com certeza já estaria em Azkaban naquele momento.

 

Depois de uma longa e maçante aula, o sino badalara, anunciando o término.

Como se estivessem sendo liberados de uma prisão, os alunos rapidamente enfiavam seus livros nas mochilas, trocando olhares de alívio ao poderem deixar aquela masmorra, todos pensando na pilha de comida que os aguardavam no Grande Salão e agradecidos por ser sexta-feira.

Enfiando as coisas de qualquer jeito em sua bolsa, Harry se preparava para sair da sala, mas Snape o deteve com um olhar.

- Espere um minuto Sr. Potter. - o homem disse de forma incisiva enquanto escrevia em seus pergaminhos - Precisamos ter uma conversinha.

‘Fudeu...’ Harry sentiu uma pontada de aflição pela bronca que viria.

Hermione e Ron olharam pra ele de forma apreensiva.

- Vão na minha frente... Eu vejo vocês lá. - ele disse tentando soar tranquilo.

- Certeza?

- Absoluta.

- Okay... Bem... Vamos Ron.

O ruivo acenou com a cabeça para ele, dando uma última olhada em Snape e abaixando o rosto como se tivesse medo de que aquilo fosse lhe render uma detenção.

Harry assistiu seus amigos saírem, caminhando para frente da mesa de seu padrinho.

Snape colocou a pena no tinteiro, erguendo as sobrancelhas e respirando fundo ao falar.

- Você sabe muito bem que eu poderia escrever pra sua mãe, não sabe Harry?

Harry engoliu o seco, tentando oferecer um sorriso.

- Senhor...

Snape ergueu um dedo para silenciá-lo.

- Eu não admito tolices e futilidades em minha aula, você sabe bem disso. - Snape olhou para ele e suspirando como se o assunto fosse um estorvo - Você e Diggory...

- O que tem ele? - Harry perguntou na defensiva.

Severo o fitou.

- Eu não quero ver você sonhando acordado enquanto estiver em sala de aula, entendeu? - ele respondeu - Eu quero que você estude. Suas notas...

- Não estão tão ruins! Eu melhorei! - Harry se defendeu.

Certo, Poções nunca foi o seu forte, mas ele sempre se esforçou. Quer dizer, não tanto quanto gostaria, mas mesmo assim...

Snape fez um semblante cético.

- Estão medíocres!!! - ele rebateu, encostando-se na cadeira ao ver o menino se encolher – Você agora é o Capitão da Grifinória. Sabe muito bem que suas notas são essenciais para continuar nessa posição, não sabe? E      que os olheiros verificam os boletins dos futuros candidatos?

Harry lentamente concordou com a cabeça. Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos.

- Harry... - Snape soou mais calmo, usando o tom que ele empregava  quando estavam fora de Hogwarts – Vou te dar um conselho para seu próprio bem...

O grifinório ficou calado.

- Não seja medíocre. - o homem disse de forma pausada - Diggory acabou de ganhar um torneio internacional e tem um currículo escolar impecável... Você, por outro lado...

Harry franziu a testa.

- O que eu quero dizer é que: ele é excepcional. E você, mocinho, deve demonstrar que também é... Melhore! Não dê munição para que falem de você... Ou que eu precise tirar pontos de você. - Snape disse com suavidade. - Você é capaz, pois é inteligente como sua mãe... Apesar de ser tão convencido e cheio de si quanto seu pai, aquele grande idiota...

Harry riu baixinho e suspirou, entendendo o ponto dele.

- Tudo bem Tio Sev... - ele murmurou, usando a forma terna no qual chamava o beta desde que era filhotinho - Eu... Eu vou me esforçar mais. Prometo.

‘Pelo menos irei tentar...’ ele adicionou. Snape assentiu.

- Vou apontar para você umas tutorias privadas com Tom Riddle. Ele deve sanar todas as suas dúvidas...

- Não, eu falo com Ced pra ele me ajudar, pode ser? - Harry descartou a ideia. - O senhor sabe como ele é bom em Poções...

O homem considerou.

- Muito que bem. Mas que seja pra estudar. - Snape disse resoluto, mas estreitando-nos olhos - Se eu descobrir que vocês dois cabeças-ocas estão fazendo algo que seja além disso, dentro desse castelo...

Harry piscou os olhos com cílios longos de maneira inocente.

- Não senhor, nunca! - ele afirmou, tentando soar nervoso e ofendido com aquela acusação.

‘Eu sou muito mentiroso, puta merda!’ a mente dele o acusou, pois ele e Cedrico haviam passado dos limites do apropriado há meses...

Dentro da escola.

Sob os narizes de todos.

- Bom. Agora vá. E juízo nessa sua cabeça...

- Okay, tchau Tio Sev! - Harry acenou rapidamente, caminhando até a saída e fechando a porta atrás de si, aliviado por não ter levantado suspeitas sobre sua conduta.

‘Essa foi por pouco...’

Respirando fundo, ele esfregou o rosto com as duas mãos, olhando para o chão vendo que em sua frente havia sapatos de couro.

Subindo com os olhos, ele viu pernas longas... O suéter de lã preta com detalhes em amarelo... A gravata amarela com listras pretas com um nó afrouxado... Vestes da Lufa-Lufa casualmente jogada nos ombros...

- Oi... - Cedrico o cumprimentou com um sorriso charmoso, uma mão dentro do bolso da calça enquanto que a outra segurava um ramalhete de margaridas amarelas.

Harry piscou os olhos atordoado, sorrindo aos poucos enquanto que o coração batia mais acelerado, a raiva sendo esquecida.

A simples visão do sorriso dele o desestruturava por inteiro, deixando-o com as pernas bambas e bochechas vermelhas - em momentos assim, Harry era ciente do quão estúpido ele podia parecer quando estava perto dele, ficando corado e nervoso como se fosse um ômegazinho loucamente apaixonado por seu namorado alfa bonitão.

Exceto que ele era exatamente isso.

- Oi? – Harry respondeu confuso e feliz - O que está fazendo aqui?

O lufano sorriu ainda mais.

- Eu vim te buscar para almoçarmos juntos. - ele respondeu de forma galante ao se aproximar dele, estendendo a mão para entregar as flores.

Harry pegou o ramalhete, sorrindo com ao vê-las: desde que começaram a namorar, Cedrico sempre o dava flores, muitas delas nas quais ele mesmo cultivava na estufa privada da Lufa-Lufa.

Ele nunca foi muito chegado em flores, mas era diferente quando ele recebia de seu namorado no qual plantava e colhia apenas para ele. Aquele gesto o fazia se sentir amado e especial. Era maravilhoso.

- Awn, Ced, elas são lindas! Obrigado!!! – ele exclamou sincero ao tocar as pétalas amarelas - Mas acho que não posso. Ron e Hermione estão esperando por mim...

- Eles podem viver sem você por alguns minutos...

- E você não?

O alfa riu baixinho, agarrando Harry pela saia e o aproximando dele. O ômega, por sua vez, o abraçou pela cintura, olhando para cima com um sorriso feliz.

- Você não sabe, meu amor? Eu posso morrer se ficar mais um minuto sem você...  - ele disse de forma dramática. - Se eu cair duro e sem vida em algum canto, a culpa será toda sua.

Harry rolou os olhos, dando um rápido selinho.

- Rainha do Drama... – o grifinório bufou.

- Pode apostar... Agora me beije antes que eu morra!  – Cedrico disse, se inclinando para beijá-lo mais uma vez, mas Harry pôs a mão em seu peitoral para detê-lo.

- Aqui não... Vamos sair daqui antes que Tio Sev apareça e nos dê detenção até depois de nos formarmos! - Harry o puxou para longe da porta.

Cedrico riu, pegando a bolsa de Harry e colocando no próprio ombro, entrelaçando seus dedos nos dele.

Enquanto caminhavam pelos corredores abarrotados de estudantes, eles conversavam sobre a manhã que tiveram, Cedrico empolgado como um filhote ao contar que a diretora de sua casa, Profª. Sprout iria ajudá-lo com as cartas de recomendações para futuros estágios.

Harry ouvia atentamente o que seu namorado dizia, comentando uma coisa ou outra assim como perguntava sobre como iam os amigos dele depois das férias de verão, Ernie Macmillan e Ana Abbott.

Depois, avançaram para um dos assuntos favoritos entre os dois e que os uniu desde o início: Quadribol.

Aquele era o último ano letivo de Cedrico e não era novidade que os texugos estivessem confiantes que seu capitão e campeão de Hogwarts trouxesse mais uma vitória para a casa de Helga Lufa-Lufa, mostrando para toda a escola que eles não era bobões.

- ...mas no fundo eu meio que já esperava por isso. - Cedrico murmurou em certo ponto enquanto cruzavam a Praça do Relógio - Eles ainda estão nas nuvens com toda essa coisa do Torneio...

- Eles estão orgulhosos de você, Ced! - Harry disse com afeto - Mas não tanto como eu estou orgulhoso de você...

O alfa sorriu, acariciando a mão no qual ele segurava.

- Eu sei... - ele sorriu - Mas ainda sim eu acho que é um pouco intimidante. Fico com medo de decepcionar quem pôs muita expectativa em mim... Ou de decepcionar você.

- Duvido que isso vai acontecer, amor... - Harry disse, pressionando a bochecha no ombro do rapaz - Você nunca vai me decepcionar.

O alfa beijou o cabelo escuro do menor.

- Maaaas não posso dizer o mesmo sobre os seus colegas...

- Hã? - Cedrico franziu a testa em confusão, parando de andar.

- Eu não vou entregar a vitória das partidas pra vocês de bandeja! Vocês vão ter que ralar e muito para conseguir tirar a Taça do Quadribol da Grifinória esse ano!!! - Harry piscou, fazendo com que o rapaz risse ao entender.

- Nunca pensei que fosse ser fácil. - ele disse de forma orgulhosa - Mas não faz mal...

Ele se inclinou para baixo, sussurrando no ouvido do pequeno.

- Não conte pra eles, mas pra mim seria uma honra perder para o novo capitão da Grifinória...

- Ah é? – Harry sussurrou.

- Uhum! – ele disse, beijando o cangote cheiroso de Harry -  E por falar nisso, como anda as coisas com seu time agora que é capitão?

O mais novo corou ao ser beijado naquela área sensível, pigarreando ao recuperar a fala.

- Bem... Iremos ter audições nesse domingo de manhã para encher umas vagas do time e dos reservas... Fred e George não param de falar sobre isso. Acho que a Gina vai tentar assim como Ron... – Harry murmurou, acrescentando com um sorriso desconfiado – Por quê? Está querendo obter informações sigilosas do time adversário, Diggory?

Cedrico riu baixinho.

- Nunca!

Harry balançou a cabeça em negação com um enorme sorriso.

- Sorte sua que eu sei que você é certinho e joga limpo, Ced... – Harry olhou de lado com a testa franzida. – Mas se você fosse um sonserino, chutaria sua bunda no primeiro sinal de trapaça...

- Ué... – ele murmurou em um tom brincalhão – Eu posso ser maquiavélico também!

Harry riu.

- Aham, a tá... Claro...

Cedrico riu, apertando suavemente a mão pequena dele ao continuarem caminhando.

- Quer assistir comigo? Seria legal ter você lá... – o grifinório comentou.

- Será que eu posso? Não sei se seus colegas iriam gostar de me ver por lá. – ele respondeu.

- Nah... Vão ser só testes... Nada de treino. – Harry respondeu. – Além do quê, não quero revelar minhas estratégias de campo pra vencer você nas próximas partidas... Não pode sempre ganhar, ó grande Campeão de Hogwarts!

O alfa riu.

- O que eu mais queria eu já ganhei: você. – ele disse com ternura. – Então... Nada disso importa muito.

- Oh... ‘Me ganhou’?! Não sabia que era uma competição...

Ele riu, soltando a mão de Harry e segurando-o pela cintura de maneira carinhosa e protetora.

- Pode apostar que sim: você é a melhor coisa que eu tenho, a mais preciosa que conquistei. Apesar de eu ainda ter concorrência... – ele respondeu com bom humor, olhando em volta ao ver os rostos conhecidos de alguns alfas de seu ano que olhavam para eles ao passar – Não imagina o tanto de caras que ficam babando por você, amor...

- Ah... Eu tenho uma “vaga” ideia... – Harry revirou os olhos.

Mesmo namorando e sendo oficialmente cortejado, ele ainda recebia cartas de admiradores secretos, chocolates e flores... A maioria deles era assinadas por um tal de “Príncipe Prateado”, no qual proclamava que Cedrico não era “digno” de ser seu alfa e coisas do gênero.

‘Rídiculo...’ ele pensou.

- Isso que dá eu namorar o ômega mais bonito da escola: sempre irei ter concorrência. - Cedrico concluiu com certo humor.

- Não seja bobo, Ced... – Harry riu, ficando na ponta dos pés e puxando-o pela gravata amarela que ele usava - Não existe concorrência, até porque você sempre foi e sempre será o meu N°1!

O rapaz mais velho sorriu, abraçando-o ao beijá-lo, pressionando o corpo contra o do menor, seu lobo interior feliz.

‘Meu ...’ ele suspirou.

Os dois escutaram risinhos agudos vindo dos lados, um grupo de meninas cochichando e suspirando ao vê-los passar pelos corredores, várias delas ficando vermelhas ao verem que a presença delas foram notada.

Harry revirou os olhos, já acostumado com aquela reação.

Desde que eles começaram a namorar, os estudantes faziam estardalhaço a cerca do relacionamento deles, pois eles já eram populares em Hogwarts antes de namorarem.

Mas nos últimos meses Cedrico não era apenas popular.

Ele era uma estrela.

Harry viu que todas as meninas tinham nas mãos a edição recente do Semanário da Bruxa, tendo nada mais nada menos que seu namorado estampado na capa, sorrindo de maneira galante enquanto segurava a taça do Torneio, o título da matéria em letras douradas:

“CEDRICO DIGGORY – Campeão de Nossos Corações!!!”

“(*incluindo um pôster novo!!!*)”

O lufano encolheu os ombros, olhando para baixo com as bochechas vermelhas.

Harry sorriu com calma ao olhar para seu alfa, apertando a mão dele em sinal de apoio e sentindo-se protetor: ao contrário do que os estereótipos diziam, nem todos os alfas eram poços sem fundo de confiança, carismáticos, “feitos pra liderar” ou que gostavam de ser “endeusados”.

Cedrico tinha tudo para ser um cuzão prepotente: ele era lindo, era brilhante em quase todas as disciplinas escolares, um bom jogador e capitão de time, chefe dos monitores, e é claro, ganhou a porcaria do Torneio. Ele tinha razões para ser... Mas não era.

A verdade é que ele era rapaz gentil, sensível e um pouco tímido quando recebia atenção excessiva dos outros; certa vez Katie Bell, uma das jogadoras da Grifinória, o descreveu como “forte e silencioso” e Harry concordava com ela em todos os níveis.

- Espero que isso passe logo... - ele afirmou baixinho.

- Hm?

Cedrico fez uma careta.

- Essa coisa de revistas e entrevistas... Consegue ser pior do que enfrentar um dragão.

Harry franziu a testa.

- Definitivamente não é pior. Prefiro mil vezes que você faça entrevistas do que enfrentar a porra de um dragão de novo... Acho que nunca vou poder perdoar seu pai por ter feito você colocar o nome no cálice... - ele disse, se recordando da sensação horrível de ter que assistir nas arquibancadas seu namorado arriscar a própria vida em nome de um troféu estúpido no qual nunca almejou em ter.

Ele respirou fundo, sentindo a tensão vinda de Harry.

- Você tem razão... Perdoe me.

Harry passou a mão nos cabelos e suspirou.

- Hey, não há nada o que perdoar... Mas é que eu prefiro você do meu lado vivo, do que ter acontecido algo apenas por conta dessa merda de papo de “honra e glória eterna”.

- Eu sei... - ele sussurrou.

- Mas enfim... Você sabe que estarei aqui com você sempre, certo? - Harry o parou, olhando ele nos olhos. - Eu... E mais as centenas de fãs que você roubou o coração... “Texugo Bonitão”.

Cedrico riu.

- Mas é o meu Texugo Bonitão... Só meu.

- Totalmente seu.

Eles se abraçaram por alguns segundos.

- Acho que deveria agradecer o dragão...

- Hã?

- Sim... Nunca pensei que me divertiria tanto ao te ajudar a solucionar o enigma daquele ovo... - Harry sorriu de maneira atrevida. - Nós devemos muito a ele!!!

Cedrico piscou e corou.

- Oh... É... E como! - ele respondeu.

- O que me lembra de uma coisa...

- O que?

- Me encontre lá hoje a noite? - Harry sussurrou.

- Harry! - Cedrico arregalou os olhos.

- É a nossa tradição, Ced! Estou doido pra fazer isso desde que voltamos pra cá... Por favoooor! - ele fez biquinho.

- Você está me corrompendo e me levando pro mal caminho, Harry. - o lufano respondeu.

- Tarde demais pra se arrepender... - Harry riu, agarrando o braço de seu alfa enquanto entravam no Grande Salão, atraindo mais olhares de admiradores - Mudando de assunto... Você está em dia com Poções?

...

...

...

Desde pequeno, Cedrico sempre seguiu as regras, desde as de brincadeiras com outras crianças até as proferidas por seus pais e outros adultos.

Ao seguir regras, ele evitava cometer erros no qual poderiam colocá-lo em alguma encrenca. Regras o davam segurança, estabilidade... Mas o mesmo não poderia se dizer de seu namorado que poderia ser descrito como encrenqueiro de marca maior.

Harry Potter era praticamente um furacão comprimido em um corpo pequeno: por onde quer que ele fosse, arrastava tudo e todos com seus olhos verdes, risadas contagiantes e personalidade atrevida, cativando todos com seu charme e carisma – e ele era ciente disso, pois era graças ao seu charme e carisma que ele se safava das punições quando quebrava alguma regra.

E talvez por isso, Cedrico também começara a deixar as regras de lado.

Enquanto os outros estudantes se preparavam para dormir e os monitores checavam os corredores vazios, eles estavam juntos de forma clandestina em um dos seus locais preferidos do castelo - o banheiro dos monitores do 5° andar.

 

Ambos estavam completamente pelados, seus corpos cobertos por uma camada de suor por conta do calor e impregnados pelo cheiro um do outro, bolhas de sabão perfumadas flutuando ao redor deles enquanto que uma sereia curiosa os assistia do vitral.

Eles não estavam “fazendo amor” de forma lenta e romântica tal como fizeram no quarto do lufano em uma manhã daquela semana. Oh, não... Eles estavam fodendo sem o menor pingo de vergonha, movidos por aquele fogo no qual os consumiam desde que perderam a virgindade juntos naquele mesmo banheiro, meses antes.

Harry estava de quatro, seus joelhos e cotovelos sobre a toalha branca estendida no linóleo frio. Seus gemidos ecoavam pelo banheiro inteiro, praticamente uma ópera indecente regida pelo ritmo das estocadas que ele recebia. Algumas vezes ele tentava fazer silêncio, mas era impossível quando ele sentia o pau grande de seu namorado invadir sua cavidade ainda apertada, a sensação ficando ainda mais gostosa quando era penetrado fundo o bastante até sentir os pelos pubianos dele roçando a pele macia de sua bunda ou quando ele o puxava pelo cabelo...

Era glorioso!

Cedrico também não ficava atrás.

Sua voz sempre calma e aveludada parecia outra quando ele rosnava, seu lobo satisfeito por poder se expressar vocalmente ao invés de ser reprimido: ele segurava com firmeza os quadris de Harry enquanto o fodia em um ritmo frenético, ficando ainda mais excitado ao ouvir o som de suas bolas baterem contra a bunda do ômega assim como o som obsceno de seu pau deslizando pela entradinha.

“Me fode como se eu fosse sua puta!” Harry o havia dito quando eles chegaram no banheiro, desfazendo o laço da capa que o cobria e ficando apenas com uma lingerie indecente que sabe-se lá Merlin onde ele arranjou.

Quem era ele para negar algo para seu amado?

Inclinando-se pra frente, eles se beijaram com intensidade, o lufano aproveitando para estimular os mamilos deliciosos do grifinório no qual ele sugou e mordiscou, deixando-os rosados e inchados... Descendo a mão até a virilha, ele tocou o pau endurecido no qual chupou antes, sorvendo cada gota adocicada que fluía dele...

Olhando para um espelho pendurado na parede oposta, eles viram o reflexo deles e ficaram ainda mais excitados por aquele “auto voyeur”: Harry, tão durão e confiante, estava de quatro, seu corpo pequeno e sinuoso reluzindo como alabastro sob a luz amena das velas acesas... Cedrico, tão tímido e doce, em cima dele, dentro dele, fodendo-o como um garanhão enquanto que os músculos de seu corpo atlético brilhavam pelo suor, olhos cinzentos cheios de fogo, o cabelo louro-escuro desgrenhado o dando uma aparência mais selvagem e sexy.

Era a imagem de perfeição para os dois. Eles eram perfeitos... E estavam loucos de amor um pelo outro.

- Alfa! - Harry gemeu deliciado, inclinando sua bunda pra trás e encostando a bochecha no chão em sinal de total submissão ao seu homem.

- Ômega!!! - Cedrico usou sua voz de comando, causando arrepios de prazer no grifinório.

A sereia de vidro sorriu, escondendo-se atrás dos seus cabelos mas voltou a olhar para eles de forma admirada.

Era quase um espetáculo.

Um espetáculo no qual não demorou muito para atingir o clímax.

Sentindo um aperto em suas bolas seguido por uma pulsação em seu pau, Cedrico cravou o mais fundo que pode e fechando os olhos ao gozar, dando um uivo prolongado a cada jato de porra quente que derramava dentro do pequeno ômega, seus caninos raspando na pele do pescoço em que ele iria reivindicar: mas ele não podia, pelo menos não ainda... Somente depois de se casarem.

Harry gemeu alto, inconscientemente pressionando sua bunda contra a virilha de Cedrico para garantir que ele o enchesse por completo e que não vazasse uma gota sequer de sua essência enquanto gozava pela terceira vez naquela noite... E provavelmente gozaria pela quarta vez ao sentir o esperma do alfa ensopar sua calcinha quando ele fosse dormir.

- Ohhh merda! – o jovem Diggory rosnou, sentindo espasmos em seu membro ainda duro como rocha, este inchando na base: em quase todas as vezes que transaram, Cedrico sempre formava o nó, como se seu próprio corpo estivesse implorando para engravidar Harry.

Oh, como ele queria!!!

Ele queria engravidá-lo, queria vê-lo com o ventre arredondado e seus peitos deliciosos enchendo-se com leite (ele imaginava que o gosto do leite seria tão divino quanto o corrimento doce de sua entradinha)... Harry grávido de seu filhote e com sua marca de reinvindicação no pescoço, um sinal definitivo de que ele era seu ômega e que os outros alfas, seus rivais, nunca teriam chance.

Depois de longos minutos deitados no chão, cansados pelo torpor pós-sexo e esperando o nó se desfazer, aos poucos eles se mexeram.

Lentamente, o lufano deslizou seu pau pra fora do grifinório, observando a entrada muito rosada e úmida contrair e dilatar como se implorasse pra que ele voltasse a penetrá-lo.

Ele sorriu.

Era lindo. E era dele.

Harry era dele.

Somente dele.

Como se estivesse hipnotizado, ele mal piscava  ao ver um fio de seu esperma escorrer da entradinha... Aquilo o deu uma ideia.

Ele aproximou o rosto das coxas de Harry, a ponta de sua língua percorrendo a pele macia enquanto recolhia seu próprio esperma que vazou, tomando cuidado para não engolir.

Harry gemeu alto ao sentir a língua do rapaz em suas partes íntimas, as mãos fortes dele ainda o segurando enquanto ele envolvia seu corpo pequeno com o dele, abraçando-o.

- Alfa? – ele gemeu fracamente.

O rapaz não respondeu, apenas o beijou.

O beijo foi lento, o torpor pós-sexo sendo poderoso, suas línguas se enroscando enquanto que a saliva se misturava com sêmen, assim como o gemido abafado de ambos faziam um som só.

Ao se separarem, Cedrico viu uma gota de seu esperma no canto da boca de Harry, e com o próprio polegar ele limpou, contemplando o rosto bonito do grifinorio, os olhos brilhantes e maçãs do rosto febris.

Eles se olharam por longos segundos, imersos demais ao contemplar um ao outro.

- Consegue se levantar, ômega? - o rapaz indagou, sua boca a centímetros do outro e sua voz ainda grave e rouca.

Harry negou, ronronando ao ser chamado daquela forma.

- Eu vou cuidar de você. - ele completou.

Cedrico cuidadosamente ergueu Harry em seu colo, seus braços fortes carregando corpo enquanto que o pequeno pressionava seu rosto no cangote dele, lambendo seu suor tal como faria se estivesse sob sua forma lupina.

Entrando na grande banheira cheia de água morna e espuma, o herdeiro dos Diggory se sentou no degrau, colocando Harry em seu colo, os dois se abraçando e se acariciando sem dizer uma palavra.

Com um sabonete, ele carinhosamente ensaboou os braços e ombros de Harry, beijando o pescoço do menor enquanto ele ronronava, a cabeça encostada em seu ombro.

- Alfa?

- Hm?

Harry suspirou.

- Fica dentro de mim de novo? – ele sussurrou.

Erguendo-o pelos quadris, Cedrico novamente voltou a penetrá-lo, deixando Harry confortavelmente sentado em seu colo.

O herdeiro dos Potter suspirou novamente, abraçando o mais velho enquanto este beijava seu cangote.

- Baby?

O grifinório se remexeu minimamente.

- Hm?

- Quando vai ser seu próximo cio? - ele indagou baixinho.

Durante uma vez por mês e em um período de quase uma semana, Harry assim como outros ômegas deveriam se confinar em quartos particulares para passarem seus cios sozinhos.

Era enlouquecedor para ambos, pois a conexão deles era demasiadamente forte: Cedrico ficava irritado e frustrado durante esse período, pois seu lobo implorava para estar perto dele.

Harry suspirou.

- Daqui a 3 semanas... Mais ou menos... - ele respondeu sonolento, se aninhando ainda mais no corpo forte do rapaz, sentindo-se seguro e protegido.

Cedrico suspirou ao olhar para baixo, seu alfa lamuriando por não poder cuidar de seu companheiro.

- Queria poder estar lá... Não deixá-lo passar por isso sozinho.

- Eu também. - Harry beijou o queixo dele, fazendo com que Cedrico tocasse seu rosto e o beijasse de maneira lenta e romântica.

- Quando nos casarmos e eu te reivindicar... Nunca mais passará por isso sozinho. - ele disse.

- Eu sei... – Harry respondeu, fechando os olhos – Mal posso esperar por esse dia...

Cedrico sorriu de leve, respirando fundo ao ter seu amado em seus braços, beijando-o com pura adoração.

Enquanto se beijavam, eles podiam jurar que ouviram uma risadinha baixa e aguda no banheiro...

Mas devia ser só impressão.


Não era como se Myrtle tivesse lá.

Certo?

...

...

...

Córmaco McLaggen bufou enquanto tirava seu capacete ao posar no chão, tendo acabado de realizar as manobras no qual treinara durante o verão inteiro.

Entrar no time de quadribol da Grifinória era quase uma questão de honra para o alfa, pois ele sabia que seu talento era indispensável para o time: eles precisavam mais dele do que o inverso.

Quando viu que disputaria a posição com Ron Weasley, Córmaco quase cantou vitória, mas a verdade era que o ruivo provou ser uma pedra no sapato no qual ele nunca pode imaginar.

Weasley era bom.

Ele nunca iria dizer em voz alta, mas o filho da mãe era bom!

Aliás, ele e a irmã dele eram excelentes, pois Córmaco não conseguiu defender os aros da ponta certeira de Gina.

E isso não era bom para ele.

Aquele seria seu último ano em Hogwarts, sua última tentativa de conseguir brilhar no quadribol.

Andando pelo gramado, ele avistou o capitão do time sentado na cadeira: Harry Potter.

O ômega.

Ele lambeu os lábios, vendo o garoto concentrado enquanto escrevia em sua prancheta, pernas cruzadas de forma comportada, a saia plissada no meio de sua coxas, um boné escrito “capitão” em sua cabeça...

‘Uma gracinha...’ ele pensou, sentindo um calor em sua virilha.

Se ele o seduzisse, talvez...

Um rosnado mínimo fez parar seus pensamentos e prestar atenção no que estava em sua frente.

Sentado do lado de Potter, estava o namorado dele, o famoso Diggory, sua boca franzindo em ameaça, o braço ao redor dos ombros do ômega que parecia alheio ao que acontecia em sua volta.

Córmaco recuou, erguendo as mãos em sinal de paz.

Não entrar no time era preferível a ter sua garganta rasgada por um alfa enciumado.

 


Notas Finais


HSUAHUHSUHAUH pensa num trem divertido de escrever!

- Harry e Cedrico sendo bem boiolinhas e tarados um pelo outro, não tendo ideia da encrenca que estão arranjando XD
Spoiler: Harry aqui já está gravidinho kkkkkkkkkk
Seus desejos viraram realidade Ced!

- Cenas de taradice absurda entre os dois pra compensar a solidão desse autor que vos escreve kkkkkkk

- Pra quem leu Butterbeer, esse capítulo tá cheio de referências kkkkkk
Próximo capítulo já começamos o desenrolar do "drama" XD

Obrigado a todos por lerem, por favoritarem!
Me contem o que acharam ou do que mais gostaram <3

P.S: Um beijo especial pras minhas três amigas do peito que conheci por aqui: obrigado por me aturarem!


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