com sempre encantadora tua poesia, ouso ate mesmo compara-lo a Vinicius de Moraes. Pois cada verso seu, assim como os dele, me faz viajar em imaginação a cada cena esboçada. Abstenho-me de mais palavras pois meu roteiro esta ficando repetitivo. Deixo aqui somente o meu elogio e admiração por sua arte. Deixo também minhas impressões, já que escreveu e sempre escreve neste nossos breves dialogos que gosta de minhas interpretações.
Para mim, a dama a qual descreve é a morte que embora possa imagina-la ou vislumbra-la, ainda assim não a ira tocar, as curvas e estrada são a vida, que parece cada vez mais rapida. Parece ate que os antigos viviam mais tempo e que a garota esta encurtando nossa estrada. Para mim a paisagem é as pessoas e lembranças, que enfeitam nosso instante entre duas eternidades, como ja dizia santa Tereza, chamada vida. Contudo esta lembranças passam em uma velocidade surpreendente sem que possamos para e revisita-lo, pois ja estão demasiado distantes.
Os cigarros no entanto são os erros e pecados, refiro-me assim pois não melhor palavra para as falhas cometidas por nos, que embora nos destrua o figado e nos presentei com seu cancer, mostra-se sempre tentador com seu perfume fetido e ao mesmo tempo inebriante, ainda mais para quem ja o provou e/ou esta aprisionado em seu vicio. A garota o traga exatamente por isso, pois se continuarmos com uso do cigarro, um dia iremos morrer, aqui não me refiro a morte fisica, mas a outra.
A morte de nos mesmos. Se uma vez escravos dos "cigarros" perdemos totalmente aquela liberdade que eles comercializavam e falsamente ofertavam.
Disse que não iria escrever muito, mas acabei me perdendo em meu monologo, certamente (ou nem tão certamente assim) não escreveu com este pensamento, mas para mim é uma forma mais ampla de enxergar. Há tantas para serem consideradas, contudo esta foi minha interpretação, bem do meu jeito, super fora do esperado ou nem tanto kkk.