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História Tocando Rosas - Com Ré V eu lhe encontro no píer


Escrita por: violetfairy

Notas do Autor


Oi lírios, tudo bem? Espero que sim! Aqui está o capítulo, está um pouco menor que os outros e não sei se vocês vão gostar ou achar sem graça, mas espero que gostem... Está fofo hein, já adianto.
Obrigada por favoritarem, lerem, indicarem, comentarem, ahhh obrigada por tudo sobre TR. Vocês são o máximo!
Boa leitura, perdão pelos erros, se o cap estiver fraquinho e mwah da borboleta.
Ps: os links das músicas estão nas notas finais, tomara que vocês ouçam e gostem delas!

Capítulo 30 - Com Ré V eu lhe encontro no píer


Fanfic / Fanfiction Tocando Rosas - Com Ré V eu lhe encontro no píer

 

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E se eu pudesse voar

Seriam nuvens aveludadas que eu sentira sob meus pés?

Não existiria mais gravidade,

Apenas o êxtase a me brindar com aquelas três palavras.

- Ele me ama! Ele me ama! - virei meu rosto repentinamente para a pessoa que estava ao lado da minha cama, de quem pude ouvir a voz distante me chamar segundos antes. - Mary ele me ama! - dei um pulo para abraçá-la fazendo com que nós duas tombássemos no chão.

- Céus, Regina! Acalme-se! - ela disse retribuindo o abraço em meio às risadas. - Já estava ficando preocupada com você, não me respondia.

- Ah desculpe, desculpe! - levantei-me apressadamente dando-lhe a mão para ajudá-la, então balancei a cabeça tentando me concentrar. - Ele me ama… - sussurrei e peguei a carta sentindo meus olhos ficarem úmidos depois das lágrimas antigas já terem secado.

- Com certeza Robin de Locksley a ama. - a mulher se aproximou e passou os braços sobre meus ombros dando uma olhada no papel que eu segurava.

- Como você sabe que é ele?

- Quem mais seria o responsável por esse seu estado de espírito tão exultante? - Mary piscou para mim.

- Ele veio até a cidade e nós conversamos. - puxei minha mãe para sentarmos e então lhe contei sobre tudo o que Robin e eu falamos e o que havia na carta. - Não consigo acreditar que era Robin quem eu ia ver naquele dia do acidente, Mary. Por um lado eu fico feliz porque é incrível o fato de que iríamos nos encontrar e por outro, sinto-me um pouco culpada. Se ele não tivesse vindo…

- Sei muito bem como você vai terminar essa frase e não se atreva, Regina. - a Nolan me interrompeu. - Ouça, se ele não tivesse vindo por você, viria por outra razão e então acredito que de uma forma ou de outra vocês acabariam se encontrando. O acidente dele não foi sua culpa, foi uma dessas pedras que a vida coloca no caminho e olhe só, vocês dois conseguiram ultrapassá-la.

Sorri torto tentando compreender e aceitar o que ela dizia.

- Será que devemos tentar outra vez? - pressionei os lábios em linha reta.

- O que seu coração diz? - ela ergueu uma sobrancelha.

- Que pode haver uma segunda chance para mim e Robin, para a nossa felicidade. Eu o amo muito, mãe. - apertei a carta contra meu peito com jeito para não amassá-la.

- Eu sei querida, eu sei e se é isso que seu coração diz, então faça. Ele sabe o caminho certo.  - Mary me deu um abraço apertado. - Agora vou lá terminar o jantar enquanto você decide qual será o primeiro passo a dar. - tocou a ponta do meu nariz e ia saindo quando a chamei.

- Mary, por favor, fale com David sobre isso? Ou prepare-o, estou receosa sobre a reação dele.

- E lidar com aquela fera em primeiro plano, sozinha? - a mulher cruzou os braços e seu rosto esboçou uma expressão teatral de súplica.

- Por favorzinho. - juntei as duas mãos com as palmas abertas e fiz um bico.

- Você joga muito baixo, dona Regina Mills. - Mary balançou a cabeça em derrota e deu uma risada linda e melódica.

- Obrigada. - sorri antes de ela deixar o quarto, peguei meu celular e abri na tela de conversa com Robin, aquela que há tempos não usava.

“- Nos vemos na praia amanhã às três da tarde, tudo bem? No pier. Não é muito povoada com esse tempo, tenho certeza de que me encontrará. ”

Assim que a mensagem foi entregue, ele visualizou, como se já estivesse com o aparelho na mão esperando-a.

“- Então isso é um sim ou vai lá para me dizer que não?”

“- Não.”

“- Não o que Regina?”

“- Não sei.”

Ri ao enviar a dúvida. Eu não fazia o tipo vingativa e de fato não estava fazendo nada para me vingar, só achei engraçado deixar o inabalável De Locksley um pouco nervoso.

“- Não faça isso comigo.”

“- Até amanhã, Robin.”

“- Você está me deixando de cabelos brancos antes da hora, senhorita Mills. Até amanhã, espero não chegar com cara de avô à praia.”

Meu riso ecoou mais alto ao ler a assertiva absurda.

“- Ps: eu a amo.”

Recebi pouco tempo depois e suspirei sentindo meu coração se aquecer dentro do meu peito.

- Eu também amo você. - disse sozinha, mas desejando que ele já soubesse.

 

♪ ♫ ♪

 

- Regina eu estou passada a ferro de brasa! - Swan afirmou enquanto nos falávamos pelo celular  às duas da madrugada.

- Também fiquei assim, aliás, até agora estou pasma.

- Então aquele ogro é tipo a sua alma gêmea?

- Não fale assim dele, Emma. - a repreendi baixinho para que David e Mary não acordassem.

- Só digo verdades. - ficamos um momento em silêncio. - Regina, não se chateie, estou brincando. Um pouco…

Comecei a rir.

- Eu sei. - afundei o rosto no travesseiro para reprimir o som.

- Sua ridícula! - ela reclamou - Olha, sabe de uma coisa, mana? Consigo perceber daqui o quanto seu humor está melhor. Quem diria que o senhor reitor finalmente iria reconhecer seus erros, hein? Estou muito feliz por você, porque está feliz de novo.

- Muito obrigada Emma, eu te amo muito!

- Também amo você. Poderia dar um bolo nele amanhã. Só pra ele sofrer um pouquinho sabe, nada demais.

- Já o deixei de cabelos em pé com a mensagem duvidosa, não posso fazer isso.

- Aff você é muito amorzinha, não sei se ele te merece.

- Você esqueceu que quem começou toda essa confusão fui eu?

- Ah mas ele também não ficou pra trás, não devia ter dito e nem feito aquelas merdas.

- Emma não quero pensar nisso agora… - desconversei.

- Ai, por favor, perdão, mana. Não queria ter dito nada, é que você sabe. Odeio quando alguém a faz sofrer. Juro que vou tentar perdoá-lo também.

- Obrigada, por tudo! Quero que se deem bem. - suspiramos ao mesmo tempo. - E Killian, como está?

- Ele está ótimo. Ontem tocou para mim. Fomos escondidos até a sala depois das aulas e então ele me fez essa surpresa. - sua voz tornou-se sonhadora.

- Que lindo! Você está toda apaixonada, não é?

- Sim mana, eu estou, não tenho como negar.

- Fico muito feliz por vocês.

- Mas estou com muita saudade de você.

- Também estou com saudades, prometo que voltarei logo, preciso voltar a estudar afinal de contas.

- E claro vai vir com o Locksley para Nova York, os dois agarradinhos no caminho. Não façam nada  indecente, okay?

- O que? Emma, por favor! - senti minhas bochechas corarem ao mesmo tempo em que me lembrei daquela noite em que dormi pela primeira vez com Robin, como ele me fez sentir bem, como foi incrível e inigualável. Tinha que admitir que sentia falta dele de todas as formas possíveis.

- Brincadeira, mana. - ela gargalhou. - Tenho certeza de que está corando.

- Feche a sua boquinha, Swan.

- Ui… - ela riu de novo - Bem, preciso ir dormir agora. Amanhã às seis e meia da tarde é minha apresentação individual na aula prática, por favor, ligue o Skype para ver junto com papai e mamãe, tenho uma pequena surpresa. Mulan vai estar com meu celular para mostrar a vocês.

- Claro! Às seis e meia, okay, estou ansiosa! Boa sorte, mana. Sei que vai se sair muito bem, você tem um talento raro.

- Deixei disso. - a modéstia se fez presente em seu tom de voz. - Espero que dê tudo certo mesmo na minha apresentação e com você e Robin. Boa noite, sonhe com seu reitor. Beijo.

- Sonhe com seu pianista. Beijo.

Finalizei a chamada e sorri realmente feliz depois de muito tempo. Puxei um pouco a cortina e mirei a lua no alto do céu, linda e majestosa.

- Ah Pai, parece que no dia em que Raio de Luz voltar a tocar, eu não precisarei vê-lo escondida na platéia, estarei na primeira fila sorrindo feito boba para ele. Sei que Robin voltará a tocar um dia, creio em ti. Bem, obrigada, obrigada e obrigada, por tudo e por todos na minha vida. Obrigada por nos dar segundas chances e por favor, ajude-nos a fazer escolhas mais acertadas dessa vez. Cuide desse amor aqui, dentro do meu coração que já não está mais sufocado. Boa noite, nunca nos abandone, por favor. Na minha vida sempre terá o seu espaço especial, afinal ela é sua também.

Deitei e fechei os olhos. Não demorou muito e logo adormeci em um sono sem sonhos… Tranquilo como o céu acima de mim.


 

♪ ♫ ♪

 

NARRADOR

 

Regina estava sentada sobre uma manta forrada na madeira gasta, mas completamente resistente, do pier situado na metade da extensão da praia que banhava a pequena cidade, a brisa era suave e um pouco fria, mas ela não se incomodava enquanto balançava os pés olhando para as águas azuis em lento movimento embaixo deles, havia alguns minutos que esperava por Robin. Escolheu o lugar porque sabia que lhe daria paz, a paz que precisava para falar com ele, para que seu nervosismo não a atrapalhasse. Estava funcionando.

Sem perceber que alguém havia se aproximado, repentinamente sentiu um casaco quente ser colocado sobre seus ombros. Ela reconheceria aquele perfume há metros de distância. Sorriu e ergueu a cabeça. Robin se sentou ao seu lado.

- Desculpe pelo atraso. Não creio que não trouxe um casaco, aqui é frio. - foi a primeira coisa que Robin disse, sua voz parecia mais rouca que o normal, mas continuava linda para aos ouvidos de Regina.

- Oi para você também. - os olhos âmbar da moça se encontraram com os azuis de Locksley e por vários segundos o contato entre os dois era apenas tácito, algo que não precisavam colocar em palavras, que somente eles entendiam.

Um pouco desconcertada, Mills pigarreou e se virou para o outro lado a fim de pegar o moletom azul claro com algumas flores bordadas na base, que havia trago.

- Eu trouxe uma blusa sim. - ergueu a roupa para mostrá-lo.

- Então a vista. - Robin franziu o cenho.

- Pare de ser tão mandão, Robin. - ela bufou.

- Nunca vou parar se o objetivo for cuidar bem de sua saúde. Diga-me que não está com nenhum pouco de frio. - ele instigou-a em tom de desafio.

Regina sondou aquela expressão resoluta e atraente, cogitou dizer que não estava, mas seria mentira, além do mais, não deixou de reparar no cuidado que o homem demonstrava para com ela, como nos velhos tempos. Por um instante suas emoções lhe disseram que nada havia mudado.

- Tudo bem. - revirou os olhos, lhe entregou o casaco e passou o moletom pela cabeça, embolando-se com alguns grampos que prendiam um pouco de seus cabelos na parte de trás. - Ah… - ela protestou mais para si mesma do que para o acidente, por conta do constrangimento que passava, o que fez Robin dar uma breve risada.

- Pare de rir de mim! - a moça exclamou.

Sem estar muito certo se poderia se aproximar ou não, mas sentindo necessidade  de ajudá-la com aquela pequena confusão, Robin chegou mais perto, estendendo os braços até que pudesse arrumar o capuz da blusa de Regina e desprendê-lo do cabelo. O perfume suave da moça estava em todo lugar ali, dentro de seu espaço pessoal e para o reitor a cena se desencadeava em câmera lenta quando ela não protestou sua ajuda. Assim que ele conseguiu resolver o problema dos grampos, ela terminou de vestir os braços e Robin segurou na barra do moletom para descê-lo até a cintura de Regina. Após  todo esse processo, quando os dois voltaram a se olhar, explodiram em uma risada gostosa que fez evaporar a tensão causada pelo nervosismo e o medo que se assentava sobre os dois, medo de lidar com mudanças ocorridas ao longo dos últimos meses, medo de não serem mais os mesmos ou não sentirem o mesmo, no entanto, eles eram iguais e agora, aquele sentimento que cultivaram, era perfeitamente nominado.

As risadas que deram, foram em função de toda a bagunça que havia se formado no cabelo de Mills. A frente de seu rosto estava coberta por fios da franja que crescera e já estava na altura de seus lábios. Com lentidão, Locksley levou sua mão até a testa dela e espalhou os fios que estavam cobrindo seus olhos, fazendo o melhor para ficassem atrás de suas orelhas. Regina sentiu o toque, de olhos fechados, como um carinho disfarçado e de verdade, era esplêndido. Quando puderam se olhar novamente, Robin proferiu:

- Pequena Rosa…

- Raio de Luz. - ela respondeu sentindo uma espécie de liberdade apoderar-se de seu ser. Finalmente podia dizer aquilo em voz alta, aquele doce apelido que era tão especial para ela. Regina olhou para o mar que se assemelhava às orbes as quais ora mirava. - Por muito tempo, mesmo sem poder me responder, sem que eu pudesse fitar seus olhos ou ouvir sua voz, você foi um confidente de meus sentimentos Robin, para depois passar a ser um mar por onde eu poderia navegar, tão incerta, inexperiente, mas tão entregue… Você é único pra mim. Estou disposta a passar por cima de tudo o que houve para que estejamos juntos. Não vamos simplesmente esquecer, mas tenho certeza de que ambos aprendemos bastante com o que aconteceu.

Ela sentiu Robin pegar em sua mão e se virou para ele novamente.

- Quero continuar sendo seu confidente Regina, quero que confie em mim novamente, quero conseguir ser mais uma vez esse seu mar navegável, quero ser capaz de captar cada uma de suas emoções e lhe entregar as minhas, fazê-las flutuar juntas, em uma mesma direção. - ele brincava com os dedos dela enquanto falava.

- Confio em você, Robin. - a morena afirmou com voz de choro. - Não quero desperdiçar a oportunidade que temos de buscar pela nossa felicidade.

- Ah Regina, estou perdidamente apaixonado por você, mais que isso, eu a amo. "Você" é minha felicidade, querida. - Robin segurou na ponta do queixo dela quando a moça ameaçou baixar a cabeça, queria dizer aquilo “olhos nos olhos”.

Mills sem avisos passou os braços em volta do pescoço dele e o abraçou apertado, esticando seu tronco para que seu queixo repousasse no ombro forte de Robin. Ele demorou um instante, quase em choque, mas assim que despertou daquele transe passageiro, retribuiu o abraço de Regina, envolvendo-a com seus braços e apesar de eles terem se abraçado no dia anterior, era diferente. Não estavam compartilhando dores e sim perdão e amor.

- Então a resposta é sim? Nós vamos tentar mais uma vez? - Robin inquiriu com a voz embargada.

- Eu amo você. - Regina sussurrou embalada pela emoção. Não havia planejado nada para aquele momento, apenas deixou acontecer e não poderia estar mais certa de sua escolha e de suas palavras, mas principalmente do significado delas.

- Sou o homem mais feliz do mundo nesse momento! - Robin a apertou mais junto a si, sentido aquele corpo pequeno acalorar o seu, sentido que estava segurando uma espécime rara de flor do seu jardim particular, que era capaz de dar-lhe uma nova vida. Seu exclusivo Santo Graal*, em carne, osso, alma e banhado de amor.

Afastaram-se momentaneamente. Regina acariciou o rosto dele com delicadeza, Robin aproximou seu rosto até que tocasse o dela e sua barba por fazer fez cócegas em sua bochecha, ela sorriu. Ambos fecharam seus olhos e se desfizeram de qualquer espaço que separava seus lábios. O primeiro contato deixou o casal arrepiado, talvez fosse o frio, talvez fosse o reconhecimento de que o que ocorria ali era mesmo real e nada iria mandá-los para longe um do outro.

Locksley segurou na cintura e na nuca de Regina e tomou as rédeas daquele beijo, pedindo espaço para torná-lo ainda mais autêntico. Quando suas línguas se tocaram, todo o qualquer frio pareceu desaparecer e ambos apenas tinham consciência um do outro, mais nada. Com suavidade voltaram a demarcar os caminhos antes conhecidos, provando o sabor um do outro, perdendo-se em sensações e expulsando a saudade a cada movimento que o beijo exigia. Regina segurou firme nos ombros do loiro puxando-o para que ele ficasse o mais próximo possível enquanto Robin acariciava as costas dela e passava a distribuir beijos pelo seu maxilar e por fim lhe dava um selinho de lábios esmagados.

- Que saudade eu senti de você. - Mills confidenciou.

- Eu digo o mesmo, meu amor. - ele respondeu com sinceridade.

Simultaneamente expiraram o ar que estava preso em seus pulmões e a pianista apoiou a cabeça nos ombros do homem que a embalou junto a si. Sem combinar propriamente  passaram a observar o mar, o horizonte e o céu que se encontrava com as águas, tornando tudo uma grande imensidão azul, cada um com seus pensamentos e agradecimentos.

O tempo passou sem que pudessem perceber até que entre conversas leves, algumas piadas e risadas, o espetáculo natural alaranjado se prostrou à frente de Regina e Robin.

- Se parece com o seu sorriso. - o reitor disse abraçando Regina, que se encontrava sentada à sua frente, pelos ombros.

- E seus olhos. - ela virou-se e deu um beijo na bochecha dele antes de se lembrar de algo. - Robin, que horas são?

- Dezoito. - ele respondeu após checar o relógio de pulso.

- Dezoito minutos para as dezoito, não é?

- Não, dezoito horas. - Robin a olhou sem entender.

- Minha Santa! Eu estou atrasada! - levantou-se em um rompante começando a puxar a manta embaixo do loiro que ainda estava sentado. - Vai Robin, levante-se já, preciso ir!

- Mas… O que - ele ficou de pé ainda sem entender enquanto Mills embolava a manta entre os braços.

- Mando mensagem. - ela lhe deu outro beijo rápido nos lábios e começou a correr pelo pier em direção à areia.

- Regina, espere! - gritou mas ela continuou em sua corrida até estar na rua e seguindo para casa. - Você é impossível! - ele coçou a nuca falando sozinho e riu de si mesmo, em partes porque a situação era cômica e em partes porque estava feliz, mais que feliz. O reitor estava radiante.

 

♪ ♫ ♪


 

- Acalme-se Regina, já já vai pegar. - David instruiu, enquanto a moça brigava com o notebook para que a câmera funcionasse.

- Falta um minuto e essa geringonça não quer dar sinal de vida! - ela pressionou algumas teclas no aparelho.

- Já vai pegar, filha. - Mary entrou na sala com uma bacia de pipocas.

- Eu me atrasei, a culpa é minha, Emma vai me matar! - Regina continuou a pressionar qualquer coisa que pudesse ajudar ali no teclado.

- Ah por falar nisso, onde você esteve, senhorita? - David perguntou no exato momento em que Mills dava uma pancada no notebook antigo, pois já estava irritada, o que por milagre o fez funcionar ao mesmo tempo em que há salvou da questão.

- Olhem! Funcionou! - sorriu e olhou para o pai tentando distraí-lo, assim ajeitou o notebook para que todos pudessem ver. - Vai começar!

“-Isso, agora sim. -” ouviram a voz de Mulan. Ela mostrou Ruby do outro lado da sala sentada junto com os colegas de turma, a morena acenou.

- Essa que está acenando é a Ruby, uma de nossas amigas. - Regina explicava enquanto David e Mary a cumprimentavam com um gesto. - E essa que está falando é a Mulan, nossa outra amiga. - a oriental virou a câmera para ela e cumprimentou a todos. - Oi Mulan! Obrigada por nos ajudar com essa transmissão e perdão pela minha demora.

“- Oi Regina! Não tem problema, Emma vai começar agora.” - a moça disse simpática e mostrou Emma no centro do cômodo concentrada em sua posição com o violino.

Ouviram três batidas marcadoras de tempo antes de Swan começar sua apresentação. Mulan virou a câmera um instante para que Emma visse sua família, ela os olhou e sorriu com alegria começando a tocar com maestria You’ll be in my heart de Phill Collins que todos ali conheciam a letra de cor, dando um toque especial a la Emma com seu violino e as notas maravilhosas que produzia, fruto do talento da loira. Mulan mostrou Killian na câmera por um instante, ma o moreno nem sequer percebeu, pois seus olhos estavam presos a Swan, ele parecia hipnotizado pela apresentação, ou melhor, pela namorada e sua música.

David, Mary e Regina se abraçaram com olhos merejados sentindo muito orgulho de Emma e a loira também não sabia onde colocar tamanha felicidade ao saber que eles a estavam prestigiando. A escolha da música era para eles e também para Jones. Todos tinham um lugar especial em seu coração.

Enquanto seus ouvidos eram agraciados com aquele som tão lindo, Regina disse:

- Sabem qual é a melhor coisa do amor? Seja qualquer tipo de amor, quando é de verdade, para ele não existe limite de distância ou de tempo igual costumamos visualizar. Ele existe e vive, preenchendo todos os espaços. - ela pensou em sua família, em seus amigos e pensou em Robin, o amor de sua vida. Para sempre estariam em seu coração.

 


Notas Finais


Minhas lírios e então, gostaram? Não? Por favor, me digam! Parece que os caminhos de Robin e Regina finalmente voltaram a se encontrar, não é? Agora é só esperar porque o que vem pela frente é barra u.u

Essa música eu ouvi enquanto escrevia a cena do píer, super indico, é linda : Low - Trace https://www.youtube.com/watch?v=PMY0pDdHRZY
Música que Emma tocou, acho que já conhecem, mas vou colocar o link aqui, é linda, o tema de Tarzan. Essa é a versão de Celtic Woman, confiram! https://www.youtube.com/watch?v=cYzDo6p76BQ

* A referência que fiz ao Santo Graal quando o narrador diz sobre o sentimentos do Robin pela Regina, está ligado ao significado mais antigo desse artefato. Bem, o Santo Graal é uma expressão medieval que designa normalmente o cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia, e onde, na literatura, José de Arimateia colheu o sangue de Jesus durante a crucificação, mas a origem do Santo Graal é muito anterior ao cristianismo e é aqui que o contexto da fic entra, o Graal já existe entre os Celtas. A primeira referência a ele aparece num poema onde conta a busca do rei Artur e seus cavaleiros por um recipiente mágico, um caldeirão. Este caldeirão poderia dar novo sabor a alimentos, vida e vigor as pessoas. É uma alusão ao que o amor de Regina significa pro Robin, uma vida nova e fortalecida.

Mwahhh


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