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História Two Fingers - The son of the devil


Escrita por: niams

Notas do Autor


Aqui está a segunda parte de nosso combinado, como prometido! A atualização hoje saiu mais cedo, porque também sou gente e vou sair para rever alguns amigos do ensino médio hahah Espero que gostem! E não deixem de comentar, por favor! <3

Capítulo 8 - The son of the devil


Louis’ POV

Merda.

Era somente isso que eu conseguia pensar.

Achei que, ao ceder à voz do pecado e beijar aquele homem, os meus desejos por ele iriam sumir. Porém, as coisas escaparam do meu controle.

Eu o masturbei. Minha boca entrou em contato com o órgão dele.

Me sentia sujo e já tinha escovado os dentes mais de mil vezes. Enxergava a água que descia pelo ralo do banheiro suja, preta, imunda, assim como meu corpo e minha alma estavam naquele momento. Eu não havia somente o beijado – eu o havia tocado de forma íntima, profunda, como não tinha feito até então com ninguém.

Deus, me perdoe Senhor.

O caminho de volta para casa foi  turvo; não conseguia ver nada em minha frente e nem ao menos sei como peguei o ônibus certo até aqui. Entrei e, para minha sorte, não encontrei ninguém em casa me esperando. Mamãe deveria estar cuidando da casa e papai trabalhando, assim como minhas irmãs estavam na escola. Cada parte minha gritava o quanto aquilo tinha sido errado, pecaminoso, mas excepcionalmente bom.

Eu queria mais.

Queria poder sentir aquelas mãos em meu corpo novamente. Queria poder tocá-lo daquela mesma forma, queria sentir ele tremendo ao meu toque e queria saber a textura da mão dele ao me masturbar.

Aquilo era tão errado.

Saí debaixo do chuveiro, me enxuguei e, ainda com a toalha amarrada na cintura, corri para frente da cruz. Ali mesmo ajoelhei e senti as lágrimas descerem desenfreadas pelo meu rosto, molhando todo o meu colo.

- Deus, por favor, me perdoe, me livre desse pecado, tire essa tentação demoníaca de mim – implorava, meu corpo totalmente arqueado e tremulo – Eu prometo ser mais forte, Senhor. Prometo – continuei, minha voz saindo rasgada e abafada, como um pedido de socorro escondido.

Continuei ali até sentir os meus joelhos doerem. Minha garganta voltou a arder e meus lábios pareciam ainda mais secos. Os toquei levemente e, como um filme, lembrei da sensação de tê-los sob os lábios de Styles. Aqueles lábios tão vermelho, tão carnudos e suculentos...

Dessa vez seria mais difícil do que da  primeira, admiti com pesar. Nenhum daqueles sentimentos e desejos haviam se manifestado de forma tão intensa com Stuart e eu não entendia o porque. Primeiro o câncer e agora isso, será que Deus me odeia e arranjou essa forma para me punir de todos os meus pecados?

Coloquei alguma roupa perdida por ali e me joguei na cama, encarando o teto. Olhei para o relógio e vi que o horário de tomar meu coquetel de remédios estava próximo, o que significava que logo minha mãe estaria entrando em meu quarto. Ela não poderia me ver naquele estado ou iria querer saber o que houve comigo; mentir para ela seria tão doloroso quanto.

Exatamente 15 minutos depois, ouvi duas batidas leves em minha porta, e logo mamãe entrou, trazendo consigo uma bandeja com vários comprimidos e um copo d’água. Sorrindo carinhosamente para mim, veio em minha direção e depositou a bandeja ao meu lado, enquanto fazia carinho em meus cabelos.

- Está na hora, meu amor – falou docemente, o olhar terno e eu senti a vontade de chorar voltar – Calma, meu bem – ela disse, interpretando erroneamente o motivo de meu choro – Isso logo irá acabar e você vai poder voltar a sua vida normal, sim? – continuou, a voz embargada.

- Eu te amo, mãe – falei fraquinho, a voz vacilando e não tive coragem de encará-la nos olhos – Eu te amo e sinto muito por cada erro que cometi.

- Você nunca cometeu nenhum erro, Lou – mamãe disse, me abraçando forte – Sempre foi um filho perfeito e eu sou grata ao Senhor por tê-lo em minha vida – levantei e a puxei para um abraço forte, sentindo toda a dor que aquela confusão estava causando em mim.

Eu deveria ser forte por ela.

Não poderia decepcionar a minha mãe e fazer com que todo o seu esforço de me criar bem fosse em vão. Aquilo era somente uma fase e eu tinha Eleanor em minha vida, para cuidar e amar até o fim de meus dias.

Eu era um homem e havia sido feito para uma mulher.

Mesmo que nenhuma delas tivesse me beijado como Harry Styles fez a poucas horas atrás.

 

Harry’s POV

A pizza em meu prato me encarava, enquanto eu sentia meu estomago revirar somente de olhar para ela. O garfo estava pendendo em meus dedos e eu ouvia Nick falar sobre algum problema no trabalho. Sua voz parecia cada vez mais distante, enquanto eu me perdia em pensamentos errados.

Maldito Louis Tomlinson.

- Amor? – Nick me chamou, olhando curioso para mim – Você está ok?

- Claro – respondi automaticamente e recebi um olhar desdenhoso dele – Só um pouco cansado, hoje o dia foi complicado no hospital – fugi do assunto, sorrindo fracamente para ele – Desculpe por isso, estou sendo uma péssima companhia hoje.

- Claro que não, fique despreocupado – meu namorado respondeu, sorrindo compreensivo e eu senti aquela já conhecida pontada de culpa em meu coração – Muitos problemas hoje?

- E como – respondi vagamente, meu olhar perdendo-se na pizza novamente. Sacudi a cabeça para espantar aqueles pensamentos e sorri para ele – O que vamos fazer agora?

- Pensei em irmos para o cinema,” A culpa é das estrelas” estreou hoje – Nick disse, sorrindo ladino para mim e eu grunhi derrotado – Não faça essa cara, o livro é lindo!

- Ok, tudo o que você pedir hoje eu faço – falei, ganhando um sorriso malicioso dele, o qual eu devolvi.

- Irei cobrar isso, Styles – Nick respondeu e levantou-se da mesa, dando um selinho em meus lábios e indo em direção ao nosso quarto – Irei me arrumar, pode ir lavando a louça enquanto isso?

- Ok – respondi, acompanhando o seu movimento e decidindo lavar logo os pratos, para ocupar minha mente.

O que obviamente mostrou sendo algo inútil.

Não havia explicação para o surto de Louis hoje. E não era culpa de nenhum medicamento, porque eu mesmo olhei a bula de um por um, em busca de motivos para aquilo. Em uma hora ele me odiava e me xingava, e em outro momento, simplesmente me agarrava e chupava meu pau como se fosse um sorvete.

Nada daquilo fazia sentido e minha cabeça era um grande nó.

A grande merda de tudo aquilo é que eu não conseguia esquecer a sensação dos lábios dele encontrando os meus. Ou a forma como ele me chupava, provando cada centímetro do meu pau e o pegando de forma cuidadosa, aquelas mãos tão pequenas, mas tão ágeis. Louis perdeu aquela postura de homem preconceituoso e virou quase submisso aos meus olhos, enquanto me masturbava e me beijava. Eu me encontrava completamente fodido.

Como voltar ao normal depois daquele beijo? Amanhã com certeza eu o veria, para a sua sessão de radioterapia no hospital. Como eu deveria agir? Fingir que nada daquilo aconteceu ou o chamar para conversar e exigir explicações?

Nick.

Meu pensamento deu uma guinada brusca e voltei a me sentir culpado. Como eu fora capaz de trair meu namorado e melhor amigo? O homem que sempre esteve ao meu lado, me apoiando em qualquer circunstancia? Eu era um monstro guiado por instintos sexuais.

- Estou pronto – Nicholas avisou, entrando na cozinha e espalhando seu perfume forte pelo ambiente – Deixa que eu enxugo isso, vai logo se arrumar! – mandou, sorrindo carinhoso, me dando um beijo no pescoço.

- Ok, chefe! – respondi brincalhão, recebendo um tapa na bunda – Amo você – falei, selando nossos lábios.

- Eu também te amo, Hazz – Nick respondeu, sorrindo ternamente, os olhos brilhando em minha direção.

Agora, mais do que nunca, eu me sentia o pior ser humano de todos.

Louis Tomlinson, se o diabo existe, você é certamente filho dele.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, e por favor, deixem o feedback! É muito importante pra mim saber a opinião de vocês! Qualquer coisa, estou no twitter @stepjudd
Ellie xxx


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