História Um Amor Do Mar — Imagine Kim (Hiatus) Namjoon - Alguém Para Park Jimin

Julho 2020 — 07:49 PM

Minha casa

Iara pegou mais um pedaço de chocolate enquanto minha mãe entornava sua terceira latinha de refrigerante. Estamos em mais uma das nossas festas do pijama, e sim, minha mãe participa de todas. Já deu para ver que ela é mais amiga minha do que a maioria das meninas daquele colégio, certo? Iara também pensa assim.

– E ai, como foi o papo com Jin, Iara? – minha mãe perguntou, olhando para minha amiga que sorriu. Ela já contou essa história para mim duas vezes, mas sei que se perguntarem de novo, ela vai contar até ficar sem ar. A Sereiazinha, apelido carinhoso que dei para ela por causa da paixão que nutre pelo mar assim como eu, fica toda eufórica quando toca no assunto "como foi com aquele carinha que você queria pegar".

– Foi o seguinte, ele me mostrou em que lugar o banheiro da casa ficava e ficou me esperando do lado de fora. Quando sai, ele disse que tinha que me mostrar uma coisa... – revirei meus olhos, mas acabei rindo baixo por causa de todo seu entusiasmo. Eu até sei como ela se sente, me senti igual quando conheci Namjoon.

Quando estava no meio da história, meu celular começou a tocar. Eu me estiquei sobre a cama e peguei o aparelho, vendo que era uma chamada de Namjoon.

– Eles são tão melosos, tia, você não faz idéia. – Iara provocou, revirando os olhos.

– Ah, os jovens, são tão necessitados quando entram nesses relacionamentos. – minha mãe comentou, esticando suas costas como se estivesse se espreguiçando.

Eu ri com aquelas duas, mas parei assim que me dei conta que Nam ainda estava na chamada e que iria cair se eu demorasse mais alguns minutos. Atendi e pude escutar suas voz me cumprimentando, retribui e, quando ele ia falar, minha mãe e Iara o cumprimentaram também. Mas gritando o nome dele.

Sempre muito educado, ele falou com as duas e depois riu do tom meloso que elas usavam, debochando do nosso amor.

– Amor, queria te pedir uma ajuda. – Namjoon disse e eu me concentrei nele. – Eu queria apresentar uma amiga sua para o Jimin, sabe? Ele está bem afim de Iara, eu queria apresentar uma amiga sua para ele que seja... Hum, difícil. Ele se acha o garanhão, quero que ele veja que não está com essa bola toda.

Eu ri das palavras que ele usava e mirei Iara, esta me encarou confusa, mas deu de ombros e em seguida voltou a comer a pipoca que comia com tanto gosto. Antes de responder, eu pensei na probabilidade de alguma das minhas amigas rejeitar Park Jimin, ele é muito bonito... Vai ser difícil.

Pensei um pouco mais, até achar a solução perfeita para aquela ocasião.

– Malia. – respondi, alargando meus lábios em um sorriso. – Eu tenho uma amiga que é perfeita para isso.

– Ah, sério? Pelo menos isso vai afastá-lo de Iara para não atrapalhar nossos planos. – ri baixo com seu jeito de falar, parecia até um vilão de um filme de ficção científica.

– Olha, mas eu não quero minha amiga machucada, okay? Se eu ver que vai dar merda, a gente vai ter que dar um jeito de fazer ele pular fora. Ou ela.

Com essa frase eu chamei a atenção das duas mulheres que estavam comigo, todavia, fiz um gesto que explicava depois e continuei me concentrando na chamada.

– Não, tudo bem, tudo bem. Também não quero que ninguém saia machucado nessa história.

– Okay, então está certo.

– Uhum, bem, vou desligar. – avisou suspirando.– Até mais, amor.

– Tchau, meu anjo.

Assim que desliguei a chamada, minha amiga imitou minha frase em uma voz ridícula demais. Eu revirei meus olhos, às vezes elas são rainhas no quesito infantilidade.

Malia

Julho 2020 – 10:23 AM

Minha escola

Graças as forças malignas de Iara e _________, eu fui arrastada até o jardim de trás do prédio da escola parar esperar o tal Park Jimin. Tipo, eu conheço ele e tals, sei que não é brasileiro, que veio para cá há alguns anos e que é muito conhecido nessa escola... Especialmente entre as meninas. Eu acho ele muito bonito, realmente, o cara é lindo. Mas ele não faz o meu tipo, infelizmente eu não senti aquela atração absurda, até porque eu quase nunca sinto.

Mas como o poder de persuasão daquelas duas é extremamente irritante, eu aceitei "falar" com ele. Olha, eu não prometi ficar nem nada, mas pode ser que eu faça isso apenas para me ver livre das cobranças incessantes de Iara, _________ e, possivelmente, de Namjoon também.

Não demorou para que o Park aparecesse procurando-me pelo local. Após me ver, sorriu de canto, esse sorriso provavelmente faria qualquer uma ter um infarto, mas eu... Sei lá, só admito que é bonitinho. O mais alto, por poucos centímetros, tipo uns dois, veio até mim e sentou-se no lugar ao meu lado.

– Tudo bem? – indagou, com parte de seu corpo virado para a direita para poder me olhar.

Suspirei, preparando-me mentalmente para aquilo e em seguida tomando uma posição como a sua.

– Sim, e com você?

– Melhor agora.

Okay, cantada bem clichê, isso é aceitável.

Eu apenas ri em resposta aquilo, até porque não tinha nada a acrescentar e nem sabia o que dizer, então deixei que a tarefa de puxar assunto ficasse sob sua responsabilidade.

– Quer sair comigo na hora da saída? A gente pode ir no shopping.

Direto e rápido, esse é Park Jimin.

Sinceramente? Eu não queria sair com ele da escola, entendem? Tipo, eu não quero que me vejam com ele, porque automaticamente vou pensar que eu sou, ou vou ser, mais uma de suas "presas". Gosto de discrição.

– Podemos nos encontrar no shopping?

– Ah, também pode ser.

Deu de ombros, mostrado que não se importava se eu saísse com ele da escola, ou que me encontrasse depois. Particularmente falando, eu prefiro a segunda opção, já disse o motivo. Quero evitar ser motivo para fofocas e intrigas, além de ser considerada uma rival para aquelas que ele pega, ou que querem pegá-lo.

•❁❁•

Chegando no shopping, fui para o local que seria o ponto de encontro, o Starbucks. Nós trocamos os números e conversamos melhor sobre o passeio — me recuso a chamar isso de encontro — e decidimos que iríamos ao cinema e depois comer alguma coisa. No fim disso tudo, vamos tomar um frappe, porque é impossível vir em um shopping que tem Starbucks e não tomar nenhuma bebida sequer.

– Malia! – ouvi sua voz, fofa ao meu ver, me chamar e olhei a minha direta, vendo o loiro se aproximar de mim enquanto acenava.

Jimin parou a minha frente e se inclinou, tocamos nossas bochechas naquele cumprimento meio que nacional, no entanto, o baixinho mais alto fez questão de colocar o braço envolta de minha cintura e puxar-me para perto, como se fôssemos um casal. Até aí tudo bem, mas ele ficou alí por um tempinho. É um pouco surpreendente da parte dele, sempre achei que os coreanos eram mais reservados e tímidos. Há quanto tempo ele mora no Brasil mesmo? Deve ter se adaptado ao nosso jeito mais despojado de ser.

– Você está linda. – disse, olhando-me de cima abaixo, não de um modo perverso, mas de um modo realmente admirado. É melhor assim.

– Você também está. – respondi educadamente, parando para analisá-lo. De fato, não posso dizer que ele não é bonito, o cara é realmente um pitelzinho.

Park está usando uma calça jeans apertava, uma camisa branca confortável, mas que fica extremamente sexy no corpo sarado que o garoto tem e uma jaqueta de couro preta que combina com as botas pesadas que completam o visual.

Eu estou usando um vestido, preferia vir de calça também, entretanto por insistência da minha mãe e de _________ — a vaca foi até a minha casa e contou tudo para minha mãe, já devem imaginar como a senhorinha ficou toda animada pensando que eu começaria a namorar esse menino — resolvi vir com um vestido florido, solto e que não passava de meus joelhos, na verdade, fica um pouco acima deles.

– Vamos, ainda temos que comprar os ingressos.

Sua mão deslizou da minha cintura para meu pulso, não demorando para alcançar a minha e entrelaçar nossos dedos em um gesto muito íntimo para meu gosto. Porém, eu não reclamei, apenas deixei que fizesse aquilo e segui ao seu lado em direção ao cinema. Seu aperto em minha mão, por mais que leve, não passou despercebido, todavia, eu não repeti o ato e escolhi fingir que não havia sentido.

– Qual filme? – perguntei, olhando o painel que exibia as sessões e filmes disponíveis naquele dia.

– Terror? – sorriu divertido, me olhando de canto como se esperasse alguma reação engraçada de medo.

– Pode ser. – dei de ombros, tipo, eu até que tenho medo desses filmes, mas eu gosto de assisti-los pela história, tensão e suspense. – Anabelle 2 ou It: A Coisa?

– It, estou curioso. – falou, praticamente me puxando para a fila.

Eu também estava, mas não disse nada, apenas assenti e segui ele que parecia eufórico demais com tudo aquilo. Eu sinto muito em ter que acabar com as esperanças dele, mas eu acho que não vou ser a garotinha que grita e abraça o cara, eu sou mais da que grita e fica só nisso mesmo. Sem tampar os olhos, ou se encolher... Apenas gritar e pronto.

Às vezes me acho bem sem graça. Na verdade, todos acham, é meio que questão de tempo até ele achar também.

Compramos os ingressos, faltava apenas uns 10 minutos para a sessão começar, então ele gastou esse tempo comprando um balde gigante de pipoca e dois refrigerantes grandes. Eu não sou acostumada a comer no cinema, principalmente por causa da facada no bolso, mas como Park já comprou tudo e nem perguntou se eu queria, não vou desperdiçar né. Aliás, isso está mesmo virando um encontro? Meu primeiro encontro... Não é muito importante para mim, mas eu vou guardar esse momentinho na cabeça, caso aconteça de alguém perguntar.

As coisas mudam.

Entramos na sala e fomos até nossas cadeiras, ficamos no meio das fileiras, mas nas duas próximas do corredor, é mais fácil na hora de sair. Ele colocou seu corpo no suporte e eu fiz o mesmo, deixando a pipoca em seu colo também, já que ele vai comer bem mais que eu.

– Se ficar com medo, pode segurar minha mão. – disse sugestivo, tirando uma das mãos do balde e a deixando no braço da cadeira que fica ao meu lado.

Eu ri de sua esperança.

– Se ficar com medo, pode segurar a minha. – rebati, colando meu braço no apoio da cadeira ao seu lado, deixando minha mão aberta exatamente como a sua. Eu só não esperava que ele fosse agarrar a minha de primeira, sem nem hesitar.

– Tenho medo do escuro. – mentiu com o sorriso divertido, apertando-me de leve. Eu apenas ri da palhaçada, deixando que ele continuasse com aquilo. De qualquer jeito, é até divertido.

•❁❁•

– Você gostou? – ele perguntou, depois sugando o último gole que restava em seu copo de Starbucks. Por sorte, ou coincidência, passamos ao lado de uma lixeira assim que ele terminou, então não teve que ficar segurando o copo até achar um lugar para jogá-lo foram

– Sim, foi divertido ver você todo encolhido. – ri fraco, ainda estávamos de mãos dadas. Depois de muita insistência dele, eu deixei que me levasse até em casa. Agora eu não me incomodo com esse toque, passamos tanto tempo assim, mesmo eu sabendo que é só até ele conseguir me pegar — se é que vai conseguir —, que eu passei a achar confortável.

– Ei, você também não se manteve super tranquila.

Rimos juntos, não demorou para que eu parasse e impedisse que ele continuasse. Avisei que já estávamos no portão de meu quintal, ele analisou a vista de fora por alguns segundos, prolongando o momento.

– Nos vemos amanhã? – perguntou, trazendo seus olhos novamente para os meus.

– Provavelmente.

Aí fica aquela dúvida de como se despedir, deixando as coisas mais estranhas do que deveriam ser. Nós filmes, às vezes, acontece um beijo... Mas não sei se quero que isso aconteça comigo, durante o dia ele despertou o meu interesse, mas não tanto.

– Então... Até amanhã. – soltei sua mão, pronta para me afastar. Eu acho que se não fizesse aquilo, ele ficaria o dia inteiro me encarando, portanto é melhor acabar de vez com o constrangimento.

Jimin segurou em meu pulso antes de minha pele sair totalmente do contato com a sua. Eu me virei novamente e o olhei, tendo a visão de seu rosto se aproximando do meu. Eu poderia fugir? Poderia, mas algo me manteve alí. Talvez a boca extremante atraente dele, ou o interesse que se multiplicou. De qualquer jeito, eu fiquei para o...

Selinho?

Minhas sobrancelhas quase se tornaram uma com meu cenho franzido, enquanto eu observava seu rosto tomar um ar brincalhão. Bem, isso é diferente dos filmes, mas não deixa de ser bom.

– Até. – desta vez eu retribui ao selinho, não ficando por muito tempo para ver se saía algo a mais ou outro selinho. No caso, o terceiro.

Kim Namjoon

Julho 2020 – 05:34 PM

Minha casa

Jimin está em um encontro com Malia e Jin, provavelmente, está gastando seu dinheiro com comida em algum lugar desta cidade. Então, aproveitando a ausência dos dois, marquei uma pequena reunião com alguns dos meninos para ver se alguém estava disposto a unir, mesmo que seja por pouco tempo, os dois novos casalzinhos do grupo.

Taehyung, Jeongguk e Yoongi estão aqui, Hoseok tinha aula de dança e não quis perder um dia sem ver a beldade que é a sua professora. Eu acho _______ bem mais atraente, mas eu concordo com Hoseok, a professora é um pitelzinho. Mesmo a minha menina sendo a coisa mais linda do mundo para mim.

A droga do amor.

– Que tal uma festa? – sugeriu nosso pequeno, porém grande, TaeTae. Fica no ar o porquê de ele ser grande.

– E qual motivo, ou desculpa?

– E precisa de motivo para querer beber, dançar e beijar várias bocas? – o moreno me respondeu, olhando-me como se fosse óbvio.

– Uma festa fantasia! – Jeon propôs já se animando, até porque o sonho dele é ir vestido de Iron Man — o Homem de Ferro, é que eu acho bem mais maneiro falar Iron Man — em uma festa.

– É uma ótima idéia. Muita bebida, dança e pegação. Com fantasias engraçadas e... Sexys. – trocamos alguns olhares maliciosos, na nossa idade, e nessas festas, a maioria quer provocar seus alvos. – Além do mais, os quatro vão entrar no embalo da festa e se pegarem. Na verdade, a maioria das pessoas vão entrar no embalo e se pegarem até às bocas, e outras partes, caírem. Eu também, não vou dar descanso nenhum ao meu grande amiguinho.

Yoongi sempre muito sutil e nada convencido.

– Até eu. – comentei, já imaginando algumas obscenidades com _______. Imagina se ela fosse vestida de diabinha! Meu Deus, eu poderia enfartar.

– Você não conta, você tem namorada e pode pegar ela pra cacete quando quiser.

Dei de ombros, de qualquer forma, não é só uma ótima oportunidade para os dois casais que queremos juntar como também é para mim e minha bebê. Pensando nisso, não quero ser o único surpreendido, gostaria de também causar um impacto nela com a forma que irei me vestir.

Há várias possibilidades.

– Em que casa? – Tae entrou novamente, olhando por alguns segundos cada um de nós.

– A do Jin é bem grande, mas ele não gosta de bagunças e vai ficar nos enchendo o saco no dia seguinte. – comentou Jeon, já tirando o nome do mais velho da lista.

– Hoseok também não, ele vai ficar gritando com todo mundo e por qualquer coisa. Tem que ser na casa de alguém que adore festas e não se importe com a bagunça do dia seguinte.

– E que os pais não estejam em casa também.

Pensei por alguns segundos, até que uma idéia veio em minha mente. Foi perfeito, na hora perfeita, do jeito perfeito. Tínhamos a idéia, o plano e a casa... Não tem como dar errado.

– Sei de uma pessoa que adora uma festa e que os pais não vão voltar tão cedo... – antes prosseguir, olhei para o rosto de cada um, dando um pouco mais de suspense para deixá-los intrigados. – Alessandro Ferraz.