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História Um Ano Com Ela - Jikook - Fim


Escrita por: Dii_Kook

Capítulo 27 - Fim


Dezembro 2017 - 13:23 p.m

Um parque qualquer

Ah, a neve. Congelante, perigosa e ainda assim graciosa e envolvedora, tenho pena das pessoas que não podem ter o privilégio que admirar esse elemento da natureza. A neve pode machucar? Sim, mas ainda assim encanta. É como o fogo, pode machucar, mas nos atraí com sua beleza natural e quentura, sendo o refúgio de muitas pessoas. Vai nevar essa noite.

Hoje, véspera de ano novo, faz exatamente um ano que os meninos me encontraram, nesse parque, sentada na grama com os dois garotos que me salvaram bem à minha frente, começo a pensar em quantas coisas passei com eles sendo a ______. Teve a viagem para a cabana de Henry na floresta que fizemos em julho, depois tivemos o aniversário do Jungkook em setembro quando ele pediu um beijo, depois o de Jimin que também pediu um beijo e também teve o meu aniversário em novembro que pedi para que os dois se beijassem, eles ficaram surpresos, mas no final acabei contando
que sabia do relacionamento escondido deles. Contudo, eles não voltaram à namorar - ainda -. Eles também desistiram de me conquistar, no fim, eu percebi que não poderia escolher um dos dois por estar apaixonada por Taemin. Sim, eu e ele saímos mais vezes e, bem, deu em um relacionamento sério que eu espero que dure por muito, muito tempo.

 - Vamos voltar hoje à noite? - indagou a voz do meu Maknae.

- Claro! Eu quero ver o festival! - avisei.

- Então, hoje viremos ao parque, não progamem nada. - Jimin exibia seu eye smile.

Levantei minha cabeça afim de olhar os pássaros no céu, contudo, tudo que vi foi uma imensa escuridão.

Jeon Jungkook

Junho 2017 - 08:02 p.m

Hospital Yonsei-ro

Estamos aqui há horas, eu e Jimin. Meu estado? Tanto o físico como o psicológico estão fodidos, já nem sei mais o que pensar. Não tenho forças para falar, pois um bolo se forma em minha garganta e dificulta até a passagem do ar. As lágrimas que rolam pelo meu rosto queimam minha pele e fazem meus olhos, já inchados, doerem cada vez mais. Meu estômago está revirado, sinto minhas entranhas formarem um nó que se aperta cada vez mais. No entanto, nada é pior que o meu pobre coração... Ah, esse, de fato, é o que mais está sofrendo. Park está no mesmo estado, queria ter forças para ajudá-lo, mas tudo que me resta são lágrimas e gritos internos.

A porta se abriu, de lá saiu o namorado da garota, entretanto, não pude buscar seus olhos para ver o que passara pois a franja os cobria conforme ele andava de cabeça abaixa. Sem dizer mais nada, Taemin sumiu pelo corredor, dei um passo para segui-lo e tirar satisfações, mas outro médico me abordou antes de fazê-lo.

- Vocês são os responsáveis pela senhorita _____, certo? - nem precisamos responder, pois ele já continuou. - Bem, descobrimos o que aconteceu com ela...

Porra! Isso não é hora de fazer o famoso suspense dos médicos, mal conseguimos respirar, ele quer mesmo ouvir nossas vozes embargadas e falhas?
 
- O q-q-que é? - Jimin conseguiu proferir com dificuldade.

- Bem, parece que, com a perda de memória, - provavelmente Taemin o informou sobre isso. - ela de alguma forma conseguiu driblar os aparelhos, assim, mostrando que os exames estavam limpos. Nosso consciente é muito poderoso, meus caros, mas o nosso subconsciente é ainda mais, ele faz muitas coisas para nos proteger. Parece que, ela acabou se esquecendo também da doença, na verdade, ela se lembrava, mas custava à acreditar. Eu achava que isso era impossível, mas o que é impossível nos dias de hoje, né? - o médico não esperava uma resposta, então, logo prosseguiu. - Com ela desacordada, tudo ficou mais fraco, então, conseguimos achar a doença.

Doença... Doença... Que raios?!

- D-doença?

- Câncer.

Então, eu não me aguentei. Nem Jimin se aguentou. Desabamos nas cadeiras atrás de nós, impossibilitados de permanecer em pé naquela situação. A respiração pesou mais ainda, uma terrível sensação de asfixia se espalhou dentro de mim e agarrei a camisa com força, massageando meu peito como se aquilo fosse melhorar alguma coisa.

- M-mas, tem cura, não tem?! - tentava não perder a esperança. - Estamos em 2017, tem cura!

- Você está certo, tem cura. Entretanto, os estágios dela já avançaram muito, podemos tentar uma cirurgia, mas ela não resistiria. A doença já se apossou dela. - sua voz vacilou por um minuto.

- Quanto tempo ela tem? - Jimin perguntou com o tom de voz neutro e um rosto sem expressão, ele estava robotizado.

- Na verdade, ela pediu para desligar as máquinas hoje, assim que falassem com ela. - levantamos nossos pescoços em sincronia, com uma mistura de choque e amargura. - Espero que entendam o lado dela, ela poderia ficar por mais tempo, mas isso traria mais sofrimento do que felicidade pra ela, porque a dor à atacaria até ela não aguentá-la mais. - colocou a mão em meu ombro. - Eu sinto muito, mas vocês precisam ser fortes pela garota, ela não merece partir com uma imagem triste! Vão quando estiverem prontos.

Dito isso, o médico seguiu seu caminho.

Precisávamos ser fortes, entretanto, parecia que à cada tentativa de regular a respiração, uma dor ainda maior crescia em meu profundo. Mas eu teria de ser forte, teria de aguentar e deixá-la partir com uma imagem de meu rosto sorrindo, e Jimin também iria ter de fazê-lo. Então, por mais que doa, prendemos nossas bochechas em sorrisos forçados, tão forçados que minha alma doeu de fazê-lo, enxugamos as lágrimas e, quase que robotizados, abrimos a porta do quarto.

E lá estava ela, tão bela quanto todos seus dias brilhantes, contudo, cansada. A pele estava pálida, tão pálida que já parecia um fantasma, os lábios sem vida, secos, rachados, sem cores. No entanto, seus olhos apesar de estarem cansados, continuavam brilhando e vivos, emanando uma felicidade incompreensível.

- Oi, pequena. - Jimin afagou seus cabelos quando se aproximou.

- Oi.

- Você está bem? - a melhor pergunta que alguém poderia fazer para uma pessoa que está prestes à morrer, parabéns Jungkook, ganhe seu certificado de trouxa.

- Estou sim, eu acho. - riu espontâneo.

Ah, o riso dela, como sempre, inabalável, mesmo em suas condições, ela continua a rir e sorrir por tudo quanto é lado. O silêncio pairou sobre nós, aparentava não estar incomodada, mas eu remexia meus dedos na calça inquieto.

- Ah, eu recuperei a memória! - não parecia tão... Animada com aquilo.

- Sério? Que bom! - Jimin tentando ao máximo não mostrar seus destroços internos. - E qual é o seu nome?

- Acredita que, de todas as coisas, essa foi a única que não voltou? Todas vez que falavam, um mudo se instalava, como em um filme. - inclinou a cabeça para o lado. - Mas eu não me importo, quero partir como ______, a garota brasileira que viveu um ano de boas aventuras com set- oito - corrigiu-se ao lembrar de Taemin. - garotos bem diferentes. Foi um ano incrível.

- E você se lembra o porquê de ter perdido a memória? - queria saber.

- Sim, parece que, naquela noite, minha intensão era ir ao festival, mas eu estava internada. - sorriu, por quê? - Mas, como sou teimosa, eu acabei fugindo, tive uma crise bem no meio do festival e, bem, tudo aconteceu depois.

- Oh...

Finalizei minhas perguntas, não queria saber mais nada, afinal, não quero lembrar dela como outra pessoa se não a ______. E parece que Jimin teve o mesmo pensamento que eu, pois também cessou as perguntas.

Fitei o aparelho ao lado da garota, aquela tela preta com uma linha verde que indicava seus batimentos cardíacos que, me parecia, estavam normais. A linha subia e descia, assim, mostrando que uma vida ainda estava presente, temo o momento que aquele fio se tornar reto e o apitar se tornar monótono, sem alterações.

- Vamos sentir sua falta, pequena. - Jimin abraçou-a.

- Oras, eu não vou embora! - empurrou-o cruzando os braços. - Vou estar com vocês para sempre! Quando saírem daqui, olhem para o céu, a estrela mais brilhante será eu. Quando uma brisa repentina bater, vocês vão poder escutar minha voz conversando com vocês e, quando uma borboleta cruzar o caminho de vocês ou pousar em vocês, saiba que sou eu dando um alô. Eu nunca, nunca vou deixar vocês!

Droga... As lágrimas, eu não consigo mais segura-las. Enfim, soltei aquela água salgada que escorreu pelas minhas bochechas até cair de meu maxilar, não queimavam tanto quanto antes, mas ainda machucavam muito. Jimin fungou, ele também já estava liberando o choro preso.

- Digam aos meninos que, apesar de não me despedir deles como queria, eu os amo. Sério, aquelas cinco criaturas conquistaram meu coração de primeira. Vocês precisam dizer isso à eles. - concordamos com a cabeça, vendo a garota também chorar. - Eu escrevi cartas, não sabia que isso iria acontecer, mas escrevi para dar no Ano Novo, como uma comemoração do nosso primeiro ano juntos. - meu coração se apertou e as lágrimas caíram com mais força, até pensei que estava morrendo. - Estão embaixo da minha cama, prometam que vão ler as suas e entregar as deles! E do Taemin também!

- Certo/Tudo bem, prometemos! - eu e Jimin respondemos em harmonia.

O médico entrou, olhou para a garota com uma das sobrancelhas arqueada e ela assentiu, entendemos o recado também. Ele se posicionou ao lado da maquina que mantinha a garota viva. O apitar, nunca achei que iria amar tanto esse barulho, nunca achei que iria desejar que ele durasse para sempre... Eu estava enganado.

-Ah, digam à Yoongi para não me abandonar por outra! Porque senão eu volto para assombrá-lo, digam que ainda irei dar conselhos para ele! - assentimos. - Tchau, meus amores.

Ela fez um bico, então, eu e Jimin nos curvamos e deixamos que seus lábios molhados pelas lágrimas tocassem nossa cabeça. Depois, repetimos a ação, beijando pela última vez aquela testa que se enrugava de várias formas.

- Tchau, pequena. - a sincronia se tornou algo frequente nessa noite tristonha.

E assim, o que eu mais temia aconteceu, o barulho se tornou infinito e monótono. Os únicos sons que poderiam ser escutados naquele quarto era o barulho da máquina e os gritos de eu e Jimin que, agora, não nos preocupávamos em segurá-los.


Park Jimin

 2017 - 09:33 p.m

Jardim do hospital Yonsei-ro

Olhando as estrelas, eu e Jungkook procurávamos por _______ entre aquele mar de esferas quentes e luminosas pelo céu. E lá estava ela, exatamente como descreveu-se, a estrela mais brilhante e ofuscante de todas, bem no centro. Brilhava como nunca, parecia que as outras nem brilhavam perto dela, parecia iluminar a noite sozinha. Radiante e luminosa.

- Jimin, será que vamos amar outra garota? - a doce voz do menino ao meu lado soou enquanto entrelaçava meus dedos aos seus.

- Acho que não, sabe, _____ foi única. - ri baixinho lembrando de suas trapalhadas. - Mas isso não importa muito, o que importa é que nos amamos, estamos juntos e que ela sempre estará conosco.

Como previsto, uma brisa fresca bateu em nossos rostos e bagunçou meus cabelos. Naquele vento fraco, eu podia imaginar a garota sorrindo sincera agora e sussurrando as palavras em nossos ouvidos aguçados. Sim, ela está conosco nesse exato momento. Meus olhos e os do garoto estavam fixados na calçada do outro lado da rua, bem onde a garota se encontrava com uma aura branca atrás de si, um sorriso tão brilhante quanto diamante.

- Verdade, ela estará sempre conosco. - o garoto concordou sorrindo de canto depois de sentir a brisa.

Um ano, exatamente um ano com ela. Ela se foi bem no dia em que à encontramos, exatamente 365 depois daquela noite congelante. Foi um ano de aventuras, confusões, brigas, mas, acima de tudo, um ano de felicidade. Aquele apartamento ficará bem vazio sem ela com a gente.

Amanhã, exatamente às 00:00, será Ano Novo. Será o primeiro ano sem ela. Quer dizer, pelo menos fisicamente sem ela.

- Ah, eu me lembro que queria te pedir algo nessa noite do ano passado. - chamei a atenção do garoto que se virou para me olhar. Me perdi em seus olhos negros, então, finalmente disse:

- Casa comigo?


Notas Finais


- Sim.

Acharam mesmo que não ia deixar a resposta do Kookie? Ahaakskaoa

Então, comentem bastante, pq esse realmente é o final!

Irei postar os agradecimentos, avisos e etc depois, pq eu preciso correr... Sorry❤❤❤ Mas saibam que amo vocês❤


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