História Um dia eu te escolhi - Bellarke - Capítulo 11

Já se fazia uma semana desde do torneio, uma semana que Clarke não dormia bem, uma semana que fugia de Bellamy como o diabo foge dá cruz. Com toda certeza essa foi a semana mas corrida de todo castelo, tanto que Bellamy mal saia dá sala de reunião e Clarke de certa forma agradecia por isso, pois tudo ao seu redor lembrava dele e dos “dois” beijos, só de pensar que tomou a atitude de beija-lo duas vezes, lhe dava calafrios, suas mãos suavam, a garganta travava e o coração batia tão forte que chegar a doer. Ela se levantou dá cama olhando o sol passa pela janela, mas uma noite não dormia bem, apesar do castelo está movimentado com o anúncio do novo comandante, tudo de certa forma estava quieto demais, como a calmaria que antecede a tempestade.

Clarke foi fazer sua higiene rápida e saiu do seu quarto indo tomar seu café dá manhã, encontrando Octavia e Echo sentadas uma de frente para outra, em um silêncio incomodo. - Bom dia – falou em educação, não sendo respondida por nenhuma das mulheres. Suspirou alto, colocando café em sua xícara – Me desculpa Clarke, só estou nervosa e aflita por hoje – Octavia lhe lançando um olhar de tristeza, que fez Clarke arregalar os olhos “era hoje”, se amaldiçoou mentalmente por esquecer – Você está bem? – ela respondeu com um aceno de cabeça, era hoje, se Bellamy fosse nomeado comandante lhe daria o divórcio cheio de privilégios que seus pais sonharam. Só que seu coração apertou só de pensar em está distante daquela rotina onde estava, odiava os gritos de Echo, as provocações de Emorin. Ela sabia que estava arrumando desculpas para não sentir saudades dele, quando perguntarem, ela dirá que senti saudades do castelo, dá comida, das garotas, menos dele, tudo menos senti saudades dele. Foi tirada dos seus devaneios pela cadeira de Echo sendo arrastada, ela estava seria, quase sombria Clarke constatou, mas não ligou para mulher que saia sem dizer nada, voltou a sua atenção ao café que estava frio em sua xícara.

Ignorou o grande banquete que estava a sua frente e saiu dá mesa sem muito rumo, só andou, sendo guiada pelos seus próprios pés, quando parou olhou para seu redor e estava outra vez no meio dá florestas que rodeava o castelo, o mesmo lugar do torneio, o mesmo lugar das suas aulas de tiro, sorriu com a lembrança daquele dia. - Você com certeza não está bem – a voz de Octavia fez Clarke pular de susto – Não faça mais isso, por favor – colocou as mãos no peito como se pedisse para ele se acalmar – Só estou dizendo a verdade, Clarke você não está comendo, só vive no quarto, e acabei de te pegar sorrindo para o nada – Clarke a olhou com desaprovação, sabia como estava não precisa que ninguém lhe falasse – Não faça essa cara de desgosto para mim, porque não conversamos um pouco? – Octavia a chamou com um olhar para se sentarem na grama cerca, a geada já estava mais forte daqui a alguns dias o inverno chegaria com toda sua força.

- Não há nada para conversar – afirmou sem muita convicção, fazendo Octavia gargalha – É verdade, eu estou seguindo o plano dos meus pais e daqui a alguns dias estarei de volta em casa depois de quase onze meses, eu nem me lembro mais dos detalhes deles, as vezes tenho que fossar minha mente a reproduzir suas vozes, só para me sentir mais segura e também tem o Bellamy que não saia dá minha cabeça e ... – Clarke parou de falar, olhou para Octavia como se tivesse dito algo de ruim, mas para sua surpresa ela não lhe demostrou nenhuma reação diferente era como se esse assunto fosse normal.

- Relaxa Clarke, ele me contou do beijo, pode não parecer mas meu irmão não consegui esconder seus sentimentos – ela lançou um sorriso contido a garota de cabelos loiros ao seu lado que ainda a encarava de solai-o – Sabe quando eu descobri que gostava do Lincoln foi um choque, eu negava fielmente, dizia que éramos amigos, confidentes e quando percebi já tinha dito sim no meio dá igreja – sorriu de lado – E meu sonho acabou se tornando o nosso “sonho”, ser um família. Sabe faz dois meses que descobri que sou estéril, Lincoln não sabe ainda, para falar a verdade ninguém sabe a não ser você agora, estou esperando toda essa agonia acabar para contar – os olhos das duas se encheram de lágrimas e Clarke a abraçou como uma mãe abraça a filha que precisa de conforto.

- Por isso tudo seu empenho para ajudar o orfanato – Clarke falou em um sussurro e Octavia assentiu - Como alguém pode ter algo tão precioso e não cuidar? – Clarke não sobe responder, pois se sentia assim como uma criança abandonada, ficaram abraçadas por um bom tempo. E juntas decidiram se arrumar para a nomeação e entregar do cargo tão esperado e desejado por todos.

A noite tinha chegado, Clarke já tinha saído do quarto de Octavia pronta, com um longo vestido cor de rosa tão claro que de longe parecia branco, caminhou ao quarto para pegar um pingente que seu pai havia lhe presenteado quando fez quinze anos. Ao entrar no quarto se deparou com a imagem de Bellamy na ponta dá cama sem camisa e descalço, apenas com uma calça social preta, ele tinha as mãos na cabeça com se estive-se em desespero, encontra-lo no quarto era a última coisa que ela poderia imaginar, numa noite tão especial para ele.

- Acho que você deveria estar pronto, o anúncio já vai começar – ela falou caminhando em direção ao porta joias retirando de lá a corrente de ouro, com o pingente em forma de uma flor discreta. – Me fale a verdade Clarke, me diga toda verdade, prometi que tudo daria certo, mas preciso dá verdade – ela o olhou como se ele fosse louco. - Do que você está falando? – ela se virou para direção do homem que lhe lançava um olhar de raiva – Eu não sei o que está acontecendo, como posso dizer a verdade – automaticamente sua mente foi para Octavia – É sobre Octavia? Porque se for ela vai lhe contar quando achar que está pronta – Clarke viu no olhar dele que não era sobre isso o que a fez engolir a seco e dar dois passos para trás, enquando Bellamy vinha em sua direção como um raio. - O que tem  a minha irmã? – ele esperou mas a garota se encolheu ainda mais – Falar agora – ele gritou de ódio era a primeira vez que Clarke o via daquele jeito transtornado.

– Por favor ela me pediu segredo, não me obrigue a dizer. Eu não tenho amigas, não me faça perder a única que futuramente pode se tornar uma – ele sentiu o peso daquelas palavras e confirmou com a cabeça, mas seu olhar mostrava que iria descobrir mesmo se não fosse por Clarke. - Não é sobre Octavia que eu quero falar é sobre seu acordo com Wells – o corpo de Clarke travou e olhou assustada para Bellamy – Não me olhe assim, você acha mesmo que suas conversas com ele às escondidas, passariam desapercebido por mim? Fui investigador por muito tempo, antes de vim para esse lugar. – ele se virou de costas para ela e suspirou pesado – Você fez um acordo para eu me tornar o comandante? Me responda? – gritou outra vez perdendo o controle.

- Não, não, não – ela gritou de volta – Ele fez sim a proposta, o prazo se encerra hoje. Mas não quis, o preço que ele pediu era muito alto para aceitar – falou tudo de uma vez, estava cansada daquele fardo – O rei está organizando um golpe de estado, ele que volta a monarquia para que seu filho fiquei no poder, para ele ser chamado de rei no sentido real dá palavra – Bellamy se movimentou rápido pelo quarto dava para ver as veias dá sua testa pularem pelo esforço que fazia para pensar – Aquele filho dá mãe – ele soltava palavrões para aliviar a irá do seu peito.

- Senhor e senhora Black? Todos os aguardam para começamos o pronunciamento – o guarda falou rápido e logo saiu achando que o casal discutia a relação. Bellamy pegou o restante dá roupa social que era obrigado a usar, e começou a abotoar os botões com tanta força que a qualquer momento um deles voaria. – Deixa que eu faço isso – Clarke se aproximou dele e abotoou de baixo para cima, sentindo o olhar de Bellamy sobre si.

- O que foi que ele pediu em troca, para o acordo acontece? – perguntou direto fazendo o olhar de Clarke ir na sua direção – Que eu me casasse com ele, acho que ele quer um herdeiro para por no seu lugar quando o momento chegar – falou voltando sua atenção ao último botão dá camisa – E você queria isso? – Clarke o olhou outra vez mais não o respondeu.– Me deixaria para ficar com outro? – aquele perguntar a surpreendeu, nunca pensou que ele poderia se sentir mal com aquele termino de casamento que estava marcado desde do início.

- Não – respondeu sem nem ao menos perceber – Sobre os beijos daquele dia – só de ouvir sobre aquele assunto as bochechas dela ficaram rosadas – Acho muito injusto você ter tomado a atitude primeiro que eu – lhe lançou um sorriso malicioso de lado, que fez Clarke se arrepiar e corar ainda mais – Não sei o que será daqui para frente, mas não quero o fim disso – Bellamy falou,  apontou para os dois.

– Estou com medo de tudo isso, medo de nós, medo deles, medo do que está acontecendo dentro de mim – Clarke confessou com pesar e viu nós olhos dele a confirmação que precisava para ter certeza que era ele, se um dia lhe perguntassem foi nesse momento que teve a certeza que era ele.

Saíram do quarto de mãos dadas, em direção a sala do anúncio e pela primeira vez eles entraram como um casal como uma mulher e um homem, que perante Deus e a sociedade se tornaram um só. Caminharam para frente onde os finalistas se encontravam, e a piscadela de Bellamy para si foi tudo que ela precisa para verdadeiramente ter consciência que estava perdidamente apaixonada por ele, talvez tenha sido a convivência, ou aquele jeito malandro que ele transpirava, mais foi também pelo homem incrível que ele lhe mostrava nas pequenas ações como naquela piscadela. Sim, era ele a quem ela procurava por todo esse tempo.