História Unbelievable - PF do Chelsea, novamente!

Rafael terminou de assinar a papelada, e já havia apertado as mãos de Tom, quando me chamou para sair da sala.

- Vamos, linda? 

- Eu preciso conversar uma coisa com o Tom ainda, tem como me esperar na recepção?

- Hum, tem sim. - disse um pouco desconfiado - Vou te esperar no salão de jogos. 

- Okay amor - e mandei-lhe um beijo.

Ele saiu e bateu a porta com força, senti uma pitada de ciúmes após tal atitude, mas eu precisava assinar um contrato com o Chelsea.

- Parece que o Rafa não gostou muito.

- Às vezes ele é um pouco desconfiado, vamos à papelada então?

- Claro, aqui - e me entregou.

Li tudo no contrato, cada linha, e cada entrelinha, e depois li que eu receberia três vezes mais do que da última vez. Isso era bacana. Assinei todas as folhas, e entreguei para Tom.

- Foi rápida, Srta. Jane. 

- Gastei o tempo necessário, foi um prazer fazer negócio contigo, Tom. - apertei sua mão.

- Eu que o diga. Que tal sairmos mais tarde? Igual fazíamos com o elenco do Chelsea antigamente.

- Agradeço o convite, mas tenho compromissos. Tenha uma boa tarde, com licença.

Saí da sala, e fui em busca de Rafa no salão de jogos, que estava conversando com Lílian e jogando pebolim, eu nem sabia que ela estava por lá.

- Lílian querida, nem sabia que você estava por aqui - e a abracei.

- Mary, que bom revê-la, e saber que vocês dois voltaram.

- Foi um pouco por causa de você, né? Acabou que não deu para eu te agradecer direito.

- Ah não seja por isso, foi um prazer ajudar vocês, sem falar que quem ajudou mais foi o Torres né?

- É, ele quebrou meu galho, foi completamente sagaz ao conseguir aquelas filmagens.

- Pois é, eu vim só pra dar um oi pra vocês porque tenho uma reunião com alguns bacharéis em direito daqui da capital, assim que der a gente de fala. - se despediu de mim e de Rafa, que após ela sair ficou me encarando por segundos.

- Então. Você demorou um pouco lá naquela sala, o que estava conversando com Tom? Ou fazendo...?

- Nossa Rafa, fiquei um tempo conversando com ele, queria saber como andavam as coisas na administração do Chelsea e tudo mais, nós saíamos às vezes com o elenco. 

- Como se ele fosse contar algo para a preparadora física do Liverpool. Pode jogar limpo comigo, sei quando você está mentindo.

Droga. Isso era verdade. Não conseguia mentir para Rafa. E odiava isso. 

- Tá bom. Ele veio me perguntar sobre a Samantha, que procurou estágio lá na administração do Chelsea e ao procurar sobre ela descobriu que tinha grau de parentesco comigo. Ele queria saber se era alguém confiável para estar lá. 

- E você?

- Disse que não, claro! Eu mal sei como ela conseguiu passar em uma Universidade aqui. Ela deve ter subornado alguém, sei lá.

- E por que você escondeu isso de mim?

- Achei que você brigaria comigo e falaria que estou sabotando a carreira dela.

- Do mesmo jeito que você descobriu como Gabriel realmente é, eu descobri como ela é também, e sinceramente, não acredito como ela me enganou direitinho.

- Acontece. Enfim, vamos comer alguma coisa? 

- Vamos amor. 

E então fomos para o restaurante do hotel, quando Rafa pediu lasanha de presunto e queijo, era um prato tão simples e que ele amava. O acompanhei no prato.

Enquanto esperávamos a lasanha, Rafael ficou enumerando todas as coisas que teria que fazer após ter assinado com o Chelsea, arranjar um apartamento, uma faxineira, alguém para passear com a Biscoito, e claro, lidar com o desafio de ficar longe de mim.

- Calma Rafa, você consegue.

- Não consigo não, quando fico um dia sem te ver já enlouqueço, imagina ficar 7, 10 dias? É muito pra mim.

- Não é, sei que você dá conta.

- Você fala como se não fosse sentir saudades de mim.

- É claro que eu sentirei saudades - segurei suas mãos e olhei fundo em seus olhos- assim como sentia de Fernando, mas é necessário lidar com isso meu amor, mesmo que seja muito, muito difícil. Nós conseguimos, eu sei que sim.

- Te amo - e me beijou.

- Também te amo. 

O almoço chegou, e nós saboreamos as lasanhas juntamente com duas taças de vinho Merlot, fazia tempos que eu e Rafa não tomávamos vinho juntos, e precisávamos retomar este belo hábito. 

- Eu amo a maneira como suas bochechas ficam rosadas após algumas taças - disse ele rindo.

- E eu amo sua descontração - e ri - que tal irmos dar uma volta no shopping? 

- Ótima ideia. 

Rafael pagou a conta, e depois fomos para nossos quartos escovar os dentes e mudar de roupa, afinal, estávamos usando roupas mais sociais. Colocamos roupas casuais, e saímos rumo ao shopping, que não era longe dali, já que o hotel era localizado na Avenida Paulista. 

Entramos, e começamos dando uma olhada nas vitrines, quando Rafa decidiu parar na Calvin Klein, nunca vi gostar tanto daquela loja. 

Pediu minha opinião com as camisas de gola pólo, e depois com as cuecas boxers, aquele maldito adorava me tentar. 

- O que acha desta, Jane? - Perguntava, fazendo-me entrar dentro do trocador.

Lá estava ele com uma cueca boxer preta, que realçava muito bem o seu companheiro. 

- Perfeita para me tirar do tédio num dia de semana na Granja. - coloquei a mão lá, que não parava de pulsar só de pensar as reações que me provocavam. 

- Então vou levar essa.

- Leve sim, deixa eu tirá-la pra você - empurrei a cueca para baixo, segurando seu membro, que estava me tentando muito. 

- Aqui? 

- E o que tem? 

- Sorte que não tem câmeras nestes provadores... Seria um escândalo.

- Mas você amaria... Como agora, meu gato. - e comecei com os movimentos.

- Vou pedir vinho Merlot mais vezes... Mais rápido, linda - sussurrou em meu ouvido.

- Sei que você não vai se arrepender. - e acelerei - Como você se sente pensando que pode ser flagrado a qualquer momento desta maneira?

- Absurdamente excitado, o proibido é muito mais gostoso... Estou quase lá.

Rapidamente, coloquei a boca, e assim feito, ele finalizou, e eu adorava ver suas expressões faciais e seus suspiros.

- Oh Mary, você me surpreende cada dia mais. 

- Surpreender é sempre bom - procurei em minha bolsa um chiclete de menta e o coloquei na boca - agora coloque suas roupas que eu quero passar na Hope para renovar as minhas lingeries. E você não vai vê-las hoje.

- Malvada... Então vá na frente que eu vou escolher outras coisinhas aqui.

- Danado - e mordi seu lábio superior - me encontre lá.

- Okay safada. 

Eu saí do trocador, e da loja também, e fui rumo a Hope, que era no segundo piso. Peguei todas as lingeries provocantes possíveis e as levei para o provador. Experimentei-as e me apaixonei por três de renda, uma preta, uma vermelha e uma branca. Comprei as três, e ao sair da loja me encontrei com Rafa.

- Pronto, senhorita? 

- Prontíssima meu bem, aonde quer ir agora?

- Não sei amor, qualquer lugar, desde que seja com você do meu lado.

Awn...

- Tudo bem. Vamos dar uma volta pelo segundo piso então meu bem.

E fomos. Entramos em algumas lojas, experimentamos alguns produtos, compramos outros, e  depois voltamos para o hotel, porque precisávamos voltar para a Granja Comary, e isso ocorreria hoje.

Entrei no meu quarto, tomei meu banho e fechei as malas, o que foi um pouco difícil, porque as comprinhas novas não estavam cabendo, mas nada como sentar na mala para resolver todos os problemas. Assim pronta, liguei para um dos funcionários do hotel para me ajudar a descer com as malas.

Já estavam quase todos lá, apenas David Luiz e Neymar que ainda estavam em seus quartos, mas após cinco minutos os dois apareceram pedindo milhares de desculpas.

Com o elenco completo, entramos no ônibus rumo ao aeroporto, pegamos o avião e chegamos rapidamente no Rio de Janeiro. Assim pegamos outro ônibus rumo à Granja Comary.

Chegamos, e apenas tivemos uma conversa com Felipão durante o jantar. Fomos dispensados, e eu fui para o quarto de Rafael, quando o vi falando pelo Facetime com alguém.

- Como vão as coisas por aí Fernando? Ah e parabéns pela vitória contra a Holanda, aqueles dois gols que você fez hein, golaços.

- Tá tudo ótimo, foi bom ter começado com uma goleada de 4x0 né? A confiança fica lá em cima. Obrigado, que isso, foram normais, mas fico feliz por já estar com dois gols, assim como você, né Rafa?

- Claro, sempre na disputa haha. E é por isso que decidi te ligar, porque eu acabei de assinar um contrato com o Chelsea, e eu queria te pedir apoio, porque eu sei que na última temporada nós fomos rivais e tudo mais, até por causa da Mary e tudo mais, e eu queria te pedir apoio porque eu sei que tem muita gente que não gosta de mim lá, o Terry, o Ivanovic e tudo mais. 

- Ah sim, entendi, parabéns Rafa, vai ser ótimo o Chelsea te ter por lá, mas eu não sei se vou continuar no clube, to decidindo mudar de vida, bom, não sei...

- A Mary me disse isso mesmo, que você estava pensando em sair, mas não, não saia, depois que a gente parou de brigar, eu acho que cresceu um sentimento de amizade entre nós dois e eu quero muito te ajudar a fazer história no Chelsea, porque eu sei que tem torcedor que acha que foi perda de tempo e de dinheiro te contratar, quero que eles queimem a língua.

- Ah obrigado Rafa, mesmo, eu sempre quis terminar meu contrato e tudo mais, mas eu não sei se vou continuar nos blues, mas se eu continuar eu prometo te ajudar com tudo, afinal já tô lá há três anos e sei como tudo acontece naquele clube.

- Tá certo, obrigado.

- E obrigado a você também por oferecer me ajudar a voltar a jogar bem no Chelsea.

- Ah imagina, amigos estão aí pra isso né?

- Exatamente. E a Mary, tá joia? 

- Tá sim, ela até disse que apareceria aqui e tal - eu me aproximei dele - ou ela estava ali escutando tudo que estávamos conversando.

- É, talvez sim - disse rindo - como estão as coisas Fer?

- Estão ótimas, estou doido para enfrentar vocês dois logo - ele disse rindo.

- E eu também, doida pra te ver perder de novo - sorri.

- Engraçadinha você hein.

- Com certeza haha. Espero que seja logo essa disputa.

- Já eu quero ver isso na final - disse Rafa - vencer a Copa em cima da Espanha seria perfeito. 

- Se depender de mim isso jamais acontecerá - disse Fer, rindo - ainda mais depois daqueles 3 a 0 na Copa das Confederações. 

- Ou pode acontecer... Aqui Fernando, foi ótimo conversar contigo, e pensa com carinho, não deixe o Chelsea, vai por mim vai valer a pena. Aqui, vou desligar porque amanhã o treino é pesado, tenha uma boa noite e boa sorte na sua campanha na Copa do Mundo.

- Muito obrigado, pra vocês dois também. Te vejo na final - disse brincando, o que nos provocou risos.

- Também te vemos - e Rafa desligou. 

Rafa me abraçou, e perguntou:

- Será que vai dar certo essa minha no Chelsea?

- É claro que vai, você vai arrasar que eu sei. 

- Obrigado, só você mesmo pra dizer isso.

- Eu e suas milhares de fãs, pode acreditar - e sorri para ele.

- Linda, te amo.

- Também te amo, agora vamos dormir porque amanhã o dia é apertado.

Nós dormimos, abraçados, e ansiosos para o próximo treino. 

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E assim o tempo foi passando, treinos pesados, e as consequências nos jogos: vitórias e mais vitórias. Contra o México? 1 a 0, só porque aquele tal goleiro Uchoa pegava muito. Contra Camarões? 5 a 0, um belo hat-trick de Rafa que me matou de orgulho. Oitavas de Final, contra a Holanda: 4 a 3 nos pênaltis, após 2 gols de Van Persie contra 2 gols de Rafael. Quartas de final, contra a Colômbia: 2 a 1, e um grande desfalque no time, o defensor colombiano Zuniga acertou uma das vértebras da coluna de Neymar, e ele estava definitivamente fora da Copa do Mundo. Foi um choque para todos, ainda mais porque enfrentaríamos um adversário forte na semi-final, Alemanha ou Argentina, e com isso todos nós queríamos conquistar o título pelo Neymar, ele que tinha o sonho de jogar uma final de Copa do Mundo em seu país, e que não seria possível.  

Os jogadores todos mandaram forças para Neymar, mas sabíamos que tínhamos que nos concentrar bastante e treinar igual condenados para que o nosso resultado contra a Argentina na semi-final fosse positivo para os brasileiros. Todos os desafios possíveis estavam aceitos, e quando Rafael e eu fomos visitar Ney, ele apenas disse para que Rafa desse o sangue pela seleção, assim como ele vinha fazendo há mais tempo que ele. Ele apenas assentiu e nós fomos embora. Rafa dormiu no meu quarto, ele não estava muito legal devido ao que tinha acontecido com o amigo, ainda menos porque as responsabilidades cairiam para ele, e que se tudo desse errado, ele poderia ser o principal culpado. Eu o consolei, e eu sabia que ele era capaz de comandar essa seleção, até Felipão todo desconfiado como é já confiava nele, por que ele não confiava em si mesmo? O abracei bem forte, e assim nós dormimos, porque no dia seguinte teríamos treinos bem pesados para na quinta-feira enfrentarmos los Hermanos, e vencê-los, claro.