História Vendida - Pra sempre.

A vida é mesmo engraçada. 10 anos atrás eu não imaginava que minha vida mudaria tanto. Em minha cabeça eu e ícaro estaríamos namorando, até que ele desse o primeiro passo. Eu terminaria a faculdade, e provavelmente estaria trabalhando em alguma empresa, talvez não no cargo que eu desejasse, mas ainda sim, trabalhando.

Mas nada sai como planejado. Hoje eu sou mãe, de duas crianças que eu amo mais que minha própria vida. Sou dona de uma empresa milionária, — sim eu e Christian recuperamos tudo de volta— E casada com um chefão da máfia — Não me orgulho dessa parte—, mas o desgraçado me pegou de jeito. Quando me dei conta, já estáva apaixonada.

— Pensando em mim, é? — Sinto seus braços me rodiarem. Ele beija meu pescoço. Era possível perceber que Justin estava sorrindo.

— Como sabe? — Me viro, encarando ele surpresa. Justin sorria convencido. Era incrível, ele sempre sabia o que eu estava pensando.

— Você fica com um sorrisinho bobo sempre que pensa em mim. — Ele me puxa pela cintura. Abaixo a cabeça envergonhada, fazendo ele rir. — Ei, olha pra mim. — Levanta meu queixo. — Porra, você fica tão gostosa assim. — Estapeio seu peito já sabendo aonde ele quer chegar com aquela conversinha mole.

— Não, Justin Bieber. Nada de sexo para você. — Me afasto. Ouço ele bufar frustado e gargalho internamente por isso.

— Qual é, Ava? Estamos sem fazer nada a meses, que droga de punição é essa? — Ele cruza os braços. Justin me olhava com uma mistura de raiva e desejo. — Isso é tão, patético.

— Falou o homem que só elogia sua esposa por sexo. — Bieber me olha ofendido. Ele abre a boca diversas vezes mas nada sai. Eu sabia que não era verdade, mas minha intenção era provoca-lo. Sorrio de canto ao ver sua indignação.

— Eu vou fingir que não ouvi essa merda. — Justin caminha até o closet enquanto eu fazia a bolsa de Zoe. Esperamos nossa filha fazer 9 meses para levá-la a praia. Eu estáva ansiosa, era minha primeira vez no litoral.

— Bom dia, mamãe. — Uma voz rouca e sonolenta me cumprimenta. Harry havia acabado de acordar. Com os olhinhos espremidos e bochechas inchadas, ele caminha até mim com os bracinhos esticados.

— Bom dia, meu amor. — Eu o pego no colo, e beijo sua bochecha. Harry deita sua cabeça no vão do meu pescoço, e fica quietinho me observando arrumar as coisas de sua irmã. — Não quer descer pra tomar café? — O mesmo recusa balançando a cabeça. — Okay.

— Bom dia, papai. — Harry diz sem nem olhar para Justin. Meu pequeno estáva concentrado em me ver arrumando as coisas de Zoe.

Justin vem até nós e o pega de meu colo. Harry não protestou contra, ele amava ficar com o pai. Bieber e ele sairam do quarto, em uma conversa que parecia bem interessante.

Um choro tira minha concentração. Ando até o berço e vejo que minha pequena já acordou. Zoe estáva dormindo em meu quarto, já que ficava mais fácil pra mim amamenta-la de noite. Sorrio ao ver que ela havia parado de chorar, e agora me encarava com os bracinhos esticados, querendo colo.

— Bom dia, princesa. — Sorrio pegando ela no colo. Zoe tinha 9 meses, e daqui dois dias faria 10. Minha bebê estáva crescendo muito rápido e de certa forma isso me preocupava, eu queria pausar sua idade pra sempre. Logo, logo, ela fará um ano e daqui a pouco está andando. — Céus, você tá crescendo muito rápido. — Choramingo vendo ela sorrir banguela. Zoe era a mistura perfeita, ela tinha os meus olhos, um pouquinho mais claros, mas ainda sim, azuis. Seus cabelos eram bem mais claros também, quase loiros. O nariz e a boca eram de Justin e as bochechas eram iguais as de Harry. — Perfeita. — Beijo sua bochecha ouvindo ela protestar. — Vamos tomar banho? Você já está fedida, minha criança.

...

— Meu Deus, Justin. Sua mulher demora demais. — Christian protesta pela quinta vez. Reviro os olhos com seu comentário. Eu estava acabando de vestir a Zoe. Minha filha dava um trabalhão na hora de colocar roupa, não parava quieta, e pior, chorava horrores. Bieber por estar bravo, não chegou nem perto para distrair a filha.

— Fica quieto, Christian. — Rosno brava vendo ele erguer as mãos em sinal de rendição. Ele, Justin e Harry estávamos prontos. Era tão fácil para eles de arrumarem, precisavam apenas de um calção e toalha.

— Estou pronta. — Pattie grita do topo da escada. Minha sogra descia as escadas como se estivesse em um desfile. Atrás dela vinha Jeremy revirando os olhos por tamanha cena da esposa. Sorrio para os dois. Pattie usava um maio preto, e uma saida de praia com estampa de flores. Seu chapéu de palha e óculos escuros não podia faltar. — O que acharam? — Ela dá meia volta.

— Está linda. — Comento ao perceber que os meninos não o faria. Eles resmungavam para o pai "Vai mesmo deixá-la sair assim?" Reviro os olhos pela caretíce de ambos. — Acho que já podemos ir, né? — Pergunto olhando envolta. Kylie saia do banheiro, cheia de coisas assim como Pattie. Ele segurava a mão do pequeno Elijah que estáva super fofo com seu calção de banho e seu chapeuzinho de palha.

— Pronto pessoal, estamos prontos. — A loira sorri enquanto se aproximava. Olho pra sua barriga percebendo que já dava pra ver. Kylie estáva grávida, de três meses. Christian era tão tonto, que mesmo vendo a barriga de sua esposa, não percebia nada. Homens!

— Então, vamos. Ou iremos nos atrasar para a festa. — Acinto em concordância. Pegamos as coisas e saímos.

...

A festa estáva animada. Haviam algumas crianças, e os adultos que tinham ali estavam distraídos, conversando. Nos sentamos em uma mesa grande, e apenas esperamos sermos notados por Ryan e Melissa.

— Que droga, eu não achei que tivesse que vir de roupa formal. — Minha sogra tentava tampar o máximo de seu corpo, com sua saída de praia. Sorrio ao ver que não só ela, mas Kylie também estáva envergonhada.

— Eu avisei. — Comento rindo de suas caras. Eu estava de biquíni, e por mais que fosse uma festa na praia, eu não me sentiria bem chegando semi-nua em um local cheio de crianças e adultos. Por esse motivo, eu vesti um vestidinho azul, por cima do biquíni. Era óbvio que eu entraria no mar, e pegaria um sol depois disso. Os meninos já não pareciam ligar para as roupas que usavam, todos estavam sem camisa, apenas com um calção e uma cara de poucos amigos.

— Pelo amor de Deus, sorriam. Ryan tá vindo ali, mostrem que estão felizes. — Pattie resmunga brava, fazendo eles bufarem. O loiro, junto de Melissa vinham em nossa direção.

— É bom vê-los aqui. — Melissa sorri com o pequeno Kevin no colo. Com a morte de Edward, como havia prometido, Melissa ficou responsável por seus dois filhos. A pequena Isabel que estava fazendo 4 anos hoje, e seu lindo irmãozinho de 8 meses, Kevin.

Ryan os aceitou sem questionar. Eu fico feliz por Melissa estar seguindo em frente depois da perda de Taylor. Os dois estavam muito felizes com as crianças, eles eram uma família e eu sabia que nada poderia quebrar esse laço familiar. Espero que Tifanny, onde quer que esteja, fique satifeita com os pais que seus filhos tem agora.

— A família de vocês está linda. — Sorrio os abraçando. Harry a essa altura já tinha saído correndo com Elijah e Isabel, eu nem tive tempo de protestar. — O nosso presente eu coloquei ali, ao lado da caixa azul. — Aponto e eles acentem.

— Obrigada, Ava. É muito bom ver todos vocês aqui. — Sorri meiga, e todos retribuem. — A Zoe está linda, a filha de vocês é perfeita. — Melissa sorri maravilhada. Minha bebê sorri baguela para ela, arrancando um "Ownt" de todos da mesa. — Se nos dão licença. — Os dois saem para cumprimentar outros convidados.

Eu andava pela festa, mostrando os objetos de decoração para minha filha que estava inquieta. Ela puxou ao pai, mandona, tudo tem que ser de seu jeito, e olha que ela só tem 9 meses. 

— Abre a boca. — Me assusto ao ouvir a voz de Justin. Faço o que ele pediu. Sinto um gosto doce e amargo ao mesmo tempo. Ele sorri e abre a outra mão. Eram docinhos da feata. 

— Você está roubando os docinhos da decoração? — Finjo surpresa vendo ele levantar seu indicador, pedindo silêncio. 

Zoe começa a chorar, e Justin pega ela de meu colo. No mesmo instante, seu choro cessa. Era incrível como ela era apegada ao pai, Justin conseguia fazê-la dormir em questão de segundos e comigo sempre foi uma luta. 

— Mamãe está chateada com você. — Faço bico, fingindo birra. 

— Calma, meu amor. A gente pode fazer mais, quem sabe um deles não se apegue a você. — Justin zomba, esfregando na minha cara que Harry também é apegado a ele. 

— Fazer, mais é? Isso é porque não é você que pari. — Bieber ri. Estávamos rindo de uma conversa boba quando uma mulher de cintura marcada, e vestido longo chega. 

— Drew. É tão bom te ver novamente. — Seu sorriso branco e alinhado, deixavam ela com um ar de perfeição. Seu batom vermelho dava um destaque de "poderosa" para ela. Oh, céus por que, eu estou analisando ela? 

— Carla. — Justin limpa a garganta e sorri forçado. Por que, ele está agindo assim? Ela é alguém importante? — Faz tempo, não é?

— Sim, muito. — A mulher me olha de cima abaixo, fazendo o mesmo com a minha filha. — E você, quem é? — Sorri forçada. Coloco em prática as lições que a vovó Ynara me ensinou. Levanto levemente meu queixo e arqueio uma de minhas sombrancelhas. Isso significa, algo como "Eu também tenho classe, vadia". 

— Ava. — Retribuo o sorriso. — Adorei seu batom. — Primeira tática para fazer alguém se sentir desconfortável, elogie o que você menos gostou nela. 

— Ynara lhe ensinou bem. — Ela ri. Cruzo os braços acentindo. — Quem é essa gracinha, em seu colo, Drew? — Seria bobagem de minha parte, dizer que eu estou extremamente desconfortável com ela chamando o meu marido, assim? De uma forma tão, íntima? 

— Minha filha. — Responde sério. Como um bom marido, que não quer ficar sem seu órgão genital, Justin passa seu braço por volta de minha cintura, e me puxa para si. — E minha mulher. — Ele sorri para mim, como se mostrasse para ela, um prêmio.

— Ah, wow. É muita informação, achei você fosse pai apenas de um menino, não pensei que estivesse casado, e com uma bela família. — Sorria sem graça. — Que bom que está feliz. 

— Obrigada, Carla. Se me dá licença, eu preciso ir ver o que meu pai quer. — Justin me devolve a Zoe, e sai indo até meu sogro que parecia empolgado com o que dizia. Volto a encarar a mulher a minha frente. 

— Eu e ele eramos muito próximos. Tínhamos uma conexão incrível, era muito mais além do que algo físico, entende? — Eu quis rir de sua cara, só não o fiz por dó. Essa mulher estava me provocando, mas eu não cairia em seu truque. 

— E o que aconteceu com essa, conexão. — Enfatizo a última palavra, com vontade de rir. 

— Bem, tomamos rumos diferentes, mesmo sendo primos distantes, era possível um casamento entre nós, sabe? Só que não deu certo, Justin nunca...

— Nunca gostou de você o suficiente para lhe pedir em casamento, ou se quer em namoro. Você era no máximo, uma rapidinha. — Sem controle algum, eu cuspo as palavras em sua cara. A mulher me olha surpresa, e indignado. É, acho que o plano "não reagir as provocações" foi por água-abaixo. 

Ela passa por mim, mas antes para em meu ouvido e sussurra a seguinte frase: Você é só uma garotinha, se eu quiser hoje mesmo Justin vai pra cama comigo. Ela me olha e sorri, mas antes que a mesma pudesse sair, Zoe agarra sua argola e puxa. Arregalo os olhos ao ver um filete de sangue escorrer pelo pescoço da mulher. Minha filha era uma monstrinha, e graças a ela, eu quase perdi a orelha também. A mulher gruni de dor, chamando atenção. Eu estava sem reação, primeiro eu queria rir, segundo eu queria muito rever essa cena de novo. E terceiro, eu queria saldar minha bebê, por ser tão prestativa. 

— Isso ae garota, ajuda a mamãe. — Sussurro pra ela, que ri banguela, como se entendesse. 

Justin vem até mim, assim como duas mulheres de meia idade. 

— O que aconteceu? — A mulher intercalava seu olhar entre eu, e a vaca que estáva jogada ao chão, fazendo drama. 

— Um acidente. Crianças, sabe como é né? — Dou os ombros fazendo pouco caso. — Desculpe. — Viro as costas, com Justin ainda de boca aberta. 

— O que aconteceu? — Pergunta. Não me controlo, e gargalho atraindo atenção. 

— Ela estava se achando tanto, e veio me provocar, ela chegou perto de mais com aquela argola, aí já viu né? — Justin faz uma careta de dor ao imaginar. —  Nossa bebê, meteu a mãozinha na argola dela, hahah. — Sorrio má. 

— Então quer dizer que a mamãe sente ciúmes, e você é quem bate? — Ele pega Zoe e a  rodopia no ar. — Bebê, brava. — Ele ri. 

A festa se seguiu tranquila. O bolo logo foi cortado, e a pequena Isabel abria seus presentes com fervor. Após a festa, nós colocámos nossas cadeiras a beira da praia e ficamos pegando sol. 

— Acho que esse sol todo não é bom para a Zoe. Amor, pode montar a barraca aqui? — Justin acente saindo em direção as barracas desmontadas. 

Eu observava o mar. Christian todo desajeitado, tentando segurar Elijah. Kylie rindo de seu marido. Meus sogros estavam com Harry. Meu filho estáva com bóias por todo corpo, e o mesmo morria de medo do mar. Jeremy sorria se divertindo com a covardia de meu filho. 

Olho para Zoe e sorrio ao ver que seus grandes olhos azuis estávam concentrados em mim. A mesma sorri banguela, me deixando, morrendo de amores. Sorrio boba com seu sorriso e penso comigo mesma, no quanto eu sou feliz por ter ela aqui comigo. Por ter todos.

O sol e tapado. Abro os olhos, vendo Justin reforçar os ferros que mantinham a barraca em pé.  Ele termina, e se senta ao meu lado, estendendo um coco verde. Me sento corretamente segurando Zoe com apenas uma mão.  

— Aonde achou essa água tão gelada? Ah, está perfeita. — Gemi, em satisfação. Bieber ri de canto. — Parece que não é só eu que estou com sede. — Zoe começou a chorar, provavelmente com fome. Pego sua toalhinha, deito ela em meus braços e dou de mamar. Sua toalhinha, cobria seu rosto e meu seio. Justin ficava incomodado quando eu amamentava em público, mas não tinha o que fazer naquela situação, já que eu não havia trazido uma mamadeira. 

— Não me olhe com essa cara, aprenda a dividir. Não é só você que pode mamar. — Zombo fazendo ele ri, mas rapidamente sua cara se fecha. Olho em sua direção vendo, um grupo de homens com apenas bermuda, caminhar em nossa direção. 

— Justin! — Dizem em coro. Justin se levanta ficando cara a cara com eles. Pelo sorriso forçado, meu namorado não gostava muito deles. — E quem são essas beldades, hunm? — Questiona um loiro. 

— Minha mulher, e minha filha. — Responde seco. Sorrio fraco acenando. 

— Wow, muita coisa aconteceu desde seu casamento. Para nós, a Melissa era sua esposa, e ela também estáva grávida de você, não é? Que mudança drástica foi essa? — Um loiro diz cantarolando. 

— Vocês sabem que eu nunca senti nada pela Melissa, era só um contrato. — Dá os ombros. — E sim, ela estava grávida. 

— De uma menina, né? — Deu para sentir o deboche, em sua voz. Eu não entendia esse machismo todo, envolta da sexualidade do filho primogênito. Pra mim, aquilo era maior bobagem. — Não estou vendo ela aqui. — Ele procura. 

Aquele assunto era extremamente delicado. Foi muito difícil tudo que aconteceu. Justin sentiu a perda de Taylor, assim como  a Melissa. Ambos foram ao túmulo que Edward fez para ela. Justin, sempre que pode lhe faz um visita, colocando sempre brinquedos ao invés de flores. Pattie sempre leva margaridas, era as flores preferidas dela. Harry me perguntou o que havia acontecido, eu lhe disse que ela estáva no céu, e que um dia eu iria lhe explicar como ela foi parar lá. Nessa situação toda em que nos encontramos, é difícil para Justin contar o que aconteceu. 

— Ela não está mais entre nós. — Responde. Pelo tom de sua voz, Justin estáva a um passo de surtar ali. 

— Ah, olha. Christian está vindo. — mudo de assunto, apontando para o meu amigo, que corria até nós todo desengonçado. 

— Pequeno, Chris. É bom velo. — Um outro loiro diz. — Como, está? 

— William! — Sorri forçado. — Estou ótimo. Ava, Kylie está te chamando. 

— Não sei se vou entrar com a Zoe, ela é pequenininha demais. — Digo preocupada.— O que acha, amor? — Olho para Bieber que nega. 

— É perigoso, eu vou com vocês. — Faz menção de se levantar. 

— Justin preocupado? Essa é nova! — Dizem rindo. 

— Vocês não viram nada. — Ryan chega do nada. — Ava é o amor da vida dele. — Ele zomba. — Mas eu não julgo, minha morena também me pegou de jeito. 

— Amor? O Justin? — Eles olham impressionados. — O que nós perdemos? 

— William, Blake, e Kenny, vocês não sabem de nada. — Christian ri. — Meu irmãzinho mudou muito. 

— Eu fiquei sabendo que havia uma morena misteriosa que estava causando problemas na vida do Justin, eu só não sabia que era tão sério assim. — Comentam. 

— Oi, eu ainda estou aqui. — Aceno para eles. — Eu não causei nenhum problema, ok? 

— Ah, não, imagina. — Pattie ironiza. Minha sogra chegou de fininho e roubou Zoe do meu colo. — Ela só quebrou uma das regras mais antigas, engravidando do Justin. — Ela ri. Sorrio incrédula com tamanha acusação. 

— Olá, isso também foi culpa dele, afinal de contas, é preciso de dois pra engravidar. — Aponto para Justin. — Na verdade isso é culpa do Nolan, Justin e eu transamos de noite e no outro dia o idiota do Nolan me sequestrou, eu não consegui tomar a pílula e nove meses depois, Harry nasceu. — Todos riem da explicação. Cruzo os braços emburrada. 

— E teve aquela vez, que ela invadiu a área, desclassificou o Justin e todos nós quase perdemos tudo, literalmente tudo. — Jeremy se junta a nós, e naquela altura meu queixo já estáva no chão. 

— É um complô contra mim. 

Meus sogros riem, e saem com Zoe eu não perguntei aonde eles iam, afinal, eu confiava plenamente nos dois, com os meus filhos. 

— Então foi ela quem entrou na arena naquele dia? — William pergunta impressionado. — Mulher corajosa. 

— Eu levei um soco na cara, nesse dia. — Comento rindo. 

— E depois disso Bieber esfolou ele. — Ryan ri provocando Justin. — Ninguém mandou ele tocar na mulher do Bieber. — Dá os ombros. — Agora o desgraçado está a 7 palmos da terra. 

— Graças a Ava que o matou. — Christian comenta me deixando mal. Eles riam de coisas assim, e era natural entre os Biebers eles agirem com normalidade, diante dessa situação, mas pra mim, era algo repugnante, ainda mais por estarmos na festa de aniversário da Isa, a filha dele. 

— Eu não o matei. — Áspero com raiva. — Ele morreu sozinho. 

Edward morreu, não se sabe ao certo quem o matou, mas seu corpo foi encontrado na mata três dias depois do incidente que quase nos custou a vida. Jeremy o enterrou ao lado se sua mãe, em um cemitério no subúrbio de Atlanta. Contudo, todos acham que eu o matei, já que eu fui a última pessoa que o viu com vida, e que atirou nele. 

— Morreu sozinho? — Eles riem. 

— Qual é Ava, fique a vontade, todos sabem que você atirou na perna dele. — Ryan pisca pra mim. 

— Sim, mas isso não é o suficiente para matar. — Eu estava começando a entrar em colapso. Céus, eu não me perdoaria nunca se eu tivesse o matado. 

— Parem, estão assustando ela. — Justin interve, rindo. — Ele morreu por consequência de dois tiros no pulmão. A autópsia revelou que o tiro na perna foi dado minutos antes dele morrer. — Olho pra ele surpresa. Eu não sabia disso. 

— Eu não sabia disso. — Justin ri de canto, fazendo eu o estapear. — Você sabia disso, faz tempo e não me contou. Me deixou na dúvida, cretino. — Rosno com raiva. Que filho da puta. Ah, por falar em puta, a Anny, bem, ela sobreviveu ao tiro que eu lhe dei. A mesma tentou entrar na mansão junto com os capangas de Connor, mas foi morta pelos seguranças no mesmo instante. Justin não quis dar a ela um enterro decente, então ela apenas foi cremada com os outros corpos. 

— Aonde vai? — Bieber pergunta preocupado. Eu não respondo, apenas tiro o vestido e faço mensão de ir até o kylie está. 

— Ihhh, hoje não tem sexo pra você, parceiro. — Eles zoam. 

— O que é uma noite, pra quem está a 9 meses sem sexo? — Justin comenta por fim. 

Cretino! 

Nossa intimidade não era uma coisa para se falar assim. Justin vai me pagar caro! Ah se vai. Ignoro seu último comentário, e contínuo andando. 

A água estava na temperatura perfeita. Sou só eu, ou as outras pessoas ficam com essa paranóia de achar que tem um tubarão por perto? Olho em volta, não vejo nada. Começo a andar mais rápido até aonde kylie estáva. 

— Achei que ia demorar mais. — Ela zomba, jogando água em mim. 

— Desculpe, minha filha não pode vir ao mar, ela é pequenininha demais. — Explica enfática.

— Quem são? — Aponta para os meninos que riam alto. 

— Parentes do Chris e do Jus. Eles tem uma relação estranha, de amor e ódio. Não dá pra entender. — Digo fazendo careta. 

Eu e kylie continuamos no mar, pulando as ondas que quase nos afogava. Eu ficarei da cor de um pimentão, esqueci de passar protetor solar. Me assusto ao sentir suas mãos envolta da minha cintura. 

— Não me provoque. — Sussurra contra meu ouvido. Permaneço no mesmo lugar, e com a mesma expressão séria.

— Eu não estou fazendo nada. — Digo com desdém. Na verdade eu nem sabia do que o Justin estáva falando. 

— Eu tive que vim até aqui para não socar a cara de um deles. Sabe quantos comentários sujos, eu ouvi sobre você, desde o momento em que você saiu rebolando essa bunda pra todo mundo? — Riu, fraco me virando pra ele.

— Uuuuuu, sai da frente Justin, está estragando a visão. — Eles gritam ao longe, fazendo Justin lhes mostra o dedo do meio. 

— Babacas. — Ele nega frustado. 

— Então por isso está agarradinho a mim? Porque não quer que eles me vejam? — Sorrio de sua cara. 

— Você tem sorte que estamos em público. — Mordisca minha orelha. — Muita sorte. — Ele ri. — Mas em casa, de hoje você não escapa. — Sorri sacana. 

— Eu que mando, Justin. — Ele concorda com a cabeça, e juntos nós ficamos em silêncio, só observando a paisagem. 

— Estou feliz por estarmos aqui. — Sorrio. — Por estarmos bem. Por não ter, Edward, Anny e nem Connor. — Justin acente beijando minha cabeça. 

Assim que Jeremy e eu fizemos o resgate de Justin, meu sogro se encarregou de matar Connor. Eu vi tudinho, e me arrependo pois aquela cena não saí da minha cabeça. A invasão a mansão obviamente não deu certo. Após o resgate de Justin, todos que estavam contra nós foram mortos. Os copos foram retirados dali na mesma noite. 

Aquela noite foi tão longa, ver Justin completamente ensanguentado, enquanto os médicos tentavam conter a hemorragia, foi uma das cenas mais desesperadoras da minha vida. Por, sorte, deu tudo certo no fim e ele se recuperou rapidamente. 

Zoe não teve nenhuma trauma ou arranhão, por tudo que aconteceu em relação a Anny. Fico feliz da minha filha ser pequena o suficiente para não se lembrar dessas coisas. Já Harry é o grande problema, vez ou outra ele pergunta sobre as armas, e o porque da "vovó Anny" ter "gritado" com a gente, e por ela ter me levado "embora". Eu sempre tento fugir do assunto para que ele se esqueça logo. Justin diz, que por ele ser criança, não vai demorar até ele esquecer. Eu espero mesmo que meu pequeno esqueça toda essa loucura, para que agora a gente finalmente possa viver em paz. 

— Ei, não pense no que aconteceu, estamos bem. Estamos felizes, e logo, logo estaremos casados. — Arregalo os olhos e Justin dá os ombros. — Isso não é nenhuma novidade, você sabe que eu quero que você seja minha de todas as maneiras possíveis. — Aquelas palavras me deixaram sem jeito, querendo ou não. 

— Estou esperando, enquanto minha aliança não vem, eu estou solteira, posso sair por ai beijando todo mundo. — brinco. 

— Nem no seus melhores sonhos, meu amor. — Bieber gargalha. — Você é só minha. — Ele me vira para si. — Só minha, entendeu? — Justin ataca meus lábios em um beijo ferroz, retribuo tentando não rir de seu ciúmes bobo. 

— Eu te amo. — Me assusto ao ouvir àquelas palavras. Ele só disse uma vez, no nascimento da nossa filha, quando ele achou que íamos morrer. Dessa vez foi mais impactante, pois não havia um motivo, ele simplesmente disse. 

— O-o que? — Engulo seco. 

— Eu te amo, Ava. — Diz dessa vez olhando no fundo dos meus olhos. — Amo pra caralho. — Ri. 

— I-isso me deixa sem chão, e-essas palavras, posha. E-eu.... Droga, Justin. — Rimos. — Eu também te amo, eu te amo muito. — Agarro o mesmo com fervor. 

— Vamos viver bem, eu você e nossos filhos, vai ser perfeito. Farei de tudo para que seja. — Entrelaça nossos dedos. 

— Já é perfeito. — Sorriu. — Acho que agora finalmente acabou, estamos em paz, e viveremos bem. — Ele acente e assim ficamos agarradinhos, observando o por do sol no mar. Pattie provavelmente levou as crianças pra casa, então estáva só eu e ele, aqui, apenas relaxando. 

Acho que eu não poderia imaginar, uma vida melhor que essa. Justin não é o homem perfeito, na verdade ele está longe disso, e eu também. Mas juntos podemos superar qualquer erro, qualquer dificuldade e agora eu sei disso. Agora eu sei, que ele é meu homem, e eu sou sua mulher, a partir de hoje, estamos juntos nessa, pra sempre. 

Fim.