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História We are young - Chapter Twenty Seven


Escrita por: joonmyeonie

Notas do Autor


Oii, meus amoressssss s s s.s..sss.s.s como vocês estão? Sentiram minha falta? jmfiorklfmfiorlkm ~não me batam~

Bom, acho que devo explicações pra ficar praticamente três meses sem postar. né nom? :v
É que nesses meses eu fiquei megaaaa enrolada com as minhas provas, era uma atrás da outra, e eu ainda fiz o favor de ficar de recuperação em matemática. Concluindo: mal tinha tempo pra escrever. Mas pra não dizer que eu "'não tinha tempo pra nada" eu tinha, porém eu fico 24 horas no twitter, é um vicio ordinário. Minha vontade é de passar só uma hora e eu acabo ficando 4, que às vezes é são minhas únicas horas livres T0T
Então me esculpem pelo atraso, mas não se esqueçam, tia bummie ama vocês e nunca. NUNCA vai deixar de postar u.u

~boa leitura, loves~

Capítulo 27 - Chapter Twenty Seven


Fanfic / Fanfiction We are young - Chapter Twenty Seven

                                                                                                JR POV

 

 Acordei às seis em ponto, nem um segundo a mais. O ônibus sai às 8:00, por isso acho que devemos sempre nos arrumarmos o quanto antes. Desde que perdi um compromisso importante por causa de acordar tarde, nunca mais me atrasei para nada. Olhei para a cama ao lado e o loirinho dormia tranquilamente agarrado a um travesseiro (que no caso eu não sei pra quê, já que ele pode trocar o travesseiro por mim, mas tudo bem).

 Eu geralmente não fecho a cortina da janela ao meu lado, porque o sol sempre me incomoda e eu acabo acordando, mas Minki, não, ele deixa a cortina dele totalmente fechada impedindo qualquer tipo de claridade, e às vezes ainda põe uma máscara de dormir.

 Levantei-me cheio de energia e então dei uma olhada no dia, ele estava bem bonito, ensolarado... É raro eu não estar com sono ou preguiça, mas dessa vez eu realmente não estava.

 Fui até a cama de Minki e o cutuquei.  Ele nem se mexeu, não suspirou nem nada, dei então um cutucão mais forte.

— Ren-ya, acorde, vamos nos arrumar. — ele tirou minha mão de seu braço e então virou-se para o outro lado.

 — Ei, se você não se levantar em 10 segundos eu vou te morder. Ouvi um risinho baixo e então ele virou-se novamente para mim sem nem abrir os olhos.

 — Já acordei, peste, o que você quer? — reclamou ainda de olhos fechados.

— Não quero que nos atrasemos. Vamos logo, se eu for me arrumar, quando eu voltar você já vai ter caído no sono de novo. — O puxei pelos braços pra fora da cama. Ele ficou de pé esfregando os olhos, e então foi tentar andar em direção ao espelho, mas se desequilibrou e eu o segurei.

 — Meu Deus, acho que agora eu realmente acordei. — ele riu com os olhos já abertos e arregalados.

Balancei a cabeça negativamente o soltando e então fui até meu guarda-roupas escolher o que vestir.

— Eu to muito cansado, eu to com sono, Jonghyunnnnn! — Ele fez um bico me abraçando sem mais nem menos. Correspondi o abraço apertando-o na cintura e dei-lhe um beijo na testa. Ele continuou agarrado comigo naquela posição por quase um minuto.

— Ei, vamos nos arrumar, sim? — Prendi seu cabelo no topo da cabeça e o levei até o banheiro para que lavasse o rosto e despertasse de vez. Ele riu e então suspirou murmurando um “bom dia” com uma expressão hilária de tédio. Deixei ele ali dentro e então fui terminar de escolher o que vestir enquanto ele tomava banho...

 

                                                                                                  ARON POV

 

Depois de passar a tarde e a noite assistindo doramas,  fomos para a bendita festa. Chegando lá, Jason foi sentar em uma mesa afastada do lugar onde as pessoas se encontravam bebendo e dançado, resolvemos o acompanhar, mas aquela conversa sobre lançamento de música,data de shows, elogios pelo bom trabalho e etc não estavam agradando a mim e a Chung Hee. Pedimos licença e saímos da mesa.

Uma garçonete de roupa curtíssima, salto alto e cabelos longos apareceu atraindo a atenção de muitos homens e inclusive a de Chung Hee que pegou um copo de whisky e pediu que eu o acompanhasse. Aceitei a bebida e então fomos para onde as pessoas estavam dançando.

— Você deixa de ser safadinho, viu? Vi você de olho na garçonete gostosona lá. — dei um gole na bebida e então cruzei os braços.

— Ah, admito que ela era gostosona sim, mas meus olhos estão mais focados em outra pessoa ultimamente. — ele disse puxado-me e colando-me ao seu corpo, fazendo movimentos conforme a música agitada que tocava.

 Por sinal, aquela música agitada e aquelas pessoas loucas ao meu redor estavam me contagiando. Comecei a ficar animado ali, e quando reparei já estava me beijando com Chung Hee no meio daquela pista. As pessoas nem ligavam, muitas delas estavam embriagadas, totalmente loucas, homens tirando a camisa, imprensado mulheres na parede e tudo mais... Fazia tempo em que eu na ia numa festa dessas!

Chung Hee e sua maravilhosa pegada, puxou minha cintura com uma mão colando mais ainda nossos corpos e com a outra mão ele segurava mais um dos copos de bebida que eu nem sabia mais qual e nem quantos copos já tínhamos tomado.

 O beijo estava maravilhoso até ficamos cansados. Ele bebeu o copo inteiro e então me levou até o bar pedindo mais para o garçom. Eu até pediria, mas ele me imprensou ali mesmo no balcão e praticamente estuprou a minha boca.

 — Olha, quando eu pedi pra nós ficarmos eu não pensei que você saberia fazer um trabalho tão bem feito. — falei no ouvido dele então ri dando um beijo em sua bochecha para quebrar aquela tensão e deixar aquela cena com um ar mais... ” fofo”, ao invés de algo bruto. Ele sorriu pra mim e deu uma golada num copo cheio de... (?), bom, eu já estava ficando mais do que embriagado porque nem a bebida eu reconhecia mais.

Ele apenas derramou um pouco na minha boca e me abraçou enquanto ainda estávamos encostados no balcão.

— Eu gosto... — não consegui ouvir o que ele tinha pra dizer devido a música muito alta.

— O que você disse?

— Que eu... você! — dessa vez não entendi o que ele disse no meio da frase.

— Fala mais alto, baby, não to ouvindo! — peguei aquele copo de sua mão e virei tudo em minha boca.

— Eu disse que eu gosto de você, Aronnie. O Jason não disse pra você? Eu tinha ciúmes de você porque logo que você me pediu aqueles favores eu comecei a gostar de você. — ele falou gritando em meu ouvido e quase me deixando surdo.

Demorei um tempo pra entender a frase e realmente não consegui me lembrar do que eu tinha pedido pra ele fazer pra mim. Só sei que eu estava contente em saber que meu ficante (?), amigo colorido ou sei lá, gostava de mim. Voltamos para pista de dança e quando me dei conta, eu estava com cara de paisagem vendo ele dançar com a camisa aberta e já com uma garrafa em mãos.

 Era uma música bem divertida do Avicii e eu estava ali, rindo e bebendo.

— Ei, chega, vocês dois estão totalmente bêbados, vamos sair. — Eu conhecia aquele rosto de algum lugar... AH, SIM! JASON!

— Jason, o que você faz aqui? — perguntei rindo pra ele, que tirou o copo de minhas mãos e puxou Chung Hee dali segurando nossas mãos.

— Vamos embora pra casa, Aron. Você já passou dos limites hoje, criança! — ele riu saindo conosco daquela boate e entrando em uma van.

Meu ouvido estava com um zumbido horrível, e meu estômago queimando, mas eu ainda estava animado. Jason passou a mão em meus cabelos e colocou um dos braços por trás do meu pescoço.

— Aron, sei que você não vai lembrar disso, mas você é uma comédia quando está bêbado. Mal deve saber o próprio nome.

Chung Hee riu em meu outro lado e perguntou para onde estávamos indo, arrancando uma risada e um “fica quieto” de Jason que tomou a garrafa de suas mãos.

 

                                                                                   .

 

  Eu já não sabia mais onde eu estava, só sei que aquilo estava sendo a oitava maravilha do mundo pra mim. Chung Hee me jogou na cama daquele quarto com pouca iluminação e ar fresco e começou a me beijar e me morder. A minha cabeça estava latejando junto com o estômago, mas eu não ia simplesmente virar para o lado e dormir enquanto tinha um cara maravilhoso sem camisa me beijando e me marcando todinho.

— Eu posso? — ele perguntou com as mãos na barra de minha calça me arrancando uma risada tosca.

 — Claro que pode. Vamos aproveitar essa madrugada. — essa foi a ultima frase que eu me lembro de ter dito antes de acontecer algo e eu apagar naquela cama junto com aquele homem dos deuses.

Acordei com um barulho irritante do toque de meu celular e uns cutuques de um ser que estava dormindo de conchinha comigo.

— Desliga i... — ele estava com tanto sono que nem terminou de dizer a frase e voltou a dormir.

Abri os olhos com dificuldade e fiquei tateando o criado mudo tentando achar o celular. Quando finalmente resolvi abrir olhos e pegar, olhei a tela e vi aquele nome super gay “Lee Shin bebezão”. Mas tão cedo? 6:30 da manhã e a criaturinha já estava querendo escutar minha voz?

 — O que foi, coisinha? — perguntei.

— Aron, você ainda vai para a excursão? Tenho que pedir para ir com vocês, porque eu estudo a tarde, mas caso você não queira ir, eu vou com a minha turma na semana que vem.

Tomei um susto lembrando que ainda era sexta-feira e então tentei lembrar da noite passada, mas tudo o que eu lembrava era que minha cabeça estava doendo, e muito!

— Aishhhh! Você é um anjo, vem me buscar aqui no meu prédio, por favor, te explico tudo no caminho. — falei rápido e ele concordou.

 Quando sai dos braços de Chung Hee que me toquei que eu estava totalmente nu. E então me enrolei em um dos lençóis e fui juntando as peças jogadas pelo chão.

 Ah, beleza, transei com ele e não me lembro de nada, quanta infelicidade!

Sai correndo para o banheiro e tomei um banho rápido e gelado, lavei até os cabelos para tirar totalmente aquele cheiro de álcool impregnado em mim. Escovei os dentes e só então me toquei que minhas roupas também cheiravam a álcool, me obrigando a usar as roupas que eu estava antes da festa.

 Deixei um bilhete embaixo do celular de Chung Hee e lhe dei um beijo na testa antes de sair. Ele nem se mexeu, mas o que vale é a intenção. Quando sai do quarto, vi Jason no mesmo corredor que eu com uma caneca cheia de café em mãos, cabelos totalmente bagunçados e pantufas bastante “másculas”

 — Que susto, parece um fantasma! — ele exclamou colocando a mão sobre o peito e indo um pouco pra trás.

— O que faz acordado à essa hora?

— Eu te devolvo a pergunta. O que VOCÊ faz aqui com essas olheiras enormes e essa cara? — perguntei dando ênfase em “você”.

— Eu vim buscar um pouco de café, não consegui dormir direito essa noite, eu estava com muita dor de cabeça. E como eu não vou mais dormir mesmo, resolvi “acordar” de vez. — ele respondeu com uma expressão séria.

— Algo te preocupa? E sobre eu estar aqui tão cedo, tenho um tipo de excursão pra ir esse fim de semana e meu amigo vem me pegar aqui para eu não perder o ônibus. Ele encostou-se à parede e então bebericou o café e suspirou.

— Não há nada que esteja me incomodando, não. Foi só uma insônia besta. Divirta-se hoje! — passou a mão em meus cabelos bagunçando-os. — Ah, você é muito engraçado bêbado! Me diverti vendo você se enrolando até nas palavras.

 — Aish, não queria ter bebido tanto, provavelmente falei e fiz muitas besteiras... Como sei que você vai gostar de saber, essa noite... rolou! Se é que me entende.

O ruivo cuspiu o café que pretendia engolir no chão e arregalou os olhos.

— Meu Deus, você transou com ele?

— Isso mesmo! Mas não lembro de NADA! — suspirei. — Bom, Lee Shin já deve estar chegando. Estou indo. — dei-lhe um mini abraço e deixei-o lá igual uma estátua ainda incrédulo com o que eu tinha lhe dito.

 

 

                                                                              .

 

 

 Quando já eram 7:20 que Lee Shin parou em frente ao prédio dando duas buzinadas.

 — Demorei?

 — Talvez um pouco! — ri colocando os cintos de segurança.

Ele fez algo que eu não prestei atenção, e então quando me virei ele quase gritou

— MEU DEUS, O QUE FOI ISSO NO SEU PESCOÇO? — era uma boa pergunta.

— Bom, sabe aquele amigo do meu primo que veio o ajudar com o coreano aqui? Nós resolvemos ter um rolo, amizade colorida, sermos ficantes e tal... mas é tudo sem compromisso.

Ele riu e balançou a cabeça negativamente e depois de rir e ajeitar os cabelos, deu a partida e fomos em direção à bendita faculdade.

 

                                                                       

                                                                                            REN POV

 

Depois que tomei um chocolate quente que JR fez a gentileza de trazer para mim na cama, virei para o outro lado para tentar dormir.

— Ren?

— Hum? — perguntei virado-me para JR quando senti a cama afundar atrás de mim.

 — Dormiu bem esta noite? Parece tão cansado! — Ele me deu um selo fazendo-me sorrir.

 — Pra ser sincero, não. Às vezes os meus pensamentos noturnos acabam tirando o meu sono. Ele fez uma cara de preocupado e então assentiu. Encostei minha cabeça em um dos travesseiros e me virei de frente pra ele.

 

 

                                                                            .

 

Estávamos de braços cruzados em frente ao ônibus enorme enquanto os alunos se organizavam por grupos, esperando Aron e Lee Shin que ainda estavam vindo. Aliás, Aron sumiu na noite passada. Até fui em seu quarto, mas não tinha ninguém lá. Por sinal, fiquei curioso para saber o que ele tanto queria comigo já se ele tanto insistiu que eu fosse falar com ele...

— Eiii, chegamos! — escutei uma voz bem atrás de nós. Aron veio correndo e quando nos alcançou, colocou um braço sobre JR e o outro sobre mim. Lee Shin vinha atrás dele com duas mochilas. Aron como sempre explorando os outros.

 Oh pessoa folgada, viu? — Ei, segura aqui a sua mochila. — finalmente Lee Shin resolveu se impor ali. — Enquanto você estava lá na farra eu arrumei as suas coisas e agora ainda sou obrigado a carregar.

 Aron começou a rir e então foi pega-lás. Como de costume, se agarrou no menino e veio do caminho do carro em que saíram até nós, abraçados. Comecei a rir daquela situação constrangedora para Lee Shin que ria e ao mesmo tempo estava extremamente vermelho.

 Quando chegaram. Aron encheu o garoto de beijos e ainda o mordeu.

— Vocês são meus bebês, gente. Vocês nem imaginam o quanto eu amo vocês três. — soltou de Lee Shin e abraçou eu juntamente com JR.

Aron tem umas crises de carência engraçadas. Acho que todo mundo já percebeu a fruta que ele curte, porque não importa o dia, quando, ou onde: ele sempre vai estar abraçado com algum homem, mesmo que sem segundas intenções.

 

                                                                                          MINHYUN POV

 

Tirei forças não sei de onde para me conseguir me levantar daquelas lajotas frias e escuras. Meu rosto doía e nada da febre baixar. Olhei pela janelinha e aparentava já estar de noite. Nem minha voz queria sair, e a dor de cabeça era horrível.

— Tem alguém aqui? — bati na porta gentilmente e falando o mais alto que eu conseguia, porém, mal eu mesmo me escutava. Então resolvi apenas bater, mesmo que não resolvesse muito.

Depois de uns três minutos batendo, e quase desistindo, alguém a abriu, era um dos “seguranças” nojentos, ele me encarou e então falou algo que eu nem mesmo entendi.

— Me leve ao banheiro, por favor, eu juro que não faço nenhum barulho. Se eu fizer vocês podem me espancar à vontade. — Falei me segurando em seus ombros, pois eu mal me aguentava em pé,

Ele me analisou e então me puxou pelo braço e apagou as luzes da casa enquanto me guiava até o banheiro.

Praticamente me jogou lá dentro e encostou a porta, provavelmente ficou atrás dela. Olhei ao redor e analisei a situação daquilo que chamavam de banheiro, era escuro, com lajotas de cores nudes e havia apenas um sanitário e um chuveiro.

Não liguei para os detalhes daquela porcaria, apenas abri a água e me enfiei ali com todas as minhas roupas. Eu tremia de frio, mas por dentro o meu corpo continuava queimando, era horrível aquela sensação. Deixei a água escorrer pelo meu corpo até que me sentei ali no chão e coloquei a cabeça entre as pernas, a água era forte e batia nas minhas costas fazendo com que elas doessem. Mas eu precisava daquilo, precisava muito.

Minha respiração estava pesada e ao mesmo tempo muito fraca, senti que a qualquer momento eu podia desmaiar ou até mesmo morrer, eu estava em pânico, mas não sairia daquele chuveiro nunca, a não ser que me tirassem dali.

 

 

                                                                                    BAEKHO POV

 

Já passava das sete, quando minha sogra ligou desesperada para o namorado e ele atendeu falando que já estava à caminho e que traria um amigo policial para ir conosco.

—Eu vou levar as jóias, é isso o que ele quer, eu nem me importo, eu só quero o meu filho de volta. — Ela chorava e andava de um lado para o outro.

Já eu, bom, eu estava apenas sentado pensando, muito quieto e sem esboçar nenhuma reação, parecia estar em um mundo só meu. E de fato eu estava. Eu pensava no que podia acontecer, o dia tinha chegado e estávamos em uma situação de muito risco, eu estava com medo. Muito medo!

Estalei os dedos, a aflição tomava conta de meu corpo. Onde ele estava? Pelo que estava passando? Será que estava bem? Bem com certeza não estava, mas eu queria saber se ele estava pelo menos vivo.  Eu estava tão nervoso que nem a respondi, apenas assenti e continuei pensado.

 

 

 

                                                                          .

 

Ali estávamos eu, o namorado dela e outros dois policiais, parados com o carro na esquina, duas casas antes da principal. Ficamos parados e então ele deixou um rádio comigo e pediu que eu observasse enquanto eles entravam lá, mas eu insisti em ir, me recusei a ficar dentro daquele carro, e depois de muita discussão, eu escutei um “você sabe usar uma arma?”

— Eu aprendo, não deve ser tão difícil! — estendi a mão e ele me deu.

Depois de me ensinarem o que eu deveria fazer, e como usar aquilo, saímos um por um discretamente daquele carro.

Um deles soltou o gatilho e segurou a arma para cima, perto da cabeça. Então colou o ouvido na porta e balançou a cabeça negativamente.

Escutei um “venha” e então ele me guiou pedindo que eu fizesse silêncio. O policial fez sinal de que iria arrombar a porta e então entrou fazendo um estrondo enorme.

Atravessamos a rua e só então notei que ele tinha um rádio, o policial que entrou na casa estava gravando tudo, e depois de um tempo esperando atrás da porta, pudemos escutar uma conversa.

— Você achou mesmo que eu não iria desconfiar que a policia viria atrás de mim? — ouvi um riso cínico.

— Cadê o garoto?  Se renda logo, pra quê fazer tudo isso? Você sabe que não vai sair bem dessa. — O policial da “nossa equipe” respondeu.

Mas então escutamos o barulho de um gatilho sendo solto, provavelmente atrás dele.  O policial que estava comigo, me olhou, pediu que eu fizesse muito silêncio e entrou na casa já com a arma apontada, me deixando com o último policial dali.

Escutamos um barulho de tiro e depois apenas socos e ameaças, então entramos ali e tinha um cara morto e dois policias lutando contra um cara que supostamente era o pai de Minhyun. Saimos correndo e vasculhando a casa, não tinha mais nenhum canto para revirar, até que eu achei uma porta no chão, perto de um sofá, gritei “aqui” e o outro veio comigo. Estava muito escuro, não sabíamos o que era aquilo, então ligamos uma lanterna e percebemos que se tratava de um porão.

— Eu vou primeiro! — ele me disse descendo as escadas

Olhei para trás ainda estavam se socando, alguém sairia ferido dali, mas no momento eu só queria achar meu namorado.

Ele desceu e então eu comecei a ouvir mais barulhos, e então não escutei mais nada, o que me forçou a descer.

Um cara gigante estava o imprensando na parede, quase o enforcando, do lado de uma porta. Não fiz barulho algum, minhas mãos tremiam demais, e eu estava com muito medo de fazer aquilo, mas se eu não fizesse ele mataria o policial e me mataria logo em seguida.

Atirei em sua perna esquerda o fazendo gritar e largar o policial, caindo de joelhos.  O policial o socou tanto que  o homem desmaiou, e ele continuou batendo.

— Abra esta porta, o que você está esperando?

Assim que ele me disse a frase e eu me aproximei, a porta se abriu  e eu apontei a arma, ainda com as mãos tremendo muito, mas quando eu vi quem saiu dali, a arma caiu e as minhas lagrimas caíram juntos.

Era ele,  Minhyun, com as roupas e os cabelos encharcados, os olhos estavam quase se fechando e ele estava muito tonto, se apoiando nas paredes, eu estava em estado de choque eu não conseguia sair dali, ele vinha em minha direção, mas quando eu vi que ele cairia, corri e o segurei.

— Meu amor, o que você tem? Você está doente? Min, fale comigo!

Ele assentiu, seus lábios estavam roxos, e ele apenas desmaiou ali mesmo, em meus braços, quando tentou me dar um beijo...

 

                                                                                                 REN POV

 

Entramos no ônibus e então eu sentei ao lado de JR e Aron sentou ao lado de Lee Shin, no banco logo atrás do nosso. O ônibus estava lotado, fazia tempo em que eu não participava de uma viagem dessas, desde que eu era do fundamental no colégio. Por sinal, que saudades!

 Comecei a rir e então troquei de lugar com JR pois eu queria ficar na janela. Depois de um tempo, eu confesso que já estava ficando irritado, porque os alunos faziam muito barulho, muita conversa, música, gritaria e palhaçada. Essas são coisas que não fazem muito o meu tipo, então apenas coloquei o fone de ouvido e tentei dormir. Não consegui dormir até que JR envolvesse os braços por meu pescoço e se abraçasse comigo dando um beijo em minha testa.

Olhei para ele e então não hesitei e lhe dar um selinho. Ficamos por alguns minutos abraçados nos encarando e rindo. Eu consigo ser discreto demais com tudo, e ele também, sendo assim, ninguém nem reparou o que estávamos fazendo, chegamos até a aprofundar o beijo e eu não escutei ninguém dizendo nada. Ele cessou o beijo mordendo com força o meu lábio inferior me fazendo sorrir e o apertar ainda mais, até que eu realmente peguei no sono com a cabeça deitada em seu peito.

 

 

 

                                                                                               MINHYUN POV

 

 Acordei extremamente atordoado, com uma sensação de paz e só mesmo tempo agonia que eu nuca tinha sentido antes. Olhei para o lado e vi minha mãe sentada na cama ao meu lado.

— Meu amor, você finalmente acordou!  — ela começou a chorar e me abraçou. — você não sabe o quanto eu senti sua falta, o medo que eu sentia em te perder...

 Engoli o choro que estava por vir e então tentei falar algo, mas tudo o que consegui fazer foi acariciar seus cabelos e limpar suas lágrimas.

 — Está tudo bem, mãe. Eu estou muito feliz em poder estar aqui de novo também. Pensei que não sobreviveria. — minha garganta doía muito ao falar.

— Eu te amo, Min. Nunca mais quero ficar longe de você! — nos abraçamos e depois eu me embrulhei novamente debaixo daquelas cobertas quentinhas.

Que falta eu senti delas, eu podia ter morrido de várias maneiras, uma delas é congelado ali.

 — Eu também te amo, mãe. Muito! — sorri dando um beijo em sua testa. — onde está o Baek?

Ela sorriu e apontou para trás de mim. Ele dormia numa poltrona ao lado de minha escrivaninha, todo desajeitado na cadeira. Parecia estar muito cansado.

— Eu vou buscar uma sopa pra você, enquanto isso, meça sua temperatura. — ela me deu um termômetro e eu o coloquei enquanto ela saia do quarto.

 Eu estava com uma saudade imensa dos dois, mal podia acreditar que estava em casa e que aquele pesadelo horrível tinha acabado. Espero que meu pai tenha o fim que merece, não quero que ele morra, mas quero que sofra o que eu passei. Eu o odeio tanto...

Suspirei entediado, queria chamar Baek, mas não tinha coragem, ele estava muito cansado, e eu não queria o acordar. Ele acordou naturalmenteum tempinho depois, quando eu sem querer, deixei o controle da TV cair. Se espreguiçou e quando viu que eu tinha acordado, levantou-se na mesma hora com os olhos arregalados. Tocou minha testa e sorriu pra mim. Não dissemos nada, aquele discurso clichê de “senti sua falta” e “fiquei preocupado“ não era nosso estilo. Ele me abraçou e eu correspondi o ato.

 — Eu te amo, bebê, nunca mais quero me assustar dessa maneira. Me desculpa, Min. — ele apertou o abraço e eu não entendi.

— Desculpas pelo quê? Eu te amo muito, você e minha mãe são meus bens mais preciosos. Já passou, viu? Daqui pra frente só podemos agradecer e seguir sorrindo. Não acha? — falei quando nos soltamos.

Ele sorriu assentindo, e então passou as mãos em meu rosto, e depois em meu cabelo, em seguida dando um beijo em minha testa.

 — Desculpa por ter te deixado só, eu sinto que a culpa foi minha, isso ainda está doendo em mim.

 — Mas ela não foi, tire isso da cabeça. A culpa não foi de nenhum de nós, além do mais, passou, Baek, passou. Está tudo bem. — de fato não tava tudo bem, porém eu não queria deixá-lo preocupado.

Os traumas são problemas meus, não seus. E ele não deve perder o sono por isso... Com o tempo a dor que eu sinto por tudo o que aconteceu vai aliviar, eu sei.

Ele me abraçou de novo e colou nossos lábios, não fizemos movimento algum, ficamos apenas ali parados, com um selinho “duradouro”. Naquele momento constrangedor em que meu braço envolvia o pescoço dele e ele me beijava, minha mãe entrou no quarto com a sopa.

— Opa, acho que entrei na hora errada...


Notas Finais


Nhá :3 o que acharam? Por favor, não deixem de dizer u.u não respondi os comentários anteriores, porém estou indo responder agora mesmo!!

Sei que faltou o foco principal: JRen. Porém, no próximo vai ter bastante, prometo. <33
Ah, talvez o cap não tenha ficado bom, porque eu escrevi meio apressada. Mas tudo bem, o que vale é a intenção.
Espero que vocês gostem~~


Fighting!~


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