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História Where Did You Sleep Last Night? - Quando meu mundo acorda.


Escrita por: strokiszka

Notas do Autor


oooi,gente! tudo bem?
vamos ver o que aconteceu com a Mariah depois de tudo?
espero que gostem do capítulo 💙

Capítulo 38 - Quando meu mundo acorda.


Fanfic / Fanfiction Where Did You Sleep Last Night? - Quando meu mundo acorda.

Sete dias se passaram sem nenhuma novidade. Mariah não teve sinais de melhora nem de piora. Durante todos esses dias nossos amigos e eu nos revezamos para ficar com ela. Eu não queria que Mari ficasse só um segundo sequer. 

Era visível em meu rosto a preocupação e tristeza que estava sentindo. Em uma semana perdi peso e as olheiras profundas denunciavam que eu não dormia direito durante à noite e quando dormia sonhava o tempo inteiro com ela. Eu sentia medo de dormir e acordar com a noticia de que Mariah tinha nos deixado. Meu maior medo era perde-la.

A policia estava a todo vapor no caso e já tinha interrogado todas as pessoas próximas de Mariah,além de ter feito revistas pela casa dela e de Harper. A policia de Tacoma também estava empenhada no caso,fazendo investigação na antiga vizinhança e antiga casa deles. Até então,Harper não tinha sido interrogado,já que seu estado de saúde era gravíssimo. 

8º dia:

Nesse dia,eu tive uma surpresa: Conheci meu sogro. Sim,John Starr foi ver sua filha pela primeira vez. Infelizmente ele não a conheceu em seu melhor estado.

Estava eu,sentado na cadeira da recepção,de olhos fechados e capuz na cabeça,perdido em meus pensamentos quando senti um toque em meu ombro. Abri os olhos e os levei até meu ombro,fitando a mão e em seguida o dono dela. Era Mike e ele estava acompanhado de Melinda e John. Na hora me levantei e tirei o capuz,passei as mãos pelo rosto e as estendi para cumprimentar Mike.

- E aí? - Falei,soltando sua mão e escondendo no bolso do casaco.

- Como ela está? - Perguntou,preocupado.

- A mesma coisa. - Suspirei,tristemente. 

- Oi,Dave. - Melinda se aproximou e nos abraçamos. - Quero que conheça uma pessoa. - Apontou para o homem ao seu lado. - Esse é o John Starr,nosso pai. E pai, - olhou para ele - esse é David Grohl,namorado da Mariah e baterista do Nirvana.

Nos olhamos e ele estendeu sua mão para me cumprimentar.

- Prazer,David. Obrigado por estar cuidando da minha filha. Fico aliviado de saber que ela está com você desde que toda essa loucura aconteceu na vida dela. - Agradeceu,visivelmente emocionado. 

- Não precisa agradecer,senhor Starr. Eu amo a sua filha e nunca a deixaria desprotegida. - Olhei em seus olhos,mostrando a franqueza em minhas palavras.

- Obrigada. - Ele pediu mais uma vez.

- Bom,nós viemos aqui porque meu pai veio pedir um exame de DNA para ter certeza da paternidade. - Mike cruzou os braços.

- Eu tenho certeza que ela é minha filha,eu sinto. - John se pronunciou. - Mas precisamos de certeza para eu poder registra-la em meu nome no cartório.

Dei um sorriso fraco ao ouvir aquilo. Eu sentia que John estava empenhado em recuperar o tempo perdido.

- Eu não sei como funciona isso,então vejam aqui mesmo. - Apontei para o balcão da recepção. John assentiu e foi até lá com Melinda,deixando Mike e eu sozinhos.

- Essa noite é minha vez de ficar aqui. - Starr quebrou o silencio que havia se formado. - Eu estou muito preocupado com a minha irmã. Chega a ser estranho como eu a amo tanto mesmo a conhecendo há pouco tempo oficialmente como minha irmã.

- Sei como é. Ela é uma garota muito especial,faz qualquer um ama-la. - Olhei para o chão,sentindo meu peito apertar. Tudo o que eu desejava era ver seu sorriso radiante brilhando novamente.

- Você a ama muito,né? - Ele sorriu.

- Sim. - Sorri,sentindo meu coração se aquecer. - Não sei explicar como eu me sinto,mas sinto muito. Nem dá para explicar.

- Ela merece ter um cara que a ame depois de ter sofrido tanto. Eu queria muito que a realidade dela tivesse sido diferente,ela foi obrigada a ser forte e independente de uma vez só. A vida foi cruel com ela... Mas eu acredito que ela vá sair dessa,minha irmã é a mulher mais forte que eu conheço.

9 º dia:

Mike havia passado a noite no hospital para que eu pudesse ir para casa descansar,mas obviamente eu não tinha descansado coisa nenhuma. Passei a noite em claro,olhando para o teto,repassando todos os momentos incríveis que tinha passado ao lado de Mariah.

De manhã,ao chegar no hospital,encontrei John no quarto de Mariah. Ao olhar pela janelinha da porta pude vê-lo lá dentro,segurando a mão da filha enquanto chorava e falava coisas que eu não conseguia ouvir. Devia ser desesperador encontrar sua filha sem saber se ela poderia sobreviver ou não.

Ainda no mesmo dia,Mike e Melinda me ajudaram a cuidar dela. Enquanto Melinda limpava alguns ferimentos da pele de Mariah,Starr observava tudo olhando para as irmãs com tanto amor que até estranhei. Ele sempre me pareceu um cara frio,mas,ali,percebi que ele amava sua família mais do que tudo.

10º dia:

Kurt e Izzy chegaram cedo e ficaram o dia todo por lá. Enquanto Izzy tocava algumas melodias em seu violão,Kurt e eu cantávamos algumas músicas que Mariah gostava. Todos diziam que mesmo em coma,as pessoas ouviam as coisas ao seu redor. Eu estava torcendo para ela estar ouvindo tudo o que cantávamos.

11º dia:

Todo o sono que eu havia perdido nas noites anteriores apareceu naquele dia. Eu estava deitado no pequeno sofá do quarto,cochilando ao som dos aparelhos ligados,quando ouvi um som que me assustou.

- Desculpa. - Nina esbarrou na cama enquanto chegava de fininho. - Como você está,Dave? - Me lançou um olhar cheio de preocupação.

- Eu estou... Estou indo. - Dei de ombros,me sentando em seguida.

- Está péssimo. - Ela suspirou,vindo sentar ao meu lado. - Por que não vai em casa tomar um banho,dormir e comer?

- Eu não quero sair daqui. Estou péssimo hoje mas eu me recuso a sair do lado dela. - Olhei para Mariah. Sua pele estava pálida e ela estava muito magra. Aquela altura todos os ferimentos do acidente estavam curando.

- Dave,eu sei que sente muito,mas você precisa viver também. - Ela segurou minha mão esquerda. - Todos estamos sofrendo,mas você não pode ficar aqui esperando ela acordar.

- Mas eu vou ficar. - Rebati. A verdade era que naquela noite eu tinha sonhado que Mariah acordava. A esperança e a expectativa cresciam em mim a medida que o tempo passava. - Eu não consigo viver sem ela,Nina. - Confessei. - É errado esse lance de dizer que não vive sem alguém,mas é que eu realmente não consigo sair sabendo que ela está aqui dentro. O pior de tudo é  não saber se ela vai acordar. - O nó em minha garganta já estava presente.

Nina olhou em meus olhos e uma lágrima desceu em seu rosto. Ela se levantou e foi até Mariah,parando ao lado dela. Olhou por um bom tempo para ela e deixou um beijo em sua testa.

- Eu vou lá embaixo comer algo,ainda não tomei café. - Me fitou,parecendo cansada. A verdade era que ela estava péssima. Seus olhos azuis que antes eram tão brilhantes se encontravam sem vida,ainda mais por conta das olheiras que os contornava. - Quer alguma coisa?

- Não,obrigado. - Agradeci e me levantei. Espreguicei o corpo sentindo alguns ossos estalarem. Aquele sofá era pequeno para mim. Passei as mãos pelos cabelos e me aproximei de Mariah,segurando sua mão. - Amor,estou com saudades,sabia? Eu não vejo a hora de te ver sorrindo e brilhando por aí. - Apertei sua mão. - Eu te amo tanto e eu prometo que vou ficar aqui até você acordar. - Suspirei. - Eu sei que você está me ouvindo e que vai sentir isso. - Beijei sua mão delicadamente,sorrindo logo depois.

Olhei para seu rosto e decidi descer para tomar café. Em parte Nina estava certa,eu precisava reagir. Observei o rosto de Mariah pela última vez e saí do quarto,fechando a porta com cuidado.

Pov Mariah.

Senti um beijo em minha mão,mas não consegui me mover. Era estranho,meu corpo todo doía,eu parecia enferrujada. Minha cabeça latejava com o barulho da porta que havia acabado de bater. Meus olhos pareciam pesados e grudados e por mais que eu os forçasse,não estava conseguindo abrir. Respirei fundo,totalmente confusa. Parecia que eu tinha dormido por dias e sonhado com todos os meus amigos,já que me lembrava de ouvir suas vozes. Sonhei que meu pai falava comigo. 

Depois de um certo esforço,abri os olhos e os senti arder com toda a luminosidade do quarto. Minha visão estava embaçada. Rolei os olhos pelo quarto sem mover minha cabeça,vendo que estava em um quarto de hospital. A sensação de estar sozinha ali me desesperou um pouco,pois logo eu lembrei do que meu padrasto tinha feito e um arrepio percorreu minha espinha. Eu senti muito medo e lágrimas começaram a descer. Desejei profundamente que Dave estivesse ali e como se Deus tivesse atendido ao meu pedido,eu o vi abrir a porta do quarto e se assustar ao me ver. 

Dave arregalou os olhos e ficou parado na porta,me olhando como se aquilo fosse mentira. Seus lábios estavam pálidos assim como seu rosto. Ele estava magro demais e senti meu coração apertar ao vê-lo naquele estado,mas ao mesmo tempo eu estava aliviada de saber que ele estava ali. Ele começou a chorar e veio se aproximando devagar,como se tivesse com medo. Ele parou ao meu lado na cama e colocou as mãos no rosto,perplexo.

- Eu não acredito... - Murmurou,deixando escapar um pequeno sorriso em seu rosto. - Mariah... - Ele pegou minha mão e a apertou com cuidado. Minha vontade era sair dali e agarra-lo,mas eu ainda sentia muitas dores ao me mover. - Mariah,meu amor,você acordou. - Ele sorriu,derramando mais lágrimas que com certeza eram de felicidade. Ele deixou um beijo estalado em minha mão e devagar me abraçou,possibilitando que eu sentisse seu cheiro. Dave ficou um bom tempo naquela posição. Quando ele se afastou,acariciou meu rosto. Fechei os olhos curtindo aquela sensação. Tentei dizer algo,mas nada saiu de minha boca. - Ei,está tudo bem,não se esforça demais!

Nossos olhares estavam conectados e eu não queria desvia-los por nada. A sensação de estar acordada,viva e com Dave ao meu lado era revigorante. Ouvimos o barulho da porta sendo aberta novamente e quando ele saiu de minha frente para vermos quem era,Nina gritou deixando o copo de café que estava em suas mãos cair.

- Mariah,você acordou! - Ela gritou e veio com pressa em nossa direção para me abraçar. Dave percebeu sua afobação e a segurou um pouco. Os dois sorriram e então ela se aproximou cautelosamente,me abraçando da mesma forma que Dave. - Eu sabia que você voltaria para a gente.



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