História Ziam - Capitulo 10

 

                _ Lou? - perguntou assim que o outro atendeu a ligação, andando de um lado para o outro na ampla cozinha de sua casa.

_ Oi Lee, aconteceu alguma coisa? – Louis estranhou.

_ Você vai sair hoje à noite?

_ Não Liam, vou ficar em casa hoje! O que foi?

_ Teria como você ficar com Sam pra mim? – Liam estava nervoso, Louis era sua última esperança, já que a mãe deles iria sair pra jantar com umas amigas.

_ Huuuum, e por que? – perguntou malicioso, querendo tirar uma com a cara do irmão.

_ Tenho um encontro hoje! – e o silêncio que se seguiu era perturbador, pelo menos para Liam, que estava aflito com a demora na resposta do irmão.

_ O QUÊ?! LIAM ENCALHADO PAYNE VAI TER UM ENCONTRO? – seus tímpanos doeram e ele teve que afastar o celular da orelha para não explodi-los.

_ Eu não sou encalhado! Sou solteiro por opção! – resmungou contrariado, revirando os olhos para a mania que o irmão tinha de chama-lo de encalhado.

_ Encalhado, é o nome disso! – Louis comentou risonho._ Mas me conta... – ele parou o riso, tomando uma profunda respiração antes de deixar a curiosidade o tomar por completo. _Com quem vai sair?

_ Eu só liguei pra saber se você pode ficar ou não! – resmungou bufando, não falaria para o irmão que iria sair com o babá de seu filho, vulgo melhor amigo de Louis.

_ Depende... É uma megera chata? Não é aquela sua secretaria nojenta, né? – resmungou com nojo na voz.

_ Não Lou, não é a Soph... Não sei o que você tem contra ela!

_ Eu não sei o que você vê de bom nela... Menina insuportável!

_ Mas não, não é ela Louis! – interrompeu o irmão, querendo logo a resposta definitiva do mesmo.

_ Então tudo bem! – concordou finalmente, satisfeito por, pelo menos, não ser Sophia o encontro do irmão. _Você vai trazê-lo agora?

_ Vou, Sam está cansado então eu só vou dar um mingau e vou botá-lo para dormir aí, acho que vou me trocar por ai mesmo!

_ Tudo bem, você quem sabe!

_ Então tá, vou separar algumas coisas aqui e já já estou indo.

_ Tá bom baby, até mais!

_ Até mais Lou! – e a ligação foi encerrada.

Liam colocou uma panela com água no fogo para preparar o mingau do filho, separando os ingredientes em cima do balcão. Ele voltou para sala e encontrou o menino assistindo a um desenho qualquer com Ed, quase dormindo ali no sofá mesmo.

_ Vamos meu amor, você vai dormir com o tio Lou hoje, ok?

_ Com o Boo, papai? – o menino estava meio “grogue”, piscando lentamente enquanto tentava olhar para o pai.

_ É amor! – sorriu. _ Ed, não querendo te atrapalhar ainda mais, mas você pode ficar com ele enquanto eu arrumo as coisas pra deixa-lo no Lou?

_ Deixa de besteira Li! – o ruivinho riu. _ Ficar com Sam não é trabalho, vai lá.

Assim Liam voltou para cozinha, sem demora, ele preparou o mingau e deixou nas mamadeiras, guardando-as na bolsa térmica antes de ir correndo para o segundo andar. Lá ele separou alguns produtos e joias que usaria hoje, foi até o closet e separou a roupa que já havia imaginado usar e guardou tudo em uma pequena bolsa. Correu até o quarto do filho e também separou dois pares de roupas, além de um pijama e um agasalho quente. Separou a manta que ele sempre usava pra dormir, pegou o urso que ele sempre dormia agarrado e separou alguns produtos do filho, também guardando tudo em uma bolsa média.

_ Eu vou só guardar tudo no carro e já venho pegá-lo, ok? – gritou a caminho da cozinha, ouvindo apenas um “ok” do ruivo.

Guardou em uma bolsa menor, que trouxe consigo do quarto do filho, algumas frutas, biscoitos e iogurtes, mesmo sabendo que o irmão sempre tinha aquelas besteiras em casa. Foi até o carro e guardou tudo no banco traseiro, arrumando a cadeirinha de segurança antes de ir buscar o filho.

_ Vamos meu amor? – ele foi até o menino e o pegou no colo, ajeitando-o da melhor forma por este estar quase dormindo em seu colo.

_ Até parece que você vai mandar o Sam para uma colônia de férias! Como você é exagerado, Lee! – Ed comentou risonho, esquivando-se quando o “patrão” jogou uma almofada em si.

_ Sou apenas precavido! – revirou os olhos. _ Obrigado Edinho!

_ Nada!

E Liam saiu, colocando o filho com cuidado na cadeirinha e o ajeitando da melhor forma para que ele pudesse dormir um pouquinho. Deu a volta no carro e tomou seu lugar no banco do motorista, ligando a rádio em uma música baixinha para embalar o sono do seu bebê. O caminho até a casa do irmão foi tranquilo. Chegando lá ele ligou para o menor ir buscá-lo na garagem por conta das bolsas e do menino ainda adormecido.

_ Você está de muda por um acaso? – Louis debochou assim que passou pela porta de seu apartamento com o sobrinho meio adormecido no colo.

_ Vá para o inferno! – Liam riu, abrindo uma das bolsas e tirando de lá o pijama do seu filho e uma frauda descartável nova. _ Eu vou dar um banho rápido nele, você pode trocá-lo para que eu possa tomar banho depois?

_ Claro, vai lá. – Louis entregou o sobrinho para o irmão e foi até a cozinha pegar algo para comer.

Liam despiu o filho enquanto deixou a banheira do irmão enchendo, verificando se a temperatura estava boa o suficiente para aquela noite fria. Ele estava com pena do seu bebê sonolento, mas eles passaram o dia na rua e um banho era mais que necessário.

_ Não quelo papai! – o menino resmungou choroso, os olhinhos vermelhos de sono.

_ Mas você tem que banhar, filho! – Liam suspirou ao ver o filho começar a chorar baixinho, sem escândalos, pois o menino não fazia esse tipo. _ É rapidinho amor, papai promete! – e assim ele colocou o bebê na banheira, passando o sabonete líquido de forma apressada no menino.

Assim que terminou, com o menino ainda chorando, ele o tirou da água e o enrolou em uma das toalhas brancas e felpudas dispostas naquele banheiro, chamando o irmão para que ele trocasse o sobrinho. Logo em seguida Liam se banhou, com calma e cuidado para que ficasse bem cheiroso e limpo para aquela noite.

Saiu e vestiu logo uma boxer preta e a calça skinny também preta, passando alguns de seus cosméticos e deixando a blusa para vestir apenas no final. Liam voltou para sala e pegou uma das mamadeiras dentro de uma das bolsas, sentando-se no sofá ao lado do irmão e estendendo os braços para pegar seu menino.

_ O bom é que ele vai dormir agora e você nem vai ter trabalho de ter que brincar com ele até ele ter sono de novo. – ele se inclinou no braço do sofá, quase deitando, deixando o menino bem acomodado em seu colo, antes de colocar o bico da mamadeira em sua boca. _ Tem outra mamadeira pronta caso ele acorde de noite, o que eu acho muito difícil, é só você pôr o bico na boca dele que logo ele volta a dormir.

_ Lee, eu tô careca de ficar com o Sam! Relaxa, vai ficar tudo bem! – Louis revirou os olhos para a preocupação exagerada do irmão. _ E seu encontro? Que horas vai ser?

_ Vou busca-lo às oito.

_ Você está em tempo? – o menor franziu o cenho, pegando o celular para verificar as horas. _ Já são sete e vinte e três!

_ Tá tudo bem Lou, eu vou coloca-o para dormir e depois só terminar de me vestir, não se preocupe! – Liam sorriu, voltando sua atenção para o filho adormecido em seu peito, mas que ainda sugava o alimento com vontade, sorrindo ao ver a beirinha dos olhos vermelhinha por conta do choro.

Enquanto Liam ninava seu bebê, Louis continuava a conversar, tentando a todo custo descobrir quem diabos seria o encontro de seu irmão!

_ Prontinho! Ele vai dormir com você na cama? – Liam se levantou com cuidado para não acordar o menino.

_ Sim sim! – Louis também levantou, tomando a frente até a grande suíte onde dormia. _ Coloque-o aí, os lençóis já estão limpinhos. Onde está o urso e a manta dele?

_ Lá na sala, dentro da bolsa com as roupas dele. – acomodou o bebê no centro da cama, da forma mais confortável possível, enquanto Louis ia de volta para sala buscar os pertences do menino.

Liam terminou de se vestir, colocando um casaco preto por cima da blusa cinza, um relógio e uma corrente dourada, calçando o par de coturnos preto que escolhera. Foi até o banheiro arrumar o cabelo e passar um pouco de perfume, enfim estando pronto para sair.

_Olha Payne, se nós não fôssemos irmãos, eu te pegava! – Louis assobiou, sorrindo malicioso para o mais velho.

_ Quieta o fogo, menino! – Liam ralhou, falsamente bravo com o menor. _ Sério Lou, muito obrigado por ficar com ele! – foi até o irmão e o abraçou rapidamente.

_ Eu amo meu sobrinho, Liam! Não é como se eu estivesse fazendo um sacrifício ficando com ele. – Louis ficou na ponta do pé para dar um beijo na bochecha cheinha do irmão mais velho. _ Se divirta, Payno!

_ Obrigado Tommo! – Liam sorriu com ruguinhas nos olhos, beijando o topo da cabeça do bundudo antes de ir até o filho e beijar-lhe os cabelos macios. _ Papai te ama, amor! Durma com os anjinhos! – respirou fundo e o beijou de novo.

_ Você é um dramático! – Louis revirou os olhos rindo. _ Vai logo!

_ Tô indo!

E assim Liam saiu, pegando o celular, a carteira e as chaves do carro, ansioso para a noite que os esperava.

 

---- X ----

 

P.O.V Liam

Estava nervoso!

Olhei no relógio, a caminho de casa, e vi que faltavam apenas quinze minutos para as oito, sorte que não morava tão longe e o trânsito estava ótimo. Ao parar no portão, tirei o celular do bolso e enviei uma mensagem para Zayn, avisando que já estava no portão à sua espera.

Foi então que algo acendeu dentro de mim, quando vi o moreno sair pela porta de casa.

Ele estava lindo!

Absolutamente lindo!

Zayn estava magnífico, do tipo que você não consegue sequer desviar o olhar de si. O cabelo havia mudado, com certeza, pois eu lembrava exatamente todos os detalhes daquele moreno, tanto que eu ficava o observando. Ele usava uma calça preta colada, que combinava muito bem consigo. Uma blusa com uma estampa chamativa, mas que curiosamente só o deixava ainda mais belo, destacando com seu tom de pele. Alguns anéis e pulseiras.... Simplesmente e exoticamente Lindo!

_ O quão estranho é você vir me buscar na sua casa? – ele riu baixo, aproximando-se mais de mim. _ Não faz sentido nenhum!

_ Você está lindo Zayn! – foi a única coisa que consegui dizer, sorrindo quando vi ele abaixar a cabeça com um sorriso tímido nos lábios bonitos. _ E eu estava na casa do Lou, fui levar Sam para dormir com ele.

_ Ahh sim! – Zayn acenou em concordância, dando a volta no carro e sentando no banco passageiro. _ Você também está lindo! – falou assim que tomei meu lugar ao volante.

_ Obrigado.

_ Onde vamos?

_ Em um restaurante que eu gosto muito, de culinária eclética. – sorri para cara confusa dele. _ Quero fizer, tem de sushi para terminar em churrasco brasileiro, tem o que você quiser!

_ Churrasco brasileiro? – sua pronúncia era tão engraçada quanto a minha.

_ É uma comida brasileira com um gosto muito bom, você iria adorar!

 _Como você conhece?

_ Eu já fui ao Brasil com meus pais e nós exploramos bastante a culinária de lá... É tudo uma delícia, pode apostar!

E assim a viagem até o restaurante foi recheada de conversas aleatórias, deixando o clima confortável entre nós. Assim que chegamos, dei as chaves para o manobrista estacionar meu carro enquanto andava com Zayn até a recepção, dizendo meu nome para a moça bonita à nossa espera.

_ Sintam-se a vontade, espero que a noite de vocês seja a melhor em nossa companhia! – a moça ruiva sorriu simpática, deixando-nos na mesa que eu havia reservado para esta noite.

_ Estilo Oriental? Gostei! – ele sorriu, sentando-se em um acolchoado no chão.

O restaurante, por ser de culinária múltipla, também oferecia ambientes múltiplos. Ou seja, haviam vários ambientes para a gente escolher, como por exemplo, tinha a área lá fora, com um ar mais rustico e rural. Tinham as mesas no segundo andar com uma decoração mais sofisticada e elaborada. No andar debaixo, tinham mesas comuns, como qualquer restaurante, e em uma das paredes, tinham uma fileira de mesas com aqueles sofás vermelhos estilo lanchonete americana. Era uma mistura de estilos que poderia causar estranheza em um primeiro momento, mas estranhamente se encaixava.

Assim como Zayn e eu!

.....

Quê? Que diabos de pensamento foi esse?!

???

Enfim...

Nós estávamos em uma outra área, como uma extensão do restaurante, mas lá haviam divisórias como paredes finas e era cheia de panos em cores vibrantes, com uma mesa baixa e acolchoados no chão para que pudéssemos nos sentar, uma decoração típica Oriental. Particularmente, era a que eu mais gostava. Deixava o local mais íntimo e muito mais confortável.

_ Que bom que gostou, eu não queria algo tão formal, por isso escolhi este ambiente. – sorri, pedindo um vinho pelo tablet de pedidos.

_ Ótima escolha! Por um momento eu fiquei receoso da sua escolha de local, por causa da minha roupa e tudo mais.

_ Mas você está lindo, ué? Qual seria o problema?

_ Podia não estar adequado para o local. – ele deu de ombros. _ Mas eu amo tanto essa blusa que eu tive que vestir essa noite... Ela me traz sorte! – ele sorriu tímido.

_ Ela é linda, caí muito bem em você, mas... Por que você precisaria de sorte? – vi ele ficar corado, mas disfarçou ao sorrir de lado e dar de ombros... Calma aí, ele flertou comigo?

_ Então Liam, como descobriu este lugar? – um rapaz chegou com o vinho em um balde de gelo e duas taças próprias para aquele liquido, servindo-nos quando eu aprovei a bebida.

_ Karen, a mãe do Lou, que nos trouxe a esse lugar pela primeira vez, ela ama esse restaurante! – ri lembrando da mamãe e do quanto ela sempre insistia para que viéssemos nesse restaurante. Sempre, independente da ocasião.

_ Desculpa perguntar, e se soar invasivo, por favor, desconsidere, mas... Como é essa história da família de vocês? – ele perguntou verdadeiramente curioso.

_ Louis nunca te falou?

_ Eu nunca perguntei, na verdade! – ele tomou um pouco do seu vinho, soltando um som de apreciação com o sabor. _ Quando eu conheci o Lou, e depois quando nos tornamos amigos, eu apenas soube que ele tinha um irmão, mas então, ao conhecer você e a incompatibilidade dos sobrenomes, me deixou confuso e curioso sobre o motivo.

_Bom, basicamente, meu pai, Geoff Payne, me criou sozinho, pois assim que eu nasci a Carol nos abandonou.

_ Ohh, eu sinto muito! – ele murmurou afetado, fazendo-me sorrir por sua preocupação.

_ Não precisa, eu realmente não sinto falta dela, acho que o único contato que tive com ela foram os sete meses que passei em seu útero. – ri com humor, fazendo-o dar um risinho discreto, algo encantador na verdade. _ Enfim, foi difícil naquela época, mas meu pai se virou bem. A empresa tava crescendo e ele tava fazendo nome na área, então, quando as coisas deram certo de verdade e ele se viu um empresário conhecido e bem sucedido, ele contratou uma secretária para o ajudar.

“ Eu tinha uns cinco anos quando isso aconteceu. Karen tinha um filho recém-nascido e a mãe a ajudava a cuidar dele para que ela pudesse trabalhar, o namorado a abandonou pouco depois dela dar à luz, mas ele chegou a registrar a criança, por isso Louis tem o sobrenome diferente do meu. ”

_ Então Louis não é filho do seu pai? Ele sequer é seu irmão de sangue? – a cara dele era de pura surpresa.

_ Claro que ele é meu irmão! – eu ri. _ Meu pai disse que se apaixonou por ela assim que a viu e não demorou muito para que eles tivessem juntos. De brinde, eu ganhei um irmão mais novo e uma mãe maravilhosa!

_ Isso é muito bonito da sua parte, Liam!

_ Não, isso foi lindo da parte dela. Karen, minha mãe, me tomou como seu filho no momento em que pôs seus olhos em mim. Ela esteve ao meu lado para tudo, do jeito que uma verdadeira mãe deveria ser, por isso eu não sinto nenhum pingo de saudade ou vontade de conhecer Carol, por que tudo que eu preciso está em Karen e ela é a minha mãe de verdade!

Falar daquilo me enchia de gratidão e amor por aquela loira baixinha, a mulher que eu tenho orgulho de chamar de minha mãe. Acho que Zayn percebeu isso, por que agora ele está me olhando meio bobo com um sorriso brincando em seus lábios.

Eu já falei que ele é lindo?

_ E bem, assim como Karen me adotou como filho, meu pai ama Louis como se fosse dele. Os dois são muito ligados, coisa de caçula com pai, sabe?

_ Bom, eu nunca tive irmão, mas posso imaginar! – ele riu um pouco.

_ Poisé, eles são bastante ligados e ‘ai de quem diga que Louis não é filho dele! Ele quis trocar a certidão, mas não é um pedaço de papel que vai dizer se Louis é meu irmão ou não. No fim, nós somos uma família linda, do nosso jeito, mas ainda uma família.

Depois daquilo, fiz nossos pedidos e continuamos conversando coisas aleatórias até que nosso jantar chegou.

_ Mas e a sua família Zee? Posso perguntar sobre? – vi o seu sorriso sumir por um momento, antes dele disfarçar levando um pouco da comida à boca.

_ Bom, eu nunca tive uma relação muito boa com meu pai. Sou filho único e perdi minha mãe no fim do ano passado, foi bem ruim por que ela era meu tudo, sabe? – deu um sorriso de lado, olhando novamente para mim. _ Mas eu já estou bem, pelo menos ela parou de sofrer!

E eu entendi que aquele assunto, família, era algo que o machucava, então eu precisava mudar o rumo daquela conversa.

_ Eu sinto muito por você. – sorri para ele, servindo-o de mais um pouco do vinho. _ Mamãe me pediu para levar Sam para casa da vovó Krissy por uma semana de suas férias... – falei fazendo biquinho, pensar em ficar longe do meu filho era algo que... Gosto nem de pensar! _ Mas me diz, Zayn, como eu vou ficar sem meu menino por tanto tempo?

_ Você é muito exagerado Lee! – ele riu do meu drama, tocando minha mão por cima da mesa, em um ato que acho que ele nem pensou. _ Ele vai ficar bem e eu tenho certeza que ele vai adorar viajar e conhecer lugares, assim como eu tenho certeza que a hora em que ele quiser voltar, você vai correndo busca-lo! – sorriu reconfortante, ainda acariciando a minha mão.

Serio que só eu tô sentindo essa corrente elétrica onde ele tá me tocando?

Quando ele se deu conta da sua mão sobre a minha, ele sorriu envergonhado e a recolheu, voltando em comer em silêncio, parecendo envergonhado, tímido.

Lindo!

_ Eu sei, mas eu nunca fiquei longe do meu bebê assim! – suspirei, voltando a comer como se nada tivesse acontecido.

E assim a conversa seguiu mais um pouco. Quando terminamos o jantar, que estava divino, por sinal, pedi a sobremesa, sorrindo discreto quando vi Malik se sentar mais perto de mim... Aquilo seria um sinal?

_ Eu realmente quero te agradecer pelo que você fez por Sam e, mais uma vez, me desculpar pelas coisas que eu disse a você!

_ Tá tudo bem Liam, sério! – ele sorriu. _ E fazer aquilo por Sam não foi nada, eu faria qualquer coisa para deixa-lo bem.

_ Sam gosta muito de você! – sorri me perdendo naquela imensidão âmbar, tão linda que me deixa sem ar.

_ E você não? – ele sorriu de lado, as bochechas coradas, mas com uma segurança invejável em sua voz.

Aquilo me pegou de surpresa! Completamente.

Mordi meu lábio para tentar esconder o sorriso que queria surgir, olhando firmemente em seus olhos, mas não consegui segurar o sorriso quando vi ele aproximar o rosto lentamente do meu, sem desviar seu olhar do meu e sem tirar aquele sorriso lindo dos lábios vermelhos.

_ Eu também gosto de você... – sussurrei baixinho por conta da nossa proximidade. _ Eu gosto muito de você! – sorri mais ao vê-lo desviar o olhar para minha boca.

Levei a mão até a sua bochecha, fazendo um leve carinho ali, antes de colar nossas testas e passar o nariz levemente pelo dele, apreciando a forma linda e entregue com a qual ele fechou os olhos para aproveitar aquele carinho.

Fitei seu rosto como um bobo apaixonado, afinal, era aquilo que eu era, certo? Um bobo completamente apaixonado por Zayn Malik!

Sem poder, e nem querer, mais me conter, encostei nossos lábios suavemente, com calma e cuidado, apreciando aquele primeiro contato. Os lábios dele se fecharam sobre os meus e ficamos daquele jeito, apenas sentindo o toque um do outro.

Lentamente, me afastei dos lábios dele, segurando seu rosto com cuidado, sorrindo ao vê-lo abrir seus olhos devagar e me olhar sorrindo. Mas aquilo não durou, pois logo juntamos nossos lábios novamente, mas dessa vez em um beijo de verdade. Nossas línguas se entrelaçavam em um beijo lento, uma carícia íntima e leve, algo que nunca mais havia tido em muito tempo.

Zayn parecia saber exatamente como me beijar, como me tocar e o que fazer, me deixando extasiado com apenas um beijo.

É oficial, eu estou fodidamente apaixonado pelo babá do meu filho!