Lista de leitura Jikook

Onze.

Era aquela a realidade da família Jeon, mais precisamente, do patriarca alfa Jeon Jeongguk e seu esposo ômega, Jeon Jimin. Onze filhotes. Onze filhotes meninos, todos alfas lúpus.

A verdade era que, aparentemente, além de lobos, eles também eram coelhos. Jeongguk não fazia ideia de como eles haviam chegado ao ponto de serem reconhecidos em todo o país como o casal com maior número de filhos homens e alfas, e nem em como seu delicado esposo havia passado por sete duras gestações. Ele somente lembrava-se de saber que seu ômega desejava uma menina, uma doce menina que pudesse rechear aquele azul imenso de um rosa bebê, e que pudesse lhe fazer comprar vestidos, sainhas, tiaras e bonecas. E que, talvez, pudesse sair com pelo menos algumas características suas, considerando que, desde sua primeira gravidez, Jimin somente via refletido em seus filhotes a imagem de Jeongguk. Nada de si, oras, e fora ele quem dera a luz!

Então, passados exatos três anos desde sua última tentativa — que resultara em um lindo alfa de fofos dentinhos tortinhos de coelho —, Jimin achara ideal tentar mais uma vez, como uma bela última tentativa. Claro, que, jogando a culpa no fato de que ele odiava números ímpares, não no fato de que, para si, a esperança sempre é a última que morre.

Todavia, estaria Jeongguk de acordo com mais uma proposta? O pobre alfa estava farto de tantas noites acordado e de tantas fraldas, mas negar um filhote era, para o lobo de um ômega, uma recusa dolorosa. Mesmo que este mesmo ômega já tivesse tido onze filhotes, sempre seria algo doloroso.

E, então, ou Jeongguk aceitava e virava pai pela décima segunda vez, ou ele negava e deixava seu ômega profundamente magoado e triste consigo. E então, o que ele escolheria?

“Só mais um, Gukkie-ah.”

Dia 13 de outubro havia chegado outra vez, mais um ano de vida e mais uma visita desagradável ao leilão de joias que parecia ser sempre marcado justo para esta data. Então Jimin colocaria o falso sorriso no rosto, aceitaria as joias que não lhe interessavam e faria o papel de bom filho, seguindo todas as regras de etiqueta que lhes foram ensinadas. O Park apenas não tinha noção de que as coisas fugiriam do controle, lhe fazendo perder a noção de todas as suas ações e sentimentos diante da mais linda galáxia nos olhos de alguém tão belo e interessante naquele lugar.

Há algo errado ocorrendo no Inferno. As gárgulas não riem mais como antes, os dragões não vestem mais ternos coloridos e listrados, os íncubos não parecem estar tão dispostos ao planejamento de mortes mais elaboradas. O ar vilanesco que rondava os arredores do Castelo de Lúcifer fadou-se ao desaparecimento súbito, o céu cor-de-carmim pende ao escarlate, o crepúsculo não decresce para dar vida aos demônios como antes costumava. Há algo errado. Então, no ápice da monotonia infernal, um humano inocente cai numa das quatro filas infernais e tudo parece iluminar. Park Jimin, diz ser seu nome. Jungkook, mais conhecido como Lúcifer, o tão tristonho pai dos demônios tragicamente entediado, percebe no humano um interesse por tudo o que ele é e por tudo o que é capaz de fazer. Algo que procura demonstrar sempre da maneira mais cômica e erótica possível. Decide até mostrar ao humano tudo o que há no Inferno, desde o Cemitério guardado pelos corvídeos assustadores até o Parque dos Horrores vigiado por morcegos transmorfos durões. Tudo é novo para Jimin, mas acontecimentos estranhos fazem-no começar a indagar se sua condenação foi, de fato, apenas um erro celestial.

[CONCLUÍDA | DEGUSTAÇÃO]

Jimin nunca teve problema com o fato de Jeongguk ser um streamer, sabia que o namorado amava jogar e interagir com seus seguidores, e na verdade ficava feliz pelo mais novo conseguir levar aquilo como um trabalho, já que seu canal de lives era consideravelmente grande.

Porém, quando descobriram que seriam pais, foi que Jimin ficou preocupado, o que provou-se ser válido quando durante toda a gravidez de Jeongguk ele dividia pequenos fatos com todo mundo, e o problema é que gostavam, o que só alimentava o ego do mais novo.

Jeongguk sofria de uma síndrome chamada de Síndrome de Colorear, onde seus olhos mudavam de cor conforme o que estava sentindo, e Jimin pretendia descobrir o significado de todas as sete cores que tomavam conta daquele lindo olhar.

Jimin já estava maluco, andava de um lado para o outro em casa, tudo porque Jeongguk queria ter ''toda a experiência de um parto de filme'', ou pelo menos foi o que o garoto disse.

Jeongguk é um youtuber que decide documentar toda sua gravidez e isso incluía o dia em que seu bebê finalmente viria ao mundo.

Jimin realmente estava odiando a festinha infantil. Como se não bastasse o fato de estar cercado por crianças, mal tinha suas mensagens respondidas pelo seu quase namorado e ainda por cima havia perdido seu coelhinho de estimação, o qual passara a procurar durante a festa. Ele só não esperava se deparar no meio de sua busca com um jovem tão lindo vestido de coelho. Seria errado ele se sentir super atraído pelo coelhão?

Jungkook é um grávido com desejos totalmente fora da realidade de muitos gestantes.
Jimin tem que arcar com as consequências de ter um filho e um namorado exigente em relação a comida, e isso passa a piorar ter Jungkook em fases de seus desejos.
Então o loiro se ve prestes a enlouquecer com os desejos absurdos de Jeon. Mas passar um tempo fora de casa, em um parque, era uma boa ideia para ambos confessaram algo que desejavam durante a gravidez de Guk, aliás, desejos não somente com comida.

Yoongi nunca gostou de estereótipos. Não achava que as pessoas eram feitas de rótulos ou qualquer coisa do tipo. Ainda assim, quando conheceu Jeongguk, seu colega de quarto já há um ano e meio, não pôde deixar de pensar que o garoto era a definição perfeita de um playboyzinho de marca maior.

Porém, quando Jimin acha um vídeo um tanto quanto interessante no notebook do Jeon e resolve compartilhar com Hoseok e Yoongi, os três decidem que finalmente chegou a hora de educarem Jeongguk da maneira que ele merece.

Não era a primeira vez que eles se viam, muito menos a primeira vez em que os olhares se encontravam buscando uma só coisa, mas... ah, daquela vez não iria prestar.