chanfleur

Aos 23 anos, cursando o quarto ano da faculdade de direito, que com certeza não é sua paixão, Park Sunghoon se vê à beira de um colapso mental enorme, daqueles em que o maluco raspa a cabeça, se demite do estágio em uma das maiores advocacias da capital, para de se alimentar bem e ir a academia, e quase sente vontade de se jogar da ponte do rio Han numa madrugada fria, pra ver se a água está mesmo gelada, com a intenção de morrer, é claro, mas se sobreviver, promete que vai passar a ser religioso e vender sua arte na praia, mas detalhe; Sunghoon não produz arte, à não ser é claro, as paráfrases que surgem nos momentos malucos ou melancólicos de sua vida.

Um cumprimento aqui, outro ali, nem todos me reconhecem apesar da fama nas passarelas, aqui posso ser eu, um amante da arte, como qualquer outro que aqui está. Mas sendo sincero, por dentro eu sempre me persegui, eu me tornei intolerável para mim mesmo, e agora vivo numa dualidade dilacerante onde aparento ter liberdade,

Ao cometer a burrada de assinar um contrato para vender sua alma e seus dias que restam na terra, Jake é obrigado a cumprir sua eterna detenção ao lado do chifrudo rabugento.