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O terror de um garoto cego começa quando seu vizinho invade sua casa em busca de vingança.

Chan carrega nos lábios a sentença que dilacera: "Eu poderia amar qualquer um… menos você." As palavras caem como lâminas, cortando a esperança silenciosa que Changbin alimentava em segredo, como quem nutre uma flor já morta. O amor que pulsa em seu peito é um fardo — não doce, não redentor, mas uma condenação fria. Ele não espera retribuição, apenas afunda cada vez mais no abismo de sua própria paixão não correspondida. Chan, distante, quase cruel em sua sinceridade, não percebe que sua indiferença é a mais brutal das violências. Changbin ama como quem sangra, como quem respira, mesmo sabendo que jamais será o escolhido. E assim, presos em um ciclo onde um arde e o outro se esquiva, eles coexistem — não como amantes, mas como um coração que bate sozinho diante de um corpo que jamais quis acolhê-lo.

Quando seu marido desaparece após prestar um trabalho de babá para uma família desconhecida, Kim Seokjin não vê outra saída se não salvá-lo por conta própria.