LadyHudson

O ano é 1991.
Em meio a avassaladora fama mundial, os cinco roqueiros desajustados do Guns N’ Roses vêm se apresentar no Rock In Rio. O que o destemido e arrogante vocalista não podia prever, era que o país guardava uma surpresa ainda maior que o fanatismo de uma multidão de apaixonados.
Foi quando a viu. Linda e graciosa. Caminhava pela orla da praia como se pertencesse ao cenário. Pele de bronze e cabelos negros. Olhos expressivos e movimentos suaves. Ele sabia que estava condenado. E estava louco para conhecê-la. Decifrá-la. Tê-la para si a qualquer custo. E, assim, o rockstar rapidamente foi fisgado e envolvido em uma teia de prazeres violentos.

Slash era um poço de intensidade. Quando segurava sua guitarra e dedilhava os acordes, era capaz de capturar a atenção de qualquer ouvinte distraído ao redor. Tão intenso quanto as ondas de um mar selvagem havaiano, que quebram em alta velocidade na orla, exalando perigo vindo de seus respingos de água longínquos. Brutalidade era o que ele realmente exalava. E essa brutalidade se comparava em parte com a minha, que num choque momentâneo nos envolveu numa bolha de selvageria e intensidade abundante, fazendo acontecer que quando juntos não podia se esperar nada além de barbaridades das quais nunca nos arrependíamos quando acordávamos na manhã seguinte; desgastados, com imagens turvas dos flashs da última noite, e o gosto amargo de ressaca na boca. Tudo em si era frenético, e sua língua viciante parecia ser feita de cocaína. Eu me viciei em seu mundo de insanidade e imprudência.
E ele, se viciou no meu.


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A primeira coisa que capturou minha atenção foram suas madeixas. Marcadas por uma cor quente como o fogo, aprisionava os desejos mais profanos da carne. Ondas vermelhas e macias como seus lábios, e como a pele na região interna das suas belas pernas. O sabor viciante do seu corpo era como um afrodisíaco, onde nas noites mais solitárias revirava minha mente com imagens de nossos corpos grudados, fundidos um ao outro, gritando em êxtase. Seu charme era natural, mas perigoso, e aquele temperamento jovem e eloquente foi tudo que precisou para me ter na palma das mãos.