Yaoishi

Midoriya Izuku era um ômega com um passado um tanto quanto conturbado. Encarando uma gravidez logo cedo e perdendo a mãe para uma doença, não teve opção senão lidar com os problemas constantes que sua vida tinha, mais ainda quando perde seu único e trabalhoso emprego.

Bakugo Katsuki era o oposto. Sua vida sempre foi fácil sendo um alfa e lidar com problemas não era de verdade um problema para ele. Pai de dois bebês, nunca pensou que entraria em um programa de casais, porém, seguindo o belo conselho de sua mãe, achou que seria uma boa ideia para as crianças, só não esperava que pudesse se apaixonar outra vez, ainda mais por aquele pequeno e tímido ômega.

Foram guerras e mais guerras com o império vizinho, tantas a ponto de seu povo começar a chegar a um limite que Izuku não teve escolha senão solicitar por uma conferência com o rei vermelho, um bárbaro egocêntrico alfa que só vivia para vitórias.
O problema era que um “casamento” para adquirir a paz não estava nos planos, menos ainda que fosse atacado em sua suposta nova casa.

— Levem. – O esverdeado disse levantando-se da mesa onde escorava, porém parou no primeiro passo ao ouvir o grito do loiro amarrado à sua frente.
— Meu pai_ – Começou com o lábio dormente fazendo o ômega ter novamente sua atenção. – Meu pai quem precisa dos remédios, por isso roubei. Ele precisa de mim, eu_
— Ownt. – Se abaixou tocando o queixo do outro por onde escorria o sangue. – O alfazinho cuida da família, it’s so cute! – A admiração tomava sua voz até seus olhos revirarem cansados daquela falação. – Histórias dramáticas não vão salvar sua vida. – Limpou o líquido vermelho e pintou em seus lábios sorrindo ao vê-lo rosnar.
— É verdade, merda! Ele precisa de mim, se quiser mostro onde ele ‘tá. – O ômega passou a língua pelos lábios e apreciou o gosto. Ponderou alguns segundos e escorou na mesa mais uma vez batendo as unhas no móvel polido.
— Se estiver mentindo eu arranco uma de suas mãos. Estou de bom humor hoje. – Sorriu fofo uma última vez. – Seu nome?
— Bakugo Katsuki. – Cuspiu o sangue que incomodava em sua boca.
— Bem, Bakugo Katsuki, nos mostre o caminho.

Katsuki estava acostumado com a vida corrida e sem tempo, até que sua irmã deixa um bebê aos seus cuidados.
Agora, o loiro estava em um dilema: salvar a carreira, ou dar atenção a um bebê que nem sabia quem era o pai. O problema era que Katsuki havia dado o sangue para abrir sua própria advocacia e não estava disposto a perder tudo por algo tão inesperado. O melhor é que não esperava conhecer Midoriya, um pedagogo recém-formado e com o maior jeito com crianças.

A ideia de Izuku era se declarar depois da festa, porém o tiro saiu pela culatra depois de tomar aquele afrodisíaco.

O destino gostava de pregar peças, quem não sabia disso? Katsuki apenas tinha em mente que já tinha sido usado demais como brinquedo.

Achou que voltar ao Japão não iria mudar muita coisa. Após a morte de sua esposa, Katsuki precisava integrar mais os membros de sua família na vida de sua filha Chiharu, sua pequena de quatro anos que adorava exaurir sua paciência, porém, nem cogitou encontrar seu amor do passado na escola em que sua filha ficaria, pior ainda, como seu professor.

Katsuki cansado de sua mãe toda semana o incomodando querendo que o mesmo casasse, tem uma ideia maluca para convencê-la a parar:

Arrastar seu secretário para casa de sua mãe e dizer o quão bem o relacionamento sério deles estava.

Porém, ele não sabia que a partir disso muitas coisas que não estava no roteiro aconteceriam, e pior, acabasse se apaixonando de verdade pelo amigo de infância, Midoriya Izuku.