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Jeongguk e Namjoon se conheceram na adolescência, durante o ensino médio; a amizade nasceu e floresceu naturalmente, criando raízes profundas nos jovens corações. Entretanto, os degraus sociais que os separavam tornaram-se impossíveis de ignorar quando as famílias entraram na equação. Namjoon nasceu em berço de ouro, com a faculdade dos sonhos já garantida e um futuro promissor. Já Jeongguk, teve que ver os pais lutarem a vida toda para que ele tivesse uma chance de tentar, seu sonho de ser astrofísico estava distante e teria que batalhar muito para conseguir.

Era como Jeon dizia: era como astronomia, eram dois mundos separados.

A vida é feita de fragmentos; momentos, sentimentos, pessoas, fases, ciclos. É fácil enxergar uma quebra de contato em términos, mas cada relacionamento segue sua própria lógica. Namorados viram melhores amigos, desconhecidos viram amores eternos, família vira um grupo de desconhecidos, e existem mil combinações mais. O que determina os laços que criamos, assim como aqueles que são desfeitos, é o quão dispostos nós estamos em manter aquela pessoa em nossa vida — uma questão que foi simples para Namjoon e Jeongguk responderem.

Jeon Jeongguk é um artista em ascensão, seus quadros ganharam muita fama por conseguir retratar aos olhos sentimentos não nomeados e não muito bem compreendidos, como a depressão, a ansiedade, o remorso, a disforia. Em uma de suas exposições, ele conhece Kim Namjoon, um excêntrico estudante de artes que se apaixonou pelos quadros do artista, e sonha em desvendar cada uma de suas pinceladas.