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E se nós fugíssemos? E se fossemos embora hoje? E se déssemos adeus para nos salvar? E se... Connor não imaginava que sua adolescência seria conturbada, não imaginava que para sobreviver ao único amor teria que passar por cima de tudo o que lhe foi ensinado.

Connor não podia desapontar o pai, mas também jamais aceitaria desapontar Troye.

O coração dela já me pertenceu. Eu já fui o motivo de seu sorriso. Os seus lábios também já me pertenceram. Eu já pude sentir seu toque, e seu corpo já foi colado ao meu.
Hoje a sua voz me assombra. O seu rosto está em todo lugar que eu olho. Suas últimas palavras dirigidas a mim afundam meus pensamentos.
Aquela garota um dia me pertenceu. Mas ela foi embora. E levou meu coração, meus pensamentos e minha alma com ela.

O ar quente que sai da água do chuveiro preenche o vestiário masculino do colegio.
Naya está encolhida no canto do boxe, onde a água quente respinga nela. Ela sente repulsa de si mesma por ter acontecido isso. Lágrimas rolam em seu rosto bronzeado. Uma trança cai-lhe ao lado do corpo sobre o ombro.
Seus olhos estão inchados e ela não sente as pernas. Depois de ser estuprada por todo o time de futebol de uma vez, ficara jogada no boxe, enquanto eles filmavam seu corpo nu e ensanguentado.
Ela arrasta as pernas dormentes para os seus peitos, e se encolhe colocando seu rosto sobre ele. Naya ouve risadas femininas vindo em sua direção e olha para cima, encarrando os olhos claros de Dianna Agron.
A loira está acompanha por duas outras garotas com os uniformes das Cheerios. Dianna sorri e se ajoelha na frente da outra que esta jogada no canto do boxe.
- Seja bem-vinda as cheerios.- diz a loira estendendo sua mão para Naya. A morena olha para a mão estendida e depois para Di. Pega a mão da garota, que a puxa para cima. Naya quase perde o equilibrio, mas as outras a seguram pelos braços e passam uma toalha no corpo nu da mesma, tirando-a do vestiário.
Naya vira-se para trás olhando a loira, que está na ponta dos pés, mostrando a metade de sua calcinha, devido a roupa curta das cheerios, escrever com um batom vermelho escuro em um espelho embaçado pelo ar quente:

Saudades minhas? 

Talvez Casey não soubesse o quanto uma música explicaria sua vida. Não sabia o quanto estava envolvido com aquela música, que não possuía no celular, que apenas escutava quando passava na rádio. Mas quando parou para analisar a letra percebeu que ela era sua música. Sua e de Jake.

“Demônio é, segundo o Cristianismo, um anjo que se rebelou contra Deus e que passou a lutar pela perdição da humanidade. Na antiguidade, contudo, o termo tinha outra conotação, referia-se a um gênio que inspirava os indivíduos tanto para o bem quanto para o mal.”

Ele havia deixado claro com todas as palavras, por mais dura que pudesse ser que amava minha mãe e que eu não passava de uma menininha fútil, cheia de si, achando que o mundo gira ao redor de meu umbigo.
Tais palavras ficam rondando minha cabeça, me fazendo girar na cama de um lado pro outro sem sono, frustrada. E se ele realmente estiver certo? E se eu não passasse de uma menininha fútil, cheia de si? E se... E se... E se.
Mas a questão não é essa, a questão é que eu sou determinada e nem suas palavras, por mais duras que fossem iriam me fazer desistir tão fácil.
Eu realmente estava determinada, eu o queria e eu o teria, nem que isso custe á relação entre eu e minha mãe.
E que realmente ganhe o melhor. A caça ou o caçador.