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No quarto miúdo, entre posters de bandas, pilhas de roupas e uma stratocaster velha de cordas arrebentadas largada em um canto, Jimin compartilha seus desejos com Minjeong, na esperança de que um dia se realizem. 

Em um dia que as estrelas se alinharam e o cosmo estava em harmonia, Saturno possibilitou ocorrer o encontro mais improvável da Via Láctea, dando início mesmo sem saber, a uma história que seria contada por longos anos galácticos. Graças ao seu amigo de anéis pomposos, Júpiter, rebelde de natureza, numa bicicleta velha com adesivos de ursinhos, decidiu mexer na ordem do Sistema Solar, somente para admirar Urano de pertinho, tornando o Universo uma genuína bagunça cósmica.

Beomgyu gostava de comparar Soobin ao pôr do Sol: agradável, confortante e encantador.

Kang Taehyun, rapaz marciano de bochechas coradas e coração valente, certa tarde veranil, acorda com essa proposta tentadora: se chegasse em Urano e obtivesse um amuleto extremamente valioso que repousa nos mares gelados e anis, ganharia cinco cristais lunares, o que é considerado f-o-r-t-u-n-a lá em Marte...! A proposta é prontamente aceita, ainda que, na companhia de certo rapaz jupiteriano, a.k.a Choi Beomgyu, e dentro de uma nave-espacial feita de goma de mascar, a viagem seja bastante melancólica e desesperançosa, prontamente narrada através dos seus relatos fugazes como poeira estelar.

Em madrugadas frias, Beomgyu enxergava o perigo. Diante de sua figura encolhida na cama com o violão no colo, ele lhe observava com as piores intenções no olhos vermelhos e um sorriso sombrio.

Entre roupas espalhadas pelos cantos, discos largados sobre a cama bagunçada e a melodia alta que ecoava pelo quarto miúdo, duas moças de mesmo nome compartilhavam confissões.

Nas segundas-feiras tão azuis quanto o céu, Jiwon se deixava ser guiada pela monotonia rotineira e a tranquilidade momentânea ao raiar do dia.

Choviam pétalas de gerânios escuros sobre a cabeça de Kim Jiwoo. Nuvens acinzentadas lhe perseguiam, constantemente derramando flores macias, porém com dolorosos espinhos, em seu corpo miúdo.

À tarde, quando a luz alaranjada do pôr do Sol adentrava o quarto através da janela aberta, Jinsoul e Hyunjin apreciavam o silêncio, entregues aos pensamentos turbulentos e reflexões sobre o futuro.

Rei dos mares, das galáxias sinestésicas oceânicas, caçador de tesouros. Um homem pequeno, mas com um enorme coração, quase do tamanho de Júpiter. Assim era conhecido Kim Hongjoong.