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Algumas vezes em que Sehun deixou detalhes importantes passarem e uma vez em que ele conseguiu juntar tudo.

Sehun tinha um segredo que ninguém podia descobrir: ora era policial, ora era um dançarino numa boate no centro de Gangnam. O problema começou quando, em um dia qualquer, Sehun encontra Kai, seu colega de departamento.

A notícia havia chegado aos jornais antes de chegar a si, o engraçado era que eles estavam noivos há dois anos. Nunca vieram a público sobre isso, era um segredo, como sua própria existência na verdade. Ninguém fora do seu círculo de amigos e a família Kim sabiam sobre o relacionamento de Jongin e Sehun, a mídia nem sequer poderia imaginar aquilo. Sua dor era só sua, guardada como todas as outras coisas que envolviam seu relacionamento.
Sehun era mais um em meio a multidão. Foi isso que ele pensou, até tudo vir à tona.

Sehun faz uma maquiagem especial para a festa de Halloween, mas seus planos são frustrados pela reação de Jongin e… Bem, por ele mesmo.

Kim Jongin, um recém padre, recebe a inesperada confissão de Oh Sehun, um rapaz misterioso de uma família com rumores sombrios. Logo após o encontro, a vida de Jongin toma um rumo inquietante, com estranhos acontecimentos e a sensação constante de estar sendo observado. Mas tudo não passava dos poderes secretos de Oh Sehun, que descobriu tempos depois que era um anjo caído – que foi expulso do céu por amar tanto o ser divino. E Sehun vê seu amor divino em Jongin, surgindo um amor proibido.

Sehun era advogado de litígios. Talentoso, polido, impetuoso. Parecia tão alinhado dentro dos seus ternos luxuosos quanto o era com a posse da fala dentro de uma audiência complicada. Tinha sempre o controle de tudo, menos quando Jongin entrava na questão.

Certificando-se que mais ninguém os ouvia, Sehun observou Jongin convicto. Tudo o que estivesse fazendo a partir dali, poderia trazer consequências de vida ou morte.
— Você quer saber no que eu acredito?
O outro assentiu.
— Acontece que eu não acho que somos apenas pacientes, como eles dizem.
— E o que mais poderíamos ser? — mesmo sem intenção, soou zombeteiro.
— Acho que somos cobaias, Kai. Todos nós. — Sehun respondeu à indagação numa voz sussurrante, de quem revela um trágico segredo.
O moreno piscou duas vezes, tentando assimilar o que lhe foi dito.
— Me conte mais sobre isso — pediu por fim.
E Sehun contou.

O ano era 9530 e o planeta havia sucumbido a uma praga mortal. Agora, trinta anos depois do incidente que levou metade da humanidade à extinção junto à flora, os amigos Jongin e Sehun decidem que está na hora de descobrir o que há ao lado de fora das cavernas de pedra. Eles só precisavam passar pela porta de metal, esta que, ao ser aberta, revelará muito mais do que eles imaginavam.

Sehun gostava de coisas metódicas, seu café com a mesma colher de chá de canela, usar roupas neutras em sessões fotográficas e nunca misturar cores fortes com seus conhecidos tecidos beges e terrosos. Porém, as sessões dos modelos de inverno daquele ano tinham tudo para quebrar com sua ordem de sempre, pura e simplesmente por conta de um modelo.
Ninguém mais, ninguém menos que o infame Kim Jongin, ou como toda a indústria o conhecia: Kim Kai. Aquela tarde tinha tudo para dar tudo errado, mas talvez Sehun fosse se surpreender.

Os corações daquela festa estavam tranquilos e inteiros, mas o coração do Príncipe do Castelo de Gelo estava longe de se encaixar naquela definição tola. Ainda mais depois do que acabara de escutar.