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História Amnésia Dissociativa - Fragmentos X


Escrita por: umaescrit0ra

Notas do Autor


Boa noite💚


Estou lendo todos os comentários, vou responder hoje kkk


Bom. Chegamos ao momento crítico da história, serão dois capítulos muito fortes, mas é aqui onde começou tudo.

Boa leitura fadas

Capítulo 26 - Fragmentos X




Fragmentos IX



Um dia antes da perda de memória 



A cabeça baixa e o joelho direito prostrado no solo de concreto, em demonstração de respeito aos superiores. Mais de vinte e cinco Anbus esperavam as próximas ordens ditadas por Danzou.

Sakura manteve o rosto coberto o tempo todo, não era muito sociável com os companheiros, conhecia tres ou quatro. E não eram lá muito agradáveis.

Um por um foram entrando ao escritório do Shimura, saindo com pergaminhos contendo as instruções devidas para as respectivas missões.

E então chegou a vez dela.

ㅡ Haruno, a quanto tempo.

Danzou disse com falsa emoção. Era simplesmente detestável. Jogou um pergaminho em sua direção, continha um mapa com a localização de todos os esconderijos de Orochimaru.

ㅡ Quero a cabeça de Uchiha Sasuke o mais rápido possível.

Ordenou analisando o comportamento da Anbu. Sakura leu cada uma das instruções e os motivos para a execução.

Traição.

Deserção.

Sasuke era citado como um perigoso nukenin, um dos mais procurados juntamente com Orochimaru.

ㅡ Não me importo com o que fizer com o corpo, quero a cabeça intacta.

Sakura franziu o cenho por baixo da máscara. Qual seria o objetivo por trás disso?.

Qual o interesse de Danzou em Sasuke, ou melhor, na cabeça dele.

ㅡ Faça isso e demonstrará sua fidelidade a mim. Uma vez que comprove sua lealdade, será parte do meu grupo especial.

ㅡ Grupo especial?

Perguntou Sakura pela primeira vez.

ㅡ Existe um esquadrão especial. A Anbu Raiz. Reuni os melhores ninjas e os treinei pessoalmente, se essa missão for executada com sucesso você fará parte desse grupo.

Sakura assentiu se retirando do escritório. Respirou fundo e foi até o ponto de encontro marcado com Itachi.




[…]



Sai acabava de voltar de uma missão individual, uma tarefa relativamente fácil para um shinobi de seu nível. O sol já se escondia no horizonte quando ele atravessou as portas da base da Anbu, poucos ninjas estavam ali a aquela hora, os poucos que sobraram faziam a guarda ao redor da vila.

Deu três batidas na porta de madeira, mas ninguém atendeu. Decidiu entrar e deixar o relatório sobre a mesa, como era de costume.

Quando ia se virar para ir embora viu um estranho movimento no piso de concreto, algumas vozes exaltadas e até mesmo gritos femininos, movido pela curiosidade se escondeu na sacada do escritório. Quando a passagem foi aberta, Kido saiu sendo seguido por Fū, pareciam estar agitados e irritados.

ㅡ Não consigo tirar nada dela!

O Yamanaka disparou nervoso.

ㅡ Maldita cadela, não serei tão piedoso na próxima vez...

Deixou a ameaça no ar fechando a porta atrás de si.

Sai rapidamente tomou um pergaminho, tinta e pincel. Desenhou um rato no branco papel, a quem deu vida com seu peculiar jutso.

Manipulando o ratinho de papel, o animal conseguiu atravessar a passagem pouco antes de que a mesma fosse fechada.

O Anbu fechou os olhos e viu através de sua técnica de espionagem.

Danzou gritava com Torune, não entendia muito bem o quê. Havia também um outro homem, usando um manto que ele conhecia bem. A Akatsuki. Não era possível ver o rosto, pois este estava coberto por uma máscara laranja.

ㅡ Traga ela para mim.

Ouviu o Shimura dizer, Torune prontamente acatou o pedido e foi até uma das portas.

E então Sai arregalou os olhos, o Aburame saiu do cômodo arrastando Ino pelos longos fios dourados, ela estava assustada e com o rosto banhado em lágrimas.

Não precisava ser um gênio para entender, a Yamanaka era prisioneira.

Aquilo não fazia o menor sentido. Porquê a Anbu trataria ela como uma criminosa? Teria ela feito algo de errado?

Sentiu algo dentro de si, uma espécie de aflição e a vontade súbita de ajudar a loira.

Estava confuso e não entendia muito bem o quê era aquilo que se remexia em seu interior.

Era dor?

"ㅡA dor as vezes não é física, também pode ser uma dor na alma. E isso dói mais que qualquer outra coisa"

Sakura disse uma vez para ele, depois de libertarem algumas mulheres que eram mantidas em cativeiro para serem prostituidas.

Então era isso, era essa a sensação da dor na alma. Já havia sentido isso a muito tempo, quando perdeu Shin para uma doença. Desde então se fechara por completo, pois não queria sentir aquela tristeza novamente.

Foi a tanto tempo que esquecera por completo como era ter sentimentos.

E agora eles voltaram, mais arrebatadores e intensos que nunca.

O ratinho de espionagem de desfez, restando apenas algumas poucas gotas de tinta no solo.



E Sai já não estava mais na sacada.




[…]



Shizune andava apressada pelas ruas de Konoha. Quando os dias ficaram tão curtos? Ainda precisava terminar de montar a linha de frente com Tsunade, instruir os médicos, tomar banho, atender o noivo.

Ela nem marcou a data do casamento ainda!

Obviamente isso era tão importante quanto uma guerra.

Porém, existiam prioridades mesmo em meio a tanto caos. E uma delas era a garrafa de saquê e os bolinhos de arroz que estavam na sacola que ela carregava.

Saiu do pequeno estabelecimento dando thauzinho a Tami, uma garotinha de aproximadamente oito anos.

ㅡ Tsunade vai me matar.

Murmurou correndo em direção a torre, era incrível o quê uma gravidez fazia com os hormônios.

Uma hora você está extremamente feliz, outra você apenas quer chorar ou bater no seu lindo namorado. Ou o fogo que ascendia em seu interior nos momentos menos indicados.

Quando estava a alguns quarteirões da Torre, ouviu um chiado baixinho saindo de um beco escuro. Pensou algumas vezes se deveria ou não ver o que era.

No fim, sua gentileza e curiosidade acabaram ganhando e ela entrou para ver o quê era.


Péssima ideia.


ㅡ O quê.…


As sacolas foram de encontro ao chão no mesmo instante em que o ponto escarlate surgiu em meio ao breu.




[…]



Sai avançava rapidamente montado em um enorme pássaro de tinta. O vento gélido balançava os fios escuros a medida em que se aprofundava na floresta.

Precisava encontrar Sakura.

Nunca se sentiu tão incomodado com a velocidade que a companheira tinha até aquele momento, ela precisava mesmo ser tão rápida?

Desenhou mais três pássaros e dois tigres, animando-os através de seu jutso.

Se havia algo em que o Anbu era bom, era em rastreamento.

Não demorou muito em localizar Sakura, ela já estava proxima a fronteira com a Vila Oculta do Rio.

ㅡ Sakura!

Chamou-a. A kunoichi travou no mesmo instante. Ela foi descoberta? Ou Danzou enviou alguém para ajuda-la?

ㅡ Sai o qu…

ㅡ Ino! Danzou…

Uma forte dor de cabeça atingiu o Anbu antes mesmo que pudesse terminar de falar.

Só então lembrou do selo amaldiçoado que possuía em baixo da língua.

ㅡ Ino? O quê tem ela?

A Haruno questionou aflita. Sai levantou os olhos escuros e marejados até ela.

Era a primeira vez que desejava trair Danzou, mas não podia contar nada por causa do maldito selo.

ㅡ Prisioneira…

Mesmo assim tentou mais uma vez, sentiu que sua cabeça poderia explodir a qualquer momento. Caiu no chão se contorcendo de dor, o desespero aumentava a cada segundo.

Sakura arregalou os olhos compreendendo a mensagem.

ㅡ Danzou sequestrou Ino?

Perguntou e viu o Anbu assentir.

ㅡ Merda!

Praguejou indo até Sai. As mãos se iluminaram transmitindo alívio para o shinobi.

ㅡ Obrigado Sai. Mas é aqui nos separamos, você já fez muito, não precisa se arriscar mais.

A Haruno disse enquanto arrastava o Anbu para perto de uma árvore.

ㅡ Ino… desculpa..

Sussurrou o Anbu pouco antes de desmaiar.

Sakura não poderia negar que estava realmente surpresa com a atitude do companheiro, de alguma forma, ele aparentemente se apegou aos sentimentos de Ino, e isso o motivou a querer salva-la, mesmo que significasse arriscar a própria vida.



Atravessava a floresta tão rápido quanto podia, sentia que o coração poderia sair pela boca a qualquer momento.

Ela deveria ter ido com Ino, ela deveria estar do lado dela, ela deveria ter protegido Ino.


"ㅡ Somos amigas certo? Então nem pense em me abandonar"


Talvez se ela tivesse ensinado mais coisas Ino poderia ter escapado.

Talvez se ela não tivesse encontrado aquele pergaminho Ino não estaria em perigo.


"ㅡ Sakura, não é porque agora você é uma Anbu que vai andar desarrumada! Vem aqui, vou arrumar seu cabelo"


Se ela não fosse tão curiosa e teimosa… se ela simplesmente tivesse ignorado aquele pergaminho..


"ㅡ Seus problemas são os meus também! Lembre-se, não existe Sakura sem Ino!"


Sequer queria imaginar o quê Danzou pretendia com ela, será que estavam machucando ela?

A culpa a assolava antes mesmo de saber o quê estava acontecendo. Seria possível que tivessem descoberto algo?

De forma precisa, realizou o jutso Deus do Trovão, teletrasportando seu corpo até a base da Anbu.


Quase que de imediato, vários shinobis a rodearam, como se estivessem esperando por ela.

ㅡ Onde está Danzou?

Perguntou firmemente. Reconheceu a cabeleira ruiva do Yamanaka, a máscara de lobo cobria o rosto, mas por algum motivo ela imaginou que ele estava sorrindo.

ㅡ Já voltou Sakura-chan? Parece que faz jus a sua fama.

Disse irônico se aproximando ainda mais.

ㅡ Então... onde está a cabeça do Uchiha?

Sakura o ignorou passando por ele, mas Fū a segurou pelo braço.

ㅡ O que foi ? Não foi capaz de matar seu amorzinho?


Não se deu ao trabalho de responder, chutou a porta do escritório encontrando Danzou atrás da mesa.


ㅡ Sabe Sakura... eu realmente pensei que você fosse melhor que Tsunade. Mas aparentemente é ainda mais sentimental.

Ele disse sem olha-la.

ㅡ Onde ela está?

Questionou apertando os punhos.

ㅡ Vejamos…. Está falando da Yamanaka, Shizune ou da sua adorada mãe?

Sakura arregalou os olhos sentindo o coração falhar uma batida. Mebuki também estava com ele?

ㅡ Minha mãe não está em Konoha.

ㅡ Oh… o país das fontes termais foi realmente acolhedor. Não tanto como a estadia em minha sala, claro.

O sorriso sádico nos lábios pálidos se formou nos lábios secos.

ㅡ Sabe.… um passarinho me contou que você andou ouvindo o que não deve. Obviamente eu a defendi de tamanha acusação.

Ele continuou falando pausadamente.

ㅡ Então eu disse a esse passarinho: Sakura é leal a mim e eu provarei a você. Que decepção.…

Balançou a cabeça fingindo indignação.

ㅡ Tentamos arrancar alguma coisa da sua amiguinha, mas aparentemente ela não sabe de nada.

ㅡ Se você encostou em um fio de cabelo dela…

ㅡ Oh! Jamais ousaria profanar a beleza da sua amiga. Ino é realmente bela.

Sakura não pensou duas vezes em ataca-lo, sentia a adrenalina percorrer cada fibra de seu ser.

O punho direito carregado de chakra foi em direção ao homem. O estrondo do golpe acabou chamando a atenção dos Anbus, que apareceram de imediato para proteger Danzou.

Roubou a espada de um Anbu assim que conseguiu nocautealo, em visível desvantagem usou tudo o que tinha.

Em questão de minutos derrubou dezoito ninjas sem muito esforço.

Seu verdadeiro oponente era Fū que a encarava de forma ameaçadora.

ㅡ Não a matem, tenho planos para ela.

Danzou disse sem emoção.

Sentiu nas pernas um formigamento incomum, quando olhou para baixo viu os insetos de Torune sugando seu chakra. Desgraçados.

Lançou seu jutso Dragão de Agua derrubando o Yamanaka, e sem cerimônias o prendeu na prisão de Agua.

Com o tānto (espada) avançou sobre Torune, a fim de se livrar dos insetos que penetravam em sua carne.

A lâmina afiada parou na garganta do Anbu antes mesmo que pudesse reagir.


ㅡ Se eu fosse você não faria isso.

A voz de Kido chamou sua atenção. Ele apareceu pela passagem que ligava o esconderijo com o escritório, trazendo Ino consigo. A loira chorava copiosamente e viu que estava presa com algemas de chakra.

Esse momento de descuido lhe custou caro, ao se distrair com a amiga Danzou aproveitou para cerca-la por trás, ameaçando o pescoço com uma kunai.

ㅡ Se você colaborar prometo ser bonzinho.

Sussurrou em seu ouvido.

Sakura não tirava os olhos de Ino, que parecia estar bastante debilitada.

ㅡ Sakura...

A Yamanaka parecia entorpecida, provavelmente pela falta de chakra.

ㅡ Ino, não se preocupe, eu vou dar um jeito.

Prometeu a Haruno. Sentiu o metal frio em seu pulso, reconheceu as algemas de contenção.

ㅡ Vamos meninas, temos muito para conversar.

Sentiu uma picada na jugular, e então, tudo apagou.




Provavelmente injetaram em seu corpo alguma substância que causava paralisia, pois seu corpo estava dormente. As correntes pesadas a impediam de se movimentar, olhou para os lados quando ouviu um choro fraco.

ㅡ Sakura..

Era a voz de Ino. Arregalou os olhos vendo a Yamanaka pendurada de ponta cabeça, ela continuava chorando e muito assustada.

ㅡ Ino, o quê eles fizeram com você?

Perguntou preocupada. Ino balançou a cabeça agitada engolindo o choro.

ㅡ Eles tentaram arrancar informações… mas não conseguiram nada nem mesmo com a Transferência de Mente.

Contou rapidamente. Ouviram o som da porta ser destrancada e por ela passou Torune, sorrindo de forma ansiosa indo em direção a Ino.

ㅡ Vamos brincar?

Sua voz estava diferente, o tom era como um músical de algum filme de terror.

Só então Sakura percebeu que a sala onde estavam parecia uma espécie de câmara de tortura. Embaixo de Ino havia um tanque com algum líquido fumegante. O anbu apertou um botão e lentamente Ino começou a descer em direção ao tanque.

ㅡ Pare por favor..

Ino pediu ao sentir o vapor quente bater em seu rosto.

ㅡ Sabe Sakura, aqui dentro tem só agua quente, capaz de cozinhar um camarão em segundos, porém, não vai matar sua amiguinha. Irá causar queimaduras de terceiro grau, o que é trágico, pois odiaria ver essa carinha ser deformada.

Ino gritou ao sentir a agua quente em seu couro cabeludo, a dor era insuportável.

O rosto estava vermelho devido ao contato com o vapor quente.

ㅡ PARA!

Sakura pediu em desespero.

Então, Torune apertou o botão novamente. A corrente puxou Ino para cima, afastando-a do calor.

ㅡ Vamos fazer um trato okay? Eu vou fazer umas perguntas e se você responder direitinho, nossa querida Yamanaka não vai virar camarão.

O Aburame disse se aproximando de Sakura.

ㅡ Primeira pergunta. Para quem você está trabalhando?

Sakura encarou as profundas iris escuras, buscando em sua memória alguma coisa que pudesse salvar a amiga. Mas estava tudo em branco.

ㅡ Parece que você ainda não entendeu.

O Anbu apertou o botão mais uma vez, e dessa vez todo o corpo de Ino emergeu na água quente.

ㅡ Eu juro que não lembro! Por favor não a machuque! Ela não tem nada a ver com isso …

Torune gargalhou alto apertando o botão, Ino sequer tinha voz para gritar. Era possível ver pedaços de carne exposta e alguns fios dourados se desprendendo da cabeça.

ㅡ Não machuquem ela…

Pediu em desespero. Apertou a própria perna fincando as unhas curtas na carne, a força exercida era tanta que chegava a sangrar.

ㅡ Ino… me perdoa… eu não queria isso…

Já não tinha coragem de olhar onde a amiga estava. Tentava se lembrar de alguma coisa para ajuda-la, não se importava com mais nada. Nem mesmo a guerra. Apenas queria poder salvar Ino.



Um brilho alucinado tomou os olhos escuros de Torune. A muito tempo ele queria aquilo e agora estava sozinho com ela.

Ela estava fraca.

Vulnerável.

Não poderia se defender.

Quando teria aquela chance novamente?

ㅡ Tire a roupa Sakura. Ou sua mãe vai ser a próxima.

Ordenou ansiosamente, sentia a boca salivar em expectativa.

Sakura não se mexeu, era como se não tivesse força para mais nada. Ouvia os gemidos doloridos de Ino e a única coisa que lhe passava pela cabeça era: É tudo culpa minha.

ㅡ Eu mandei tirar a roupa!

O Aburame vociferou em sua direção, antes de chuta-la contra a parede.

Sakura tentou se levantar, mas sentiu o corpo pesado sobre ela.

O Anbu lhe arrancava a roupa de forma afoita, ela tentou impedir mas estava fraca. Se debatia embaixo dele de forma desesperada, mas seus esforços pareciam ser em vão.

O tecido de sua regata foi rasgada, ao mesmo tempo em que Kido se livrava da própria calça.

ㅡ Danzou tinha razão, você é realmente muito gostosa..

Ele a apalpava de forma grosseira sem se importar com os gritos dela.

ㅡ NÃO!

Gritou ao sentir sua roupa íntima ser afastada.

Um misto de sentimentos, repulsa, nojo, medo e impotência invadiam seu corpo.

ㅡ Arisca... como eu pensava.

Torune tentava beija-la a todo custo, então ela o mordeu, arrancando um pedaço de pele.

ㅡ Vadia!

Gritou o anbu irritado dando dois potentes socos no rosto de Sakura.

ㅡ Eu pretendia ser carinhoso, mas você não colabora.

ㅡ NÃO! NÃO POR FAVOR NÃO!

Implorava aos deuses que atendessem sua súplica. Mas eles estavam surdos justamente aquele dia.

Sentiu seu corpo ser virado de forma bruta, a mão pesada do homem agarrou os fios rosados prensando o rosto no chão de concreto.

ㅡ Eu sempre dessejei um dia ver a grande Haruno de quatro pra mim.

ㅡ Para por favor...

O rosto banhado em lágrimas, sentindo que perdia a dignidade a cada mordida que o homem dava em seu corpo.

ㅡ Pare de se fazer da difícil... você vai gostar.

Tentou se debater mais uma vez, mas foi repreendia com outro soco.

Então sentiu.


Como se fossem mil kunais cortando-a por dentro.


Seu corpo foi invadido de forma violenta.


Mas ela já não sentia nada.


Podia ouvir o grito abafado de Ino, rasgando-lhe a garganta em um pedido mudo de piedade.


Também ouvia os gemidos grotescos de Torune enquanto a estocava como um animal.


E então tudo parou.


Tudo ficou cinza.


Não havia luz ou escuridão.


Apenas uma dor que não poderia ser medida.


Pois não havia dor maior que ter a alma dilacerada.





[….]




Itachi soube que algo havia dado errado quando Sakura não apareceu, o sol já estava nascendo e a kunoichi não deu sinal de vida.

Sentia que algo dentro de si estava sendo partido, um pressentimento ruim.

ㅡ Onde você está Sakura?

Perguntou a si mesmo enquanto tomava o caminho de volta para o esconderijo no Santuário Naka.


Esperou.


Esperou.


Andava de um lado para o outro, inquieto e aflito. Não lembrava da última vez que se sentiu assim.


"ㅡ Itachi.."

Travou no mesmo instante em que ouviu aquela voz em sua cabeça.

Estaria ele enlouquecendo? Era tão fraca que pensou ser um delírio.

"ㅡ Ajuda…"

Novamente ouviu, agora com mais desespero. Era a voz de Ino.

ㅡ Ino? O quê foi..


"ㅡ Estão machucando ela…"


E então o mundo parou.


Já não havia voz em sua cabeça.


Apenas o desespero em seu peito aumentando a cada segundo.





Itachi sentiu medo.





Notas Finais


Sem palavras.
Nos vemos amanhã.


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