1. Spirit Fanfics >
  2. Escolho Você >
  3. Extra; Pelos olhos de Sasuke

História Escolho Você - Extra; Pelos olhos de Sasuke


Escrita por: eexplo

Notas do Autor


Boa noite, meia noite e eu surtei vindo com um extra de última hora pq achei a ideia legal. É narrado pelo Sasuke, na visão dele do primeiro capítulo. Achei interessante encerrar essa primeira fase da fic com isso.

Beijos, boa noite 💖💫

Capítulo 10 - Extra; Pelos olhos de Sasuke


01 de fevereiro - visão do capítulo um 

Aquele estava sendo um dia de merda.

Primeiro que o ano letivo na KHS começou hoje, e as pessoas já grudaram em mim como carrapatos. O motivo? A maldita escolha. Sinceramente, estamos no terceiro ano do ensino médio, com 18 anos e ainda não superaram essa brincadeira idiota. Brincadeira que não inventei. E segundo: minha reputação não poderia estar pior. Tudo aquilo só me fazia chegar a uma conclusão:

Eram todos hipócritas.

Lembro muito bem no primeiro ano quando surgiram os primeiros boatos assim que me tornei Quarterback do time, e passei a sair com Mizuki. Morena dos olhos azuis, risada frouxa e bem-humorada. Ficamos por algumas semanas, era uma boa garota, mas teve problemas e se mudou com a família para outro estado. Fiquei mal por algum tempo, pois estava gostando da relação que aos poucos construía com ela. No entanto, não demorou muito para descobrir o que os alunos comentavam pelos corredores:

Sasuke Uchiha havia se livrado de uma escolha ruim. 

E depois disso, vieram muitos outros comentários, seguindo dessa maneira por meses a fio. Não disse uma única palavra sobre o assunto, mas ele me incomodava. Nunca fui o tipo de cara pegador, que transa e não liga no dia seguinte como manda os clichês do garoto popular e babaca. Mikoto Uchiha, minha mãe, havia me ensinado desde cedo a respeitar uma mulher, a começar por ela mesma. Quando era apenas uma criança, e Itachi, meu irmão mais velho, e eu ficávamos doentes, era Dona Mikoto que virava a noite ao nosso lado, pois não conseguia dormir de preocupação. Ela sempre fazia minha comida favorita todas as manhãs, e perguntava como tinha sido o dia no colégio assim que voltava à tarde. Administrava o próprio negócio mesmo sem ser formada em nada, e o fazia como ninguém. Às vezes colocava a família para provar seus doces, porque não queria entregar qualquer coisa aos clientes. Tudo que minha mãe colocava as mãos, continha uma dose exacerbada de amor e dedicação, e quando entrei para o time, jurei que tentaria ser minimamente como ela. Quando Itachi resolveu fazer faculdade em outra cidade, longe de casa, todos sofreram, mas Mikoto o apoiou a seguir seus sonhos. No entanto, sabia que às vezes ela chorava a noite de saudades e preocupação, porque a ouvia do meu quarto. Fugaku, meu pai, é um ótimo homem, mas sei que não me julga por preferir Mikoto, pois ele a admira tanto quanto eu. No segundo ano do ensino médio, Hinata, minha prima e praticamente irmã, veio morar conosco em Konoha. Todo mês ela ficava de cama por causa das cólicas fortes que tinha, e caralho, duvido que eu ou qualquer outro cara aguentaria uma dor daquelas com a calma que Hinata tinha. Elas eram as mulheres da minha vida, e pensar que um bando de adolescentes transformaram a figura que fui ensinado a respeitar, em um mero objeto de escolha, me revoltou.

Achei que todas as garotas do colégio me odiariam, e eu não as culparia. Entretanto, para surpresa total, elas começaram a se arrumar e fazer todo tipo de coisa para chamar minha atenção, e fossem as escolhidas da vez. Aí me dei conta de que os alunos não ligavam nenhum pouco para o quão ridículo tudo isso parecia. Eles gostavam. Embora, não quisesse me envolver nessa história, deixei que pensassem assim, porque na minha cabeça, foda-se o que achavam sobre mim. 

Até hoje.

Durante todo o verão, Shion, a presidente do jornal, passou a falar de mim. Minha educação contida virou frieza e soberba, meu círculo social pequeno significava que poucas pessoas eram dignas o suficiente para andar comigo, e o fato de não sorrir para pessoas que não tinha muita intimidade, queria dizer que na verdade, eu era metido e desprezava a todos. Sasuke Uchiha, o famoso Quarterback do time de futebol americano da KHS, era uma pessoa completamente diferente de mim. Dessa vez, resolvi fazer diferente:

Pela primeira vez nesses dois anos, eu escolheria uma garota. Porém, não pelos motivos que todos achavam. Acharia alguém que pudesse ao meu lado, acabar de uma vez por todas com essa história de escolha. Não necessariamente minha namorada, mas uma amiga que eu estaria junto até o final do ano, me livrando de todo esse sufoco.

Uma ideia perfeita.

Entro no pátio do colégio, chamando a atenção de todos. Olho ao redor, e sei que estão pensando que nesse momento estou procurando uma nova escolhida, mas na realidade, só quero encontrar um lugar discreto onde não serei incomodado. A passos rápidos entro em um corredor qualquer, antes que pudesse ser chamado. Solto um suspiro de alívio quando vejo que está tudo vazio. Estava prestes a encostar em uma das paredes e ficar por ali mesmo, mas vejo uma garota de costas para mim. Imediatamente tenciono, querendo sair de fininho para que ela não percebesse minha presença e fizesse um estardalhaço. 

— Droga. — Ouço a desconhecida praguejar, e a olho com mais atenção. Estranhamente tinha cabelos tingidos de cor de rosa, uma altura mediana, e não usava o uniforme do colégio. Parecia perdida.

Convicto que dona Mikoto puxaria minha orelha se me visse negando ajuda a alguém, decido me pronunciar: 

— Com problemas? — a vejo pular de susto, e de alguma maneira aquilo me diverte. Entretanto, no momento em que ela se vira para mim, eu que me assombro.

Porra, é linda!

De costas já era possível ver seu corpo sensacional, e os cabelos sedosos. Mas de frente, difícil olhar para qualquer outra coisa que não fossem seus enormes olhos verdes. O rosto parecia uma pintura: nariz fino, bochechas coradas de um jeito que a davam um ar saudável, cílios longos, e uma boca que, cacete, morreria apenas para beijar.

— Eu meio que me perdi — sua voz suave e firme me desperta. A vejo dar de ombros, conformada. 

— É nova aqui? — consigo perguntar, ainda que fosse algo idiota. Ela arqueia as sobrancelhas, e isso a deixa ainda mais bonita.

Obviamente.

Uh, a gatinha tinha uma língua afiada.

— Bom, vou te ajudar a se localizar…? — só então me dou conta que não sei o nome da desconhecida.

— Não vou te dizer meu nome, nem te conheço. — afirmou indignada. A encaro descrente, tentando analisar se era brincadeira. Quando vejo que ela estava falando sério, meus olhos dobram de tamanho.

— Você não sabe quem eu sou? — aquilo me parecia impossível mesmo para uma novata. Se bem que fazia sentido ela não saber de mim, mesmo se houvessem falado. A garota me mediu dos pés à cabeça, nenhum pouco constrangida de eu estar ciente disso. Um brilho conhecido de admiração e deslumbramento atravessou suas íris.  

Será que todos os garotos daqui são bonitos assim? — murmurou perdida em pensamentos. De repente, me olhou alarmada, dando a entender que o comentário saiu sem querer. Surpreendentemente o sorriso já crescia em meu rosto, pois diferente do jeito como as alunas do colégio me fitavam, o olhar dessa garota não tinha malícia ou maldade.

— Não sei, acho que sou uma exceção — brinco, perdendo o antigo mau-humor. 

— Bom, não faço ideia de quem você é, e no momento estou tentando achar o clube de luta, então ignore o que eu disse — ela falou tão rápido que mal consegui acompanhar, virou o corpo para a outra direção, andando e me deixando para trás. Um desespero inusitado se abateu sobre mim. Corro atrás dela, não querendo abandonar sua companhia ainda.

— Ei, espera, quanta pressa. Vou te ajudar a encontrar o clube de… luta. — demoro para concluir a frase, achando incomum a ideia daquela garota aparentemente tão delicada, fazer artes-marciais.

— Qual a surpresa? Não me diga que acha que uma mulher não pode lutar — cruzou os braços. Eu poderia dizer que acho que uma mulher pode fazer qualquer coisa, mas resolvi provocar:

— Calma. Não sou machista, longe de mim. Só não achei que uma coisinha minúscula como você dava golpes — ela abriu a boca completamente indignada e isso trouxe um riso aos meus lábios. Atiçar essa garota era bom em níveis perigosos.

— Não sou minúscula oras, carrego orgulhosamente meus 1,60. E se quer saber, poderia te dar um nocaute agora. Dúvida? — me lançou um olhar desdenhoso. Retiro o que disse sobre delicada, ela parecia disposta a me estrangular.

— Você parece um minion cor-de-rosa, mas prefiro não apostar. — ergo as mãos em rendição. Estava sendo tão fácil relaxar ao lado dela — Mas me diz, o que está achando do colégio?

— Bom, conheci pessoas legais, mas tem algumas coisas que acontecem aqui que eu estou tentando me acostumar ainda. — fez uma careta. 

— Você diz da escolha do Quarterback? — meu bom humor se esvai, lembrando dos meus recentes problemas. 

— Sim! Achei completamente idiota e desnecessário — sua voz soou cheia de convicção e sinceridade, o que me encantou. Ela foi a primeira pessoa que vi dizer isso.

— As pessoas gostam — comento, pois isso seria o tipo de coisa que os alunos falariam. Na verdade, não poderia concordar mais com a garota ao meu lado. 

— Mas isso não significa que seja o certo — rebate, certa novamente — Porém não posso fazer nada se está todo mundo de acordo e eu não tenho nada com isso. 

— Ele não está obrigando ninguém a participar, as garotas vão porque gostam — entrei na onda, querendo prolongar o assunto para ver mais da sua opinião. 

— Você tem um ponto, mas como eu disse, não tenho nada com isso. 

Ficamos em silêncio.

Seria tão mais fácil se todos pensassem como ela, pois então anularam essa história da escolha por conta própria. Mas não posso desistir da minha ideia, preciso achar alguém para investir durante um ano inteiro, afastando qualquer outra. 

— No que tanto pensa? — a escuto perguntar. 

— Estou tentando me decidir sobre algo também. Tenho que escolher algo e eu sempre olho os melhores entre os melhores, mas nunca acho algo que seja excepcional — Queria uma garota verdadeira, e honesta acima de tudo, porque estava cansado de pessoas de mentira ao meu redor.

— Talvez você esteja procurando errado — começa, chamando minha atenção. — Não precisa ser necessariamente a coisa mais fabulosa e extravagante que você achar, às vezes algo simples, porém cativante, é excepcional — Olho abobado para ela, pois aquilo era exatamente o que Itachi diria se estivesse aqui ao meu alcance, para que eu pudesse me aconselhar com ele.

— Você tem razão!

— Sempre tenho — desde que nos conhecemos, pela primeira vez ela sorri, exibindo os dentes brilhantes e perfeitos. E quando percebo, uma energia boa me preenche por inteiro. Notei que estamos em frente ao clube de luta.

— Muito bem, senhorita sabe tudo, está entregue. — deposito as mãos no bolso, olhando-a sereno. 

— Obrigada pela ajuda.

— Me agradeça vindo um dia me ver jogar — solto antes que pudesse me conter, porque era verdade, desejava vê-la de novo. 

— É do time? — questionou curiosa. 

— Sou, e modéstia parte, um dos melhores — pisco para ela, a fazendo revirar os olhos. Inacreditável como aquele gesto se adequa ao seu jeito. 

— Vou pensar no seu caso — disse, e me peguei rindo novamente porque nos últimos minutos descobri que isso conseguia ser muito simples. Começo a caminhar para o longe quando a ouço gritar:

— Sakura!

Viro confuso. 

— Me chamo Sakura. — o entendimento chega até mim. Sakura. Combina com ela. 

— Foi um prazer, Sakura! — realmente imenso, completo internamente. 

— Não vai me dizer seu nome? — indaga sem entender. 

— Você vai descobrir — um sorriso invade meu rosto, conforme me afasto.

Eu e a gatinha dos bonitos olhos verdes nos veríamos muitas vezes ainda, nem que para isso tenha que rastejar o resto do ano. Sakura, era decididamente minha escolha.

By explo


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...