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História Gotta Go (Imagine Park Jimin - BTS) - Dois: O barman, Cookies e um filhote


Escrita por: solwars

Notas do Autor


Oi, meus docinhos! ♡
E aí? Quanto tempo, né? Como vocês estão? Espero que bem. Tem se cuidado nessa quarentena?

Enfim, eu acabei de começar o terceiro capítulo de Gotta Go, e, como havia editado o segundo, resolvi postar de novo. Então, aqui está. Eu arrumei algumas coisas, e vou explicar o porquê no final do capítulo.
Eu não vou enrolar muito aqui, só espero que vocês aproveitem de novo Gotta Go, que queiram matar Jimin e morrer de amores pelo JK. É isso ♡

Sem mais delongas,
boa leitura! ♡

Capítulo 2 - Dois: O barman, Cookies e um filhote


Fanfic / Fanfiction Gotta Go (Imagine Park Jimin - BTS) - Dois: O barman, Cookies e um filhote

Capítulo Dois: O barman, Cookies e um filhote

 

Incomodada com as luzes piscando em cores chamativas, pisquei os olhos e me questionei mentalmente se não poderia deixar o trabalho para lá e ir embora. Comumente, não visito boates como a bem frequentada, e recentemente inaugurada, Cookies. Entretanto, recentemente encarregada pelos meus superiores de levar os novos investidores sul-coreanos para uma boa dose de diversão em Manhattan, eu não poderia realmente deixar para lá – isso o que meu cérebro fez questão de me lembrar.

Sinceramente, ao contrário de muitas pessoas, eu prefiro comprar a minha bebida e ficar de porre em casa.

Mas, estando sem muitas escolhas e preferindo manter o meu emprego (que é mais do que necessário), eu adentro no mar de pessoas, com os três empresários ao meu encalço; me mantenho com os olhos fixos ao final da pista de dança, tentando passar pela multidão sem me envolver em uma orgia de línguas extremamente esquisita.

Sendo a mais jovem do comitê de boas-vindas à estrangeiros, sou sempre a pessoa designada a apresentar alguns lugares descontraídos para investidores da minha ‘faixa-etária’ se divertirem durante a sua estádia. Logicamente, minha primeira opção não era uma boate, mas foi o que os investidores preferiram e, cá estou eu. Como se, com o cargo de assistente executiva, eu não tivesse responsabilidade o suficiente para encarar.

Empurro mais algumas pessoas, sempre ouvindo alguns murmúrios de reclamação que são prontamente ignorados, para chegar até a única mesa vazia do lugar: uma redonda, longe da pista e com, aparentemente, suficientemente aconchegantes sofás de couro. Ao chegar, pedi educadamente para que os homens que estão comigo, se sentem.

Uma das últimas coisas que eu precisava fazer nessa empresa, era cuidar de homens feitos – afinal, eu sou assistente executiva, e não babá executiva. Meia hora nesse lugar, para mim, será o suficiente, então irei embora.

Esse cargo de assistente executiva e integrante do comitê de boas-vindas, ainda que necessário para mim, deve ser revisto e repensado, imediatamente, pela minha pessoa.

— Irei buscar as bebidas. Whisky para todos? – Perguntei, apostando na primeira coisa que todos os homens pedem por aqui. Os três concordaram, paquerando pessoas naquele lugar com o olhar. – Está bem. Com licença, senhores.

Me intrometi entre as pessoas da pista, buscando alcançar rapidamente o bar, apertando levemente o tecido do meu jeans entre os dedos. Com a comanda em mãos, sentei em uma das banquetas vermelhas e olhei para as prateleiras de bebidas completamente cheias, na frente do barman que está de costas para mim.

Mesmo evitando homens ultimamente, o indivíduo de avental preto preso à cintura e com um pano no ombro esquerdo, parece extremamente bonito, mesmo de costas. E, uau, que costas!

Rodopiei brevemente na banqueta, olhando para baixo e conferindo a minha roupa. Apesar de ter passado em casa para me trocar antes de levar os investidores para sair, eu não tive muito tempo para me arrumar, então o que visto, ainda é simples: um vestido preto tubinho, jaqueta jeans, saltos altos pretos e, a minha chance de “arrasar”, uma maquiagem bem marcante com delineado e batom vermelho-vinho, que eu espero não estar borrada pelo suor que me incomoda em ambientes como esse, abafados.

Tentei dar um sorriso de canto, buscando aliviar um pouco do ar sério que me rodeava. Estou realmente mais bonita para chamar o barman igualmente lindo. Eu posso até estar evitando homem, mas nunca que ficaria como uma velha na frente de um homem de costas tão bonitas.

Ehr... Com licença. – Chamei pelo rapaz de avental, que imediatamente larga seu celular e vira em minha direção.

Lábios avermelhados e assimétricos, repuxados em um sorriso gentil que rapidamente se desfaz e deu lugar a um sorriso aberto e surpreso, olhos puxados e cabelos molhados, com fios maiores do que da última vez que o vi e com poucos cachinhos. Reconheci imediatamente o homem com quem troquei minha última mensagem antes de apagar completamente o meu número antigo e, com ele, qualquer contato com certo Park.

— __________? – Ele piscou diversas vezes, como se seus olhos brincassem consigo e ele não acreditasse no que vê. Timidamente, aquiesci. – Oh, é você mesmo! Nossa. Como você está? – Demonstrou euforia, apoiando os cotovelos no balcão e aproximando, perigosamente, o seu rosto do meu.

— Estou bem. – Sorri, me afastando com um rubor nas bochechas. – E você, como está? Na verdade, sem querer ser rude, o que faz aqui?

— O dono de uma boate também não pode ser o seu barman? – Jeon sorriu maroto, movendo as sobrancelhas e, por fim, rindo levemente. Entreabri os lábios chocada com a informação.

— Uau, é sério mesmo? – O mais novo assentiu, sorrindo. – Isso é..., uau, muito incrível. Meus parabéns, JK. Pessoalmente, eu nem gosto de boates, mas a Cookies parece ser incrível. Para falar a verdade, eu só estou aqui por uma responsabilidade que tenho na empresa; preciso apresentar alguns lugares divertidos para os novos investidores da empresa Park.

— Você ainda fala com...

— Não. – Cortei-o, me adiantando antes que ele completasse e dissesse o “nome proibido”. – É terminantemente proibido dizer esse nome. – Brinquei, fazendo-o rir.

— Está bem, não está mais aqui quem falou. – Ele se rendeu em brincadeira. – Mas, se passaram dois anos; o que tem feito nesse tempo todo? – Jungkook me serviu um copo de vodka, encarando-me com uma sobrancelha arqueada. Agradeci, tomando o líquido e tendo tempo para pensar em uma resposta.

— Nada demais. – Me permiti fazer uma careta pela ardência do álcool em minha garganta. – Trabalhando e ficando em casa, apenas. Sem caras. – Pelo menos, sem caras da minha idade, completo mentalmente. – Mas e você? Dois anos depois daquela festa de casamento e agora você é dono de uma boate frequentadíssima em Nova York. Muita coisa aconteceu com você, quer me contar?

Ah. – Ele soltou um suspiro, rindo. – Alguns meses depois de você sumir, ganhei uma bolsa de estudos na universidade de Nova Iorque. Com o dinheiro das minhas economias e das novas que eu continuei ganhando, trabalhando em boates ocasionalmente, eu corri atrás das coisas para montar a minha própria boate, que sempre foi o meu sonho. Com os contatos certos, dois anos depois, aqui estou eu: com uma boate famosa, cursando administração e, claro, solteiro. – Deu uma piscadela para mim no final de sua frase, enfatizando a palavra com uma voz de galã. Eu apenas ri.

— Então quer dizer que você não era solteiro quando o conheci?

— Solteiro sim, sozinho nunca. – Citou, sorrindo orgulhosamente, mas logo se desfazendo em uma gargalhada gostosa. – Você não se envolveu com mais ninguém depois daquele cara, __________?

Me calei por um instante. Casos esporádicos de uma noite nunca se comparariam ao amor de anos que eu tive por aquele cara, não?

— Não fiquei atraente para muitos caras. – Minha resposta enigmática pareceu deixa-lo confuso. – Eu apenas tive casos, mas nada importante. Ninguém realmente queria ficar.

— Com um mulherão desses no pacote? – Jeon arqueou as sobrancelhas, rindo com cinismo. – Uau, quem é o louco que negou uma proposta dessas? Quem seria maluco o bastante?

Muita gente, Jeon. – Prolonguei a frase, rindo. – Eu acho que tenho que voltar à mesa.

— Oh, claro. – Ele aquiesceu, voltando-se para a prateleira de bebidas atrás de si. – Leve esse uísque, sei que eles irão adorar. Todo mundo gosta, ao menos.

— Obrigada, JK. – Entreguei a comanda nas mãos do moreno, apenas para que ele pudesse dar baixa no whisky e na vodka que me entregou anteriormente.

Jeon me encarou como se aquela fosse a ofensa mais pesada que eu poderia oferecer para si. Arqueei uma sobrancelha.

— Não, sem essa. – Recusou a comanda, empurrando-a com o indicador para o meu lado do balcão.

— Eu tenho que pagar. – Retruquei, segurando o Bourbon e voltando a deixar a comanda em sua mão.

— Por conta da casa. – Ele colocou a comanda em minha mão. – Mas, se quer tanto pagar, me espere até eu trocar de turno com o outro barman, à meia-noite.

— Eu não sei. – Murmurei, mordendo o lábio inferior. – Tenho que voltar para casa.

— Você é o quê? Cinderela? Por favor, __________... – Jeon fez um biquinho estúpido, o que me fez bufar e, por fim, assentir, com um sorriso bobo.

— Só até a meia-noite. Nem um minuto à mais. – Declarei, vendo-o sorrir animado.

— Sim, senhorita. – Piscou.

Me levantei da banqueta, acenando para o moreno com a minha mão livre e voltando até os investidores. Os três me encararam assim que cheguei na mesa, para logo desviarem o olhar para o Bourbon em minha mão. Deixei a bebida em cima da mesa e pedi por quatro copos para uma garçonete que desfilava pela boate com uma roupa extremamente provocativa. A moça deixou quatro copos em nossa mesa, quais fiz questão de encher os dos três até o topo com o uísque, enquanto o meu, enchia pela metade da metade.

— Então, __________-ssi, por que veio para Nova York? O senhor Park Jiseok-sunbaenim nos disse que foi você quem pediu transferência da agência de Seul. – Kim NamJoon, um dos investidores, foi o primeiro a propor uma conversa fiada.

— Bom... – Molhei os lábios, tomando um pouco do Bourbon ao ter a atenção dos homens sobre mim. – Quando o casamento do filho do senhor Park foi anunciado, as notícias do casamento foram para cobrir a imensa crise financeira que enfrentávamos aqui, em Nova York, com a filial. – Mordi o lábio inferior. – O principal motivo da crise era porque o encarregado da filial não trabalhava como deveria: deixava seu serviço por fazer, se atrasava muito, não entregava relatórios, deixava alguns desfalques; a pedido do senhor Park Jiseok, demiti o homem e contratei outro no lugar, tomando lugar como secretária executiva do encarregado atual para que não houvessem mais erros como esse.

— Então vocês são bem próximos, não? – Foi a vez de Kim SeokJin perguntar, arqueando uma de suas sobrancelhas.

— Ah, eu e o filho do senhor Park éramos amigos desde pequenos. – Tomei mais um gole de Bourbon. – Nos distanciamos quando me mudei para cá; mas eu e Jiseok-sunbaenim ainda mantemos contato.

— É uma pena. – Comentou NamJoon, tomando de seu Bourbon. Assenti, concordando em um aceno seco. Pensar demais sobre o cara me deixa com o estômago embrulhado.

O terceiro homem ainda não havia se pronunciado, e, talvez, o investidor e senhor Min Yoongi, fizesse do tipo quieto e observador, como eu. É interessante, porque seus olhos não se desviam do copo de Bourbon, mas ele parece ter absorvido cada detalhe da minha conversa com os Kim’s.

— Bom, se não se importam, eu estarei indo testar as minhas maravilhosas habilidades na dança. – O mais velho entre eles se levantou, sorrindo cheio de sarcasmo.

— Eu vou com você, hyung. – O outro Kim também se levantou, seguindo ao encalço de SeokJin.

Não demorou muito mais que cinco segundos para que os dois Kim’s se perdessem entre a multidão, me deixando sozinha com o senhor Min. Não puxei assunto, e Yoongi muito menos; apenas bebemos e observamos o lugar em silêncio.

Depois de um tempo, Min Yoongi se levantou de seu lugar, me fazendo olhar para ele com o cenho franzido, em pura confusão.

— Irei ao banheiro, com licença. – Sua voz soou grave e embargada, em leve embriaguez. Assenti rapidamente, enquanto o investidor se retirava em um aceno.

Enchi mais um pouco do meu copo, tomando cuidado para não ultrapassar o limite e acabar embriagada. Ao mesmo tempo em que tomava um pequeno gole do Bourbon, meu celular vibrou – escondido em meu sutiã –, sinalizando uma nova mensagem.

 

De: Joohyun

Joohyun: Quando você vai voltar? O filhotinho está quieto agora, mas não quero nem estar aqui quando ele ficar chorando.

 

Para: Joohyun

Eu: Eu vou voltar só depois da meia-noite. Tenho um compromisso, mas sei que você vai cuidar do filhotinho muito bem. Qualquer coisa, é só dar manteiga de amendoim, ele adora.

 

Coloquei o meu celular de volta para dentro do meu sutiã, escondendo-o ali. Uma música eletrônica qualquer continuou tocando pelo salão, me contagiando e fazendo meus pés baterem no chão ao ritmo. Há muito tempo eu não venho para esses lugares; não é muito a minha praia agora.

Quando enxerguei o investidor Min voltando para a mesa, com as mãos nos bolsos do jeans e ignorando completamente os corpos que chocavam contra o seu, fiz questão de me levantar. — Senhor Min, não quer ir dançar? – Questionei, como uma boa anfitriã, mas ele logo negou com um aceno.

— Eu não faço muito o tipo de pessoa que gosta desses lugares.

— Eu também não, mas estou disposta a aproveitar essa noite. O que acha? – Arquei uma sobrancelha, mas ele continuamente negou.

— Pode ir. Eu ficarei à vontade aqui. – Garantiu sorrindo, e eu concordei, antes de me arrastar até o bar novamente, para aproveitar essa noite.

Diferente do que eu esperava, não encontrei Jungguk, e sim um americano bronzeado e de fios loiros, com um crachá pendurado à camisa branca. Até mesmo olhei para os lados, mas nada do Jeon. Por via das dúvidas, chequei o horário, mas ainda faltam mais de trinta minutos para a meia noite.

Será que ele me enganou? – Perguntei para mim mesma, visivelmente aborrecida. – Com licença... – Me aproximei do barman americano, sorrindo simpática. – Sabe me dizer onde está Jeon Jungkook? Eu sou uma amiga dele.

— Ele foi ao escritório, mas disse que voltaria.

— Tudo bem. Obrigada. – Sorri, agradecendo. – Pode me dar um pouco de uísque? O melhor que você tiver.

O barman assentiu, se virando para trás, em busca do Bourbon e de um copo. Logo, ambos estavam em minha frente. O homem fez questão de me servir, e eu sorri agradecida, puxando a comanda do bolso da minha jaqueta jeans.

— Se você entregar essa comanda, __________... Eu te expulso daqui à pontapés. – A voz sussurrada de Jeon Jungkook soou extremamente ameaçadora perto da minha nuca, os pequenos pelos que ali se mantinham, se arrepiaram com sua voz. Soltei uma risada baixa.

— Se eu não entregar essa comanda, Jeon... Eu terei que ir embora daqui. – Ameacei também, sorrindo contida. Jungguk riu, negando com a cabeça.

— Não vai. – Soou convencido, sentando-se ao meu lado. – Obrigado, Josh, mas esse é por conta da casa.

— Certo. – O loiro saiu, antes de ver a minha cara de decepção.

— Jungkook!

— Eu te falei que você não ia pagar por esse Bourbon. – Ele murmurou, dando de ombros. – Ele, tecnicamente, também é seu.

— Como assim?

Jungguk estendeu as mãos para pegar um outro copo no balcão, mas ofereci o meu para ele. Com um maneio, ele agradeceu.

— O uísque da casa é de fabricação própria. – Explicou, tomando um longo gole da bebida citada. – Tem o nome de “romantic problems”, por causa de você; na noite do casamento, você me deu essa ideia, quando começou a beber para tomar coragem de falar... Com aquele cara. – Continuou. – O uísque daqui é mais forte que os demais, por ser caseiro, e também leva os ingredientes que me lembram muito daquela noite. Reparou que ele é um pouco adocicado? Por sua causa, na verdade, por causa do seu perfume naquela noite. Depois que passei a apresentar essa bebida para os investidores, todos quiseram ser sócios da Cookies. Ele é o motivo do meu sucesso.

— Ninguém nunca fez um uísque para mim.

Esse não foi o meu comentário mais inteligente, e eu admito isso. Afinal, eu tenho tanta coisa para comentar sobre isso, como: “uau, eu acho extraordinário você me contar isso agora”; “nossa, e não me esqueceu mesmo depois do sucesso?”; “obrigada, Jungkook”. Mas, não, eu tinha que falar que ninguém nunca havia feito um uísque para mim.

Bom, pelo menos, é verdade.

E fez o Jeon rir, pois, no instante em que minha frase foi dita, nos encaramos por três segundos exatos e desatamos a rir. Certamente, eu apostaria na minha falta de neurônios e coloco a culpa nisso.

— É um presente único, __________. – Jeon piscou, entrando na brincadeira.

— Eu também irei te dar um presente único, JK.

Sem pensar muito, minhas palavras soaram meio pervertidas. Imediatamente, percebendo o duplo sentido das palavras, minhas bochechas esquentaram levemente, sob o olhar atento de Jeongguk, que me observa com um sorriso contido.

— Eu não acredito que disse isso. – Reclamei, comigo mesma, deitando com a cabeça no balcão. Jeon riu.

— Você é um bom presente, __________. – Ele murmurou, sorrindo. Esse foi o belo convite para que minhas bochechas queimassem e eu me sentisse como um tomate vermelho.

— Para com isso. – Empurrei-o na brincadeira, rindo. – Você não deveria estar do outro lado do balcão, JK?

— O barman veio mais cedo. Josh, você acabou de o conhecer. – Apontou para o loiro que, animadamente, servia os clientes. – Então, tecnicamente, eu não preciso mais trabalhar, por enquanto.

— Legal.

Apesar da minha falta de assunto evidente, eu e Jungkook entramos em diversos assuntos por longos quarenta minutos. Entre coquetéis, martinis e, claro, o uísque caseiro, conversamos sobre os dois anos e resumimos grande parte das coisas. No entanto, ainda que confiasse no Jeon, eu realmente pulei algumas partes.

O assunto, ainda assim, fluía naturalmente. Conversamos sobre a “Cookies”, nossas vidas, empregos e responsabilidades. Quando percebemos, nos engajávamos em assuntos diferentes, ainda que levemente embriagados. Nós nos encaixamos perfeitamente, conversando sobre bobagens.

Quando o relógio do meu celular indicou que já era meia-noite, avisei a Jeongguk que, realmente, precisava ir embora. Eu tenho um péssimo histórico com esse horário. O moreno se ofereceu para me acompanhar até o lado de fora e eu, prontamente, aceitei. Enquanto saíamos do lugar, encontrei com o investidor Min em outra ponta do bar.

— Ah, Min Yoongi. – Sorri fechado. – Eu estou indo embora, meu horário já deu.

— Entendo totalmente, senhorita __________. – Assentiu. – Nos vemos amanhã na empresa, então. Tratarei de avisar aos outros dois.

— Agradeço. – Maneei a cabeça. – Bom, até amanhã.

— Até.

Caminhei com JK até estarmos do lado de fora da Cookies, onde uma grande fila ainda estava formada do lado de fora; todos esperando ansiosamente para entrar. Neguei com a cabeça, desacreditada que as pessoas poderiam ser tão insistentes por um lugar. Isso que é ser persistente.

— Como você vai embora? – Jeon perguntou, com uma sobrancelha arqueada. Mostrei o celular para ele, aberto no aplicativo do Uber. – Eu irei com você.

— O que? – O que? – Ggukie, não é pra tanto. Você já me trouxe até aqui, e eu agradeço.

— __________, acho preocupante uma garota como você pegar um Uber à essa hora. Está tarde, e esses aplicativos não são tão confiáveis.

— Eu vou compartilhar minha localização com a minha melhor amiga, se é o que te preocupa. – Arquei uma sobrancelha, vendo o moreno se aproximar enquanto eu pedia por um carro. – HEY! – Reclamei quando, inesperadamente, meu celular foi tomado por suas mãos.

— Sem essa. – Ele cancelou a viagem, guardando o meu celular em seu bolso. – Eu vou te levar pra casa, __________.

— Isso é crime, sabia? – Arqueei as sobrancelhas, quando ele me puxou para andar na calçada até o estacionamento da boate, ao lado. – Jeongguk! Você está bêbado, não vou deixar você dirigir.

— E o que você sugere, princesa? – Jungkook se virou para mim, me devolvendo o celular. – Podemos dormir no meu escritório, se você quiser.

— Eu preciso voltar para casa, Jeongguk! – Revirei os olhos. – Por que quer tanto me acompanhar?

Jeon parou na minha frente, segurando o meu pulso delicadamente. Seu olhar cruzou com o meu e, antes que eu pudesse raciocinar – afinal, a bebida tinha me deixado meio lenta –, Jungkook deslizou sua mão e deixou-a cair ao lado de seu corpo. Encostando a testa na minha, o moreno apertou as minhas bochechas com suas duas mãos. — Por favor, se eu fizer o que eu estou pensando há dois anos, não vá embora.

De olhos arregalados, observei suavemente seus lábios tocarem os meus. Quando finalmente percebi que JK queria mais do que um selar, fechei os olhos e levei minhas mãos para os seus ombros. Sem perder a calma, Jungguk deslizou uma de suas mãos para a minha cintura, e mordeu o meu lábio inferior, puxando-o entre os dentes. Então sua língua adentrou em meus lábios, buscando pacientemente pela minha, onde, da forma mais clichê possível, elas dançaram em perfeita sincronia.

Quando meus pulmões imploraram por ar, puxei o lábio inferior do Jeon e encerrei o beijo com pequenos selares. Então, beijar é como andar de bicicleta, você nunca esquece como o fazer.

— Tudo bem, eu deixo você me acompanhar até em casa.

 

[...]

 

Desci do uber com JK do meu lado, agradecendo pela viagem ao motorista. Do meu celular, uma mensagem apitou, avisando que o dinheiro havia sido retirado e depositado, automaticamente, na conta do motorista que nos levou até a minha casa. Olhei para o lado, encarando o Jeon, enquanto o carro saia da rua da minha casa.

— Eu cheguei bem em casa. – Anunciei, como se ele não estivesse comigo no uber o tempo inteiro. – Está vendo? Não tinha o porquê de tanta preocupação.

— Duvido muito. – Jeon revirou os olhos, mas riu. – Vai me convidar para entrar, __________?

Gelando, arregalei os olhos. Tudo bem. Jungkook não pode entrar em casa, nem à pau. — Não sei, Ggukie. – Murmurei, mordendo o lábio inferior. – Sabe o que é? A minha casa está uma bagunça, e eu realmente não sei se dá para receber visitas.

Andei até a porta de casa, onde apenas a luz da varanda e do jardim se mantinham ligadas. Jungkook arqueou uma de suas sobrancelhas.

— Está dizendo que sua casa é uma bagunça? Por favor, __________, eu gerencio uma boate. Você realmente não sabe o que é bagunça, até ver como esses lugares ficam quando fecham. – Ele piscou.

— Ggukie...

— __________... – Brincou, rindo. – Tudo bem se você não quiser me deixar entrar, podemos deixar para outro dia, então.

— Tem razão, JK. – Mordi o lábio inferior. Por quanto tempo vou conseguir levar essa mentira? – Jungkook, espera.

— O que?

— Eu tenho uma coisa para te contar. – Mordi o lábio inferior com força. – Escondi uma coisa de você, sobre a minha vida. Há dois anos, dois meses depois da noite do casamento, eu descobri uma coisa.

Mamãe!

A porta foi brutalmente aberta, interrompendo o meu breve monólogo. Imediatamente, meu olhar partiu para a direção da mesma, encontrando meu filhote e minha melhor amiga, Joohyun, na porta. A morena nos encarava, com uma feição tanto preocupada quanto culpada.

— Jiwoo! – Murmurei, preocupada com a reação de JK. Meu bebê esticou as mãos para cima pedindo, manhosamente, por colo, que eu não hesitei em dar a ele.

— Desculpa, __________, não consegui conter esse pequeno encrenqueiro. – Joohyun apertou o nariz do meu filhotinho, dando uma mordida leve em sua bochecha. Limpei o canto da boca do bebê, sujo de manteiga de amendoim. – Oi, tudo bem? Eu sou Bae Joohyun, melhor amiga da __________. – Ela se apresentou ao moreno a minha frente, que nos encarava surpreso, sem esconder qualquer reação.

— Esse é Jeon Jungkook, Joohyunnie. Ele me ajudou anos atrás, lembra? Aquela noite que eu te contei. – Mordi o lábio inferior, deitando a cabeça do meu bebê em meus ombros.

— Ah. – Ela assentiu. – É um prazer te conhecer, Jeon Jungkook.

— Digo o mesmo. – Jungkook, apesar de tudo, sorriu. – E o garotão, quem é?

Meu filho, que ainda não sabia balbuciar quase nada além de mamãe, olhou para o moreno à frente. Seus olhos expressavam confusão, tanto quanto os de JK.

— Esse é o Jiwoo Hall. – Apresentei o meu filho, que sorriu com os poucos dentinhos que estavam nascendo ainda.

— É um prazer te conhecer, Hall Jiwoo. – JK inverteu o sobrenome, como se faz no país de origem do meu filho. – Então, você é filho de __________? Sua mãe é bem legal, não?

Uhum. – Ele murmurou, manhoso, como quem estivesse quase dormindo.

— Por que você não entra com a tia Hyunnie, filho? Eu preciso falar com Jungkook. – Perguntei retoricamente, entregando o bebê nos braços da minha amiga, que o segurou prontamente. Dei um selar em sua testa, vendo o meu pequeno homenzinho entrar com a minha melhor amiga para casa, que me desejou um “boa sorte” mudo.

Por um longo período, depois que Joohyun fechou a porta, nós continuamos a nos encarar. Jungguk não fazia menção de que iria dizer algo, e eu não conseguia pensar em nada para dizer.

Ele viu, ele sabe que tenho um filho; Jungkook não é burro, e sabe muito bem de quem é.

— Ele sabe?

— Não. – Entrelacei meus dedos em frente ao vestido. – Jiwoo sabe quem é o pai dele, mas o pai de Jiwoo não sabe do filho. Isso poderia causar uma confusão, mas Jimin nunca vai querer ver Jiwoo, e se depender de mim, nem meu filho vai querer vê-lo.

— Ele conhece Jimin por fotos? – Aquiesci, nervosa. – Isso é errado, __________. Não pode fazer isso com Jimin.

— Ele tem uma esposa, Jungkook. – Apontei, como se isso fosse motivo o suficiente. – Duvido até que não tenha filhos. Ele deve ter pelo menos um bebê.

— Continua não sendo certo o que você está fazendo, __________. – Jungkook pontuou, revirando os olhos. – Mas, tudo bem, eu não irei falar mais nada.

— Jura?

— Juro. – Estendeu o mindinho para mim, que prontamente os selei. Encarei os olhos de JK, mordendo o lábio inferior. – Mas...

— O que?

— Eu quero te levar para sair comigo. – Ele sorriu, e eu ri. – Tudo bem para você?

— Certo, JK. Vamos sair.

 

[...]

 

(Um ano mais tarde).

 

Entrei no elevador do prédio, completamente sozinha. Nervosa, batuquei os dedos no metal da parede, me encarando no espelho. O novo anel de brilhantes poderia chamar a atenção de todos. Ouro rose e um diamante, solitário, de dois quilates. Incrível como Jungguk consegue ser exibicionista.

Claro que iríamos nos tornar noivos em tão pouco tempo. Era evidente, e só eu não percebi. Meu noivo conseguiu se dar bem com a minha melhor amiga, com os meus colegas de trabalho e com o meu filho. JK ainda conseguiu se tornar o meu melhor amigo, além de namorado. É nesses momentos que eu entendo quando dizem que o tempo não faz diferença quando se conhece alguém. Apenas nove meses depois do meu primeiro encontro com Jeongguk, ele me pediu em casamento. E não foi uma surpresa, na verdade.

Eu ainda penso em Jimin, mas não tanto quanto penso em Jungguk. Ultimamente, meu noivo tem dominado meus pensamentos, e cada memória nova dele preenche uma saudade triste que eu sentia do Park. Principalmente quando o Jeon está com Jiwoo. Meu coração parece explodir de amores quando esses dois estão juntos.

Sou desligada de meus pensamentos quando o elevador apita, anunciando que eu cheguei ao meu andar. Entretanto, assim que piso o pé para fora do elevador e encaro a pessoa que me espera ali, fico surpresa.

— __________-ah!

Animadamente, sou surpreendida com um abraço de um “pai”. Do homem que me conhece desde que nasci, praticamente. — Jiseok-ah!


Notas Finais


Então, o que acharam desse final de capítulo?
Para quem não se lembra, Jiseok é o pai do Jimin, dono das empresas Park, a qual a __________ trabalha.

Eu alterei algumas coisas no capítulo, como, por exemplo, a interação do JK com o Jiwoo, que tem apenas 1 ano e 1 mês. No capítulo anterior ele já era estranbelhado em falar, coisa que um bebê não faz. Então, me desculpem, eu me precipitei KKKK. Aliás, também troquei o sobrenome do Jiwoo. Anteriormente, era Park-Hall. Mas, como não consta o nome do pai na certidão de nascimento, não coloquei o Park.
Há também algumas alterações que vocês não estão sabendo, como coisas que irão acontecer no próximo capítulo.

Vocês acham que a __________ está certa ou errada em não querer que Jimin conheça Jiwoo? Deixem o seu feedback aqui embaixo para animar essa escritora que voltou a escrever ontem KKK
Obrigada por lerem até aqui ♡


Até a próxima ♡
byebye~♡


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