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História Humanos e...Monstros?! (Sans X Leitor) ( Reescrevendo) - O orfanato.


Escrita por: DeterminedOne

Notas do Autor


YEahh, mais um capítulo! Hehe, tenho que dizer, esse cap foi muito divertido de se escrever. engraçado porque nele só acontece desgraça também. Bom, gostaria de agradecer por todo o carinho e apoio de todos! Eu realmente fiquei muito feliz com recepção do ultimo cap; Vocês são os melhores <3 Agradeço aos 257 favoritos! Eu não tenho nem palavras pra explicar minha felicidade. Ah, a fic está em seus tempos finais, no máximo mais 10 caps!
Sem mais delongas, aproveitem o cap!

Capítulo 28 - O orfanato.


Frisk estava uma confusão. Ela havia acabado de chegar do serviço e se sentia tão cansada. Ela queria jogar todos os problemas para alto e dormir. Esquecer dos erros, esquecer as discussões, esquecer as pessoas ignorantes e as palavras sem noção expelidas por elas. Mas do nada, você chega em casa; chorando. Em um desespero tão grande que parecia afetar a pobre garota também.

Frisk queria por um único dia, esquecer do mundo, esquecer dos problemas e viver feliz com sua família e amigos. Mas, não, toda fez, um problema vinha à tona, e a trazia de volta a dura realidade, aquela brutal e dolorosa realidade.

“ _ _ o que exatamente aconteceu? ” Frisk perguntou ansiosa, seu coração martelava, e uma dúvida cruel estava em seus pensamentos. Onde estava Sans?

“S-sans está em perigo! ” Você falou novamente. Enxugando as lagrimas e soluçando profundamente. Link, neste ponto, estava chorando junto.

“M-mana...” Ele choramingou junto.

“Oh, meu bebe, não chore por favor, só vai me fazer chorar mais! ” Você abraçou Link fortemente.

“Sans, mas por que? Sans é forte, não tem como ele estar em perigo! ” Frisk respondeu, mais para si mesma do que para você. Ela não conseguia imaginar que Sans estava em perigo, aquele que ela amava, aquele que sempre esteve junto dela, a ajudando. E o pior, ela não sabia quem poderia machuca-lo, e sua única fonte, estava em choque absoluto.

“Meu pai! Frisk, ele quer usá-lo! Quer usar a alma de Sans, usá-lo como experimento! ” Você disse, tentando se recuperar.

Frisk não estava surpresa, na verdade ela já esperava por isso. Ela era uma das únicas que sabia que havia determinação na alma de Sans e que se os cientistas descobrissem, eles iriam querer estuda-lo. “Eu temia por isto...” Ela respondeu analisando a situação. “ _ _ Nós precisamos tomar uma atitude. ” Ela completou logo em seguida.

“Mas o que!?” Você a questionou raivosamente.

“Nós precisamos de provas contra eles. E nós vamos acha-las em somente naquele lugar. ” Frisk respondeu pacientemente. Ela sabia que você estava preocupada e entendia o porquê, mas agora, era necessário que ela ficasse calma e analisa-se a situação.

Você não estava entendo de primeira o que Frisk quis dizer, entretanto, depois de um minuto de reflexão a resposta veio na ponta da língua. “O orfanato. ”

“Exatamente. Nós temos que ir agora! ”

“Agora? Mas e as passagens e o SANS? ” Você perguntou confusa. Você apenas estava apenas pensando no perigo que o seu amado esqueleto estava correndo. Mais nada, você queria invadir o lugar e resgatar Sans e sair correndo.

“Eles não vão fazer nada ao Sans, pelo menos por enquanto, se não, eles já teriam feito. Ainda mais, Sans sabe das consequências, ele está trabalhando lá como espião, lembra? Mas se algo acontecer e nós por exemplo invadirmos o centro de pesquisa sem nenhuma razão, não vai ajudar nossa situação, e sim piorar. Trazer mais problemas para os monstros e assim mais desconfiança e devido a outros acontecimentos, poderia desencadear uma guerra, afinal, esse centro é como se fosse uma união entre monstros e humanos. Invadir ele seria como quebrar uma aliança! ”

Você parou por um momento, olhando para Link em seus braços, chorando. Frisk estava certa, como sempre. Você estava tão preocupada com Sans que não estava pensando na situação no angulo geral. “V-você tem razão...”

“Eu sei que você quer resgatar o Sans. Eu também quero, Deus, na verdade eu estou quase morrendo aqui. Mas não podemos ser precipitados. Eu comprei as passagens de avião hoje na hora do almoço, eu ia mesmo discutir isso com você quando chegasse, mas a situação está crítica. Posso mudar o horário do voo para hoje à noite. ”

“Ok, mas e o Link? ” Você perguntou enquanto enxugava as lagrimas do garotinho.

“Papyrus vai cuidar dele, agora, nós temos que ser rápidas. Eu não sei horários disponíveis para troca, mas se eu me apresentar como embaixadora e falar que é uma situação crítica, posso conseguir alguma coisa a mais. ”

Você se decidiu. Se isso era necessário para salvar Sans, os monstros e a humanidade, você faria, não hesitaria em nenhum momento...

“Então vamos. Vou me preparar. ” Você disse decidida, com esperança queimando nos olhos. Frisk acenou em concordância.

“Também vou me preparar. Te espero aqui daqui dez minutos.

Frisk rapidamente deu meia volta e subiu as escadas para o quarto. Você se levantou e pegou Link no colo. Subiu as escadas até o quarto e o colocou na cama para dormir.

“Mana, o papai vai machucar o tio Sans ? ” Ele perguntou enxugando mais uma lagrima.

“Não, eu não vou deixar. Agora meu anjo, prometa que vai ser forte e vai ser bom enquanto eu estiver fora. ” Você disse sonolentamente, expressando um fraco sorriso, enquanto acariciava suas bochechas.

“Eu prometo. Só não demore muito mana... ” Logo, ele caiu no sono. O pobrezinho estava muito cansado, ele havia presenciado várias emoções; e merecia um descanso.

Você se trocou rapidamente e pegou apenas uma bolça cheia de dinheiro. Saiu correndo do quarto e encontrou Frisk te esperando na sala.

“Pronta? ” Ela perguntou determinada.

“Pronta. ”

....

A viagem de avião foi longa. Durou doze horas e o fuso horário parecia te acertar como uma palmada na cara. Infelizmente, você não conseguiu pregar o olho a viagem inteira. Sempre que você fechava os olhos, você via imagens do Sans sendo torturado e machucado. Sua alma se quebrando e apenas o pó sobrando. Frisk não aprecia ter dormido também.

Chegando na Rússia, vocês logo comeram algo na lanchonete, apesar de você estar com pressa. Você não conseguia dar mais nem um passo, sua energia totalmente esgotada, sem dormir, sem comer. Você iria cair a qualquer momento, então, Frisk insistiu. Você dava graças a Deus por ela estar com você.

Depois que vocês saíram do aeroporto. Você e Frisk decidiram pegar um ônibus que levava até a Mont. Ebott Road. A viagem foi demorada, mas você não percebeu a passagem do tempo, apenas os estranhos olhares que as pessoas lançavam em sua direção, para ser mais exata, na direção da Frisk.

Ela dormia tranquilamente no seu ombro, ela já não conseguia ficar mais acordada, estava tão cansada. Você imaginava o quão confuso foi para ela, ver você chegar em casa chorando, mas mesmo assim. Ela se manteve firme e calma e te tranquilizou. Essa garota com certeza é determinada.

O ônibus parou bruscamente e o puxão acabou acordando Frisk. Ela olhou pelas janelas e você viu claramente o terror em seus olhos. Ela reconhecia aquele lugar, aquela estrada e aquele enorme monte ao fundo, por trás da imensa floresta.

“Chegamos. ” Ela sussurrou baixinho. Havia certo tremor em sua voz. Ela engoliu em seco e pegou sua mão, descendo do ônibus sem retribuir os olhares de ódios que a envolviam. “Como você pode aguentar tudo isso, Frisk? ” Você queria muito perguntar a ela. Queria saber como ela era tão forte e como ela conseguia lidar com tudo isso. Porque ao contrario dela, você era fraca e chorava por tudo.

Quando vocês desceram, Frisk começou a observar os arredores. Obviamente, ela estava tentando se lembrar da localização do orfanato. Estranhamente, todas as informações do orfanato foram retiradas da internet. Durante a viagem, vocês tentaram localiza-lo, mas nada, nenhuma informação, apenas uma página escrita “A página que você está procurando não está disponível, ela foi retirada devido a acordos na privacidade, se você tiver um problema, clique aqui para obter mais detalhes. ” Os cidadãos da cidade dizem nunca terem ouvido falar de um orfanato nas redondezas. Muito menos um localizado na estrada para o Monte Ebott.

Você observou a região. Parecia ser a divisa da cidade. A área era meio rural, ao longe, você podia ver as fazendas e os gados pastando. O sol estava nascendo e metade do céu era uma junção de amarelo com rosa, e outra, azul profundo, constituído de estrelas cintilantes. Também não se via sinal de qualquer estrada, nenhuma trilha que supostamente poderia levar a um orfanato, ou até mesmo ao monte.

Você se perguntava se isso era proposital. “Afinal, não faz sentido um orfanato dificultar o acesso de quem poderia ser futuros pais para as crianças. É como se eles não quisessem que elas fossem adotadas. ”

“Venha, acho que lembro do caminho. ” Frisk balançava as mãos para você a seguir. Rapidamente, você apertou o paço e começou a acompanha-la. Você seguia Frisk pela meta profunda, ela parava várias vezes, para tentar relembrar onde ir, e depois de meia hora de caminhada, você finalmente pode ver, grandes paredes negras se erguerem no fundo da floresta.

“_ _! Achamos, é aqui eu, tenho certeza! ” Frisk gritou, correndo na frente. Você a seguiu rapidamente. O orfanato era medonho. Com grandes paredes negras, pichadas e desgastadas, junto de grandes portões de ferro de chumbo. O vento, soprava, fazendo edifício assobiar e se mexer. As janelas estavam abertas e outras quebradas, as cortinas balançavam, mostrando um lugar mofado e escuro. O chacoalhar das arvores, apenas trazia um ar aterrorizante ao velho prédio abandonado. Nos portões, havia uma placa desbotada, onde se lia uma única coisa:

“Orfanato Розуолл” Frisk leu, arfando, havia um sorriso em seu rosto, mas ao mesmo tempo, horror. Frisk checou os portões, mas estavam trancados, com um cadeado muito grosso, que nem mesmo ela podia quebrar.

Você engoliu em seco, você sentia todos os pelos do seu corpo arrepiar, sua alma estremecia e dizia para dar meia volta e nunca mais voltar. E sinceramente, você queria muito nunca mais olhar para este lugar, mas você tinha, por Sans, Frisk e toda a raça monstro. E para descobrir os hediondos segredos de sua família. É estranho construir um orfanato nomeio do nada. É quase que impossível não haver uma relação entre este lugar e os fatos recorrentes. Parece que há algum tipo de conspiração por trás de tudo, aquelas, que a gente só vê em filmes... Além do mais, esse edifício foi financiado pelo meu pai, claro, ele fez vários investimentos, mas esse...”

“_ _?” Você ouve Frisk te chamar do outro lado do orfanato. Você rapidamente corre para se encontrar com ela, com medo de algo tivesse acontecido.

“Frisk? Você está bem? Aconteceu alguma coisa. ” Você perguntou morta de preocupação.

“Eu estou bem, apenas, veja. ” A morena apontou para um portão, que aprecia ser de um armazém, havia marcas de passagem de veículos.

“Marcas...Isso quer dizer que algum tipo de veículo entra e sai por aqui. ”

“Sim, eu verifiquei, e elas ainda estão frescas. ” Ela pausou por momento, colocando o polegar em seu queixo. “Eles devem usar um veículo para trazer materiais, comidas, ou qualquer cosi que eles usam, ou façam aqui. ” Frisk alisava pensativamente o queixo, enquanto mordia o beiço, tudo parecia muito familiar para ela, mas ela não sabia dizer porquê. 

“Deve haver alguma entrada além dos portões. ” Você pensou, tremula, você não sabia o que estava fazendo, mas se sentia apreensiva, esse lugar, ele trazia maus agouros. E todos os seus sentidos te diziam para ir embora.

“Sim, vamos procurar. ” Frisk se levantou, batendo as palmas das mãos na calça, para abanar a terra.

Você e Frisk, começaram a procurar uma entrada, procuram pelos muros, pelas grades, por alguma passagem secreta, mas nada. Não havia nada. Foi então quando você estava quase perdendo a esperança, que você viu um cano de esgoto, saindo da parede ao lado do portão do armazém. Então, você decidiu seguir até onde ele levava, ao final da trilha, você acabou encontrando a entrada para o esgoto, e observou que as barras, estavam enferrujas e abertas, dando assim, passagem.

“Podemos ir por aqui. ” Você assumiu para Frisk. Ela não parecia contente com a opção, mas ela não reclamou. Frisk sabia o que estava e risco, assim como você, que também não estava muito afim de entrar pelo cano.

“Eu vou primeiro. ” Frisk disse bravamente, arregaçando as mangas de sua blusa, respirando fundo e segurando o fôlego, ela entrou, passando pelas barras, começou a andar pelos canos, que escorria líquidos. Você foi logo sem seguida, passando mão nas superfícies do tubo, que era cheio de mofo e substancias que sinceramente você não queria saber o que eram. Você rastejava e sentia a agua suja, molhar suas pernas, os líquidos pegajosos te davam calafrios.

“Me sinto o Mario. Só que menos elegante. ”

Frisk estava quieta na frente, ela não havia dito nenhuma palavra. Ela queria sair logo daquele cano, sair daquela sujeira. Você e a morena continuaram caminhando até chegar em uma pequena área que parecia ser o pátio, havia brinquedos de praça, como gangorras, escorredores e etc. ao redor, haviam arvores secas e mortas. Tudo aprecia abandoando e aos pisos estavam desgasto. Havia uma corrente com uma fechadura na saída do túnel. Que possivelmente servia para as crianças não entrarem nos canos.

“E agora? ” Você perguntou, achando que tudo aquilo teria sido em vão. A viagem, os esgotos, o esforço. Perdendo todas as esperanças.

“He. ” Frisk riu, retirando uma faca de dentro de blusas rapidamente dando um golpe nas correntes a cortando.

Você quase caiu de queixo.

“Bom, apesar de ser a Chara que é a profissional com as facas, eu também não sou um fracasso. ” Ela disse sorrindo convencida.  

“Porque você não usou nos portões? Poderia nos poupar de toda essa sujeira nojenta. ” Você perguntou fazendo cara de nojo.

“As barras do portão eram grossas demais. Não davam para cortar, mas essas são finas, então...Uma coisa leva a outra. ” Ela respondeu rapidamente.

 Você quase emourou ela para sair logo daquele cano, mas acabou rindo. Você finalmente saiu dos esgotos, pisando em terra firme.

“O que será que vamos encontrar aqui? ” Você se perguntou, cruzando os braços.

“Possivelmente, atrocidades. ” Frisk respondeu sombriamente. Você podia sentir a tensão sobre elas. Seus punhos estavam cerrados, assim como suas sobrancelhas, havia dor e rancor em sua expressão. “Vamos, eu sei onde ir. ”

Frisk começa a andar apressadamente pelo local, você a seguindo logo atrás em silêncio. Você achava que seria melhor ficar em silencio. Você continuou a seguindo pelos lances de corredores e escadas, era como se ela conhecesse cada canto daquele lugar, cada sala, cada vão. E quanto mais você andava, mais você sentia que ia se aprofundando na escuridão do orfanato. Os pisos cada vez amis degradáveis, cada vez mais medonhos, você jurava que podia ouvir vozes, gritos de dor. Vozes desesperadas, as mesmas de seus pesadelos, enquanto os corredores pareciam cada vez amis com o que você viu em seus sonhos, aquele cheio de corpos mortos, aquele onde o corpo pútrido de sua mãe estava largado.

Frisk parecia cada vez ami ansiosa e apreensiva, você podia ouvir o coração da morena explodir, sua expressão de dor e remorsos se misturando com medo, havia tanto pavor, seu corpo parecia tremer e contorcer, era como se ela estivesse lutando contra si mesma para continuar em frente. Dor dilacerava sua alma, cortando e abrindo velhas feridas que haviam na mesma.

“Aqui. ” Ela sussurrou, melancolicamente, sua voz era chorosa. Ela parou na frente de uma escada, que parecia dar a um sótão. Era a última entrada em um dos últimos corredores, estranhamente, havia uma luz funcionando em perfeito estado naquele lugar. Você se aproximou e observou o corpo dela tremer. Quase que inconscientemente, você pegou nas mãos dela.

“Frisk, juntas nós vamos recuperar nossas esperanças. Vamos juntar passar por isso. ” Você disse mostrado o seu melhor sorriso. Era difícil para você sorrir, imagine para ela, que parecia saber exatamente o que acontecia neste lugar.

Após alguns minutos de compreensão. Frisk sorriu de volta. “Obrigada, eu não conseguiria sozinha. ” Você sorriu novamente para ela e respirando fundo. Você e ela começaram a descer as escadas, que ao pisar, você percebeu que elas não eram de concreto, e sim de metal, metal polido. Os passos de metal ecoavam pelo local completamente escuro. Frisk parecia estremecer a cada passo que vocês duas davam.

Quando vocês começaram a se aproximar do fim das escadas. O local embaixo foi se revelando. Bem iluminado e polido. “Polido recentemente, pessoas continuam fazendo algo aqui. ” Você sentia um grande mal pressentimento. Frisk estava nervosa, olhando rapidamente para todos os lugares, com medo de que alguém viesse.

“Frisk, se acalme, eu vou te proteger. ” Você apertou mais forte a mão de Frisk, em tentativa de consola-la; ela respirou mais fundo e pareceu mais calma. Você também estava apavorada, mas estava tentando se mostrar forte, por ela, porque se você mostrasse a ela que estava com medo, só pioraria as coisas.

Quanto mais você andava mais parecia evidente a presença humana. Ao chegar ao fim do corredor, Frisk parou, e se aproximou de uma porta de metal, daquelas em navios e submarinos, com uma grande válvula para abrir. Ela tentou forçar, mas era muito forte. “Espera, eu ajudo. ” Você disse colocando as mãos na válvula. “No três ok? ”

“Ok. ” Ela respondeu fracamente. Juntas, vocês forçaram a válvula, ela parecia meio emperrada, mas tiveram sucesso e abriram. Ao passar pela porta de metal, você se deparou com um grande corredor cinza, com ladrilhos de laboratório, as luzes estavam nitidamente acesas e o piso brilhava, resplandecendo a luz das lâmpadas.

Naquele momento, você tinha certeza de uma coisa. Você iria descobrir definitivamente os segredos sujos da sua família.

Você se voltou para checar como Frisk estava, afinal, ela com certeza sabia algo sobre esse lugar. Você a encontrou tremendo, e seus olhos douradas, esbugalhados, seus lábios tremiam e medo se espalhava em seu rosto. ”Frisk? ” Você a chamou gentilmente. A morena se virou para olhar para você, lentamente.

“N-nós, nós precisamos acessar o computador central. Lá...” Ela parou, gesticulado as mãos rapidamente, parecia estar sem folego. “Lá, nós iremos encontrar um log dos “pacientes” e dos projetos. ” Ela gaguejou, largando sua mão e começando a andar desiquilibradamente pelo corredor. Você a observou cética, Frisk estava estranha, era como se ela estivesse alucinando.

“Frisk? ” Você a chamou, mas não recebeu nenhuma resposta. “Frisk? ” Você a chamou novamente, engrandecendo a voz. Desta vez, ela se virou, e lhe mostrou uma expressão morta, seus olhos eram sem brilho e suas írises haviam sumido.

“Ah, sim? ” Logo que imediatamente, ela despencou no chão, seu corpo mole caindo desajeitadamente.

“Frisk! ” Você gritou espantada, correndo até sua amiga, a pegando no colo. “Frisk? Frisk! ” Você gritava seu nome desesperada, balançando a garota, para que ela voltasse a si, seus olhos estavam abertos, mas não havia vida neles.

“Eu me destruí uma vez. Ah, ESTÃO CORTANDO A PELE. ” Ela repetia essas palavras desconexas, e aos poucos, seus lábios foram tecendo um sorriso, psicótico. “É ISSO SUA MALDITA TOLA, SIGA AS REGRAS. ”

“Frisk? ” Você a chamou novamente, temendo o pior, o riso doentio em seu rosto e sua voz esgarrada pareciam cravar fundo no núcleo seus pesadelos, como se os seus piores medos começassem a se tornar real, sugando toda a felicidade e luz.

Então, de repente, Frisk parou; seus olhos se fecharam, seu corpo perdeu forças e ela desmaiou. O som de suas risadas cessou, as vozes, cessaram, os choros cessaram. “Frisk? ”

A menina abriu os olhos novamente, vermelhos como sangue, brilhando em malícia. O sorriso característico do demônio que vêm quando chamam seu nome. “Frisk, já não está mais aqui. Hehe. ” A voz de Chara, crescendo e crescendo, sua risada aguda cortando e raspando. Ao ver aqueles olhos em puro ódio, você queria correr desesperada, mas você não conseguia. Suas pernas paralisaram, sua mente, não conseguia raciocinar. Você só sentia o medo subir pela sua garganta.

“Agora, feche os olhos. ” As palavras de chara foram reproduzidas junto de uma risada histérica. Você já não conseguia aguentar, seu corpo tremia, e era como se algo estivesse acordado dentro de você. Sua visão perdeu o foco, tudo foi brilhante. Algo estava chamando para você...

...

Você acorda em uma escuridão profunda. Não havia nenhum sinal de luz. Apenas grandes bostões brancos a longe, janelas, de diversas cores e tamanho. Não havia som e não havia fim. Não havia nem como dizer se você estava andando flutuando, ou em pé.

“Interessante, não é? ” Uma voz sarcástica e nebulosa soou de trás de você.

Você se virou rapidamente. Atrás de você estava Chara, sorrindo maliciosamente, com seu olhar psicótico e seus vermelhos olhos brilhantes. Ela usava um moletom folgado verde, com listras verdes, eles davam contraste a seu cabelo marrom vivo.

“Chara, onde estamos? ” Você perguntou desconfiada. Estranhamente, você não sentia nenhum medo aqui.

Chara riu, balançando as mãos em deboche. Certa irritação em seu rosto “Você realmente não tem nenhuma ideia? Não depois de tudo o que você viu em seus pesadelos? Em todas as pequenas informações e detalhes que ‘ele’ deixou? Nossa, você realmente é uma idiota. ” Ela levantou olhar e encarou seus olhos. “Estamos em nenhum lugar e ao mesmo tempo em todo lugar. ”

Você reclamou, cruzando os braços. Fazendo um olhar de desgosto. “Pare de falar em enigmas. Onde está Frisk, onde estamos? ” Você a repreendeu, se aproximando, para tentar convence-la

“Tsh. Não é enigma, é a verdade. Estamos em um lugar que Frisk gosta de chamar de ‘O lugar entre dois mundos’ ou como eu gosto de chamar. “Menu. ” Sorriso orgulhoso se espalhando em seu rosto.

“Menu? ” Você pareceu intrigada e curiosa sobre a estranha palavra usada.

“Sim, é aqui onde as escolhas são feitas. Onde eu posso ver todas as possibilidades, todos os universos, todas as timelines. É um bom divertimento, compensa estar presa eternamente neste vazio. ” Ela disse sorrindo tristemente. Pela primeira vez, você viu uma expressão diferente daquela que Chara normalmente demonstra. 

“Escolhas, timelines, universos? ” Você a questionou, olhando para as janelas, a quais mostravam diferentes lugares. Você podia ver em uma delas, um céu estrelado, com planetas e meteoros. Outro, um lugar escuro e vermelho. Você jurava ter visto um Sans com dente dourado.

“Sim, você sabe. Existem diferentes universos, diferentes possibilidades, uma, onde Frisk morre, outra onde ela sobrevive, uma onde você existe e outra em que você não existe. Inúmeras possiblidades. Os resets eles são o ponto de início para tudo. Frisk explicou você, lembra? ”Chara apontou para os grandes botões na sua frente. Você se virou na direção deles e viu que havia algo escrito.

“Reset. ” E olhando para o outro ao lado. “Continue. ” Dois botões brancos brilhando em contraste. Você sentia eles te chamarem. “Chara...” Você disse se virando de volta para ela. “Por que estou aqui? ”

O olhar de chara vacilou, suas pupilas se arregalando, o vermelho sem tornando obsidiada. “Por incrível que pareça. Eu quero ajudar. ” Ela respondeu com desgosto.

Você parou por um instante para raciocinar; E involuntariamente você começou a gargalhar histericamente. Chara fechou a cara e cruzou os braços, suas bochechas se torando vermelhas de raiva. “Ai, espera...” Você diz entre as risadas, tentando recuperar o fôlego. “Nossa, Chara, eu pensei que você odiasse piadas, hahaha. ” Você completou se endireitando e limpando uma lagrima do olho.

“ARRG! É sério! Você realmente acha que eu ficaria feliz em estar visitando aquele laboratório!? Você acha que é legal rever todos os horrores, toda a dor, os gritos e as vozes! Aqueles dizendo para você desistir, para se entregar, como se parasitas estivessem no seu corpo devorando tudo. E não podendo fazer nada para escapar a não ser DESISTIR DE SI MESMA! ” Chara gritou, seus punhos cerrados, sua expressão aterrorizada, olhos que mostravam desesperança, como se a vida não valesse pena, ela tremia compulsivamente, lagrimas escura como a própria escuridão vazavam de seus olhos.

Você se calou, percebendo que Chara, assim como Frisk, havia sofrido naquele lugar. Você podia ouvir ela soluçar. Então, um silêncio tão profundo como a própria escuridão se instaurou sobre vocês. “Chara, eu sinto muito. Eu não consigo nem imaginar o que você passou...” Você finalmente disse quando os soluços cessaram.

“Ah, é claro. Você não tem nem ideia que é a substituta. ” Chara voltou a falar após alguns segundos.

Ah? Substituta? O que isso quer dizer. Eu, talvez, eu também faço parte da experiencia? Uh, sinceramente eu não duvido, meu pai, ele é louco. Além de que, eu me lembro das vacinas que ele injetava em mim quando eu era criança...”

“Seu silêncio me incomoda. Bem, acho que você vai entender tudo quando ver com seus próprios olhos. ” Chara anunciou normalmente. “Eu, por incrível que pareça. Gosto da Frisk, fomos parceiras, eu que a ajudei durante sua jornada pelo subsolo. Dando informações sobre os monstros e etc... Ela é uma pessoa muito boa e misericordiosa, ela me mostrou que a humanidade não é de todo ruim. Mesmo que ela tenha sofrido as mesmas coisas que eu, nas mãos das mesmas pessoas. Diferente de mim, Frisk não tem ódio, apenas medo...”

Você estava surpresa com a sinceridade de Chara, não parecia haver malícia, nem sarcasmo em sua voz. Ela estava dizendo a verdade e realmente se preocupava com Frisk. Toriel e Asgore tinham-lhe contado que Chara odiava a humanidade, mas ela nunca havia dito o porquê disso. Você agora, tinha grandes suspeitas sobre o motivo.

“Mas, porque você me atacou? ”

Chara revirou os olhos e cuspiu em deboche. “Você é idiota? Eu acabei de dizer que me preocupava com ela e ela estava magoada! Magoada com Sans e com você. Eu apenas estava me vingando...por...ela...” As palavras de Chara foram morrendo lentamente enquanto um leve rubor crescia em seu rosto.

“Oh...” Foi a única coisa que você conseguiu dizer. Parece que Chara realmente se preocupava com Frisk, você imaginava que ela era como uma Yandere.

“Bom, isso não importa! ” Chara falou rapidamente. Sua expressão caindo devastadoramente. Ela estava realmente irritada.

“Você ainda não me disse o porquê de eu estar aqui. ” Você a pressionou novamente.

“Eu queria conversar com você. Neste lugar o tempo não passa e ninguém pode nos ouvir. Frisk está em um sono profundo agora, mas ela está sã. Eu não queria que ela visse o que eu vou te mostrar...” Ela respondeu descruzando os braços e se aproximando de você.

“E o que seria isso? ”

“Não consigo expressar em palavras. Apenas me diga se aceita fazer um contrato comigo? ” Chara perguntou estendendo a mão. Sua expressão era vazia e simples, ela soava angelical, como se estivesse tentando pagar por seus pecados.

Você deu um passo para trás. Desconfiada de suas últimas palavras. Você ainda não conseguia acreditar firmemente na garota psicótica. “Não, não é certo isso. Chara não é confiável, não importa quanto suas palavras soaram verdadeiras, Frisk me alertou para não fazer acordos com elas... Ela é manipuladora...”

“Vamos, eu não quero passar mais tempo aqui, as vozes, as estão aumentando! ” Chara falou com perseverança, balançando seu braço. “Vozes, quais? ”

“Eu não sei Chara...”

“Se você não quer! Apenas aperte no continue! Vai voltar, mas não vai encontrar nenhuma informação no computador. Eles fazem uma limpeza diária no hardware. Mas, eu posso te mostrar uma sala secreta com os arquivos. ”

"Hum..." “Droga, ela tem razão, Fisk está muito abalada e não conseguiria me ajudar. E eu já estou fodida, e ela realmente parece querer ajudar...”

“Bom, eu não tenho nada a perder...” Você diz pegando na mão de Chara. Ela sorri deslumbrante.

“Acordo feito! ” Neste exato momento Chara aperta no continue e você sente seu corpo se separar em milhões de pedaços, como se os seus átomos do estivessem se separando e desaparecendo.

...

Você recobra seus sentidos, Frisk, está em pé na sua frente. Os olhos vermelhos como obsidianas fitando você em irritação. “Frisk?”

“Nossa que demora...” Chara reclama, batendo o pé e revirando os olhos.

“Chara...” Você diz insatisfeita ao se levantar do chão. “O que você vai me mostrar? ”

“A verdade. ” Chara diz quando começa a se locomover pelo lugar. “Agora vamos rápido, há pessoas neste laboratório, não podemos ser pegas. ”

Chara rapidamente virou à esquerda do corredor e você se apressou para segui-la. Ela te levou por vários corredores, passando lentamente pelos lugares, com o mínimo de cuidado para não fazer nenhum barulho. Você jurava poder ouvir vozes de pessoas, gritos de socorro, e conversas paralelas. Chara parou em frente a uma parede branca e começou a passar a mão nas rachaduras. Logo, ela achou o que parecia ser um vão de uma porta secreta.

“É aqui. ” Chara anunciou, pressionando e puxando.

“Como você sabe sobre este lugar? ” Você a observou em curiosidade.

“Gaster. ”

A pronuncia do nome fez você gelar. “Como ela o conhece? Sans não compartilhou nenhuma informação sobre ele após Gaster ser preso, mas Chara, como ela o conheceu? Ela era viva quando Gaster estava vivo? Mas parece que ele se foi a tanto tempo. ”

“Você vai entender tudo. ” Chara finalmente disse quando conseguiu abrir a porta. Você entrou antes dela; O lugar era um laboratório velho, esse estava todo empoeirada e parecia ter sido abandonado. Havia prateleiras de metal com vários livros e caixas. Uma escrivaninha com diversos papeis, e um tapete vermelho sujo se se estendia por tudo o chão. Você continuou andando e acabou tropeçando em algo pequeno e solido. Frisk, agora chara, acabou puxando seu braço, te impedindo de cair. Apesar de tudo, ela tinha bons reflexos.

“Cuidado parceira, ninguém quer morrer aqui, certo!?” Ela disse rindo. Você deu a ela um olhar censura. “Me surpreendo por ela ter me salvado. ”

“O que é isso? ” Você se abaixou e foi atrás do objeto que quase causou sua queda. Era uma seringa cilíndrica com um liquido amarelo florescente. O frasco estava rachado e o liquido vasava sobre as suas mãos, a espessura dele, era familiar.

“Qual é a probabilidade de isso ser o que estão dando no colégio? ” Você perguntou se virando para ela expressando grande preocupação.

“Ding, ding. Temos um vencedor. Eles estão dando isso. É determinação liquida, ela não faz mal para o corpo nem para alma. Mas tem que usá-lo com parcimônia. “ Chara respondeu dando soquinhos em sua cabeça.

Você ouvia Chara murmurar algumas coisas ilegíveis enquanto ela divagava pela sala. Ela passava a mão nas escrivaninhas. Era como se ela sentisse nostalgia do lugar. 

Hesitantemente você faz o seu caminho para o primeiro conjunto de gavetas, o laboratório era bastante pequeno, prateleiras sobre prateleiras, cheias de informações, arquivos de informações. Em um canto parecia haver equipamentos quebrados, monitores antigos abandonados. Tudo estava muito empoeirado, era como se os próprios cientistas do lugar, não soubessem da existia desta sala.

Abrindo as gavetas dos armários, você encontrou fichas medicas organizadas em ordem alfabética. Todo o material estava muito empoeirado e o papel parecia flácido e poderia esfarelar a qualquer momento.

“Você está procurando algo em específico? ” Você perguntou de trás do armário.

“Uma caixa com fitas VHS” Chara respondeu rispidamente. Ela estava com todas as suas atenções voltadas à procura da caixa.

Ignorando a fala de Chara, você se voltou para a gaveta e puxou uma das fichas, você a abriu, abanou a poeira, e se pois a ler.

“Sujeito Nº 326 – Número do protocolo 3567. 
 Nome – Alice WanderGarden.
 Idade – 12 anos
 Peso Médio – 30, 67 Kg
 Altura – 1,52
 Destreza da Alma – Azul Ciano – Paciência
 Nível de Determinação – 35%
 

Analise – Testes Beta, demonstram que o sujeito apresenta pouca quantidade de Determinação em alma. Experimentos mais recentes em outros portadores da mesma definição de alma, revelaram serem incapazes de resistir a grandes concentrações de Determinação, ocasionando a quebra de sua alma, os levando a óbito. Nós levando a crer que almas com a destreza ‘paciência’ contem quantidades de determinação e resistência extremamente inferiores a outras destrezas. Apesar, de que, não podemos afirmar nada e mais testes deverão ser feitos. ”

Quando você terminou de ler, você não havia percebido que estava chocada, com os olhos lacrimejando. Estava literalmente escrito que eles usaram crianças para testes e experimentos. Experimentos que causavam a morte. Você se perguntava quantas, quantas crianças haviam sido usadas, quantas morreram. Haviam Frisk e Chara passado por isso? Haviam elas sofrido?

“Quantas...? ” Você perguntou baixinho para Chara. Sua voz estava fraquejando e sua garganta estava seca. 

“O que? ” Chara questionou se virando para olhar para você. Um olhar desentendido e um pouco raivoso havia em seu rosto.

“Quantas crianças!? Quantas!?” Você gritou amassando a ficha em suas mãos. Ódio em suas palavras, revolta em seu olhar, medo. Você não conseguia acreditar que alguém tinha coragem de fazer isso. Usar crianças para experimentos tão cruéis, brincar com vidas inocentes, brincar de Deus. Que tipo de monstros seriam esses? Aqueles que passam por cima de tudo e de todos para cumprir seus objetivos! Sem ligar para aqueles que eles estão afetando, usando, ao trilar esse caminho.

Chara silenciou. A raiva e sua expressão desdenhosa desapareceu; ela abaixou a cabeça e cerrou os punhos. “Não tenho certeza, mas, aproximadamente mais de 3.000 mil crianças nos últimos 190 anos. ” Chara expeliu com dificuldade. Todo o ódio que ela tinha a humanidade era explicável, porque para ela, eles não eram monstros, mas sim demônios.

Revoltada, você se voltou as gavetas, lendo fichas atrás de fichas. Inúmeros nomes, inúmeras crianças, inúmeras vidas tiradas, inúmeras famílias destruídas. Você já não conseguia esconder as lagrimas que escorregavam pelo seu rosto. Você já havia chorado tanto, mas mesmo assim, a tristeza daquelas crianças perfurava você. Você imaginava elas, seus sonhos, seus sorrisos, seus desejos. Elas nunca tiveram uma infância, nunca foi dada a elas, a oportunidade de serem crianças.

“Pare com isso. Relembrar isso não vai mudar a situação...” Chara se aproximou, colocando a mão sobre o seu braço, em um gesto para que você parasse. Ela balançou a cabeça negativamente. “Não vale a pena...”

“Não é justo! Ninguém lembra delas! Elas foram esquecidas aqui! Usadas como bonecas e jogadas foras quando não prestavam mais! Elas nunca receberam amor! ” Você puxou seu braço de volta e soluçou entre suas palavras. Você se sentia tão vazia, não sabia nem mais distinguir suas emoções. 

“Ninguém nunca disse que era justo! Por que você acha que estou te ajudando? Eu quero justiça, eu quero ver eles queimando, eu quero causar tanta dor neles quanto eles causaram nelas e em MIM! eu quero mostrar a eles o meu tipo de amor! L.O.V.E” Chara retrucou. Seus olhos ardendo em ódio. Você podia sentir o olhar dela cravar e queimar. Se encolhendo, você começou a enxugar as lagrimas.

Você estava perplexa. Você foi tão insensível, ela entedia muito melhor a dor que as crianças haviam passado. Porque ela também havia sofrido do mesmo destino. Chara nunca recebeu amor e talvez por isto se tornou o que é hoje.

“Me desculpe, foi insensível da minha parte. ” Você falou após alguns minutos de chororô.

A garota deu ombros e voltou a sua busca; se recuperando por completo, você começou a busca pela caixa...

Após alguns minutos, uma duvida não saia da sua cabeça. “Huh, você disse que isso vem acontecendo a mais 100 anos...” Você disse, tentando puxar assunto.

“Sim, sua família tem estado envolvida nisso desde os primórdios. ” Chara respondeu casualmente, enquanto remexia caixas velhas, ela estava perdendo a paciência.

“Porque será que isso não me surpreende. Tenho encontrado tantos problemas e atrocidades que foram cometidas por minha família, que, seria estranho se meus tataravôs não estivessem envolvidos. ”

Fechando as gavetas com arquivos que você havia aberto. Você se voltou para o canto com os equipamentos quebrados. Olhando mais atentamente, você encontrou um velho reprodutor de fitas VHS e ao lado, uma caixa, lacrada com uma fita raspada.

“Chara, acho que encontrei. ” Você anunciou, abanando a mão para a garota. Ela rapidamente se aproximou e pegou a caixa com veracidade, jogando a em cima da mesa, fazendo a poeira se levantar por todo o lugar.

“Enquanto eu procuro a fita, coloque aquele reprodutor para funcionar. ” Ela disse em tom de ordem. Você fez cara feia para ela, mas ela nem ligou, estava entretida em sua buscar pela fita.

Pegando o reprodutor, você o conectou a tomada e ao pequeno monitor. O aparelho parecia estar funcionando perfeitamente. E a tela azul logo iluminava a pequena sala. “Ah, que nostalgia...”

Você observou Chara procurar nervosamente a fita na caixa. Ela parecia estar com pressa e suor escorria pela sua cara fechada. “TADADAAAA. Achei! ” Chara gritou vitoriosa erguendo a fita VSH para o alto. “Aqui. ” Ela diz entregando a fita.

Você pega a fita e a coloca no reprodutor. A tela pisca em estática e logo começa a rodar. Chara saiu de perto para procurar mais informações. Ela não queria rever aquilo.

Você observou a tela. Era uma gravação em primeira pessoa. Havia uma menina pálida com cabelos castanhos sentada em uma única cadeira em meio de uma sala branca. Você se aproximou mais da tela e acabou reconhecendo a garota. Era Chara.

“Chara, você poderia me dizer novamente o que você tem visto e sentido? ” Uma voz fria e impiedosa soou finalmente. Uma voz que você reconhecia muito bem e causava arrepios em seu corpo. “Gaster...”

“Corpos, corpos deformados, rastejando pelas paredes, pelo chão. Rachaduras escondem a escuridão. Vozes. Vozes por todo o lugar. Vozes me dizendo para desistir, vozes implorando pela minha alma. Elas querem ser completas de novo. ” Chara sussurra. Seus olhos eram vazios, mas sua fala, era morta.

Você ouve Gaster rabiscar algo em uma folha. “O que mais elas te dizem? ”

“Elas me dizem para matar todos aqui. Elas me dizem para eu ceder o controle. Elas dizem que não vale a pena lutar com o demônio amarelo. ”

“Quem seria esse demônio? ” Gaster pergunta, sua voz, preenchida com um pouco de curiosidade.

“Determinação...” Chara responde, abrindo um sorriso, psicotico. Junto de uma risada estridente. Ao mesmo tempo, você ouve batias fortes na porta.

“GASTER! SAIA DAÍ IMEDIATAMENTE, NÓS ENTREGUE O SUJEITO BETA. GASTER! ” Uma voz rouca e penosa batia fortemente na porta. O sorriso de Chara desabou, uma expressão desesperadora tomou o lugar.

“Sr Gaster, não deixem me levar, por favor! POR FAVOR! ” Chara se contorcia na cadeira, colocando as mãos sobre a cabeça, ela gritava desesperada.

“Tenha calma Chara, me diga, você sabe de quem são essas vozes?” Gaster perguntou apressadamente. Nervosismo estampado em sua voz.

“AHHH! Parem, parem! Não, eu não vou quebrar de novo, NÃO! ” A morena esperneava. Sua voz estridente rasgando sua garganta. Irradiando uma energia estranha.

“Acalma-se Chara, você precisa aguentar! ”

“GASTER! EU VOU ARROMBAR ESSA PORTA; NÓS DEVOLVA O SUJEITO BETA! ” O homem gritava ainda mais forte, as batidas, juntos dos gritos, uma fusão de vozes ensurdecedoras. Sua cabeça doía e o reprodutor chiava.

“Chara, de quem são as vozes? Você precisa me dizer, o destino dos humanos e monstros depende de você! ” Gaster gritou, indo a encontro de Chara, pegando nas mãos da garota.

“E-elas, e-las são as crianças, suas, suas existências não desapareceram por completo, elas estão no v-vazios, e-elas querem ser completas de novo. Mas...” A garota soluçava sobre suas palavras, seus olhos inchados, vazio cheio de medo e dor.

“Mas? ” Gaster perguntou em ansiedade.

“E-Elas, ahhhhhhhhhhhhhh! ” Chara voltou a gritar. A cabeça da garota explodia em dores. Vozes e sons de todos os lugares, aranhões sendo feitos pelo seu corpo, pele sendo cortada. Ela vai no chão e se contorce, espumando pela boca. Gaster paralisa, sem saber o que fazer. E em questões de segundos, ela simplesmente para.

“Chara? ” Gaster pergunta chamando a garota.

“Elas precisam de um hospedeiro. Elas precisam de mim. ” Ela disse casualmente enquanto se levantava. Seus olhos brilhando em dourado.

“Chara? ”

“Hehehe. Quem está no controle? ” Chara levanta olhar. Suas pupilas dilatadas cintilando em pura determinação.

Neste exato momento, a porta é arrombada, um velho entra na sala branca junto de três guardas. Ele grita algo inaudível. Um barulho alto de estática aparece e a fita é cortada, dando lugar a uma tela preta.

Você não disse nada. Apenas engoliu em seco e deixou ser absorvida pela escuridão e o silêncio da sala.

“O que aconteceu depois? ” Você perguntou sem nenhuma emoção na voz. Chara saiu do canto e cruzou os braços.

“Eu perdi o controle sobre a Determinação que havia em minha alma. E uma onda de determinação estourou do meu corpo. A onda acabou explodindo um tanque de gás e o orfanato entrou em chamas. Gaster aproveitou a deixa e escapou comigo e com outras seis crianças. Ele nos levou para o Mont. Ebott. O único lugar onde estaríamos salvos dos cientistas e da humanidade. Mas nós mal sabíamos que os planos de Gaster eram outros. ”

“Por que ele levou apenas você e outras seis crianças? E o resto? ” Você perguntou indignada. Você tinha uma suposição do que Gaster teria feito com as crianças depois da fuga.

“Porque eu fui o primeiro experimento que deu certo. E as outras crianças estavam perto de serem outro sucesso. ” Ela explicou com desdém em sua voz. Era como se Chara quisesse que você descobrisse tudo por si só.

“Chara, o que exatamente eles estão tentando fazer? ” Você perguntou se levantando.

“Eles querem criar uma alma perfeita. Imortal. Eles descobriram que em todas as almas há uma substância chamada de Determinação e que ela é responsável pela nossa vontade de viver. Eles imaginam que se um corpo tiver grandes quantidades de determinação, eles podem enganar a morte. ”

“Isso quer dizer...”

“Os resets, eles são tudo fruto dessas experiencias. A capacidade de enganar a morte, de voltar, de refazer tudo. ” Chara respondeu sombriamente, te entregando outra fita. Você a pegou, mas ainda tinha uma dúvida.

“Chara, você disse que foi um sucesso. O sujeito Beta, mas, como eles sabem que você era um sucesso? ”

“Não está claro? ” Chara sorriu sadicamente para você, passando a mão pelo pescoço. “Eles me mataram. Mas eu me recusei a morrer...”

Você sentiu gelo percorrer pela sua espinha. A Forma que ela dizia isso tão calma e conformada, fazia você se perguntar, se ela ainda era humana.

Você se voltou para o porquê de ela ter te entregado outra fita. “Qual o objetivo dessa? ”

“Nesta fita tem a verdade sobre a sua existência. Não vou te obrigar a ve-la, mas estou de dando a oportunidade, veja por conta e risco. ”

“A verdade sobre a minha existência... Talvez aqui esteja a respostas para o porque de eu ser o substituto, mas, parece ser algo a mais. Eu realmente devo ver isto. Vale a pena? O que eu vou encontrar aqui... Eu já sei que também sou usada de alguma forma pelo meu pai, mas...”

Jogando os pensamentos para longe. Você se sentou no chão e retirou a fita velha, colocando a nova. Ansiedade subindo pelo seu corpo, arrepios e medo, suas mãos tremiam. Você não estava preparada para ver a verdade, qual quer que fosse ela.  

“Teste 3244 – Entrevista número 10.

Paciente: Elizabeth Hopesky....”

Você imediatamente congelou. Suas mãos começaram a tremer e você estava cambaleando. Você não conseguia acreditar, você não estava surpresa com o fato de que a voz calma e desprendida era a de seu pai, mas sim no fato de que sua mãe, foi uma das experiencias malucas que aconteciam naquele lugar de escuridão. Sim, você não tinha dúvida. Hopesky, o nome de solteira da sua mãe. Agora tudo fazia sentido, as brigas, os traumas, tudo. O porque dela tentar impedir seu pai, o porquê de ela ter sido assassinada! A fita não havia terminado, mas você a arrancou rapidamente. Você não queria mais ouvir ou ver nada daquilo.

“Eu não consigo acreditar, desde o começo, esse, esse demônio tem estragado a vidas de tantas pessoas e da própria família. Tudo por causa da ganancia, tudo por causa, de poder. Do que adianta imortalidade se você não tem ninguém para compartilhar sua vida.... POR QUE!? ELE É CAUSA DO SOFRIMENTOS DE TANTAS FAMÍLIAS. A MINHA FAMÍLIA INTEIRA É CAUSA DE DOR E RANCOR DE TANTAS PESSOAS! ELE MERECE QUEIMAR NO INFERNO! ”

Você não queria chorar, você já havia chorado demais, e isso não adiantou em nada. Você seria forte agora e iria fazer Daniel Reed pagar por toda a dor que ele causou. “Será que alguma vez ele sentiu algum carinho por mim ou por minha mãe. Ou apenas nas vias como bonecas? ” Você sentia que a sua vida inteira era uma farsa. Tudo o que você viveu foram mentiras sobre mentiras. Uma teia de traição e ódio, cheia de mistérios e segredos.

Você se levantou novamente. Olhar Determinado e Esperançoso em sua face. Você não iria deixar Daniel machucar mais ninguém da sua nova família. Você iria protege-los. Você iria proteger Frisk, e principalmente, Sans.

“Chara, eu preciso de mais informações. Onde Frisk se encaixa nessa história? ” Você perguntou, procurando nas gavetas, alguma ficha de Frisk.

“Frisk é a filha de uma das crianças que cresceram aqui...” Chara diz um pouco revoltada.

“Filhas, mas como...” Você levou um choque de surpresa. Levando as mãos pelo corpo. “Elas...elas...”

“Sim... Cientistas que trabalham neste lugar, estão, a toda hora e a todo momento trabalhando. Eles não têm férias ou divertimento. Então, quando eles acham uma paciente com aspectos físicos atraentes, eles, eles...” Chara não foi capaz de terminar a frase. Mesmo ela sendo o demônio que dizem, ela também tinha um pouco de compaixão.

“Minha, mãe então...” Você mordeu os lábios, cerrando os punhos.

“Possivelmente...”

“Por que esse lugar está tão empoeirado...? ” Você disse ao olhar ao redor. Você queria encontrar alguma informação sobre Frisk. E pós a se ler as fichas que haviam na gaveta. Não encontrou nada, mas uma, te chamou a atenção.

“Sujeito Nº  664 – Número do protocolo 3567. 

 Nome – Chara GoldFlower.

 Idade – 13 anos

 Peso Médio – 28, 63 Kg

 Altura – 1,48

 Destreza de alma– Vermelha – Determinação.

 Nível de Determinação – 100% Exceder o limite pode causar danos graves.

Analise – Sujeito Beta é o que nós temos de mais próximo de nosso objetivo. Nossos testes mostram que eles têm uma das maiores quantidades de DETERMINAÇÃO presentes, em comparação aos outros sujeitos. Testes anteriores mostraram que é possível aumentar a quantidade de DETERMINAÇÃO possuída pelo sujeito, porém a injeção de uma quantidade muito forte de uma só vez, causaram consequências dolorosas. Outros seis sujeitos, mostraram os primeiros sinais de promessa, no entanto eles foram incapazes de lidar com o aumento de DETERMINAÇÃO. O que ocasionou ferimentos irreparáveis. Sujeito Beta apesar de tudo, demonstra comportamento violento, como o abuso deu uma enfermeira e a provocação de mordidas nos cientistas em uma tentativa de resistir a um teste. ”

“Bom, esse era o escritório de Gaster, eles o obrigavam a trabalhar para eles. Provavelmente depois da fuga, eles fecharam o local e guardaram todas as pesquisas dele. ” Chara respondeu observando você sem entender suas ações. “O que você está fazendo? ” Chara perguntou raivosa. De alguma forma sua espontaneidade a incomodasse.

“Ahm, er...Estou procurando alguma coisa sobre a Frisk. Você disse que ela nasceu aqui certo? Mas ela não lembra de nada sobre esse lugar. Eu li em algum lugar que, às vezes, quando uma pessoa sofre um grande trauma, seu subconsciente tranca as memorias traumáticas e faz a pessoa esquecer. Ela renega suas memorias. ” Você respondeu, colocando a ficha no lugar e fechando a gaveta. E saiu a procura de alguma fita nas caixas.

“Bom, acho que você tem razão. Eu e Frisk compartilhamos memorias e há vazios em certos lugares. Memorias que estão fechadas e eu não posso acessar. ” Chara respondeu cruzando os braços, seguindo você com os olhos.

“Droga, não tem nada...” Você reclamou batendo os pés no chão.

“É claro, aqui só tem informações dos pacientes que se encontram mortos ou desaparecidos. Mas Frisk, ela continua viva. As informações dela estão no computador central. ” Chara riu de deboche.

“Então vamos buscar. ” Você disse abrindo a porta.

“Você está louca! Estamos na cova do inimigo, nas áreas mais profundas, a segurança em toda parte. Nós não podemos ser pegas ou vistas! ” Chara te impede agarrando seu braço.

“Nós precisamos correr o Risco. Pela Frisk e pelo Sans! ” Você respondeu puxando o braço. O rosto de Chara se contorceu ao ouvir o nome daquele que ela odiava.

“Não pronuncie o nome dele de novo!" Chara fumegou.  "Ok, eu ajudo, mas só porque eu quero poder matar Daniel Reed com as minhas próprias mãos! ” Você não reclamou sobre o que Chara disse sobre Daniel, afinal, você mesma queria fazer ele sofrer, depois de toda a dor que ele provocou em inúmeras crianças. Ele ainda teve a coragem de mentir e pedir perdão. Ele teve várias chances de se redimir, mas não, ele renegou sua humanidade. Ele não merece perdão. Ele não tem volta.

“Obrigada Chara. ” Você respondeu, Chara deu de ombros e passou na sua frente, mas você pôde ver um sorriso aparecer em seus lábios.

De volta ao corredor quadrilhado branco, você se sentia em um hospício, as vozes que você tinha a impressão de ouvir. Estavam mais fortes, agora que você sabia a verdade.

“Vamos precisar passar despercebidos. Mas você faz tanto barulho que vai ser difícil. ” Chara debochou olhando de cima para baixo para você, com um olhar acusador. A garota era esperta e gostava de provocar.

“Não sou eu que tenho a voz histérica aqui. ” Você respondeu sarcasticamente.

“pruuff, quer mesmo guerrear, fudedora de esqueleto?” Chara revirou os olhos em provocação, junto de um sorriso angelical. Sua cara queimou como pimenta. “Maldita...”

Você e Chara começaram a andar. Ela te guiava pelo lugar e parecia conhecer cada canto. Ao decorrer os corredores você observou mais agitação e sons de passos e conversas. Câmeras começaram a aparecer e Chara desviava avidamente delas e guiava seus passos. Você se sentia um ninja e Chara se movia como uma sombra. É, você tinha que admitir, ela era muito boa.

“Chegamos, essa é a sala de controle. ” Chara disse quando ela de repente parou de andar. “Não há sinal de guardas, vamos aproveitar. ” Ela completou ao abrir a porta.

“Eu pensei que teria um sistema de cartões ou algo assim. ” Você entrou na sala logo em seguida.

“Bom, a segurança das portas não é grande coisa. Eles acham que ninguém invadiria um orfanato abandonado no meio de uma mata. Ainda mais um que as pessoas nem fazem ideia que existe. Mas de qualquer forma, tem algumas câmeras e guardas. ”

O local era normal; Vários CPUS espalhadas por toda a sala, plugadas em um PC maior. Obviamente você se dirigiu até o grande PC no centro da sala. Sentou na cadeira e o acionou. “Droga, senha. Por que não suspeitei? ”

“Imortais. ”

“Que? ”

“Imortais. É a senha, Gaster me falou, é claro. Se eles não mudaram...” Chara explicou com desgosto. “Às vezes você é tão sonsa...”

Você inseriu a senha e a mesma foi aceita. Rapidamente, você começou a procura pelo arquivo da Frisk.

“Rápido, rápido! Não temos o tempo todo. Estou ouvindo passos. ” Chara apressou, batendo os pés, fortemente no chão.

“Estou indo o mais rápido que posso! ” Você retrucou enquanto buscava nervosamente a ficha.

“Vamos! ”

“Aha! Achei! ” Você gritou triunfante. Você abriu o arquivo mais recente, que era apenas um áudio, junto de um fundo negro.

"Sujeito alfa demonstra ter altas quantidades de determinação, no entanto, é substancialmente menor do que a quantidade possuída pelo sujeito beta. Eles são o candidato mais próximo que encontramos desde a fuga do sujeito beta. Testes recentes demonstram grande resistência a morte. A injeção de mais determinação será necessária. Sujeito alfa demonstra ser calmo e persuasivo, mas tem tendências destrutivas e ataques de fúria..."

O áudio terminou e você ouviu passos apressados em direção a sala.

“Droga, temos que ir, rápido! ” Chara se queixou nervosamente.

“Mas e as provas? ” Você a questionou quando ela te puxou pelo braço.

“Não temos tempo para isso! Você quer ser pega ou viver outro dia para fazer esses idiotas pagarem por tudo o que fizeram! ” Chara respondeu saindo da sala correndo. Passos pesados se aproximavam de vocês, junto de gritos, você achava que ao mexer no computador, acionou um alarme ao laboratório. “Ainda mais, você acha que eu não peguei provas? Eu roubei algumas fichas de fitas. ”

“Eu apenas queria saber mais uma coisa. Como Frisk escapou! E como meu pai entrou nessa confusão! ”

“Bom querida, essas respostas, você só vai conseguir se perguntar diretamente da fonte." Chara silabou, percorrendo todo o corredor, ainda segurando na sua mão.

“Isso quer dizer que...”

“Eu vou ter que enfrentar o meu pai...”


Notas Finais


Informação importante! Na minha opinião a determinação é amarela, porque, quando Alphys cita a determinação ela está em amarelo e o save, também é amarelo e quando vamos selecionar uma opção no menu, também é amarelo. E todas essas escolhas são regidas pela DT ou seja. Na minha headcanon Determinação é amarela e a alma que a representa é vermelha. Porque DT tem em todas as almas humanas.
Espero que tenham gostado! Bjss e abraços


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