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História Love Shot - Química


Escrita por: imakinox

Notas do Autor


oioioi pessoal!
tudo bem? espero que sim!
trouxe mais um capitulo para vcs!
nos vemos nas notas finais.
— a música do capítulo é 'troublemaker' https://open.spotify.com/playlist/70KPyisJD7Bn61fp2zojKW | https://youtube.com/playlist?list=PLv8GR2J2FVhrYQNEvCUJIdqMkR163Exv3
boa leituraaa

Capítulo 6 - Química


[ você não pode fugir de mim,
vou roubar seus lábios e fugir para longe.
morderei seu coração e fugirei como um gato,
pois eu sou um criador de problemas ]

 

Levi estava na delegacia, mais precisamente na sala de Nanaba e Mike, junto de Hange. O motivo? Mais informações sobre as autopsias dos corpos que foram encontrados assassinados semanas atrás.

O médico legista estava esperando o resultado de uma análise sair, somente evidenciando algo que não esperavam: os corpos haviam sido dopados até então com uma droga nova, quase como uma mistura fatal.

— Eu nunca vi isso na minha vida... — Mike comentou. — Se eles beberam isso, significa que estavam com o assassino?

— O assassino ou assassina, que seja, conhecia os dois. — Levi falou, jogando a pasta que trazia consigo com algumas fichas de pessoas – fichas que Adaga de Prata havia entregado a ele dias atrás – em cima da mesa. — Essas são as pessoas que trabalhavam para Grisha na mesma época que Rico e Hannes.

Mike e Nanaba pegaram as fichas e uma única foto onde estavam cinco pessoas juntas.

— Onde você conseguiu isso? — Hange perguntou surpresa.

— Trabalhando, óbvio. Não é só você que sabe mexer no computador, quatro-olhos. — Levi sentou-se na cadeira de escritório, pés em cima da mesa e cigarro na mão. — Fiquei uma madrugada toda para conseguir tudo isso. — Ele soltou a fumaça da boca, mentindo descaradamente de forma excepcional; essa era uma das suas maiores qualidades, ou defeitos, depende do ponto de vista.

— Já disse que você é maravilhoso? — Hange dizia animada, indo até o amigo e abraçando-o pelas costas. — E cheiroso, uau. — Ela cheirou o pescoço de Levi, vendo ali algumas marcas vermelhas já sumindo.

Os olhos se arregalaram atrás dos óculos redondos e um ar surpreso tomou conta de seu rosto. Levi estava ficando com uma pessoa e não havia contado a ela. Na verdade, depois que o amigo apareceu com o pescoço marcado há algum tempo suspeitou disso, mas depois de alguns acontecimentos logo após esqueceu de perguntar o que estava acontecendo, de fato.

Quem seria?

— Eu sei, não precisa encher a minha bola logo agora. — Ele soou convincente como sempre, com um sorriso nos lábios.

— Com quem está ficando? — Hange perguntou sem rodear, fazendo Mike e Nanaba ficarem duros no lugar onde estavam em curiosidade da resposta.

Levi nunca falava sobre sua vida pessoal, em hipótese alguma. Os dois sabiam que a dupla tinha uma relação de amizade que ultrapassava o companheirismo de operações e investigações e bem... Hange era sempre espontânea e sem papas na língua, aquilo era algo típico dela; porém, não esperavam que ela fosse perguntar algo íntimo como aquilo, ainda mais perto deles.

— Ninguém, deixe de loucura. — Ele disse indiferente, soltando fumaça da boca.

— Eu te conheço. Sei que está saindo com alguém! — Ela insistiu. — Nunca te vi ficando com ninguém durante alguma operação, digo... É um ficante fixo? As marcas no pescoço estão iguais às daquele dia. Depois de ser enrabado na balada ainda sobrou fôlego pra outra pessoa? Quem diria, você é mesmo insaciável e... — Foi interrompida.

— Vai cuidar da porra da tua vida e me deixa em paz. — Ele revirou os olhos.

Hange sabia que eventualmente ficava com seus alvos ou pessoas próximas à eles para conseguir o que queria; no entanto, não era de deixar que qualquer um marcasse seu corpo como Eren marcava. Na verdade, quando estava perto daquele moreno musculoso e incrivelmente cheiroso perdia um pouco sua linha de raciocínio, se deixando levar totalmente pelo momento.

Que culpa tinha se a química entre eles era incrivelmente quente?

Nanaba e Mike encaravam os dois um tanto que surpresos. Ok, que Levi fosse alguém que deixasse marcarem seu corpo era novidade, mas saber que ele era gay e que transava com pessoas em uma balada era o auge da fofoca do departamento da polícia. Se deixassem aquilo escapar seria o assunto mais comentado do mês, não tinham dúvidas. A fama que o agente Levi tinha era grande: uma pessoa fria, sem sentimentos, arrogante, que tacava o foda-se para o tão temido comandante Erwin Smith e que fazia qualquer um suspirar alto com suas calças apertadas, bunda grande, ar poderoso e egocêntrico. Era uma mistura fatal.

Não seriam nem loucos de espalharem alguma coisa do tipo. Estariam ferrados no dia seguinte, não tinham dúvidas.

Apenas se encararam em uma conversa silenciosa e assentiram com a cabeça. Aquilo morreria ali.

— Levi. — A voz grossa chamou a atenção dos quatro que estavam ali para a porta, vendo Erwin ali. — Venha na minha sala. — Dizendo isso, saiu.

Os três encararam o baixinho que revirou os olhos e tirou os pés da mesa, apagando o cigarro no cinzeiro que havia ali e indo rumo à porta em uma expressão de tédio evidente.

— Boa sorte, capitão. — Hange assoviou, recebendo um aceno do amigo antes de sair dali.

___

Na sala de Erwin, Levi estava sentado de frente para o loiro e as persianas do escritório do comandante estavam abaixadas e aquilo só significava uma coisa: advertência.

Despreocupado e entediado, Levi cruzou as pernas e relaxou na cadeira, olhando sem muitas emoções para o outro que estava sentado à sua frente.

— Você enlouqueceu? — O loiro bradou de repente. — O que você tanto gasta no cartão que foi dado? A conta veio altíssima esse mês somente com você indo nesse clube ridículo! Como vou explicar isso para os meus superiores?

Levi revirou os olhos com aquele drama.

— Que eu saiba era para eu me infiltrar no meio dessa gente, não é? — Ele deu de ombros. — Preciso fazer o que eles fazem, preciso estar por dentro das conversas. Você sabe que trabalho assim. — Falou simples e direto, sem dar muitos rodeios.

— Isso está fora dos padrões!

— E eu ‘tô pouco me fodendo para isso. — Ele disse seco. — Vai fazer o quê? Não é como se os fundos não cobrissem uma fatura de cartão, me poupe do seu discurso hipócrita quando você usa esse cartão para pagar as putas que você come.

Erwin engoliu seco ao olhar para a cara venenosa de Levi. Ao mesmo tempo em que queria pegá-lo com força, jogá-lo naquela mesa e fodê-lo com as estocadas mais intensas que podia dar, também queria voar naquele pescoço e dar-lhe uma boa surra por sempre bater de frente e nunca ter medo das conseqüências.

O olhar arrogante estava lá, junto com um sorriso de vitória no rosto. Levi amava deixar Erwin sem palavras, na verdade era quase que um passatempo, principalmente depois de descobrir o interesse que o loiro tinha por si. Se sentia mais poderoso ainda em desprezá-lo e irritá-lo, vê-lo ficar vermelho de raiva e com um semblante de que o odiava. Era a melhor das sensações para si.

— Levi, Levi... Você está mexendo com quem não deve. — Erwin disse se levantando e parando em frente à cadeira do Ackerman, colocando as mãos no encosto de braço e ficando cara a cara com ele.

— Você que está mexendo com quem não deve. Você não agüenta. — Ele riu soprado, cruzando os braços.

— Não agüento? O que eu não agüento? — Erwin riu soprado. — Sua carreira toda está nas minhas mãos, um deslize e eu revelo quem foi que você assassinou. É isso que você é, um assassino. — Finalizou, tentando colocar um peso em cima dos ombros de Levi e jogando extremamente baixo.

Levi o encarou, olhos felinos sem expressar absolutamente nada. Sabia onde Erwin queria chegar e sorriu soprado com isso. Ele era baixo e sorrateiro, pensando que talvez o teria na palma das mãos dele em uma chantagem ridícula.

— Vá em frente, fala para todo mundo. — Levi disse. — E daí? Não tenho arrependimento nenhum e mataria quantas vezes fossem necessárias, é isso que eu sou. — Ele deu de ombros, surpreendendo Erwin. — Vai, fala mais. Assassino e mais o quê? Ah, sim. O agente gostoso e arrogante que deu um fora em você e até hoje você não consegue superar isso. Vai em frente, eu me garanto.

Erwin abriu a boca minimamente, surpreso com a arrogância de Levi e diferente do que ele esperava, o agente não abaixou a cabeça. Muito pelo contrário, ele estava batendo de frente sem medo algum.

— O que foi? Ficou sem língua e sem argumento, foi? Achou que eu fosse abaixar a bola e dar meu rabo para você, seu merda? — Levi continuou. — Eu ‘tô pouco me fodendo para você, agora mais ainda que descobri os números da loteria. — Ele riu malicioso, empurrando o corpo de Erwin e levantando-se.

— Descobriu o quê? — Erwin perguntou, segurando o pulso de Levi com força e virando-o de frente para si.

— Eu sei, querido comandante Erwin. — Ele riu tenebroso e venenoso, olhar felino mais predatório do que nunca e aquela aura poderosa e presunçosa. — Eu sei do seu terrível segredinho. Na verdade não como um todo, mas sei que esteve envolvido acobertando algum crime, não é? — Ele riu e Erwin soltou seu braço no mesmo instante. — Vai, seu corrupto de merda. De quanto foi a propina para estar nesse cargo hoje e ficar de boca fechada? Quer vir falar de mim com essa sua boca nojenta quando não olha pro próprio rabo sujo de merda? Você é dissimulado e manipulador. Você que não sabe com quem está mexendo.

Erwin abriu e fechou a boca algumas vezes. Seu semblante era de assustado, claramente, e Levi sorriu vitorioso com isso. Mesmo que tivesse sido um chute, foi certeiro a ponto de marcar um golaço. Então ele estava envolvido com algo e o que o cracker disse entrelinhas havia sido verdade, no fim.

Erwin Smith era uma farsa.

— Vai, fala quantas pessoas eu matei. Vá em frente. — Levi foi rumo à porta. — Conta que eu falo que o santo comandante está envolvido com as vítimas do ataque do cracker e adivinha? Se fuçarem mais um pouco acham ouro.

Aquilo foi a gota para Erwin, que sem medir suas ações, prensou Levi contra a porta, virando-o de frente para si.

— É melhor você ficar com essa boca calada ou eu não responderei por mim. — Ele sussurrou próximo ao rosto de Levi.

— Oh, mais outra coisa sobre você? Se não consegue o que quer, toma à força, é? Vai fazer o quê? Me estuprar? — Levi questionou. — Talvez assim você consiga desfrutar do meu corpo, mas te digo uma coisinha: meu pau não vai subir encarando você e essa tua cara de merda. Nem tente, é em vão. Para você eu sou broxa, entendeu?

Erwin o soltou no mesmo momento, quase como se sua consciência voltasse ao normal. Tinha algo que aterrorizava Levi? Como alguém podia ser tão cheio de si daquela forma? Era quase inacreditável.

— Que bom que estamos entendidos. — Levi abriu a porta. — Até outro dia, comandante. — Dizendo isso, saiu, deixando um Erwin furioso para trás.

_____

Levi foi até à sala da frente onde estava Nanaba, Mike e Hange e a adentrou para pegar o paletó que estava lá, recebendo olhares curiosos do trio.

— Já está de saída? — Hange perguntou, olhando melhor as roupas que o amigo estava: calça preta apertadíssima que evidenciava bem o belo traseiro que tinha, camisa branca e suspensórios pretos. Perfume incrivelmente forte, cabelos perfeitamente penteados, os piercings na orelha chamativos e o relógio no pulso; estava de matar.

— Preciso trabalhar. — Ele disse. — Tentem descobrir as funções das outras três pessoas que estão nessa foto que não sejam Rico ou Hannes, assim conseguimos algum norte certeiro ou mais uma ligação para nos ajudar com esse assassinado. Qualquer novidade do legista me contate também.

— Está bem... — Mike falou.

— Precisa de alguma coisa? — Mike quem disse.

— Sim. Beber e dançar, é disso que eu preciso. — Falando isso, saiu da sala, deixando os três surpresos.

______

Eren estava parado novamente na porta da pequena residência, dessa vez com um buquê de flores na mão e olhava para os lados constantemente. Logo a porta foi aberta por Frieda, que sorriu ao vê-lo.

— Senhor Eren, boa noite. Por favor, entre.

— Boa noite, Frieda. Como ela está? — Ele perguntou, já dentro da casa. — Isso é para ela, ela amava orquídeas. — Ele estendeu o buquê e Frieda o pegou.

— Está como da última vez, teve uma pequena melhora, creio que seja o novo tratamento que o doutor passou.

— Como está o tratamento? A quantia que repasso para vocês dá para manter tudo? A casa, os remédios, as consultas, vocês? — Ele questionou preocupado.

— Está indo aos poucos, não queremos que ela sinta o baque da mudança tão drasticamente. Pelo menos foi o que o doutor disse. — Ela foi até o corredor e parou em frente a uma porta, com Eren no seu encalço. — O dinheiro está dando até o momento, te mostro os recibos depois, mas creio que com esse novo tratamento as coisas fiquem apertadas.

Eren suspirou fundo, mordendo o próprio lábio.

— Me mande tudo depois, vou depositar na sua conta. Alguém veio aqui?

— Certo. Respondendo a sua pergunta, não, ninguém veio. — Ela respondeu e abriu a porta. — Carla, Eren está aqui.

Eren foi até a beira da cama e sentou-se na poltrona que havia ali com Carla olhando para o teto fixamente com um olhar sem vida. Mordeu o próprio lábio ao ver a cena, aquilo cortava sua alma de uma forma dolorosa demais.

— Mãe, como a senhora está? — Ele perguntou, mas houve resposta.

Pegou na pequena mão de Carla com delicadeza, fazendo um carinho ali de forma delicada e cuidadosa, sentindo o calor que a mão de sua mãe emitia contra a sua. Mesmo que não parecesse, o calor mostrava que ela estava viva, mostrava que ainda existia um coração pulsando ali dentro.

Ao pensar nisso, o arrependimento bater com força no seu peito, acertando-o quase como uma facada certeira. Sua mãe estava daquele jeito por sua culpa.

— Por que você veio atrás de mim, mamãe? — Ele falou, se debruçando no corpo de Carla, sentindo o nó na garganta se formar. — Eu nunca vou me perdoar por isso. Isso é culpa minha...

_____

Mais tarde aquele dia, Levi estava no mezanino do Vanilla Club bebendo um drink completamente alheio a tudo. As mesmas pessoas estavam lá, haveria um show aquela noite e não estava com cabeça alguma para trabalhar. A verdade é que foi ali aquele dia unicamente para esfriar a cabeça da conversa que teve com Erwin mais cedo. Queria beber para distrair e quem sabe dar uns amassos em Eren caso desse. Deu mais um gole na bebida enquanto colocava as cinzas do cigarro no cinzeiro ali próximo, ouvindo a conversa o grupo de amigos à sua frente.

— Você viu o rosto dele? — Annie perguntou.

— Ele parecia estar chorando, não é? — Hitch disse.

— Os olhos estavam vermelhos, se não estivessem inchados eu poderia dizer que era maconha. — Bertholdt observou.

— A mesada deve ter sido cortada. — Armin caçoou e os demais riram. — Ele vive em torno de dinheiro, vocês sabem.

— Logo ele melhora a carinha quando ver quem está aqui. — Jean falou.

— Quem? — Os quatro perguntaram juntos.

— Floch Forster. — Jean deu um riso soprado. — A marmitinha do nosso Eren.

Todos soltaram risos maliciosos e desdenhosos, surpreendendo até mesmo Levi que viu a falsidade evidente nos cinco ali presentes. Seu estômago embrulhou em nojo ao ouvir as palavras venenosas e nem um pouco amigáveis.

— Hoje eu agüento eles se engolindo do meu lado. — Hitch falou. — Ele está aqui a viagem?

— Não sei. Vi que ele postou uma foto que estava na cidade e como aqui é o point dele, já sabe... — Jean disse.

— Até parece que ele rejeitaria duas horinhas de prazer com o deus grego do sexo. Até eu aceitaria. — Annie falou.

— Floch já é depravado normalmente, na cama então... — Hitch observou.

— Eu não quero imaginar isso. — Bertholdt fez uma careta.

— Tenho certeza que ele vai jogar os seus ‘charmes’ em cima do Eren, como sempre faz. — Armin falou. — E como Eren não é uma pessoa que descarta um cu e uma buceta, ele vai aceitar.

— Óbvio. — Os quatro disseram juntos.

— Mas ainda quero saber o porquê dele estar chorando. — Hitch voltou no assunto inicial.

— Deve ter levado um fora. — Jean falou e todos riram.

Levi balançou a cabeça negativamente, indo até o bar que havia ali no mezanino e colocou o copo, observando que a bartender havia mudado.

— Boa noite! — A nova moça sorriu animada.

— Boa noite. — Levi cumprimentou.

— Quer outro drink igual ao que pediu?

— Por favor. — Levi assentiu com a cabeça, observando o corpo pequeno da menina com as roupas apertadas e curtas de sempre em um uniforme. — Você é nova aqui, não é?

— Sim! Entrei faz uma semana. — Ela sorriu. — Me chamo Mina! E você?

— Rivaille... — Ele sussurrou um pouco surpreso com a alegria da menina. — O que aconteceu com a outra moça que trabalhava aqui, você sabe?

— Prazer, Rivaille! — Ela pensou um pouco enquanto pegava as bebidas e colocava dentro do mixer para bater em seguida. — Hum, quando fui contratada me disseram eu que iria substituí-la, pois ela estava doente e visivelmente abatida por isso, então deram uma espécie de licença para ela.

Levi concordou com a cabeça, lembrando-se de como o olhar da antiga mulher estava realmente abatido. Então ela estava doente, no fim.

— Aqui está, prontinho! — Ela estendeu o copo todo decorado com uma bebida na tonalidade rosa. — Doce, mas fatal.

— Obrigado.

— Eu quero um igual, por favor Mina! — Uma voz feminina surgiu e Levi olhou para o lado vendo Historia sentar-se ao seu lado. — Que cara é essa? Está em falta de sexo?

— Tsc, vai se foder. — Ele falou enquanto levava a bebida até a boca.

— Você vai ficar para o show de hoje? Vai estar muito bom. — A loira perguntou.

— Pretendo. Você vai? — Levi a encarou, vendo-a balançar a cabeça positivamente.

— Óbvio, quero dançar horrores. — Ela riu maliciosa, mordendo o lábio. — Que tal dançarmos juntos de novo, igual a última vez que dançamos aqui em cima?

Levi riu soprado, abaixando a cabeça e olhando para seu copo em cima do balcão. Aquele dia que ela havia comentado estava tão bêbado que dançou agarradinho com Historia e nem estava na intenção de seduzir alguém, mas sabia que não houve alguém ali em cima que não tenha desejado seu corpo e o da loira ao seu lado.

Juntos eram irresistíveis, como a bebida que estavam bebendo: doce, mas fatal.

— Será ótimo. Sem bebida dessa vez, somente eu e você. — Levi aceitou o convite, sorrindo malicioso em seguida.

— Dessa vez vamos lá para baixo para chamar mais a atenção. — Ela apontou para o andar de baixo.

— Quanto mais atenção, melhor. O que é bonito tem que ser mostrado, não é?

— É por isso que eu gosto de você. — Ela sussurrou no ouvido de Levi, rindo em seguida. — Vamos brindar a nossa química. — Ela pegou o copo e ergueu para cima.

Levi ergueu o copo, rindo malicioso igual. — À nossa química.

_________

Algum tempo depois, o pequeno grupo do mezanino estava no andar debaixo em uma mesa redonda com lounge em forma de ‘u’, cabendo todos ali perfeitamente: Armin, Jean, Annie, Hitch, Bertholdt, Historia, Levi, Eren e Floch.

Armin estava no colo de Jean e vez ou outra trocavam amassos na frente de todos. Hitch, Bertholdt e Annie conversavam enquanto fofocavam sobre as pessoas que estavam no bar e que conheciam. Floch tentava seduzir um Eren que não tirava os olhos de Levi um momento sequer, enquanto o baixinho tinha Historia sentada no seu colo com um vestido tubinho preto curtíssimo brilhante e um salto prateado podre de caro e conversavam com os rostos bem próximos e qualquer um que visse falaria que estavam juntos ou flertando, mas não ligavam para isso.

— Ele está tentando fazer ciúme em você e te fazer ver o que perdeu em dar um fora nele. — Historia sussurrou no ouvido de Levi, se referindo à Eren que tinha um Floch as pernas em cima do seu colo e estava recebendo diversas carícias e vez ou outra se beijavam.

Levi deu um riso soprado.

— Olha a minha cara de preocupado. — O Ackerman deu de ombros.

— Eu sei que você está mordido de raiva bem aí dentro. — Ela continuava sussurrando. — Eu sei que você é arrogante e egocêntrico, quer aqueles olhos verdes em cima de você te secando por inteiro e querendo te foder de todas formas possíveis. Em um palpite meu, você está doidinho para dar para ele.

Bingo! Historia acertou em cheio e sorriu maliciosa ao ver o sorriso no rosto do amigo em uma confirmação indireta. Levi mordia o lábio bem próximo ao rosto da loira, a mão nas coxas fartas acariciava o meio delas e pegava com força ali, fazendo-a arfar baixinho.

Ele sabia onde Historia queria chegar e sorriu convencido como ela, se deixando levar.

— Por que não se pegam logo? — Hitch falou para os dois, chamando a atenção do resto do grupo.

— Tá na cara que vocês estão loucos para foder. — Annie completou.

O resto concordou. A química que os dois tinham era tremendamente forte. A verdade é que nunca haviam visto Historia agir daquela forma com alguém antes. Sentar no colo de alguém e trocar carícias como aquelas que sempre trocava com Levi era algo distante da imaginação de qualquer um presente ali.

— Eu até pegaria ele, se ele quisesse. — Historia falou. — Mas ele quer pegar outra pessoa. — Ela soou maliciosa, rindo com Levi em seguida. — Seria ótimo um ménage, não é amor? — Ela virou-se para encarar Levi, passando os braços ao redor do pescoço do Ackerman e deixando todos surpresos com a conversa.

— Só se você agüentar dois de uma vez. — Ele foi tão sujo quanto ela, arrancando assovios de Jean e Bertholdt.

— E essa pessoa que ele quer pegar está sentada aqui? — Jean quem perguntou, curiosidade corroendo todos ali.

— Hum, quem sabe. — Ele deu de ombros fazendo todos arquearem as sobrancelhas em surpresa e olhou Eren de canto de olho e sorriu ao ver o olhar predatório sobre si.

No fim, o plano de Historia havia dado certo. Eren queria passar ciúmes nele? Logo nele? Gargalhava internamente pensando nisso. Não iria perder aquele joguinho ridículo que o moreno estava propondo silenciosamente, na verdade iria fazê-lo rastejar até seus pés.

— Rivaille, que tal dançarmos um pouco, hum? Essa música é ótima. — Falando isso, ela piscou e Levi entendeu claramente onde ela queria chegar quando os olhos azuis e a cabeça penderam para o lado onde Eren estava.

Historia se levantou e puxou Levi para que se levantasse.

Os dois foram não tão longe dali, ficando na visão do pequeno grupo de forma proposital.

“Historia, você não vale nada.” Levi pensou enquanto sentia suas mãos serem colocadas na cintura da loira e o quadril roçar no seu de forma erótica enquanto os dois rebolavam ao som da música.                                            

— Eles são bem quentes... — Hitch comentou, vendo as mãos de Levi apertarem com força e sem pudor algum a bunda de Historia enquanto os rostos estavam bem próximos e as pernas enroscadas uma na outra.

— ‘Tá brincando? Eu nunca vi a Historia assim. — Armin falou embasbacado.

— Acho que o posto de deus grego do sexo foi mudado. — Annie começou. — Imagine como deve ser transar com Rivaille?

O assunto de repente chamou a atenção de Eren, que agora nem estava ligando para o ruivo que continuava com as carícias. Os olhos verdes fixos na pista de dança e um desejo inexplicável crescendo a cada vez que aquele sorriso malicioso aparecia no rosto do baixinho, junto com uma mordida ou lambida de lábio sensual.

Tinha como aquele homem ficar mais sexy do que já era?

Levi sabia usar as coisas ao seu favor. Não tinha dúvidas disso. Era um fato inegável. Ele sabia bem o que fazia e como fazia. Era um predador experiente e de repente Eren se viu preso da rede como um peixe indefeso sentindo coisas estranhas ao ver os dois se agarrarem e rebolarem um no outro de forma erótica no meio da pista.

Ciúmes? Impossível. Era ele quem estava querendo fazer isso, não o contrário.

— Ele não fez isso, fez? — Armin falou olhando para a pista.

— Não somente ele, como ela também. — Jean observou.

— Logo eles transam ali mesmo, escute só. — Bertholdt disse ao ver Levi e Historia com mãos bobas no meio das pernas.

Com a música chegando ao fim, o grupinho viu a loira sussurrar algo no ouvido de Levi e em seguida o mesmo saiu da pista e a loira voltou para a mesa dos amigos como se não tivesse feito grande coisa.

— Ele me diverte. — Historia falou, cruzando as pernas e pegando seu copo, enquanto sorria.

— Ele é quente. — Hitch falou.

— Nem me fale. — Historia comentou casualmente.

— Ele foi embora? — Bertholdt questionou ao ver que ele não retornava.

— Hum? Não. Acho que ia no bar e depois no banheiro. — Ela deu de ombros, olhando para Eren em seguida, vendo-o se levantar no mesmo instante e sair dali. Sorriu maliciosa no mesmo instante.

“Isca jogada e peixe pescado. Me agradeça depois, Rivaille.”

____

Levi havia ido no bar tomar um shot de vodca e depois iria no banheiro. Bom, a princípio era isso que queria fazer; porém, um Eren com uma cara fechada estava arrastando-o mezanino acima e naquele momento agradeceu pelo grupinho ter escolhido uma mesa do outro lado do salão longe da escada que levava ali.

Quando terminou de subir os degraus, sentiu os lábios serem tomados em um beijo feroz e forte, dando alguns passos cegos para trás, mas logo sentiu as mãos grandes em sua cintura e os corpos foram colados. As línguas se chocavam travando uma batalha perigosamente deliciosa, cabelos sendo puxados e mãos adentrando as camisas que usavam.

— Eu deveria te foder forte por estar rebolando daquele jeito, me provocando. — Eren falou ao finalizar mais um beijo, empurrando o corpo de Levi até o sofá que havia ali. Sentou-se, colocando-o em seu colo com a bunda bem em cima do seu membro.

— Eu te provocando? Está com ciúmes? — Levi disse, dando uma rebolada certeira no colo de Eren, vendo-o morder o próprio lábio. — Por que eu faria isso quando você estava se enroscando com aquele ruivo sem sal?

Levi atacou o pescoço de Eren, vendo-o jogar a cabeça para trás e apoiá-la no encosto do sofá, ficando totalmente à mercê de carinhos e carícias naquela região sensível. Com reboladas no pau semi-ereto, chupadas no pescoço e alguns puxões de cabelo, Eren não resistiu e estapeou uma das coxas de Levi ainda por cima da calça, indo até a bunda farta e redonda, apertando com força e movendo-a para cima para que se sentasse com mais força ali.

— Caralho... — Levi gemeu, mordendo o próprio lábio.

— Geme mais para mim vai. Rebola no meu pau igual estava rebolando na pista de dança, sei que estava pensando nisso enquanto estava lá ou acha que não vi seus olhares para mim? — Eren riu, desabotoando os botões da camisa branca que Levi usava o suficiente para visualizar o mamilo rosadinho já endurecido.

— Você se acha muito, acha que pode ficar com quem quer, é? — Levi questionou malicioso.

Deu um sopro no botão sensível, envolvendo-o com a língua logo após e Levi tratou de puxar os fios castanhos com força, incentivando-o a continuar com as carícias naquela parte sensível e Eren pareceu aprovar, pois a cada segundo seu pau ficava mais duro entre suas pernas.

Chupadas, lambidas e mordidas eram dadas nos dois botões enquanto Levi gemia rouco e rebolava com mais intensidade no colo de Eren. As mãos ágeis foram de encontro a bunda de Levi, pegando com força a carne e investia o próprio quadril para cima para ajudar naquela fricção – mesmo que pouca por causa das calças que usavam –  maravilhosa.

— Seu corpo é uma delícia... — Eren falou, passando a mão por todo o abdômen de Levi. — Quero provar cada pedacinho...

Levi sorriu soprado, puxando os cabelos castanhos com os dedos, fazendo Eren encará-lo.

— Quem sabe um dia... — Ele disse malicioso.

— Eu quero agora, nesse sofá. Quero ver você quicando enquanto me sente todo dentro de você. — Eren sussurrou no ouvido.

Não tinham como negar: a química que tinham era ótima. Qualquer faísca fazia a pólvora explodir e agora o resultado estava ali, os dois se pegando imprudentemente podendo ser pegos a qualquer momento.

Levi emendou mais um beijo enquanto sentia as mãos curiosas passarem por seu corpo todo, se sentindo imensamente quente com aquele toque simples.

“Se já estou assim, imagina quando transarmos...” Foi o que ele pensou enquanto beijava Eren fervorosamente, quase como uma despedida. Após o beijo, Levi mordeu e puxou o lábio inferior de Eren e deixou uma última mordida e chupada no pescoço moreno, deixando a marca perfeita ali.

— Agora já sabem que tem alguém que marcou território aqui. — Levi disse, saindo do colo de Eren e abotoando os botões da sua camisa.

— Está com ciúmes, é? — Eren riu malicioso.

— Não gosto de repartir as coisas que estou usufruindo. Não confunda. — Levi foi seco, terminando de arrumar as coisas e deixando um Eren para trás enquanto procurava o caminho para descer dali.

— Se eu não posso ficar com ninguém, você também não pode.

— Você é ridículo ou se faz? — Levi deu de ombros e revirou os olhos em seguida. — Isso aqui não é sério, é só uma brincadeira.

— Claro, brincadeira... — Ele riu soprado, vendo Levi descer do mezanino já arrumado.

Os dois podiam não notar, mas já estavam na rede um do outro como peixes vulneráveis e tinham o mesmo pensamento: qual dos dois cairia primeiro?

__________

Simultaneamente em outro lugar, ‘A Coruja’ estava na frente do computador enquanto afiava uma faca. Um sorriso tenebroso nos lábios e um olhar sanguinário ao olhar a foto que estava aparecendo na tela.

— Vou matar um por um e vingar a morte da minha mãe.


Notas Finais


a coruja meu pai, o que rolou
PAUSA PRO LEVI ACABANDO COM O ERWIN KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
e o que sera q aconteceu com o passado dele hein? misteriosssss
ele e o eren fogo no cu puro eu amooooooo AUSAISUHAUSUAIHSIAU
TA COM CIUME PEGA NA MAO E ASSUME EREN KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ps: AMANDO as teorias de vcs! continuem ehehehe
até o próximo capitulo!


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